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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

CONTO – DEPOIS DO JANTAR – DRUMMOND – VIOLÊNCIA

 

CONTO – DEPOIS DO JANTAR – DRUMMOND – VIOLÊNCIA

 

          Também, que idéia a sua: andar a pé, margeando a Lagoa Rodrigo de Freitas, depois do jantar.

          O vulto caminhava em sua direção, chegou bem perto, estacou à sua frente. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.

          — Não tenho trocado. Mas tenho cigarros. Quer um?

          — Não fumo, respondeu o outro.

          Então ele queria é saber as horas. Levantou o antebraço esquerdo, consultou o relógio:

          — 9 e 17… 9 e 20, talvez. Andaram mexendo nele lá em casa.

          — Não estou querendo saber quantas horas são. Prefiro o relógio.

          — Como?

          — Já disse. Vai passando o relógio.

          — Mas …

          — Quer que eu mesmo tire? Pode machucar.

          — Não. Eu tiro sozinho. Quer dizer… Estou meio sem jeito. Essa fivelinha enguiça quando menos se espera. Por favor, me ajude.

          O outro ajudou, a pulseira não era mesmo fácil de desatar. Afinal, o relógio mudou de dono.

          — Agora posso continuar?

          — Continuar o quê?

          — O passeio. Eu estava passeando, não viu?

          — Vi, sim. Espera um pouco.

          — Esperar o quê?

          — Passa a carteira.

          — Mas…

          — Quer que eu também ajude a tirar? Você não faz nada sozinho, nessa idade?

          — Não é isso. Eu pensava que o relógio fosse bastante. Não é um relógio qualquer, veja bem. Coisa fina. Ainda não acabei de pagar…

          — E eu com isso? Então vou deixar o serviço pela metade?

          — Bom, eu tiro a carteira. Mas vamos fazer um trato.

          — Diga.

          — Tou com dois mil cruzeiros. Lhe dou mil e fico com mil.

          — Engraçadinho, hem? Desde quando o assaltante reparte com o assaltado o produto do assalto?

          — Mas você não se identificou como assaltante. Como é que eu podia saber?

          — É que eu não gosto de assustar. Sou contra isso de encostar o metal na testa do cara. Sou civilizado, manja?

          — Por isso mesmo que é civilizado, você podia rachar comigo o dinheiro. Ele me faz falta, palavra de honra.

          — Pera aí. Se você acha que é preciso mostrar revólver, eu mostro.

          — Não precisa, não precisa.

          — Essa de rachar o legume… Pensa um pouco, amizade. Você está querendo me assaltar, e diz isso com a maior cara-de-pau.

          — Eu, assaltar?! Se o dinheiro é meu, então estou assaltando a mim mesmo.

          — Calma. Não baralha mais as coisas. Sou eu o assaltante, não sou?

          — Claro.

          — Você, o assaltado. Certo?

          — Confere.

          — Então deixa de poesia e passa pra cá os dois mil. Se é que são só dois mil.

          — Acha que eu minto? Olha aqui as quatro notas de quinhentos. Veja se tem mais dinheiro na carteira. Se achar uma nota de 10, de cinco cruzeiros, de um, tudo é seu. Quando eu confundi você com um, mendigo (desculpe, não reparei bem) e disse que não tinha trocado, é porque não tinha trocado mesmo.

          — Tá bom, não se discute.

          — Vamos, procure nos… nos escaninhos.

          — Sei lá o que é isso. Também não gosto de mexer nos guardados dos outros. Você me passa a carteira, ela fica sendo minha, aí eu mexo nela à vontade.

          — Deixe ao menos tirar os documentos?

          — Deixo. Pode até ficar com a carteira. Eu não coleciono. Mas rachar com você, isso de jeito nenhum. É contra as regras.

          — Nem uma de quinhentos? Uma só.

          — Nada. O mais que eu posso fazer é dar dinheiro pro ônibus. Mas nem isso você precisa. Pela pinta se vê que mora perto.

          — Nem eu ia aceitar dinheiro de você.

          — Orgulhoso, hem? Fique sabendo que tenho ajudado muita gente neste mundo. Bom, tudo legal. Até outra vez. Mas antes, uma lembrancinha.

