PáginasDESCRITOR

domingo, 16 de fevereiro de 2025

FATO OPINIAO COLEGIO RODIN 9 ANO

 

ATIVIDADE 1 – FATO E OPINIÃO

1.   As afirmações a seguir contêm fato e opinião. Separe cada uma delas no quadro abaixo.

a) Lucas é alto. Deve, portanto, jogar basquete. 

b) Carlos é um excelente professor. Ele estudou na Universidade Federal de São Carlos.

c) Marcelo não tem muita responsabilidade. São nove horas e ele não apareceu.

d) Sinto, às vezes, dor de cabeça. Pode ser o cansaço.

e) O livro é interessante. Apresenta relatos de meninos de rua.

Fato

Opinião

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2.   Observe as frases abaixo. Coloque-as no lugar adequado no quadro, após fazer a leitura dos comentários:

Este é o melhor jornal do país.

Este jornal tem mais de 8000 assinantes.

Comentário

Frases

Esta afirmação contém apenas uma opinião pessoal sobre o jornal. Para confirmar isso,

seria necessário conhecer todos os jornais produzidos no país. Pode-se concordar ou não com uma opinião.

 

Essa afirmação apresenta um fato, que pode ser provado, por meio de consulta à empresa.

 

 


3.   Preencha agora o quadro abaixo separando fato e opinião e elaborando os comentários.

a) Carlos Heitor Cony é um jornalista e escritor brasileiro. É editorialista da Folha de São Paulo e membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000. É o melhor cronista da atualidade.

Comentário

Frases

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

b) Dia 22 de março é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas para celebrar o Dia Mundial da Água. Mais do que uma comemoração, é um momento para conscientizar a população do planeta a respeito dos problemas relativos à escassez deste elemento indispensável à vida. Cerca de dois terços do corpo humano são constituídos de água, assim como a superfície terrestre, que tem dois terços de sua composição líquida. É o elemento que melhor simboliza a essência humana. No entanto, embora a Terra seja conhecida como o “planeta azul”, a água disponível para consumo não é tão abundante como se pode imaginar.

Comentário

Frases

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


4.   DEDÉ RECONHECE ERRO NO CLÁSSICO – Zagueiro vascaíno pede desculpas a Willians e aos torcedores pela expulsão

O zagueiro Dedé, do Vasco, pediu desculpas ontem ao volante Willians, do Flamengo, pela entrada violenta que deu no adversário no empate em 1 a 1 no clássico de domingo, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. – (...) Peço desculpas ao companheiro de profissão e ao torcedor do Vasco, pois não queria ter deixado o time (...). Mas o zagueiro seguiu a linha do técnico Paulo César Gusmão de culpar o juiz (...): – Deixando de lado minha expulsão, o árbitro estava visivelmente nervoso e atrapalhado. Inverteu muitas faltas, irritando nosso time, me deu um cartão amarelo após eu ter levado o vermelho.

(O Globo – 26/10/2010)

 O trecho do texto que expressa uma opinião é:

a) “Peço desculpas ao companheiro de profissão...”.

b) “... o árbitro estava visivelmente nervoso e atrapalhado.”

c) “Deixando de lado minha expulsão...”.

d) “... me deu um cartão amarelo...”

5.   Leia o texto abaixo:

No mundo dos sinais

Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos. Sinais de seca brava, terrível! Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado. Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem.

(TV Cultura, Jornal do Telecurso.)

 A opinião do autor em relação ao fato comentado está em:

a) “os mandacarus se erguem”

b) “aroeiras expõem seus galhos”

c) “Sinais de seca brava, terrível!!”

d) “Toque de saída. Toque de entrada”.

FATO OPINIÃO CAUSA CONSEQUÊNCIA MARCAR X

 

A PRINCESA ROSA CHOQUE

BéatriceGarel e Muzo

 

       Do alto da torre de seu castelo, a princesa Rosa-Choque sonhava com o príncipe encantado.

      – Como vou encontrá-lo? – perguntou ela, suspirando. – A Bela Adormecida, a Cinderela, a Branca de Neve, todas elas se casaram com o príncipe de seus sonhos. O que elas fizeram?

Rosa Choque foi perguntar à sua fada-madrinha. E ela lhe respondeu num tom misterioso:

      – Tudo o que posso lhe dizer é que antigamente os príncipes apareciam para salvar as princesas que corriam perigo.

