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segunda-feira, 12 de junho de 2023

MITO - O REI MIDAS - 6ºANO - GABARITO

 

O Rei Midas

       Em Bromionte, na Macedônia, bem no norte da Grécia, vivia em paz o rei Midas, um soberano ávido de prazeres refinados e de todo tipo de riqueza. Gostava especialmente de percorrer as alamedas do imenso e maravilhoso jardim que margeava seu suntuoso palácio. Nesse jardim, o que o rei mais apreciava era aspirar o perfume das rosas cultivadas para ele.

      Um dia, quando os jardineiros estavam guardando as ferramentas, um deles ouviu um barulho estranho, que vinha de uma moita. Fez sinal aos companheiros para que se calassem, e todos ouviram um ruído surdo e regular, às vezes interrompido por resmungos.

     Aproximando-se com cuidado, os jardineiros descobriram um ser estranho, encolhido no chão. Tinha corpo de homem e pés de bode. [...]

     Agarraram a estranha criatura e levaram-na ao rei. [...] Ele declarou a Midas que se chamava Sileno e que era companheiro e amigo de Dioniso, o deus das uvas e do vinho.

Ao conhecer a identidade de seu visitante, Midas mandou soltá-lo e, depois que Sileno descansou e comeu, foi levá-lo a Dioniso.

      A alegria do deus ao reencontrar Sileno foi enorme. Mandou abrir vários barris de vinho e deu uma festa ao som de flautas e pandeiros. Quando as danças finalmente cessaram, Dioniso disse que desejava agradecer a Midas. Propôs satisfazer um desejo do rei. Qualquer um.

Acontece que Midas era muito cobiçoso, e isso o fez responder sem pensar:

─ Meu maior desejo no mundo é que tudo em que eu toque se transforme em ouro.

O deus achou bem maluca a ideia, mas, já que tinha prometido, concordou e proporcionou o dom que Midas acabara de pedir.

     Assim que ficou sozinho em seus aposentos, o monarca começou a experimentar seus novos poderes. Tocou a mesa e foi um deslumbramento: o móvel de simples madeira se transformou em ouro maciço. Aconteceu o mesmo com uma taça de estanho e uma espada de bronze. Maravilhado, Midas ficou frenético. Saiu tocando tudo o que estava a seu alcance. Em pouco tempo, tudo no palácio tinha virado ouro maciço. Tudo quanto era enfeite, móvel, as próprias colunas do prédio, as árvores do jardim...Ouro puro, brilhante, cintilante. De longe dava para ver o brilho do palácio de ouro de Midas, faiscando sob os raios do sol poente.

     No entanto, o rei percebeu que a noite se aproximava. Ele estava com fome. Chamou os escravos e mandou servir o jantar, sendo imediatamente obedecido. Faminto, Midas jogou-se sobre os pratos deliciosos que lhe traziam. Mas as carnes douradas, as frutas suculentas, os queijos que queria levar à boca, tudo se transformava em ouro no instante que ele os tocava.

Inquieto e desapontado em sua gulodice, fez outra tentativa. Aconteceu o mesmo. Chamou os empregados, mas todos se afastaram dele, querendo ficar bem longe de um homem que tinha um poder tão terrível.

     Então Midas, alucinado de fome e de solidão, começou finalmente a refletir e percebeu que o dom de Dionísio condenava-o a uma morte rápida. Ficou apavorado, e, chorando, implorou ao deus que o livrasse daquele poder assustador e mortal.

Dioniso deu boas gargalhadas quando viu a que ponto a cobiça levara Midas. Mas ficou com pena e aconselhou-o logo a tomar um banho na nascente do Páctolo, um rio próximo ao monte Tmolo. Midas obedeceu e, ao sair da água, viu com alívio que seu dom funesto desaparecera. Desde esse dia, as águas do Páctolo carregam sempre uma porção de pepitas

de ouro.

        Adaptado de QUESNEL, Alain. A Grécia: mitos e lendas. Tradução de Ana Maria Machado. São Paulo: Ática, 2005

 

1. Qual é a finalidade do texto “O Rei Midas”?

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1. O texto conta uma história. Quem são os personagens?

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2. Qual é a situação inicial da história?

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3. Que fato novo acontece e começa o conflito?

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 4. Por que o deus Dionísio deu ao Rei o presente de poder ter um desejo atendido? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5. O que o termo destacado está substituindo em “Assim que ficou sozinho em seus aposentos, o monarca começou a experimentar seus novos poderes.” ?

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6. O que significa dizer que o Rei estava “frenético” no trecho: “Maravilhado, Midas ficou frenético. Saiu tocando tudo o que estava a seu alcance.”?

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7. Qual é o efeito do uso das reticências no trecho “Tudo quanto era enfeite, móvel, as próprias colunas do prédio, as árvores do jardim (...)” ?

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8. O que o termo destacado substitui no trecho “Mas as carnes douradas, as frutas suculentas, os queijos que queria levar à boca, tudo se transformava em ouro no instante que ele os tocava.”

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9. Qual a consequência de Midas ter refletido e percebido que o poder de transformar tudo em ouro o levaria a uma morte rápida?

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10. Sublinhe, no texto, o clímax. Relembrando... Clímax é o momento de maior tensão, quando o conflito entre os personagens centrais chega a um ponto em que não é mais possível adiar o desfecho.

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GABARITO:

1- Contar a história do ReiMidas.