          Sacou da arma e deu-lhe um tiro no pé.

 

Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Os dias lindos. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1977, p.54.

 

1. Qual o título do texto?

______________________________________

2. Qual o nome do autor?

___________________________________________________

3. Quando foi publicado?

___________________________________________________

 

4. Quais ao os personagens?

________________________________________________________

 

5. Qual o espaço da narrativa (Onde aconteceu a história)?

_________________________________________________________

 

6. Qual o tempo da narrativa (Quando aconteceu a história)?

________________________________________________________

 

7. As palavras destacadas são exemplos de linguagem INFORMAL, reescreva-as na linguagem FORMAL.

a) PERA

________________________________

b) BOM

________________________________

c) TOU COM DOIS MIL CRUZEIROS

_______________________________________________________________

 

8. Outra característica da linguagem INFORMAL é o uso de gírias. Explique o significado das gírias abaixo.

a) Sou contra isso de encostar o METAL na testa do CARA.

__________________________________________

b) MANJA?

_______________________________

 

9. Qual das personagem ( assaltante, vítima, narrador) disse os fragmentos abaixo.

a) Vai passando o relógio

_________________________________________

b) Eu estava passeando

________________________________________

c) O outro ajudou

________________________________________

 

 

10. Faça um resumo sobre o enredo ( os fato narrados).

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

11. Qual a situação inicial (apresentação da  personagem, espaço e tempo) ?

______________________________________________________________

 

12. Qual o conflito (problema que surge)?

______________________________________________________________

 

13. Qual o assunto abordado no texto?

a) desigualdade social

b) preconceito

c) violência

d) machismo

 

14. Qual o gênero textual?

a) conto

b) lenda

c) mito

d) fábula

 

15. Qual a tipologia textual?

a) narração, pois conta uma história.

b) descrição, pois descreve uma paisagem

c) argumentação, pois defende uma idéia com argumentos

d) injunção, pois orienta a como realizar um procedimento

 

 

16. Marque a alternativa que apresenta um fato.

a) Decerto ia pedir-lhe um auxílio.

b) Não fumo, respondeu o outro.

a) Eu pensava que o relógio fosse o bastante.

b) Pensa um pouco, amizade. Você está querendo me assaltar.

 

17.  — 9 e 17… 9 e 20, talvez. Andaram mexendo nele lá em casa. A palavra destacada se refere:

a) ao ladrão

b) à vitima

c) ao relógio

d) ao cigarro

 

18. Também, que idéia a sua: andar a pé, margeando a Lagoa Rodrigo de Freitas, depois do jantar. Esse fragmento nos permite inferir que:

a) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar perigoso à noite.

b) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar bonito à noite.

c) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar poluído.

d) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar seguro.

 

 

19. Até outra vez. Mas antes, uma lembrancinha. No texto a expressão destacada significa.

a) um presente

b) o relógio

c) a carteira

d) um tiro.

 

20. Assinale a alternativa que apresenta um verbo no tempo presente.

a) caminhava

b) chegou

c) tenho

d) respondeu

 

21. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.  O advérbio DECERTO indica:

a) dúvida

b) certeza

c) negação

d) intensidade

 

22. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.  O advérbio DECERTO mantendo o mesmo sentido pode ser substituído por:

a) talvez

b) sim

c) não

d) muito

 

GABARITO:

 

1. Depois do jantar.

2. Carlos Drummond de Andrade

3. 1977

4. O assaltante e a vítima

5. Lagoa Rodrigo de Freitas

6. À noite, depois do jantar

7.

a) Espera

b) Está

c) Estou

8.

a) Arma, pessoa.

b) Entende, compreende?

 

9.

a) Assaltante

b) Vítima

c) narrador

 

10. A vÍtima está passeando. Aparece um assaltante. A vítima e assaltada. O assaltante dá um tiro no pé da vítima.

 

11. A vítima está passeando à noite, na Lagoa Rodrigo de Freitas.

12. Aparece um assaltante.

13. C

14. A

15. A

16. B

17. C

18. A

19. D

20 C

21. A

22. A

_____________________________________________________

SUGESTÕES OU CORREÇÕES, POSTAR NOS COMENTÁRIOS.

