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terça-feira, 24 de agosto de 2021

GABARITO: OS PIRATAS EXISTEM RELATO DE VIAGEM 6º ANO ALPHA PAG.140

 

GABARITO: OS PIRATAS EXISTEM

RELATO DE VIAGEM 6º ANO ALPHA PAG.140

1.

a) Resposta pessoal. Professor, retome com os alunos as hipóte­ses formuladas antes da leitura.

b) Da viagem de volta ao mundo realizada pela família Schurmann.

c) Heloísa Schurmann

d) Um veleiro.

e) É uma região com belezas na­turais, mas perigosa.

 

2.

a) A aproximação do pôr do sol e a necessidade de um lugar seguro.

b) O sentimento de maravilhar-se, que estava relacionado ao fato de navegarem em um mar tranquilo e de água transparente.

c) O uso dessas expressões possibilita ao leitor imaginar a tran­quilidade do mar, a presença de ventos e a ausência de obstáculos.

 

3.

a) Terceiro e quarto

b) Eles mergulham e podem ob­servar a revoada das aves.

 

4.

a) A aproximação de um barco.

b)Pelo aviso de Jaime.

c)"Sul das Filipinas, Mar de Sulu, terra de piratas!"

 

5.

a) Um barco se aproxima do velei­ro; um dos homens aponta para o veleiro e todos gargalham.

b) O fato de o Centro de Pirataria da Malásia emitir, com frequên­cia, avisos relacionados a ataques de piratas na região.

 

6. Possuem barcos, em geral rouba­dos, e armamento pesado.

 

7.

 1.As mulheres passaram a se  vestir de um Jeito masculino;

 2 Sempre que um barco se apro­ximava, a criança permanecia na cabine:

3 Ao chegarem ao porto, não falavam sobre a rota nem so­bre o destino do barco

 

8.

a) Mudança de posição do barco: grande algazarra; luzes repenti­namente apagadas.

b) II-III-I

 

9.

a) Três meses A informação de que a família Já navegava há dezes­seis anos pelos mares do mundo.

 

b) O leitor conseguirá, por meio dessa informação, ter conheci­mento da grande experiência da família em navegação.

 

10.

a) "Poucos minutos depois" rela­ciona-se com a ação do veleiro de ir para a baía, e "no mesmo ins­tante", com a ação de ouvir gritos.

b) Não seria possível ao leitor ter o conhecimento de quando, de fato, os eventos ocorreram e de qual é a sequência deles.

 

11.

a) "Ilha dos Pássaros"; "Mar das Filipinas" e "Sul das Filipinas, Mar de Sulu"

b) "Ilha dos Pássaros" local onde o veleiro e ancorado; "Mar das Filipinas" local por onde o veleiro navegava havia três meses; "Sul das Filipinas. Mar de Sulu" local onde aconteceram os fatos.

 

12.

a) O nome tem relação com a rota do navegador português Fernão de Magalhães, o primeiro a dar a volta ao mundo, percurso que foi refeito pela família Schurmann.

b) Como a aventura foi acompa­nhada por internautas de muitas nacionalidades, é provável que a família tenha escolhido um nome em inglês por ser uma língua fala­da por grande número de pessoas no mundo; o inglês costuma ser utilizado nas transações comerciais entre as nações e também nas relações diplomáticas.

 

13. Não Provavelmente, ela relatou no livro apenas os fatos que con­siderou mais importantes e inte­ressantes para os leitores.

 

14.

a) Internet, programas de televi­são e livro

b) Na internet ou em programas de televisão, a divulgação dos fatos foi feita praticamente em tempo real Em relação ao livro, é provável que ele tenha sido pu­blicado após o termino da viagem.

 

15.

a) As perguntas são dirigidas aos leitores

b) O efeito é o estabelecimento de um dialogo com o leitor. Como se este pudesse conversar, de fato, com a autora do relato Professor, converse com os alunos sobre as diferentes funções das perguntas retoricas auxiliar na argumenta­ção. Reforçar uma ideia: auxiliar no entendimento de um tema, um assunto ou uma situação; buscar adesão a uma crítica, entre outras.