 

1. O Rei Midas, os jardineiros, Sileno, Dioniso, os escravos, os empregados.

 

2. O Rei Midas vivia em paz em meio ao luxo. Passeava no seu jardim.

 

3. Os jardineiros encontram Sileno, amigo do deus Dionísio, no jardim.

 

4. Porque Midas cuidou do amigo de Dionísio e o levou até ele

 

5. Substitui “ReiMidas”.

 

6. Agitado, entusiasmado.

 

7. Reforçar que a sequência não tem fim, já que “tudo” virava ouro.

 

8. Substitui “as carnes douradas, as frutas suculentas, os queijos que queria levar à boca,tudo”.

 

9. Ele ficou alucinado de fome e solidão, refletiu e pediu para Dionísio o livrasse do poder.

 

10. Sugerimos sublinhar estes dois parágrafos: “Inquieto e desapontado em sua gulodice, fez outra tentativa. Aconteceu o mesmo. Chamou os empregados, mas todos se afastaram dele, querendo ficar bem longe de um homem que tinha um poder tão terrível. Então Midas, alucinado de fome e de solidão, começou finalmente a refletir e percebeu que o dom de Dionísio condenava-o a uma morte rápida. Ficou apavorado, e, chorando, implorou ao deus que o livrasse daquele poder assustador e mortal.”

terça-feira, 17 de novembro de 2020

MITO: MITOLOGIA EGÍPCIA.

MITO: MITOLOGIA EGÍPCIA

 1. De onde você acha que surgiu o primeiro deus da mitologia egípcia?
2. Crie hipóteses sobre como foi criado o homem na mitologia egípcia.
Nut (céu) se erguendo sobre Geb (Terra)
 
       Os antigos egípcios possuíam vários mitos da criação, que mudavam de acordo com o território.
       Um desses mitos conta que tudo começou nas águas do oceano Nun, de onde surgiu Atum, um ser sem gênero e que possuía um olho que tudo vê. Ele então criou Shu, deus do ar, e Tefnut, deusa da umidade.
      Esses dois deuses foram encarregados de criar ordem a partir do caos. Eles então geraram Geb, a terra, e Nut, o céu. Quando o céu foi levantado acima da terra, a ordem do mundo se formou, porém Shu e Tefnut se perderam na escuridão.
      Atum então removeu seu olho e o enviou em busca de seus filhos.  Quando eles foram encontrados, Atum chorou de felicidade, e no local onde suas lágrimas atingiram a Terra nasceram os homens.
 
3. De acordo com essa mitologia, como surgiu o homem?
4. Como Atum fez para encontrar seus filhos?
 

MITO: MITOLOGIA GREGA - ORIGEM DA TERRA

 MITO: Mitologia grega: Prometeu e a punição de Zeus

 
1. Você sabe o que a imagem abaixo representa?
 

2. Como você acha que surgiu a terra?
 
3. O que você sabe sobre a origem da humanidade?
 
4. Como você acha que surgiu o sofrimento na terra?
 
Prometeu e a criação do homem
       No começo havia apenas o vazio e o Caos, e nele morava Nyx, um pássaro de asas negras. Esse pássaro pôs um ovo de ouro, de onde surgiu Eros, o deus do amor. Uma parte da casca subiu e se tornou o céu e a outra se tornou a Terra.
       Eros então nomeou o céu de Urano e a Terra de Gaia. Depois, fez eles se apaixonarem.
      Urano e Gaia tiveram muitos filhos, tanto deuses quanto monstros. Um deles, chamado Cronos, matou seu pai e tomou o posto como governante, e para que ele não fosse traído também, sempre engolia seus filhos ao nascerem.
      Quando seu sexto filho nasceu, sua mãe o escondeu para que ele não tivesse o mesmo destino. Esse filho era Zeus, que quando cresceu conseguiu enganar seu pai e salvar seus irmãos. Assim, Zeus se tornou líder dos Deuses.
      Mas ainda não haviam homens e animais na Terra. Então Zeus pediu à seus filhos Prometeu e Epimeteu que fossem à Terra, criassem esses seres e dessem um presente a cada um deles.
       Prometeu criou os homens à imagem dos deuses, enquanto Epimeteu trabalhou nos animais. Epimeteu terminou primeiro a sua obra, dando um presente a cada um dos animais, e quando Prometeu terminou sua criação, já não havia presentes para dar ao homem.
       Por isso, Prometeu decidiu roubar o fogo dos deuses e dar aos homens. Zeus ficou furioso quando descobriu, e além de castigar seu filho com o sofrimento eterno, resolveu punir também os homens.
       Para isso, ele criou uma mulher muito bela chamada Pandora, e a fez esposa de Epimeteu. Zeus deu à Pandora uma caixa que nunca deveria ser aberta, mas movida pela curiosidade, ela o fez.
      Quando Pandora abriu a caixa, dela saíram todos os males que assolam a humanidade até hoje, como a dor, a doença e a ganância.
 
 
5. De acordo com a mitologia grega como surgiu a Terra?
6. De onde vieram os seres humanos de acordo com a mitologia grega?
7. Segundo a mitologia grega por que há tantos males no mundo?
 