 

 

 

 



 

 

 

domingo, 22 de outubro de 2023

CONTO - A SERPENTE DE OURO - ATIVIDADES

 A SERPENTE DE OURO (Petrus Alphonsi)

    1.                Um homem rico, enquanto ia para cidade, perdeu o que levava consigo: uma bolsa com mil talentos e uma serpente de ouro. Um pobre que passava pela mesma estrada achou a bolsa e a entregou para sua esposa, contando-lhe como a achara. Ouvida a história, a mulher disse:

    2.                — Guardemos o que Deus nos deu.

    3.               No dia seguinte, um arauto percorreu a rua gritando:

    4.                — Quem encontrou o tesouro contido numa bolsa, restitua-o, e não só estará livre de qualquer delito, mas terá ainda a recompensa de cem talentos.

    5.               Ouvindo o arauto, o homem que achara o tesouro disse à mulher:

    6.               — Restituamos o tesouro, e não só estaremos livres de qualquer culpa, mas ainda por cima teremos cem talentos.

    7.              Respondeu a mulher:

    8.               — Se Deus quisesse que o dono ficasse com o tesouro, o dono não o teria perdido. Portanto, guardemos o que Deus nos deu.

    9.              O homem insistiu em que devia restituí-lo, enquanto sua mulher a isto se opunha de todos os modos. Ele, porém fez a restituição e reclamou o que o arauto prometera.

 10.               Entretanto o ricaço, cheio de perversidade, disse-lhe:

 11.               — Fica sabendo que falta a outra serpente.

 12.               Assim falou, com o criminoso intuito de não dar ao pobre homem os talentos prometidos. Este, por sua vez, afirmou que não tinha encontrado nada mais.

 13.              Os homens daquela cidade, favoráveis ao rico e no desejo de desacreditar o pobre, cuja sorte lhes provocara inveja, levaram-no à justiça. O pobre homem continuou proclamando que nada mais tinha encontrado.

 14.              Passou o caso a ser comentado entre os pobres e entre os ricos. Afinal, pelo relato dos ministros, chegou aos ouvidos do rei. Mal tomou conhecimento dele, o rei mandou trazer à sua presença o rico, o pobre e o tesouro.

 15.              Quando todos lá se achavam, mandou o rei vir um filósofo muito sábio, e ordenou-lhe que ouvisse a palavra do acusador e a do acusado, e esclarecesse a contenda.

 16.             Ouvido o caso, o filósofo chamou o pobre e disse-lhe:

 17.              — Dize-me se ainda tens algum bem daquele homem. Pois, se não o tens, procurarei libertar-te.

 18.              — Sabe Deus que tudo o que encontrei eu restituí.

 19.        Então o filósofo disse para o rei e os outros:

 20.              — O homem rico é muito honesto e digno de crédito, e tem grandes testemunhos de sua veracidade.

 21.                Por outro lado, parece-me provável que o homem pobre não tenha encontrado nada além daquilo que restituiu, pois, se fosse desonesto, não devolveria o que devolveu, mas esconderia tudo.

 22.             — Que concluís daí, ó filósofo?

 23.             — Concluo que o tesouro encontrado não é do homem rico. Deveis tirar do tesouro cem talentos e dá-los ao pobre, guardando o restante até que apareça quem o reclame. E o homem rico que continue a procurar o saco com duas serpentes.

 24.             A sugestão agradou ao rei e a todos os circunstantes. Então o rico disse:

 25.             — Ó bom rei, digo-te a verdade: este tesouro realmente é meu. Mas, como eu não queria dar a este homem o que o arauto prometera, aleguei que me faltava uma segunda serpente. Tem piedade de mim, e darei a ele o que foi prometido.

 26.             Então o rei retirou do tesouro duzentos talentos e os deu ao pobre, devolvendo ao rico apenas o que restara, como punição por ter levantado falsa acusação sobre a honestidade do pobre.