      A princesa pensou, pensou...

      – Tenho uma ideia! – exclamou ela. – Vou pedir ao velho dragão, que mora no meio da floresta, para me sequestrar. Assim, vou correr perigo!

      Rosa-Choque foi imediatamente encontrar o dragão e lhe contou o que desejava. O dragão respirou fundo:

      – Ah! Estou velho e cansado demais para sequestrar você. Mas se me der um tablete de chocolate, talvez eu consiga lançar uma chama ou duas.

       – Combinado! – disse Rosa Choque.

      O dragão rugiu e com muito esforço lançou uma chama.

      – É tudo o que posso fazer – disse ele.

      – Socorro! Socorro! – gritou a princesa.

      Não demorou muito e se ouviu um barulho bem alto de alguém gritando.

      E surgiu um cavaleiro fantástico com sua brilhante armadura.

      Mas, assim que o príncipe tirou seu capacete, Rosa Choque só faltou desmaiar: o príncipe tinha cara de sapo, era horrível de feio.

      – Linda princesa, salvei você das garras do dragão. Quer casar comigo?

     Então a princesa se lembrou das histórias que lia quando era criança.

      “Um beijinho e tudo fica resolvido!”

 

1. D14 O trecho que apresenta uma opinião é:

(A) o príncipe tinha cara de sapo, era horrível de feio.

(B) do alto da torre de seu castelo:

(C) O dragão respirou fundo;

(D) O dragão rugiu e com muito esforço lançou uma chama.

 

2. D14 O fragmento do texto que mostra um fato é:

(A) estou velho e cansado demais para sequestrar você;

(B) talvez eu consiga lançar uma chama ou duas;

(C) um beijinho e tudo fica resolvido;

(D) Rosa-Choque foi imediatamente encontrar o dragão.

 

O PRÍNCIPE DESENCANTADO

 

       O primeiro beijo foi dado por um príncipe em uma princesa que estava dormindo encantada havia cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:

       PRINCESA – Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?

       PRÍNCIPE – Sim, minha querida princesa.

       PRINCESA – Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou, e foi na boca, afinal de contas não fica bem, não é mesmo?

       PRÍNCIPE – É... querida princesa.

       PRINCESA – Você tem um castelo, é claro.

       PRÍNCIPE – Tenho... princesa.

       PRINCESA – E quantos quartos tem o seu castelo, posso saber?

       PRÍNCIPE – Trinta e seis.

       PRINCESA – Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta eu acho que dá!

       PRÍNCIPE – Tantas assim?

       PRINCESA – Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é?

       PRÍNCIPE – Mas quarenta amas!

       PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... joias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina!

        PRÍNCIPE – Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...

       PRINCESA – Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande por aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!

Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido lá e beijado. Então teve uma ideia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá, adormecida. Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.

 

3. D14 Um fato expresso no texto o Príncipe Desencantado é:

(A) Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou;

(B) Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas...;

(C) Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas;

(D) Umas quarenta eu acho que dá.

 

4. A alternativa que indica uma opinião no texto o Príncipe desencantado é:

(A) eu estava aqui dormindo

(B) as minhas devem estar fora de moda;

(C) então teve uma ideia;

(D) a notícia se espalhou.

 

5. D11 O fragmento que expressa relação de causa e consequência é:

(A) Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas;

(B) Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido lá e beijado;

(C) Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?

(D) os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde ela dorme.

 

Por que minha voz soa estranha quando a escuto numa gravação?

       Por que, quando escutamos a própria voz em uma gravação, ela soa estranha? Minha voz não parece ser a minha. LucivaldoSaccardo, Quirinópolis, GO.

 

       A sua voz de verdade – a que todo mundo escuta – é a que está no gravador, Lucivaldo.

Você acha sua voz diferente desta porque escuta a mistura de dois sons: a voz propagada pelo ar e a que reverbera dentro do seu corpo. Esta é conduzida da garganta aos ossos cranianos e captada pelo ouvido interno – para escutá-la de forma isolada basta tapar as orelhas. Já a segunda não passa pelos ossos, então soa mais aguda do que você espera. Mas calma: ela nunca é tão horrível quanto você pensa.