MITO: MITOLOGIA NÓRDICA ODIN

 
Mitologia nórdica: a morte de Ymir e a criação de Midgard
 
1. O que você sabe sobre a origem da humanidade?
2. De onde veio os seres humanos?
 
 

 
       Antes da existência da Terra que os homens habitam, chamada de Midgard, havia apenas um grande vazio: Ginungagap. Em seu norte existia uma terra coberta de gelo e neblina, chamada de Niflheim, e ao sul estava Muspelheim, a terra do fogo.
      Quando o gelo e a lava desses dois mundos se encontraram em Ginungagap, surgiu o primeiro gigante da mitologia nórdica: Ymir. Junto com ele, naquele momento nasceu uma vaca, de nome Audhumla.
        Um dia, enquanto a vaca lambia um bloco de gelo, de dentro dele surgiu um homem. Este era Buri, o primeiro dos deuses. Do gelo também nasceu sua mulher Bestla, e os dois tiveram um filho chamado Borr, que posteriormente gerou os deuses Odin, Vili e Ve.
       Odin e seus irmãos começaram a se incomodar com o fato de que existiam mais gigantes do que deuses, e resolveram matar Ymir. Quando o fizeram, sua carne se tornou a terra, seu sangue criou os rios e oceanos, as montanhas vieram de seus ossos e seus cabelos viraram as árvores.
      Seu cérebro foi jogado no ar, criando as nuvens, e seu crânio vazio se transformou no céu estrelado. E foi assim que foi criado o mundo dos humanos, Midgard.
         Quando Odin e seus irmãos foram andar por essas terras e apreciar sua criação, eles viram que faltava algo. Então, ao avistar dois troncos de árvore caídos, Odin os transformou no primeiro homem e na primeira mulher, chamados de Askr e Embla, e os deu o dom da vida.
Vili, seu irmão, lhes deu sentimento e raciocínio, e Ve os presenteou com o dom da fala, da audição e da visão.
 
 
3. De acordo com a mitologia nórdica como foi criado o primeiro home e a primeira mulher?
4. Como se deu a criação da terra?
4. Como foi criado o céu estrelado de acordo com a mitologia nórdica?
5. De que forma nasceu o primeiro SER da mitologia nórdica?
6. A imagem no começo do texto faz referência a que parte do mito nórdico?
7. Odin era filho de que?
 

MITO: MITOLOGIA JAPONESA

 

Mitologia japonesa: a história de Izanagi e Izanami

1. O que você sabe sobre a origem da humanidade?
2. Como se originou a Terra?
 

Izanagi e Izanami tocando o oceano primordial com sua lança
 
       No início, existia apenas um deus, que por se sentir solitário decidiu criar os deuses irmãos Izanagi e Izanami. Esses deuses ficavam em cima de uma ponte flutuante. Curiosos sobre o que havia abaixo deles, os deuses mergulharam uma lança de joias no oceano primordial, e quando a balançaram, uma gota caiu de sua ponta se transformando em uma ilha. Essa ilha era o Japão.
      Os dois então desceram para essa ilha e começaram a explorá-la em direções diferentes, criando diversos tipos de plantas em seu caminho. Quando eles se encontraram novamente, decidiram se casar e ter filhos para povoar essa terra.
      A primeira de suas filhas era uma garota tão bela que os deuses decidiram que ela não poderia viver no Japão. Então, a colocaram no céu.
       Essa deusa, chamada de Amaterasu, se tornou o sol. A segunda filha de Izanagi e Izanami tornou-se a lua, e o terceiro transformou-se no mar.
      Segundo o mito, o primeiro imperador do Japão foi filho de Amaterasu, e todos os imperadores seguintes alegaram ser seu descendente.
 
 
3. De acordo com a mitologia japonesa o Japão surgiu como?
4. De onde vieram os seres humanos de acordo com a mitologia japonesa?
5. Por que os japoneses reverenciam os imperadores?

terça-feira, 10 de novembro de 2020

MITO HÉRCULES

 

      MITO HÉRCULES

 

     Hércules nasceu com o destino traçado. Seria o maior herói da Grécia. O pai dele, Zeus, era imortal. Mas a mãe, Alcmena, era mortal como todos nós. Resultado: o garotão era semideus – meio mortal, meio imortal. Para não morrer nunca, precisava tomar o leite de uma imortal. O pai, então, bolou um plano.

      Fez com que Hera encontrasse o menino sozinho. Ele chorava de fome. Com pena da criança faminta, a deusa lhe deu o peito. Ele sugou com tanta força que ela o afastou com rapidez. Um esguicho de leite se esparramou pelo

firmamento. Assim, foi criada a Via Láctea – o caminho que os heróis seguem para entrar no Olimpo.

     Nesse momento, apareceu Alcmena. Hera se deu conta de que tinha sido enganada. Ao alimentar o bebê tornou-o indestrutível. Furiosa, jurou vingança. Perseguiu Hércules sem pena. Pôs no berço dele duas cobras venenosas para que o picassem. Mas o meninão pegou uma serpente com cada mão e estrangulou as duas. Foi um show.

SQUARISI, Dead. Deuses do Olimpo para gente pequena e gente grande também.

1ª ed.:São Paulo: Geração Editorial, 2013.

 

1- Releia algumas frases do texto: “O pai então bolou um plano.”; “Mas o meninão pegou uma serpente com cada mão”, “Foi um show.” As palavras destacadas são gírias e costumam ser empregadas em textos informais. Sabendo disso, responda: a que faixa etária de leitor o autor, provavelmente, quer atingir?

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2- O autor emprega diferentes palavras ao longo do texto para se referir ao personagem Hércules. Circule essas palavras.

 

3- Copie, do 1.º parágrafo, uma frase em que esteja claro que o autor está conversando com o leitor:

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4- A galáxia em que vivemos é chamada de “Via Láctea”, ou seja, uma via ou um caminho de leite. Segundo a história de Hércules, qual a causa da galáxia ter recebido este nome?

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5- O texto termina com a frase: “Foi um show!” Por que esta palavra está escrita em itálico?