Adaptado de:  (Petrus Alphonsi, in Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Paulo Rónai, Mar de Histórias – Nova Fronteira, Rio, 4ª ed. vol. 1, p. 158)

https://bibliotecasemlimites.comunidades.net/a-serpente-de-ouro-petrus-alphonsi

 

1. Quem é o autor do texto?

___________________________________________________________

 

2. Quais são as personagens?

__________________________

__________________________

_________________________

___________________________

____________________________

 

3. Que acontecimento dá inicio a história (par.1)?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

4. Explique com suas palavras o (clímax) ponto de maior tensão da história (par.23)?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5. Explique com suas palavras o desfecho da história (par.26).

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

6. O narrador desse conto participa da história?

(    ) não ele só conta a história.

(    ) sim, ele participa faz várias ações.

 

7. Descreva com suas palavras o espaço (lugar) onde acontece essa história.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

8. Em que época essa história aconteceu?

___________________________________________________________________________

 

9. Qual das alternativas abaixo NÃO indica uma opinião.

a) — Se Deus quisesse que o dono ficasse com o tesouro, o dono não o teria perdido.

b) — Quem encontrou o tesouro contido numa bolsa, restitua-o

c) — Concluo que o tesouro encontrado não é do homem rico.

d) Deveis tirar do tesouro cem talentos e dá-los ao pobre

 

 

10. O significado de ARAUTO, de acordo com o texto é:

a) mensageiro         b) carteiro          c) cavaleiro      d)escudeiro

 

11. No texto a palavra TALENTO significa:

a) habilidade            b) dom            c) moeda              d) notas

 

12. O verbo RESTITUIR significa:

a) extorquir              b) devolver         c) emprestar    d) indenizar

 

13. A palavra CONTENDA só NÃO significa:

a) disputa     b) demanda     c) discórdia     d) conciliação

 

14. Quais característica podemos atribuir:

a) ao homem pobre

________________________________________________________

b) a mulher do homem pobre

________________________________________________________

c) ao homem rico

________________________________________________________

d) ao rei

________________________________________________________

e) ao filósofo

 

15. Se você estivesse na posição do homem pobre o que você faria?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

16. Assinale a alternativa que apresenta o verbo no tempo presente.

a) — O homem rico é muito honesto e digno de crédito

b) Então o rei retirou do tesouro duzentos talentos

c) estará livre de qualquer delito

d) Um homem rico, enquanto ia para cidade

 17. “Mal tomou conhecimento dele, o rei mandou trazer à sua presença o rico, o pobre e o tesouro (par.14).”  A palavra destacada se refere

a) ao rei

b) ao pobre

c) ao tesouro

d) ao caso

 

18. A fala das personagens no texto é marcada com:

a) travessão

b) parênteses

c) reticências

d) ponto de interrogação.

 

19. “como punição por ter levantado falsa acusação sobre a honestidade do pobre (par.26).” A palavra destacada indica uma relação de:

a) tempo

b) lugar

c) causa

d) adição

 

20. As opiniões do homem pobre e de sua mulher são sobre o que fazer com a bolsa de dinheiro são:

a) complementares

b) semelhantes

c) iguais

d) opostas

 

 

domingo, 17 de setembro de 2023

O CÃO DE LIA 6º ANO

O CÃO DE LIA 6º ANO PARTE II

PARTE I: https://professordiorges.blogspot.com/2017/04/conto-o-cao-de-lia.html

Leia o conto O Cão de Lia. 

        1. No dia em que Lia leu a história daquele cachorro, ficou  fascinada. Chegou para a mãe e disse: "Mãe, quero um cachorro igual ao do livro!"  E a mãe, sensata como a maioria das mães, respondeu: "Minha filha, os cachorros reais não são iguais aos das histórias. Para começar, os da história ficam ali paradinhos, não se mexem, não latem, não fazem cocô no tapete, pipi no sofá. Os cachorros verdadeiros rasgam livros, acabam com as plantas do jardim, comem sapatos e, quando cismam, rosnam ou até mordem. Já pensou nisso?"

      2. "Mas mãe, eu quero um cachorro como este aqui!"

      3. "Minha filha, isso é ilusão. Cachorro de verdade dá trabalho!" 

      4. "Mas eu quero ter trabalho." 

      5. "Você não vai limpar a sujeira, dar banho, ensinar, vigiar, passear com coleira, vai?"

      6. "Vou. Eu limpo, dou banho, ensino, passeio, faço tudo."