Fonte: Livro Barulho, Água e Carne: a História do Som nas Artes, de Douglas Khan

 

6. D11 A causa de estranharmos o som da nossa voz é:

(A) porque parece não ser a nossa;

(B) porque escutamos a mistura de dois sons;

(C) porque é uma gravação;

(D) porque ela é diferente.

 

Saiba como os mosquitos escolhem as pessoas que vão picar

       Uma maneira de diminuir a quantidade de picadas de mosquitos é saber o que atrai estes insetos em primeiro lugar. Basicamente, a picada depende do cheiro da pessoa. Os mosquitos têm receptores de odores em suas antenas, e eles podem cheirar qualquer humano dentro de 100 metros.

       Outro fator determinante para as picadas é a genética. 85% das pessoas que os mosquitos preferem picar têm uma genética capaz de atrair o inseto. É por isso que eles picam mais algumas pessoas, e menos outras pessoas.(...)

Fontehttp://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/saiba-como-os-mosquitos-escolhem-as-pessoas-que-vao-picar.html


7. D11 A causa de algumas pessoas sofrerem mais com mosquitos que outras é:

(A)o cheiro e a genética;

(B) os receptores de odores;

(C) eles podem cheirar qualquer humano dentro de 100 metros

(D) não saber o que atrai o mosquito.

 

DEPRESSÃO

       A depressão é caracterizada pela perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida, gerando angústia e prostração, algumas vezes sem um motivo evidente. Hoje é considerada a quarta principal causa de incapacitação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

        Esse transtorno psiquiátrico atinge pessoas de qualquer idade — embora seja mais frequente entre mulheres — e exige avaliação e tratamento com um profissional. O desânimo sem fim é fruto de desequilíbrios na bioquímica cerebral, como a diminuição na oferta de neurotransmissores como a serotonina, ligada à sensação de bem-estar.

        Hoje se sabe que a depressão não promove apenas uma sensação de infelicidade crônica, mas incita alterações fisiológicas, como baixas no sistema imune e o aumento de processos inflamatórios. Por essas e outras, já figura como um fator de risco para condições como as doenças cardiovasculares.

 

8. D11 A alternativa que NÃO apresenta uma consequência da depressão:

(A) desânimo sem fim;

(B) sensação de infelicidade crônica;

(C) diminuição de interesse e prazer pela vida;

(D) atinge pessoas de qualquer idade

 

DESODORANTES E ANTITRANSPIRANTES: QUAL A DIFERENÇA?

 

      Você pode até pronunciar os dois juntos referindo-se a apenas um tipo de produto: desodorantes antitranspirantes. A verdade é que existe uma enorme diferença, quimicamente falando, entre eles.

        Desodorantes: o princípio ativo está nas fragrâncias, elas disfarçam os odores. Possuem também agentes antibacterianos para eliminar as bactérias presentes no suor.

Descrição: https://t.dynad.net/pc/?dc=5550003218;ord=1495500628408     Os desodorantes podem conter ainda, peróxido de zinco para promover a reação química de quebra (oxidação) dos ácidos graxos e aminas (presentes no suor) em compostos menores e com menos mau cheiro.

Antitranspirantes: os mais comuns são compostos por Cloridrato de Alumínio, Cloreto de Alumínio ou outras substâncias derivadas do alumínio. Eles agem inibindo a transpiração, deste modo, são mais eficientes no controle de odores.

      A ação adstringente dos antitranspirantes consiste em comprimir as glândulas sudoríparas de modo que elas passem a não produzir mais suor. Entretanto, estudos alertam para possíveis tumores na região das axilas, provenientes do uso deste tipo de produto.

 

9. D11 Os antitranspirantes combatem o odor porque:

(A) comprimem as glândulas sudoripas;

(B) disfarçam o odor;

(C) eliminam as bactéris presentes no suor;

(D) produzem mais suor.

 

CONTO DO VIGÁRIO

 

       O conto do vigário aconteceu no século XVIII na cidade de Ouro Preto entre duas paróquias: a de Pilar e a da Conceição que queriam a mesma imagem de Nossa Senhora.

      Um dos vigários propôs que amarrassem a santa no burro ali presente e o colocasse entre as duas igrejas. A igreja que o burro tomasse direção ficaria com a santa. Acontece que, o burro era do vigário da igreja de Pilar e o burro se direcionou para lá deixando o vigário vigarista com a imagem.