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MITO A CRIAÇÃO DO MUNDO SEGUNDO OS EGÍPICIOS.

 

A criação do mundo segundo os egípcios
 
No princípio havia apenas as profundas e escuras águas de Nun.
Então das águas surgiu uma ilha.
Sobre a ilha estava Rá, o Brilhante.
Rá foi o primeiro deus na terra do Egito.
Rá tinha um Nome Secreto, que lhe concedia o poder de dar a vida a qualquer coisa com apenas uma palavra ou um olhar!
Primeiro Rá criou Shu, o deus do ar, e Tefnut, a deusa da chuva. Depois vieram Geb, o deus da terra, e Nut, a deusa do céu. Em seguida, ele deu o nome a Hâpi, o grande rio Nilo que atravessa o Egito. Depois disso, Rá deu vida a homens e mulheres e a todas as coisas na Terra, grandes e pequenas.
Então Rá assumiu a forma de um homem e se tornou o primeiro faraó do Egito. E todos os anos o rio Nilo subia e inundava os campos para ajudar a plantação a crescer. Assim havia paz e abundância no governo de Rá.

Williams, Márcia. Egito Antigo: contos de deuses e faraós.

[tradução: Adriana Scwartz], 1ª ed. SP. Ática, 2012.

 

1- De acordo com o terceiro parágrafo, com que astro celeste o deus Rá se parece? Por quê?

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2- Podemos dizer que o primeiro faraó do Egito era divino? Por quê?

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3- O 6.º parágrafo fala sobre as criações de Rá. Circule, no parágrafo, as palavras ou expressões que dão ideia de tempo e de que as criações ocorreram em sequência, ou seja, uma após a outra.

MITO NARCISO

 

NARCISO 

https://acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-texto-narciso-4o-ano/

Mitologia grega

Há muito tempo, na floresta, passeava Narciso, o filho do sagrado rio Kiphissos. Era lindo, porém tinha um modo frio e egoísta de ser. Era muito convencido de sua beleza e sabia que não havia no mundo ninguém mais bonito que ele.

Vaidoso, a todos dizia que seu coração jamais seria ferido pelas flechas de Eros, filho de Afrodite, pois não se apaixonava por ninguém.

As coisas foram assim até o dia em que a ninfa Eco o viu e imediatamente se apaixonou por ele.

Ela era linda, mas não falava; o máximo que conseguia era repetir as últimas sílabas das palavras que ouvia.

Narciso, fingindo-se de desentendido, perguntou:

– Quem está se escondendo aqui perto de mim?

–… de mim – repetiu a ninfa assustada.

– Vamos, apareça! – ordenou. – Quero ver você!

–… ver você! – repetiu a mesma voz em tom alegre.

Assim, Eco aproximou-se do rapaz. Mas nem a beleza e nem o misterioso brilho nos olhos da ninfa conseguiram amolecer o coração de Narciso.

– Dê o fora! – gritou, de repente. – Por acaso pensa que eu nasci para ser um da sua espécie? Sua tola!

– Tola! – repetiu Eco, fugindo de vergonha.

A deusa do amor não poderia deixar Narciso impune depois de fazer uma coisa daquelas. Resolveu, pois, que ele deveria ser castigado pelo mal que havia feito.

Um dia, quando estava passeando pela floresta, Narciso sentiu sede e quis tomar água.

Ao debruçar-se num lago, viu seu próprio rosto refletido na água. Foi naquele momento que Eros atirou uma flecha direto em seu coração.

Sem saber que o reflexo era de seu próprio rosto, Narciso imediatamente se apaixonou pela imagem.

Quando se abaixou para beijá-la, seus lábios se encostaram na água e a imagem se desfez. A cada nova tentativa, Narciso ia ficando cada vez mais desapontado e recusando-se a sair de perto da lagoa. Passou dias e dias sem comer nem beber, ficando cada vez mais fraco.

Assim, acabou morrendo ali mesmo, com o rosto pálido voltado para as águas serenas do lago.

Esse foi o castigo do belo Narciso, cujo destino foi amar a si próprio.

Eco ficou chorando ao lado do corpo dele, até que a noite a envolveu. Ao despertar, Eco viu que Narciso não estava mais ali, mas em seu lugar havia uma bela flor perfumada. Hoje, ela é conhecida pelo nome de “narciso”, a flor da noite.

 

Questões

1)    Qual é o título do texto?

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2)    Quem é o personagem principal?

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3)    Quais são os personagens do texto?

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4)    Como era a personalidade de Narciso?

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5)    De quem Narciso era filho?

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6)    Por que Narciso acreditava que jamais seria flechado por Eros? Em sua opinião que flechas eram essas?

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7)    Quem se apaixonou por Narciso? Cite algumas características desta ninfa.

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8)    Qual foi a reação de Narciso quando encontrou a ninfa?

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9)     Que castigo Narciso recebeu por sua atitude com a ninfa?

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10)  Em qual flor Narciso se transformou?

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MITO ARACNE TEXTO

 

     Aracne era uma jovem muito habilidosa quando ia tecer e fiar.        

      Sua habilidade era incrível, pois ela transformava as mais rudes lãs de carneiro, nas mais belas tecelagens, e por isso, seu trabalho chamava atenção de todos, inclusive de reis.

 

    Certo dia, um rei foi buscar uma encomenda, e ao vesti-la disse que só Atena seria capaz de criar algo mais bonito do que aquilo! Esse comentário irritou muito Aracne, e a mesma disse que iria desafiar Atena, pra saber qual seria o melhor trabalho.