 

16.

a) Resposta pessoal. Poss1b1l1dade de resposta No trecho "Desde que entramos no Mar das F1l1p1- nas, ha três meses, a tensão e o medo passaram a fazer parte da rotina", o verbo entramos (1- pes­soa do plural) marca que a autora participou do que é relatado.

b) Os relatos de viagem são feitos por alguém que parnc.pa dos fa­tos apresentados: e comum, por­tanto, estarem em 1 pessoa

 

17.

a) Todas as palavras são adjetivos

b) O uso dos adjetivos caracteriza os acontecimentos, possibilitando ao leitor compreender os fatos melhor e com mais detalhes.

 

 

domingo, 18 de abril de 2021

RELATO MANOEL DE BARROS

 

 Relato: Manoel de Barros

   
        Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta nasceu de treze. Naquela ocasião escrevi uma carta aos meus pais, que moravam na fazenda, contando que eu já decidira o que queria ser no futuro. Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor de fazer casa nem doutor de medir terras. Que eu queria era ser fraseador. Meu pai ficou meio vago, depois de ler a carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Eu queria ser fraseador e não doutor. Então, o meu irmão mais velho perguntou: Mas esse tal de fraseador bota mantimento em casa? Eu não queria ser doutor, eu só queria ser fraseador. Meu irmão insistiu: Mas se fraseador não bota mantimento em casa, nós temos que botar uma enxada na mão desse menino pra ele deixar de variar. A mãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas não botou enxada.

Manoel de Barros – Memórias inventadas. São Paulo: Alfaguara, 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 41-2.

 

Entendendo o relato:

 

01 – O que o poeta Manoel de Barros quis dizer ao afirmar que, desde cedo, já queria ser fraseador?

      Ele quis dizer que desde menino já queria ser poeta.

 

02 – Que frase do texto confirma que Manoel de Barros se descobriu poeta quando era adolescente?

      “O poeta nasceu de treze”.

 

03 – Releia o trecho a seguir.

        “[...] escrevi uma carta aos meus pais, que moravam na fazenda, contando que eu já decidira o que queria ser no futuro. Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor de fazer casa nem doutor de medir terras.” Responda:

a)   Quais profissões o poeta descarta ao afirmar que não queria ser “doutor de curar”, “doutor de fazer casa” nem “doutor de medir terras”?

As profissões de médico e de engenheiro.

b)   Na carta que escreveu aos pais, o autor afirma a eles o que não quer ser antes de contar o que queria ser no futuro. Em sua opinião, que motivo o levou a usar essa estratégia?

Resposta pessoal do aluno.

 

04 – Ao receberem a carta, pai, mãe e irmão tiveram reações diferentes. Identifique a reação de cada um.

      O pai ficou meio vago, a mãe abaixou a cabeça e o irmão questionou a possibilidade de se ganhar a vida como fraseador.

 

05 – Releia esta pergunta do irmão do poeta.

        “Mas esse tal de fraseador bota mantimento em casa?”.

a)   Ao fazer essa pergunta, que tipo de preocupação o irmão manifesta?

Manifesta preocupação com a remuneração do trabalho e se ele pode garantir a sobrevivência.

b)   Ao manifestar essa preocupação, o irmão de Manoel também revela sua opinião sobre o trabalho dos poetas. Qual seria essa opinião?

O irmão de Manoel provavelmente considera que esse trabalho não remunera o suficiente para garantir a sobrevivência de quem o pratica e dos que dele eventualmente dependem. Pode até considerar que ser poeta não é um trabalho.

 

06 – Na sociedade em que vivemos, há quem considere o poeta um artista, uma pessoa de grande sensibilidade, alguém que lida bem com as palavras. Mas há também aqueles que o consideram um sonhador, alguém que não tem os pés no chão ou julguem que sua atividade é irrelevante. O que você pensa sobre esse assunto?

      Resposta pessoal do aluno.

 

07 – O pai seguiu o conselho do irmão do poeta? O que o pai demonstrou com essa atitude?

      Não. Com essa atitude, o pai demonstrou respeitar a decisão do filho.