      7. "Isso é relativo, minha filha. Muito relativo." 

      8. "Mãe, o que é relativo?" 

      9. "Relativo é tudo aquilo que está em relação com alguma coisa, coisa esta que pode mudar de acordo com a relação que ela tenha com uma terceira coisa. Se está confuso, vou explicar: no dia em que tiver outras coisas mais interessantes ou importantes para fazer, você não vai querer passear, cuidar, limpar, porque não vai ter tempo nem vontade, ou simplesmente vai estar cansada." 

      10."Mas e se o meu cachorro for um cachorro relativo?" 

      11."Não existem cachorros relativos." 

      12. "Como não? E se o meu cachorro de verdade, por causa do amor e dos cuidados que eu vou dar para ele, ficar maravilhoso, você deixa?" 

      13. A mãe encurtou a conversa: 

      14. "Vai depender da sua capacidade de fazer tudo isso que está prometendo." 

      15. Lia, teimosa, juntou um ano de mesada e comprou um cachorro parecido com o do livro: mesma raça, mesma cor, mesmo jeito. Levou-o para casa, deu a ele um nome, uma coleira, carinho, atenção, banho e comida. O cachorro fez pipi no sofá, cocô no tapete, roeu as sandálias de borracha, fugiu para a rua e ainda comeu três peixes do aquário. Foi dose! Por um tempo, Lia fez de tudo para educá-lo: limpou, passeou, conversou, ensinou, vigiou. Mas foi só por um tempo. Hoje, o cão de Lia virou o cão da mãe de Lia, porque chegou a época das provas. Lia está muito ocupada, e é a mãe quem dá banho, alimenta, limpa, passeia, cuida, enfim... educa. 

      16. Mãe é mãe e promessas são muito relativas. 

Dilea Frate. Fábulas tortas. Ilustrações de Simona Traina. 

São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2007. 

 COMPREESÃO DE TEXTO

 1. Quais os personagens do conto?

________________________________________________________________________

 

2. Retire do texto um exemplo do discurso (fala):

a) do narrador

________________________________________________________________________

b) da mãe de Lia

________________________________________________________________________

c) Da Lia

________________________________________________________________________

 

3. Qual o autor do texto?

__________________________________

 

4. Qual o gênero textual desse texto?

_________________

 

5. Qual palavra do primeiro parágrafo indica uma característica da mãe de Lia?

_____________________________________

 

6. Qual característica é atribuída a Lia no parágrafo 15.

_____________________________________

 

7. Qual pontuação foi usada para introduzir as falas das personagens?

_______________

 

8. Qual a opinião da mãe de Lia sobre cachorros no terceiro parágrafo?

_______________________________________________________________________

 

9. POR QUE o cão de Lia passou a ser o cão da mãe de Lia?

_______________________________________________________________________

 

10. O que significa RELATIVO?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

PARTE II

 

 

1.  O conflito se inicia a partir de que acontecimento (par.1)?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

2.  Qual o desfecho da narrativa (par.15)?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

3. Ao conversar com um adulto, que palavras um médico normalmente utiliza para se referir a COCÔ e PIPI?

_____________________________________________________________________________

 

4. “Mãe é mãe e promessas são muito relativas.” O que essa frase nos permite INFERIR?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5. Marque a alternativa que NÃO indica LUGAR.

a) O cachorro fez pipi no sofá

b) os da história ficam ali paradinhos

c) fugiu para a rua

d) No dia em que Lia leu a história daquele cachorro

terça-feira, 30 de maio de 2023

CONTO AFRICANO PEQUENO AS DUAS MULHERES E O CÉU 8º ANO

 

As duas mulheres e o Céu

(Conto africano)

    No começo dos tempos, a distância entre o céu e a terra era bem pequena: não passava da altura de uma girafa.

    Certo dia, numa aldeia africana, duas mulheres estavam com os seus pilões amassando grãos de trigo. As duas não paravam de falar. Era uma fofoca atrás da outra. Uma delas, empolgando-se muito com o falatório, levantou o pilão tão alto que fez um furo no céu.

    –Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – gritou o céu.

    Tão animadas com a conversa estavam as duas mulheres, que não ouviram o grito.