 

10. D11 O vigário vencedor conseguiu esta façanha porque:

(A) o burro era da igreja dePilar;

(B) era dono do burro;

(C) foi uma disputa entre duas igrejas;

(D) as duas igrejas queriam a imagem.

 

 

 

 

 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

FILME LUCA - UMA AVENTURA EMBAIXO D'ÁGUA - ATIVIDADES

 

ALUNO:______________________________________________TURMA____DATA:_____

Atividade sobre o filme Luca.

 

1. Os pais geralmente proíbem os filhos de fazerem algumas coisas. O que é PROIBIDO para o Luca?

_______________________________________________________________________

 

 

2. Os pais de Luca conversam com ele sobre o motivo da PROIBIÇÃO? O que eles poderiam fazer?

_____________________________________________________________________________

 

 

3. A PROIBIÇÃO funcionou? Por quê?

_____________________________________________________________________________

 

 

4. Ercole pratica bullying contra as crianças menores. Qual dos tipos de bullying ele NÃO faz?

a) Bullying verbal: Insultar, ofender, chamar apelidos...

b) Bullying físico: Bater, empurrar, beliscar...

c) Bullying psicológico: Humilhar, excluir, discriminar,intimidar...

d) Cyberbullying: Mensagens ofensivas, divulgação de fotos...

 

 

5. O tio de Luca não gosta de Alberto. O que você acha da amizade entre Luca e Alberto?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

6. Qual o nome do time formado por Giulia, Luca e Alberto?

a) Os incluídos

b) Os excluídos

c) Os mercenários

 

7. Qual o lema do grupo os excluídos no filme?

a) Nós excluídos, devemos cuidar uns dos outros.

b) Nós excluídos, devemos oprimir os outros.

c) Nós excluídos, devemos chamar os outros de estúpido

 

8.  Qual TEMA abaixo não é abordado no filme.

a) Diversidade

b) Preconceito,

c) Religião

d) Inclusão

 

9. O filme Luca aborda a INCLUSÃO. O respeito às DIFERENÇAS. Qual a deficiência do pai de Giulia? Como ele ficou com essa deficiência?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

10. A frase SILÊNCIO BRUNO significa que:

a) Devemos ficar em silêncio.

b) Devemos enfrentar nossos medos.

c) Devemos compartilhar.

 

 

 

11. O que os pais de Luca fazem para tentar encontrar o filho ao chegarem a vila?

__________________________________________________________________________

 

 

12. Ercole sempre ganha a corrida. Qual a idade aproximada dele? Qual a idade aproximada das outras personagens?

______________________________________________________________________________

 

13. Luca descobre que gosta de que durante o filme?

______________________________________________________________________________

 

 

14. Durante o filme qual dos sentimentos abaixo NÃO é vivenciado pelas personagens principais?

a) Raiva

b) Tristeza

c) Alegria

d) Carência

 

 15. Qual era o sonho das personagens?

a) Giulia ___________________________________________________________________

c) Alberto __________________________________________________________________

 

 

16. Por que Alberto vivia sozinho em um farol abandonado?

______________________________________________________________________________

 

 

17.  No final do filme Alberto fica com o pai de Giulia. Por que os dois se completam no final?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

18. Com qual das personagens do filme você se identifica mais?

______________________________________________________________________________

 

 

19. Se você fosse uma personagem em um filme, Qual seria o seu sonho?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

20. O que você achou do filme? De uma nota de 0 a 10 ao filme.

____________________________________________________________________________

 

 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

CONTO: UM PEIXE

 

CONTO: UM PEIXE - LUIZ VILELA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Conto: Um Peixe TEMAS: MORTE, HUMOR.

         Luiz Vilela

 

        Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água? ...

        Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a.

 

        – E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você? ...

 

        Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa.

        – Você tá com fome? ... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né? ... Tá vendo o resultado? ...

 

        O peixe, quieto num canto, parecia escutar. Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda.

        – Dane-se – disse, e foi.

        Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no footing, bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso.

        Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado.

 

        Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário.

        A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento.

        – Que peixada bonita você pegou...

        – Você viu?

        – Uma beleza... Tem até uma trairinha.

        – Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada.

        – Traíra é duro de morrer, hem?

        – Duro de morrer? ...

        Ele parou.

         – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando.

        – E aí?

        – Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando?

        – Por nada.

        – Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei.