     O rei a alertou que ela não deveria desafiar Atena, mas já era tarde demais, a deusa já havia aparecido com dois teares, para o desafio.

      Então, as duas começaram a trabalhar, criado lindas tecelagens. Em certo momento, ao olhar para a obra de Aracne, Atena se irritou com a ousadia da moça, e disse que Aracne realmente tecia bem, porém que ninguém iria dizer que a deusa tecia coisas menos bonitas que Aracne, então a deusa propôs algo:

      se Aracne aceitasse acabar com o desafio, a deusa a transformaria na maior fiandeira e tecelã de todos os tempos! Aracne aceitou, e por isso, a deusa a transformou em uma aranha!

Eric A. Kimmel

 

sábado, 16 de maio de 2020

MITO: O MAIOR DOS DILÚVIOS 7º ANO


MITO: O MAIOR DOS DILÚVIOS

O maior dos dilúvios
       Prometeu tinha um filho chamado Deucalião, que era bondoso e gentil. Ele amava os pássaros, os animais e os insetos — amava até a águia que rasgava o fígado do seu pai todas as manhãs.
        "Ela está apenas fazendo o seu serviço?", dizia ele ao pobre Prometeu, na sua visita anual ao Cáucaso. Prometeu rilhava os dentes e assentia bravamente, e Deucalião alisava as penas da águia enquanto eles conversavam.
       Até que um dia uma terrível mensagem foi trazida a Prometeu pelo Vento Norte. Prometeu implorou à águia que tirasse um dia de folga e fosse buscar Deucalião para ele, Como Deucalião fora gentil com ela, a águia foi.
      "Meu filho", disse Prometeu, "você precisa se salvar, e à sua mulher. Zeus está zangado com Pandora por ela ter aberto o meu jarro e deixado todos os males escaparem para o mundo. Eles infectaram as minhas pessoas de barro e agora elas estão sendo tão cruéis umas com as outras que Zeus vai se livrar delas. Ele vai fazer chover, e chover, até toda a terra ficar coberta pelas águas e tudo o que nela vive ser afogado. Você precisa construir um barco para que você e Pirra escapem."
        "Mas, pai, e os animais, pássaros e insetos? Eles não são como as suas pessoas — eles são inocentes. Como poderei salvá-los?", perguntou Deucalião.
       Então Prometeu lhe explicou como construir uma grande arca, com espaço suficiente para duas criaturas de cada espécie. Logo a terra inteira foi coberta de água, e as únicas coisas vivas que restaram sobre ela foram Deucalião, sua mulher e as criaturas que eles haviam reunido na arca. O barco ficou malcheiroso e não havia muita comida, mas depois de nove noites e nove dias as águas baixaram e a arca aportou no alto de uma grande montanha.
      Animais, aves e insetos saíram rapidamente, voando e rastejando, em busca de novos lares, e Deucalião e Pirra se ajoelharam na terra e louvaram Zeus, agradecendo por ter escapado. Eles acenderam uma fogueira com algumas brasas preciosas que tinham guardado em um pote, e quando a fumaça chegou ao Olimpo Zeus olhou para baixo e os viu rezando.
      "São boas pessoas", ele pensou. "Vou ajudá-las." Zeus então entregou uma mensagem a Bóreas, o Vento Norte, para ser soprada ao ouvido de Deucalião.
      "Zeus mandou jogar os ossos da mãe por cima do seu ombro!", assoviou Bóreas. Deucalião ficou muito surpreso. Certamente Zeus não queria dizer os ossos de Pirra.
      "Zeus quer dizer os ossos da Mãe Terra, tolinho!", disse Pirra. E ela pegou uma grande pedra e a jogou por cima de seus ombros. Imediatamente, uma menininha apareceu ali, em pé. Ela veio correndo até Pirra para ser abraçada.
      Deucalião e Pirra caminharam por toda a terra jogando pedras por cima dos ombros, e em cada lugar por onde passaram Deucalião fez homens e Pirra, mulheres. Alguns eram pardos, alguns rosados, alguns amarelos e alguns negros. Como tinham sido feitos de pedra, as ferroadas dos insetos maus de Pandora não eram nem de longe tão nocivas a eles quanto tinham sido para as pessoas que Prometeu fizera com barro, tantos anos antes.

Lucy Coats. O maior dos dilúvios. Em: O menino que caiu do céu: 50 mitos gregos. Tradução de Ricardo Gouveia. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. p. 30-32


1. Em quantas partes esse mito pode ser dividido? Identifique-as  e indique os acontecimentos de cada uma delas.
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2. O início do mito revela que Deucalião amava muito os ani­mais. Relacione esse aspecto da personalidade da perso­nagem com o papel dela nos preparativos para o dilúvio.
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3. Os deuses mitológicos costumam se comportar como seres humanos, manifestando ciúme, raiva, inveja e outros sentimen­tos considerados inferiores. Com base nessa afirmação, avalie o comportamento de Zeus na narrativa lida anteriormente.
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4. Releia a frase dita por Bóreas a Deucalião, após o dilúvio:
"Zeus mandou jogar os ossos da mãe por cima do seu ombro!", asso­viou Bóreas.
a) Ao ser lida fora de contexto, é possível notar na frase a presença de ambiguidade. Que palavra é responsável por produzir esse efeito?
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b) Reescreva a frase eliminando a ambiguidade.
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5. Releia agora este trecho.
       Deucalião e Pirra caminharam por toda a terra jogando pedras por cima dos ombros, e em cada lugar por onde passaram Deucalião fez homens e Pirra, mulheres. Alguns eram pardos, alguns rosados, alguns amarelos e alguns negros. [...]
a) Classifique os pronomes em destaque no trecho lido.
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b) Relacione o emprego dos pronomes toda e cada com a construção es­pacial nas narrativas míticas.
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6. Após o dilúvio, a Terra passa a ser povoada por Deucalião e Pirra. Que diferenças há entre a nova raça humana que é gerada após o dilúvio e a anterior, criada por Prometeu?
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7.  Em sua opinião, por que mitos como esse estão presentes na cultura de diferentes povos? Formule hipóteses e converse com os cole­gas sobre o que eles pensam a respeito.
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8. Produza com a turma um painel ilustrado para apresentar os deuses da mitologia grega à comunidade escolar. Dessa forma, vocês podem incen­tivar outras pessoas a conhecer esse rico universo mitológico.