    Acontece que não parou por aí. O espaço celeste começava a ganhar furos e mais furos porque as duas mulheres, de tão empolgadas com a conversa, não perceberam que seus pilões rasgavam o céu, que continuava a gritar.

    Lá em cima, o tapete azulado chorou, berrou e nada adiantou. Finalmente, tomou uma decisão:

    – Assim não dá mais, vou me afastar da terra o máximo que puder.

    Subiu, subiu o mais alto que pôde. Quando chegou lá no topo do mundo, sossegou:

    – Aqui está bom. Ninguém mais vai conseguir me furar.

    Todos os furos que as duas mulheres fizeram nunca mais foram fechados. Os africanos dizem que esses furos podem ser vistos diariamente durante a noite: são as estrelas do céu.

 

BRENMAN, Ilan. “As narrativas preferidas de um contador de histórias”. Difusão Cultural do Livro, 2005.

 

http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/14099216/4352923/LINGUAPORTUGUESA.pdf

 

1. Qual é a finalidade do conto "As duas mulheres e o céu"?

______________________________________________________________________________________________________

2. Como já foi dito, o conto é um texto de base narrativa. Identifique os elementos da narrativa do conto lido:

A)Enredo (Sucessão encadeada de acontecimentos à volta do assunto principal de uma narrativa.):

______________________________________________________________________________________________________

B) Tempo (período em que passa a história):

__________________________________________________________________

C) Espaço (lugar onde acontece a história):

___________________________________________________________________

D) Tipo de narrador (personagem ou observador):

______________________________________________________________

E) Personagens (seres que dão vida à história):

_______________________________________________________________

3. Transcreva o trecho do segundo parágrafo do texto que apresenta o fato que motivou a história (o conflito gerador).

______________________________________________________________________________________________________

4. O clímax do conto é o momento em que o céu toma uma decisão para resolver o problema. Qual foi a decisão do céu?

 

MERGULHO NO TEXTO

1. Por que uma das mulheres furou o céu?

______________________________________________________________________________________________________

2. Qual foi a reação do céu ao ser furado?

______________________________________________________________________________________________________

3. Como as mulheres reagiram com o grito do céu? Por quê?

______________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________

4. Segundo o texto, os furos do céu ainda podem ser vistos. Como isso é possível?

______________________________________________________________________________________________________

5. Releia os dois trechos do texto abaixo:

"O espaço celeste começava a ganhar furos e mais furos..."

""Lá em cima, o tapete azulado chorou, berrou e nada adiantou."

As expressões destacadas retomam que elemento citado do texto?

 

6. Indique o valor semântico dos elementos coesivos destacados abaixo:

A) No começo dos tempos, a distância entre o céu e a terra era bem pequena." ______________________________________

B) "...numa aldeia africana, duas mulheres estavam com os seus pilões amassando grãos de trigo." ______________________

 

7. Transcreva do texto um trecho que mostre uma relação de causa e consequência.

_______________________________________________________________________________________________________

8. No trecho "– Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – gritou o céu.", o termo destacado é uma interjeição. O que esse termo exprime?

_______________________________________________________________________________________________________

9. Releia "Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!". Qual a intencionalidade ao prolongar a interjeição "AI"?

________________________________________________________________________________________

 

https://acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-texto-conto-africano-as-duas-mulheres-e-o-ceu-7o-ano/

 

 

Questão 1 – O conto africano acima é de natureza:

 

a) ficcional

 

b) científica

 

c) jornalística

 

d) didática

 

 

Questão 2 – Predomina no texto:

 

(     ) a linguagem formal.

 

(     ) a linguagem informal.

 

 

Questão 3 – Identifique a finalidade do texto “As duas mulheres e o Céu”:

 

a) defender uma opinião sobre o surgimento do universo.

 

b) explicar o surgimento das estrelas do céu.

 

c) dar informações sobre o céu.

 

d) apresentar o continente africano.

 

 

 

Questão 4 – O segundo parágrafo do texto apresenta o fato que motivou a história. Aponte-o:

 

a) “[…] duas mulheres estavam com os seus pilões amassando grãos de trigo.”

 

b) “As duas não paravam de falar.”

 

c) “Era uma fofoca atrás da outra.”