        Ele foi caminhando para dentro.

        – Vou ficar aqui mais um pouco – disse a empregada. – depois vou arrumar os peixes, viu?

        – Sei.

        Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.

 

  Luiz Vilela. O violino e outros contos. 7. ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.

Entendendo o conto:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo.

 

·        Footing: passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).

 

·Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.

·        Rabanada: movimento brusco com o rabo.

·        Vozerio: som de muitas vozes juntas.

 

02 – Qual é o foco narrativo do conto? Justifique com elementos do texto.

      O texto é narrado em terceira pessoa. Os verbos e pronomes na terceira pessoa justificam essa resposta.

 

03 – Quais são as características do narrador dessa história?

      É um narrador em terceira pessoa, que não participa da história, mas sabe de tudo sobre as personagens, incluindo o que estão pensando.

 

 

04 – Releia o trecho a seguir: “[...] Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d’água? ...”. De quem é essa voz?

      É a voz do narrador onisciente, que conhece até mesmo os pensamentos das personagens.

 

05 – O conto é um gênero de narrativa no qual se desenvolve um único conflito envolvendo o(s) protagonista(s). Nesse conto, assistimos a um conflito interior, que se passa no íntimo do protagonista.

a)Qual é esse conflito?

O conflito é o que fazer com o peixe que não havia morrido.

 

b)Que fato provoca tal conflito?

O fato de a traíra ainda estar viva quando a personagem principal despeja os peixes na pia.

 

06 – O conflito interior do protagonista se inicia e vai se desenvolvendo até a decisão final.

a)Qual é a decisão do protagonista a respeito do peixe?

A decisão é criar a traíra no tanquinho do quintal.

 

b)Quais são as etapas desde o conflito até a tomada de decisão?

No começo, a personagem principal fica apenas curiosa, mas depois se anima com a ideia de o peixe estar vivo. Resolve sair para comprar comida para o peixe e decide limpar o tanquinho para ele cria-lo.

 

07 – Reproduza o trecho que corresponde ao clímax desse conto e explique por que você considera esse o momento de maior tensão da história.

      O clímax se dá no momento em que a empregada diz “—Traíra é duro de morrer, hem?”; porque, então, a personagem principal vê desmoronar seu sonho de criar a traíra como um peixe de estimação.

 

08 – A escolha do foco narrativo em terceira pessoa permite que exista um diálogo, como o que se dá entre a personagem principal e a empregada, carregado de tensão. Se esse conto fosse narrado em primeira pessoa, isso seria possível? Por quê?

      Não. Se o narrador fosse o menino, ele diria o que pensou ao ouvir a empregada, e todo o clima de tensão desapareceria.

 

09 – Considerando o que foi estudado neste capítulo sobre os determinantes do substantivo, podemos dizer que, no início da narrativa, a traíra era realmente “um peixe” para a personagem principal, mas, no final, o menino já poderia se referir a ela como “o peixe”. Por quê?

      No início da narrativa, o uso do artigo um mostra que o peixe é desconhecido, um peixe qualquer, igual a outros que o menino já viu. No fim, o artigo o individualiza esse peixe: não se trata mais de qualquer peixe, mas daquele ao qual a personagem se afeiçoou.

 

10 – Nos primeiros parágrafos, o narrador descreve a cena em que a personagem principal volta de uma pescaria. Logo em seguida, esse mesmo narrador oferece ao leitor uma informação que vai alterar a situação inicial da história.

a)Que informação é essa?

Trata-se da informação de que a traíra estava viva.

 

b)Por que essa informação vai alterar o rumo da trama?

Porque, a partir deste momento, a traíra mostra-se realmente viva. E o que fazer com ela é a questão que se segue.

 

11 – A personagem começa a gostar do peixe. Como isso aparece no texto?

      A personagem começa a conversar com o peixe.

 

12 – Releia: “[...] E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura.”

a)O que o diminutivo trairinha revela sobre os sentimentos da personagem?

O diminutivo mostra que a personagem já estava se afeiçoando à traíra.

 

b)Como a personagem encara essa relação com a traíra?

O menino acha curioso se interessar pela traíra, afeiçoar-se a um peixe que nem bonito era.

 

13 – Releia:

        “– Traíra é duro de morrer, hem?

        – Duro de morrer? ...

        Ele parou.

         – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando.”