 

terça-feira, 13 de abril de 2021

RELATO ANOEL DE NARROS TECENDO 6º ANO P.41

 

RELATO: MANOEL DE BARROS - COM GABARITO

 Relato: Manoel de Barros

      


















  Hoje eu completei oitenta e cinco anos. O poeta nasceu de treze. Naquela ocasião escrevi uma carta aos meus pais, que moravam na fazenda, contando que eu já decidira o que queria ser no futuro. Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor de fazer casa nem doutor de medir terras. Que eu queria era ser fraseador. Meu pai ficou meio vago, depois de ler a carta. Minha mãe inclinou a cabeça. Eu queria ser fraseador e não doutor. Então, o meu irmão mais velho perguntou: Mas esse tal de fraseador bota mantimento em casa? Eu não queria ser doutor, eu só queria ser fraseador. Meu irmão insistiu: Mas se fraseador não bota mantimento em casa, nós temos que botar uma enxada na mão desse menino pra ele deixar de variar. A mãe baixou a cabeça um pouco mais. O pai continuou meio vago. Mas não botou enxada.

Manoel de Barros – Memórias inventadas. São Paulo: Alfaguara, 2018.

Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP 5ª edição- 2018. p. 41-2.

Fonte da imagem:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fcpaq.ufms.br%2Fprojeto-de-extensao-sobre-poesia-e-infancia-com-manoel-de-barros-convida-para-abertura-de-suas-acoes%2F&psig=AOvVaw1rmvDVx2btODYmi3loRBku&ust=1617666319152000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKivo_Pi5e8CFQAAAAAdAAAAABAD

 

Entendendo o relato:

01 – O que o poeta Manoel de Barros quis dizer ao afirmar que, desde cedo, já queria ser fraseador?

      Ele quis dizer que desde menino já queria ser poeta.

02 – Que frase do texto confirma que Manoel de Barros se descobriu poeta quando era adolescente?

      “O poeta nasceu de treze”.

03 – Releia o trecho a seguir.

        “[...] escrevi uma carta aos meus pais, que moravam na fazenda, contando que eu já decidira o que queria ser no futuro. Que eu não queria ser doutor. Nem doutor de curar nem doutor de fazer casa nem doutor de medir terras.” Responda:

a)   Quais profissões o poeta descarta ao afirmar que não queria ser “doutor de curar”, “doutor de fazer casa” nem “doutor de medir terras”?

As profissões de médico e de engenheiro.

b)   Na carta que escreveu aos pais, o autor afirma a eles o que não quer ser antes de contar o que queria ser no futuro. Em sua opinião, que motivo o levou a usar essa estratégia?

Resposta pessoal do aluno.

04 – Ao receberem a carta, pai, mãe e irmão tiveram reações diferentes. Identifique a reação de cada um.

      O pai ficou meio vago, a mãe abaixou a cabeça e o irmão questionou a possibilidade de se ganhar a vida como fraseador.

05 – Releia esta pergunta do irmão do poeta.

        “Mas esse tal de fraseador bota mantimento em casa?”.

a)   Ao fazer essa pergunta, que tipo de preocupação o irmão manifesta?

Manifesta preocupação com a remuneração do trabalho e se ele pode garantir a sobrevivência.

b)   Ao manifestar essa preocupação, o irmão de Manoel também revela sua opinião sobre o trabalho dos poetas. Qual seria essa opinião?

O irmão de Manoel provavelmente considera que esse trabalho não remunera o suficiente para garantir a sobrevivência de quem o pratica e dos que dele eventualmente dependem. Pode até considerar que ser poeta não é um trabalho.

06 – Na sociedade em que vivemos, há quem considere o poeta um artista, uma pessoa de grande sensibilidade, alguém que lida bem com as palavras. Mas há também aqueles que o consideram um sonhador, alguém que não tem os pés no chão ou julguem que sua atividade é irrelevante. O que você pensa sobre esse assunto?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – O pai seguiu o conselho do irmão do poeta? O que o pai demonstrou com essa atitude?

      Não. Com essa atitude, o pai demonstrou respeitar a decisão do filho.