 

d) “Uma delas … levantou o pilão tão alto que fez um furo no céu.”

 

 

Questão 5 – No trecho “–Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – gritou o céu.”, a reação do céu ao furo foi representada por meio de:

 

a) um verbo que exprime dor.

 

b) um substantivo que exprime dor.

 

c) uma interjeição que exprime dor.

 

d) um adjetivo que exprime dor.

 

 

 

Questão 6 – Segundo o texto, qual foi a atitude das mulheres diante do grito do céu?

 

R.

 

Questão 7 – O céu começa a resolver o problema quando:

 

a) chora e berra muito.

 

b) decide afastar-se da terra o máximo que puder.

 

c) sobe o mais alto que pode.

 

d) chega ao topo do mundo.

 

 

 

Questão 8 – De acordo com o conto africano, os furos no céu, feitos com os pilões pelas duas mulheres da aldeia, tiveram uma consequência. Identifique-a:

 

R.

 

 

Questão 9 – O conto apresenta duas expressões que retomam o termo “céu”, evitando a repetição. Localize-as:

 

R.

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 26 de fevereiro de 2023

TRAGÉDIA BRASILEIRA - POEMA NARRATIVO

 

Tragédia Brasileira – Manuel Bandeira - 1933

 

       Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade,

       Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.

       Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.

      Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.

      Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada.

      Não fez nada disso: mudou de casa.

      Viveram três anos assim.

      Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.

      Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

       Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

 

1. faz quantos anos que esse texto foi publicado?

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2. “Podia dar uma surra, um tiro, uma facada.” Qual sua opinião sobre o que misael poderia fazer se a história se  passasse nos dias atuais?

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3. Apesar de o texto não dizer, o que voc~e acha que aconteceu com o Misael?

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4. Em quantos endereços, presentes no texto, Misael morou durante os três anos com Maria Elvira?

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5. Boca do Mato, Inválidos ...  Por que o autor utilizou reticências no final desse fragmento?

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6. Misael tirou Maria Elvira da vida. A expressão destacada foi empregada em sentido conotativo( real) ou conotativo (figurado) ?

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7. Qual o significado da expressão “da vida” no texto?

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8. “a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal” Essa expressão significa:

a) deitada de lado.

b) deitada de barriga para baixo.

c) deitada de barriga para cima.

 

9. O adjetivo que indica uma característica de misael é:

a) inconformado

b) resignado

c) impaciente

 

10. A partir do texto podemos dizer que os fatos narrados se passam?

a) em São Paulo

b) no Rio de janeiro e em São Paulo

c) no Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

O texto acima é um poema narrativo. Uma narrativa deve responder a algumas perguntas básicas:

O QUÊ?                – o(s) fato(s) que determina(m) a história;

QUEM ?                _ a personagem ou personagens;

COMO?                 _ o enredo, o modo como se tecem os fatos;

ONDE?                  _ o lugar ou lugares da ocorrência;

QUANDO?            _ o momento ou momentos em que se passam os fatos;

POR QUÊ?            _ a causa do acontecimento.

 

11. Destaque os elementos pontuados acima:

 

• O quê?

 

 _____________________________________________________.

• Quem?

 

 _____________________________________________________.

 

• Como?

 

 _____________________________________________________.

• Onde?

 

 _____________________________________________________.

•Quando?

 

 _____________________________________________________.

•Por quê?

 

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"Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado:

·         exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época)

·         desenvolvimento( desenrolar dos fatos)

·         desfecho ( arremate da trama ).

 

 

12. Quanto à estrutura da narrativa convencional, destaque do texto Tragédia Brasileira os seguintes trechos:

    * a exposição:

 

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 

o desenvolvimento:

 

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 

O desfecho:

 

____________________________________________________________________________________________________________,      

 

13. Relacione as palavras que se referem, fisicamente, às personagens Maria Euvira e Misael:

 

MARIA ELVIRA

MISAEL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

14. Separe as características de Maria Elvira, em duas colunas, antes e depois de ter se casado com Misael: Prostituída - com sífilis - dermite nos dedo - boca bonita - saldável - conforto

 

ANTES DO CASAMENTO

DEPOIS DO CASAMENTO