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sábado, 25 de fevereiro de 2017

CRONICA INTERPRETAÇÃO ABOLA HOTPOATOES professoracarol

A BOLA
http://www.professoracarol.org/HOTPOTATOES/cronica-aBola-interpretacao.htm

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.

O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse "Legal!". Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando não gostam do presente ou não querem magoar o velho.

Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

- Como é que liga? - perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
-Não tem manual de instrução?

O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.

- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.
- Claro que é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
- Você pensou que fosse o quê?
- Nada, não.

O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em que times de monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina. O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.

- Filho, olha.

O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da tela.O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada.Talvez um manual de instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.

(Luís Fernando Veríssimo)

Qual é o título deste texto?



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Quem escreveu?
(Lembre-se que o nome do autor é um substantivo próprio, por isso devemos iniciar a escrita das palavras sempre com letra maiúscula)



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Neste texto o narrador participa ou só conta a história?
  ?    Ele só conta a história.
  ?    Ele também participa da história.
A partir do texto, podemos perceber que o menino:
  ?    Gosta de brincadeiras antigas
  ?    Gosta muito de assistir TV
  ?    Gosta mais de brinquedos eletrônicos
  ?    Gosta de brincar de bola
Este texto contém diálogos. Quem é que fala neste texto?
  ?    O pai, o filho e a bola
  ?    O pai e o filho
  ?    O pai, o filho, a bola e o narrador
  ?    O narrador e o filho
O que faz deste texto uma crônica?
  ?    Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um pai que dá um presente ao filho), e fala como é legal ganhar uma bola de presente.
  ?    Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um pai que dá um presente ao filho), e quer que o leitor acredite nele.
  ?    Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um pai que dá um presente ao filho), e diz como os filhos devem tratar os pais.
  ?    Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um pai que dá um presente ao filho), mas faz uma reflexão sobre esta situação, expondo o seu ponto de vista e fazendo com que o leitor também reflita sobre o texto
O que o autor pretende com esse texto?
  ?    Que o leitor acredite nele e concorde com tudo que ele disse.
  ?    Que o leitor fique sabendo que o pai deu uma bola de presente ao filho
  ?    Que o leitor leia e reflita sobre como as crianças de hoje não brincam mais como antigamente
  ?    Que o leitor fique feliz porque o menino ganhou um presente de seu pai
O tema central desta crônica é:
  ?    Os pais não tem mais contato com os seus filhos e não sabem direito quais são as suas brincadeiras preferidas
  ?    As crianças já nem ligam para as brincadeiras comuns do passado, elas estão mais interessadas nas inovações tecnológicas.
  ?    Mostrar que o menino não sabe jogar bola
  ?    Nos contar que o pai nunca ensinou o seu filho a jogar bola
No trecho:
"— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela."

O pronome "ela" está se referindo à quem?
  ?    tela
  ?    máquina
  ?    TV
  ?    bola
A bola que o menino ganhou era feita de:



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Quando o menino desembrulhou a bola ele disse "legal", mas será mesmo que ele gostou da bola?
  ?    Sim, porque se ele não tivesse gostado ele ia falar.
  ?    Não, ele só disse "legal" para não magoar o seu pai.
  ?    Sim, se ele falou "legal" deve ter sido porque ele gostou muito do presente.
  ?    Não, ele não gostou. Ele até pediu para o pai trocar o presente por um videogame.
Leia este trecho:

“Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? ”

O garoto estava procurando um botão que ligasse o brinquedo porque:
  ?    ainda não tinha lido o manual de instruções.
  ?    pensou que fosse um brinquedo eletrônico.
  ?    gostava muito de jogar Monster Ball.
  ?    não sabia o que era uma bola.
No trecho:
"— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela."

O que o menino pensou ao perguntar isso?
  ?    Ele pensou que a bola tivesse quebrada
  ?    Ele achou muito legal e queria ir brincar logo
  ?    Achou que a bola fazia alguma coisa a mais.
  ?    Ele gostou do presente e queria saber o que ela fazia
O termo "legal" indica um tipo de linguagem mais usada por:
  ?    idosos
  ?    professores
  ?    crianças
  ?    cientistas
Veja este trecho:
"Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? - perguntou."

Por que o menino achou que a bola deveria ter um botão de "ligar"?
  ?    Hoje em dia as crianças tem muitos brinquedos eletrônicos que necessitam ser ligados
  ?    Porque todos os brinquedos são obrigados a sair de fábrica com o botão "ligar"
  ?    O brinquedo deveria ter o botão "ligar" para que ele pudesse começar a brincar.

  ?    Se não tivesse o botão "ligar", ele não poderia jogar.

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