PANDORA E OS MALES DO MUNDO
     Na mitologia grega, Prometeu rouba o fogo dos deuses para dá-lo aos humanos e é punido por Zeus, o deus supremo do Olimpo. Prometeu é levado para o monte Cáucaso, onde é acorrentado e submetido a um castigo: todas as manhãs uma águia o visita para comer seu fígado. Seu irmão, Epimeteu, é casado com Pandora, a primeira mulher, criada por ordem de Zeus. Numa das versões do mito, Pandora abre um jarro dado por Zeus e deixa que insetos que representavam a inveja, a cobiça, o ciúme e a ira saíssem voando pelo mundo, atacando os seres humanos e picando-os com seus ferrões.


FONTE: COSTA, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais: 7ºano­­-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

GABARITO MITO O PEIXE COM CHIFRES 7º ANO ALPHA


MITOLOGIA

Cabeça de elefante, homem-pássaro e peixe com chifres são deuses da mitologia indiana. Você conhece algum deles? Os mitos hindus, surgidos há milênios, foram e são transmitidos oralmente de geração a geração. O texto que você vai ler apresenta o mito do peixe com chifres. Antes de ler, pense sobre um possível papel desse deus no mito. Depois, leia o texto e descubra.
TEXTO
O peixe com chifres
Aquele que não parava de crescer
Há muitos anos, havia um rei, filho do Sol, que se chamava Manu, e que pos­suía inúmeras qualidades. Por ser um asceta e desejar levar a vida afastado do mundo e em meditação, Manu entregou o reino a seu filho e, recolhendo-se num lugar solitário no Himalaia, atingiu o mais alto grau na prática de ioga.
Passou assim um milhão de anos, até que um dia recebeu a visita de Brahma, que, satisfeito com seu ascetismo rigoroso, concedeu-lhe a escolha de um dom.
                Escolha o que quiser — disse-lhe o deus criador — e seu pedido será realizado. O rei saudou a divindade e respondeu:
                Há apenas um dom supremo que desejo obter: deixa-me ser o protetor de todos os seres, animados e inanimados, quando acontecer a destruição.
A alma de todas as criaturas vivas concordou. Então, enviada pelos deuses, uma chuva de flores caiu do céu.
Um dia, quando Manu preparava o ritual dos antepassados, um pequeno peixe brilhante veio parar em suas mãos, com a água usada na cerimônia. O rei, vendo aquele peixinho tão frágil quanto belo, foi tomado de compaixão e resolveu cuidar dele, colocando-o numa vasilha cheia d'água.
Apenas um dia e uma noite se passaram e o peixe já havia crescido meio metro. Nesse momento, começou a gritar: "Salva-me, salva-me!", e Manu o jogou dentro de um pote.
Ao fim de uma só noite, ele aumentou de tamanho, medindo agora mais de um metro. E novamente se pôs a gritar em desespero:
— Salva-me, salva-me! Vim aqui em busca de refúgio.
O rei jogou-o dentro de um poço e, quando ele já não cabia mais ali, o jeito foi atirá-lo num grande lago. Mas aquela criatura aquática não parava de crescer. Media já mil metros e continuava a gritar desesperadamente:
— Salva-me, salva-me, ó melhor dos reis!
Então Manu o arremessou no rio Ganges e, como ainda crescesse, lançou-o no oceano. Quando o peixe ocupou todo o mar, o rei, Senhor da Terra, ficou com medo e perguntou:
           Afinal quem é você? O senhor dos demônios? Ou o Divino Benfeitor? De quem é esse corpo desmedido? Eu o reconheci na sua forma de peixe, ó Iluminado dos Cabelos Longos, mas você está me esgotando completamente. Presto-lhe homenagens, Senhor do Mundo.
Matsya, a deus-peixe
Então o deus Vishnu, que tinha tomado a forma do peixe, disse:
           Muito bem, muito bem! Você me reconheceu corretamente e cumpriu seu voto sem nenhum erro. Dentro em pouco, a terra, com suas montanhas, árvores, casas e animais, será submersa pelas águas. Este barco foi construído em conjun­to pelos deuses, de modo a proteger os viventes: os que nasceram do suor, do ovo, da água e aquelas criaturas que trocam de pele. Coloque todos no barco e salve­-os, pois eles não têm um protetor. E quando o barco for golpeado pelos ventos que sopram do fim dos tempos, amarre-o ao meu chifre, ó rei, Senhor dos Reis, Senhor da Terra. Ao fim da destruição, você será Prajapati, o grande sábio de todo o universo animado e inanimado. Assim, no início da idade de ouro, isto é, quando todos pertencerem a uma única casta, adorarem a um único deus e tiverem um único livro sagrado, você será o rei, firme e sábio, adorado até pelos deuses.
O dilúvio
Nesse momento, Manu perguntou a Vishnu:
— Senhor, quantos anos vai durar a destruição? Como protegerei as criaturas e como poderei ir para o seu lado novamente?
O peixe respondeu:
                A partir de hoje haverá uma seca que durará cem anos. A comida será pouca e a desgraça farta. Sete raios terríveis destruirão as poucas criaturas que sobrarem e sete vezes sete raios farão chover carvões em brasa. Chamas venenosas sairão da boca da égua submarina, até então fechada. Grande Sábio, o fogo sairá também do terceiro olho de Bhava, esse que é uma das forças da natureza, e queimará o universo. Quan­do a terra for reduzida às cinzas, o céu será aquecido pelo vapor. Então o universo, com seus deuses e constelações, será totalmente destruído. Redemoinho, Rugido­-Aterrorizante, Caçamba, Feroz, Grou, Relâmpago-Bandeira e Sangue-Vermelho, as sete nuvens do apocalipse, nascidas do suor de Agni, deus do fogo, inundarão a terra. Os mares serão agitados e os três universos formarão um único oceano. É chegada a hora de tomar este barco, colocar nele as essências e as sementes de todas as criatu­ras vivas e, prendendo a corda que lhe ensinei, amarrar o barco ao meu chifre. Assim você será protegido pela minha suprema majestade. Restará apenas você, pois até os deuses serão queimados. A Lua e o Sol, Brahma e eu, com os quatro Protetores do mundo, o rio Sagrado Narmada, o Grande Sábio Markandeya, Bhava, os livros sagrados Vedas, os Puranas, que contam antigas histórias, e as ciências auxiliares, todos ficarão ao seu lado, enquanto durar a destruição. No começo da nova criação, recitarei-lhe o Vedas, ó Senhor da Terra, fulminador dos inimigos.
E então Vishnu desapareceu.
Quando chegou o dilúvio, corno tinha sido dito pela boca do Divino Benfeitor, Vishnu apareceu sob forma de um peixe com chifres e uma serpente em forma de cor­da se aproximou de Manu. O sábio rei juntou todas as criaturas e colocou-as no barco.
[...]
Quando tudo terminou, aproximou-se de Vishnu, ajoelhou-se a seus pés, e adorou-o.
Lúcia Fabrini de Almeida. O peixe com chifres. Em: O cabeça de elefante e outras histórias da mitologia indiana. São Paulo: Cosac Naify, 2001. p. 59-65.