 

a)Em vez de dizer tudo o que a personagem sentiu ao ouvir a empregada, o narrador limitou-se a uma frase curta e seca: “Ele parou”. Que efeito esse recurso provoca no leitor?

Frases curtas e secas são mais diretas. Neste caso, a frase cria um suspense, deixando o leitor na expectativa do que poderia ter de fato acontecido ao peixe.

 

b)O que a personagem pode ter pensado naquele momento?

Resposta pessoal do aluno.

 

c)Explique o uso do diminutivo vivinha nesse trecho.

O diminutivo, nesse trecho, intensifica a ideia de vivacidade e vitalidade; vivinha quer dizer “muito viva, bem viva”.

 

14 – Há no texto perguntas não indicadas por travessão. Observe:

        “[...]No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não?”

 

a)Essas perguntas estão relacionadas à voz de qual personagem?

À voz da personagem principal, o menino.

 

b)Que informações essas perguntas revelam ao leitor?

Essas perguntas permitem que o leitor conheça as dúvidas, os sentimentos e pensamentos da personagem principal.

FABULA O HOMEM DAS ISCAS

 

FABULA O HOMEM DAS ISCAS

 

          "Um homem tinha uma fazenda perto de um rio. Certo dia o rio começou a subir e ele percebeu que sua fazenda ia ficar submersa. Transferiu toda sua família e todo seu gado e todos seus utensílios e móveis para o alto da montanha mais próxima.

          Havia, na sua fazenda, exatamente 284 quilômetros de cerca de arame farpado. Era um arame de sete farpas por metro, num total de sete mil farpas por quilômetro e, portanto, toda cerca somava 1.988.000 farpas. O homem arranjou um empregado, que, sem comer nem dormir, colocou em cada uma dessas farpas um pedacinho de carne, uma isca qualquer. Quando terminou, mal teve tempo de subir a montanha. Veio o dilúvio.

          Durante noventa e três horas choveu ininterruptamente. Durante noventa e seis horas o rio esteve três metros acima da cerca. Mas logo as águas cederam, e rapidamente o rio voltou ao normal. O homem desceu e examinou a cerca. Encontrou, maravilhado, um peixe pendente de cada farpa, exceto três. Ou seja, um total de 1.987.997 peixes. Havia tainhas, e havia robalos, corvinas, namorados, galos e muitas outras espécies que ele nunca vira.

          Cada peixe pesava, em média, duzentas e cinqüenta gramas, de modo que o homem tinha um total de 496.099.250 gramas de peixe fresco, ou seja, 496.999 quilos de peixe. Isso tudo, vendido a 200 cruzeiros o quilo, vocês façam a conta e Ah, naturalmente o empregado foi despedido porque colocou mal as iscas nas três farpas que falharam.

 

        Entendendo a fábula:

 01 – A história narrada por Millôr Fernandes refere-se a um fato:

      (   ) Real.          (   ) Histórico.        (X) Fictício.

 

 02 – Transcreva do quinto parágrafo a frase que nos informa a causa de o rio ter começado a subir:

      Durante noventa e três horas choveu ininterruptamente.

 

 03 – O fazendeiro transferiu sua família e pertences para o alto da montanha, por que?

      Percebeu que sua fazenda ia ficar submersa.

 

 04 – Por fazer isso, o fazendeiro mostrou seu um homem:

          a)   Ambicioso.

          b)   Prevenido. X

          c)   Precipitado.

          d)   Medroso.

 

 05 – Assinale as afirmações absurdas (fatos impossíveis):

      (   ) Transferiu todo o seu gado para o alto da montanha mais próxima.

      (X) O homem, sem comer, sem dormir, colocou em cada uma das farpas um pedacinho de carne.

      (   ) Durante 93 horas choveu ininterruptamente.

      (X) Encontrou, maravilhado, um peixe pendente de cada farpa, exceto três.

 

   06 – Por que a segunda afirmação do item 5 é absurda?

      Porque para colocar um pedacinho de carne nas farpas todos os dois homens levariam, pelo menos, um mês. Ora, ninguém é capaz de aguentar tanto tempo sem comer nem dormir.

 

   07 – O fazendeiro agiu bem, despedindo o empregado? Justifique a sua resposta:

      Não, agiu mal, foi injusto, porque despediu o empregado por um motivo à-toa.