A BOLA
http://www.professoracarol.org/HOTPOTATOES/cronica-aBola-interpretacao.htm
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer
que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento
oficial de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma
bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse
"Legal!". Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando não gostam do
presente ou não querem magoar o velho.
Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
- Como é que liga? - perguntou.
- Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
-Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são
outros. Que os tempos são decididamente outros.
- Não precisa manual de instrução.
- O que é que ela faz?
- Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
- O quê?
- Controla, chuta...
- Ah, então é uma bola.
- Claro que é uma bola.
- Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
- Você pensou que fosse o quê?
- Nada, não.
O garoto agradeceu, disse "Legal" de novo, e dali
a pouco o pai o encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando
os controles de um videogame. Algo chamado Monster Ball, em que times de
monstrinhos disputavam a posse de uma bola em forma de blip eletrônico na tela
ao mesmo tempo que tentavam se destruir mutuamente.O garoto era bom no jogo.
Tinha coordenação e raciocínio rápido. Estava ganhando da máquina. O pai pegou
a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu equilibrar a bola no peito
do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
- Filho, olha.
O garoto disse "Legal" mas não desviou os olhos da
tela.O pai segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar
mentalmente o cheiro de couro. A bola cheirava a nada.Talvez um manual de
instrução fosse uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se
interessar.
(Luís Fernando Veríssimo)
Qual é o título deste texto?
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Quem escreveu?
(Lembre-se que o nome do autor é um substantivo próprio, por
isso devemos iniciar a escrita das palavras sempre com letra maiúscula)
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Neste texto o narrador participa ou só conta a história?
? Ele só conta a história.
? Ele também participa da história.
A partir do texto, podemos perceber que o menino:
? Gosta de brincadeiras antigas
? Gosta muito de assistir TV
? Gosta mais de brinquedos eletrônicos
? Gosta de brincar de bola
Este texto contém diálogos. Quem é que fala neste texto?
? O pai, o filho e a bola
? O
pai e o filho
? O pai, o filho, a bola e o narrador
? O narrador e o filho
O que faz deste texto uma crônica?
? Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um
pai que dá um presente ao filho), e fala como é legal ganhar uma bola de
presente.
? Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um
pai que dá um presente ao filho), e quer que o leitor acredite nele.
? Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um
pai que dá um presente ao filho), e diz como os filhos devem tratar os pais.
? Ele escreve sobre um fato cotidiano (de um
pai que dá um presente ao filho), mas faz uma reflexão sobre esta situação,
expondo o seu ponto de vista e fazendo com que o leitor também reflita sobre o
texto
O que o autor pretende com esse texto?
? Que o leitor acredite nele e concorde com
tudo que ele disse.
? Que o leitor fique sabendo que o pai deu
uma bola de presente ao filho
? Que o leitor leia e reflita sobre como as
crianças de hoje não brincam mais como antigamente
? Que o leitor fique feliz porque o menino
ganhou um presente de seu pai
O tema central desta crônica é:
? Os pais não tem mais contato com os seus
filhos e não sabem direito quais são as suas brincadeiras preferidas
? As crianças já nem ligam para as
brincadeiras comuns do passado, elas estão mais interessadas nas inovações
tecnológicas.
? Mostrar que o menino não sabe jogar bola
? Nos contar que o pai nunca ensinou o seu
filho a jogar bola
No trecho:
"— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela."
O pronome "ela" está se referindo à quem?
? tela
? máquina
? TV
? bola
A bola que o menino ganhou era feita de:
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Quando o menino desembrulhou a bola ele disse
"legal", mas será mesmo que ele gostou da bola?
? Sim, porque se ele não tivesse gostado ele
ia falar.
? Não, ele só disse "legal" para
não magoar o seu pai.
? Sim, se ele falou "legal" deve
ter sido porque ele gostou muito do presente.
? Não, ele não gostou. Ele até pediu para o
pai trocar o presente por um videogame.
Leia este trecho:
“Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? ”
O garoto estava procurando um botão que ligasse o brinquedo
porque:
? ainda não tinha lido o manual de
instruções.
? pensou que fosse um brinquedo eletrônico.
? gostava muito de jogar Monster Ball.
? não sabia o que era uma bola.
No trecho:
"— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela."
O que o menino pensou ao perguntar isso?
? Ele pensou que a bola tivesse quebrada
? Ele achou muito legal e queria ir brincar
logo
? Achou que a bola fazia alguma coisa a mais.
? Ele gostou do presente e queria saber o que
ela fazia
O termo "legal" indica um tipo de linguagem mais
usada por:
? idosos
? professores
? crianças
? cientistas
Veja este trecho:
"Depois começou a girar a bola, à procura de alguma
coisa.
— Como é que liga? - perguntou."
Por que o menino achou que a bola deveria ter um botão de
"ligar"?
? Hoje em dia as crianças tem muitos brinquedos
eletrônicos que necessitam ser ligados
? Porque todos os brinquedos são obrigados a
sair de fábrica com o botão "ligar"
? O brinquedo deveria ter o botão
"ligar" para que ele pudesse começar a brincar.
? Se não tivesse o botão "ligar",
ele não poderia jogar.
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