PARA ENTENDER O TEXTO j

1. Após a leitura do mito, converse com os colegas sobre estas questões.
a) O que você pensou sobre o papel do peixe com chifres na narrativa se confirmou ou não após a leitura do mito? Explique.
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b) Qual é o papel do peixe com chifres nesse mito?
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c) Você já ouviu ou leu uma narrativa parecida com a do mito apresentado?
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2. No início do mito "O peixe com chifres", a personagem Manu é retratada como um ser dotado de inúmeras qualidades.
a) Quem concedeu um dom ao rei Manu? Que dom ele escolheu?
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b) Quais são os dois momentos em que Manu cumpre seu voto?
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c) As atitudes de Manu ao longo de toda a narrativa revelam uma preocupação individual ou com o bem comum? Explique.
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3. Os heróis das histórias mitológicas demonstram sentimentos elevados, qualidades morais que indicam sua proximidade com o mundo dos deuses. Copie uma passagem do texto que comprove esse aspecto em Manu.
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4. No caderno, indique se a afirmação sobre o mito é verdadeira (V) ou falsa (F).
I. Brahma transforma-se em peixe para destruir a Terra.
II. Brahma é chamado de "a alma de todas a criaturas vivas".
III. Manu concede o dom da proteção dos animais a Vishnu.
IV. Vishnu é o peixe com chifres.
5. O mito que você leu é dividido em três partes. Copie o quadro abaixo no caderno e faça uma síntese dos principais acontecimentos de cada parte.
Partes
Principais acontecimentos
I. "Aquele que não parava de crescer"

Il. "Matsya, o deus-peixe"

III. "O dilúvio"


      Os mitos são narrativas que explicam o surgimento do Universo, da humanidade, de determinado comportamento humano ou dos fenômenos da natureza. Datados de tempos remotos, eles revelam traços da cultura dos povos que os criaram. Nos episódios mitológicos, há sempre a presença de seres sobrenaturais, como deuses e semideuses, que podem encarnar as forças da natureza ou características da condição humana.

6. O mito faz referência a lugares específicos como Himalaia e rio Ganges; e também referências genéricas como lago e oceano. O que esses espaços têm em comum? Comente sua resposta.
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7. O mito do peixe com chifres nos conta sobre um dilúvio que destruiu a Terra.
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a)É possível determinar com exatidão em que época as situações narradas no mito ocorreram? Por quê?

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b)  Quanto tempo dura a história narrada nesse mito? Justifique sua resposta.
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8. Relacione as expressões temporais aos episódios descritos no mito.
a) período de seca que aconteceu o dilúvio.
b) período que Manu passou no Himalaia antes da visita de Brahma.
c) período próspero em que a terra viverá em equilíbrio.
I. Um milhão de anos.
II. idade de ouro.

III. Cem anos.

Anote aí

      No mito, os espaços em que a narrativa se desenvolve costumam ter dimensões sobre-humanas e, por vezes, um caráter sagrado. O tempo mítico refere-se a um passado remoto, as origens do mundo ou do Universo Geralmente, os fatos narrados nos mitos são separados por um grande intervalo de tempo e não correspondem ao tempo comum A imprecisão do tempo esta expressa também na sentença crucial do mito lido· "Há muitos anos"

 

 

9. Observe a capa do livro O cabeça de elefante.

Descreva brevemente os elementos da capa

A personagem da capa é uma divindade indiana chamada Ganesha Que ca­racterística comum ha entre Ganesha e Vishnu?

Em sua opinião por que os mitos continuam a ser lidos na atualidade?

 

10.  O. Leia este trecho da introdução do livro O cabeça de elefante.

 

        A mitologia faz parte da vida dos indianos. Desde pequenas, as crianças

ouvem a narração dos mitos de seu país. Essas histórias permanecem vivas em cerimônias religiosas, festivais, danças e canções folclóricas, assim como na música e na dança clássicas indianas. [...]


        São mitos criados por uma cultura que começou cerca de 2500 a. C., no vale dos rios Indo e Ganges, e se espalhou por todo o subcontinente. [...]


       A mitologia indiana teve origem nos livros sagrados: os Vedas. Estes celebravam as forças da natureza, vistas como deuses: a Terra, o Sol, as águas, o vento, o raio, o fogo, os animais e as plantas. O mundo da natureza e dos homens eram tidos como inseparáveis, e o universo inteiro era sagrado.


       Com o passar do tempo, surgiram novos deuses e novos mitos. Os deuses principais são: Brahma, o criador; Shiva, o destruidor; e Vishnu, o preservador. [...]


       Os dois grandes poemas épicos Mahabharata e Ramayana são um verdadeiro tesouro da mitologia indiana. Os mitos são encontrados no enorme conjunto de livros denominado Puranas, as chamadas "histórias antigas".

      A mitologia indiana procura nos dizer que o universo é ilimitadamente variado, que todas as coisas se passam ao mesmo tempo, e, portanto, tudo pode acontecer. [...]


Lúcia Fabrini de Almeida. Introdução. Em: 0 cabeça de elefante e
outras histórias da mitologia indiana. São Paulo: Cosac Naify, 2001. p. 7-9.


a) Como as histórias da mitologia indiana sobreviveram ao longo do tempo?
Qual é a importância dos mitos para a cultura indiana na atualidade?

b) Relacione a ideia mítica da união entre o mundo da natureza e o dos homens
apresentada em "Peixe com chifres".​

 



FONTE: COSTA, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais: 7ºano­­-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.


GABARITO

1.        

a) Resposta pessoal Professor, converse com os alunos para verificar se as hipóteses levantadas antes da leitura se confirmaram.

b) Na grande inundação, ele protege e conduz o barco.

c) Resposta pessoal Espera-se que os alunos Já tenham conhecimento sobre alguns mitos que contam histórias de dilúvio.

 

2.        

a) Quem concedeu esse dom a Manu foi Brahma O rei Manu escolheu ser o protetor de todos os seres, animados e inanimados, durante o período da destruição.

b) Manu cumpre seu voto ao cuidar do peixe e ao salvar os seres viventes da inundação

c) Revelam uma preocupação com o bem comum, pois ele salva to¬dos os seres da destruição.

 

3.         Possibilidades de resposta: "Passou assim um milhão de anos, até que um dia recebeu a visita de Brahma, [ ]"; "Então [ ] Você me reconheceu corretamente e cumpriu seu voto sem nenhum erro".

 

4.         Verdadeiras: li e IV; falsas· 1 e 111.

 

5.        

Parte I: Manu se retira para um lugar solitário no Himalaia Lá, recebe a visita de Brahma. Manu encontra um peixe e fala com ele.

 

Parte II: O deus Vishnu, na forma do peixe, apresenta-se a Manu. Ele avisa da grande destruição sobre a Terra Vishnu orienta Manu a colocar todas as criaturas vivas em um barco.

 

Parte IlI: Vishnu explica a Manu o que deve fazer para proteger as criaturas da inundação O dilúvio chega, e Manu procede como o deus lhe recomendou, salvando as criaturas

 

6.         São espaços da natureza. Professor, verifique a pertinência dos comentários dos alunos.

 

7.        

a) Não. Parece que os fatos narrados acontecem nos primórdios da história humana

 

b) Provavelmente, mais de um milhão de anos, pois, entre a ida de Manu ao Himalai e a visita de Brahma, passa-se um milhão de anos Depois de um tempo, Manu encontra o peixe, e há o período em que o peixe cresce. Vishnu diz que, antes do dilúvio, haverá uma seca de cem anos. Não é revelado exatamente o tempo do dilúvio.

 

8.I-b;

9. II-c;

10.III - a

 

8. 

9.a) A capa apresenta o título e o subtítulo do livro e o nome da au­tora e do ilustrador Há ainda a figura de um ser com cabeça de elefante, tronco, braços (dois bra­ços esquerdos) e pernas de ser humano, com uma espécie de co­roa na cabeça - provavelmente é o ser que dá título ao livro

 

b) As duas mesclam característi­cas humanas e de animais

 

c) Resposta pessoal. Possibilidade de resposta. Essas histórias con­tinuam a aguçar a imaginação, Já que os temas que abordam são atemporais e universais.

 

10.

a) Os mitos permanecem vivos nas cerimônias religiosas, nas danças e nas canções folclóricas e nas músicas e nas danças clássicas da Índia A mitologia faz parte da vida dos indianos; logo, tem uma grande importância para essa cultura

 

b) A união entre natureza e ho­mens está presente na disposição de Manu de ser o protetor de to­dos os seres animados e inanima­dos da Terra, como também na manifestação dos deuses que as­sumem forma humana e animal.