 

terça-feira, 9 de junho de 2020

RELATO DE EXPERIÊNCIA 6º ANO


RELATO DE EXPERIÊNCIA:
Contar o que houve comigo
       É provável que você já tenha acompanhado, em telejornais, vídeos com pessoas relatando experiências provocadas por fenômenos naturais. Eles costumam complementar reportagens ou notícias.
Leia a transcrição de um relato divulgado no portal de notícias G1. Nele fala o professor Rogério Quintanilha, que, na ocasião, estava com a família em Santiago, no Chile. Aproveite seus conhecimentos sobre a língua falada
para reconhecer as marcas de oralidade no texto.

Texto 1.
       Oi. Meu nome é Rogério. Eu estou com a minha esposa e o meu filho pequeno aqui em Santiago. Ontem nós estávamos numa farmácia e f... dentro de um shopping center durante o tremor ontem à noite eee... nós sentimos o chão tremer, as prateleiras eee... fiquei com medo que alguma coisa pudesse cair, não aconteceu, mas... daí eu peguei o meu filho e minha esposa e nós saímos pela saída de emergência... era um shopping. Os chilenos todos fizeram isso, foram para a rua, parece que eles estão mais acostumados com esses fatos e estavam tranquilos.
       Durante a noite a gente voltou pro hotel e sentiu algumas vezes, duas ou três vezes, novamente ressonâncias do primeiro... é... tremor, mas... agora já está tudo bem e a cidade parece estar funcionando normalmente. Obrigado.
Disponível em:
fiquei-com-medo-diz-prudentino-que-testemunhou-terremoto-no-chile.html>.
Acesso em: 5 jun. 2018

1. Rogério Quintanilha relatou um terremoto ocorrido no Chile.
a) O evento narrado é real ou fictício?
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b) Segundo o relato, como o terremoto pôde ser percebido?
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c) O evento parece ter sido impactante para Rogério? Por quê
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2. Localize as palavras que informam quando ocorreu o terremoto.
a) O evento aconteceu em um passado distante ou próximo em relação ao relato de Rogério? Justifique sua resposta.
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b) No momento do relato, o acontecimento ainda preocupa o falante? Explique sua resposta.
...............................................................................................................................
c) O falante diz que “a cidade parece estar funcionando normalmente”. Por que ele usa a palavra parece?
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3. Releia este trecho:
“Os chilenos todos fizeram isso, foram para a rua, parece que eles estão mais acostumados com esses fatos e estavam tranquilos”.
a) Que palavra mostra que o evento não foi único, isto é, que já havia acontecido algo parecido antes?
...............................................................................................................................
b) Que palavra descreve a reação dos chilenos?
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c) Redija uma frase para comparar a reação do produtor do relato com a dos chilenos. Inclua nela as duas palavras que você respondeu nos itens a e b.
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O relato lido é uma transcrição, isto é, um texto que reproduz a fala conforme ela aconteceu. Releia um trecho do texto.
“Ontem nós estávamos numa farmácia e f... dentro de um shopping center durante o tremor ontem à noite eee... nós sentimos o chão tremer, as prateleiras eee... fiquei com medo que alguma coisa pudesse cair, não aconteceu, mas... daí eu peguei o meu filho e minha esposa e nós saímos pela
saída de emergência... era um shopping.
a) O falante repetiu a informação de que estava em um shopping center. Levante uma hipótese: o que o fez repetir isso?
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b) Observe que, em dois momentos, o falante alonga a vogal e antes de continuar a fala. O que esse alongamento mostra?
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5 Compare um trecho do relato oral com o trecho de uma notícia escrita na
qual esse relato foi incluído.

Trecho do relato oral
“Eu estou com a minha esposa e o meu filho pequeno aqui em Santiago.
Ontem nós estávamos numa farmácia e f... dentro de um shopping center durante o tremor ontem à noite eee... nós sentimos o chão tremer, as prateleiras eee... [...] saímos pela saída de emergência... era um shopping. Os chilenos todos fizeram isso, foram para a rua, parece que eles estão mais acostumados [...].”

Trecho da notícia
[...]
        Segundo o prudentino, no momento do tremor, ele estava dentro de uma farmácia, em um shopping center de Santiago. “Nós, eu, minha esposa e meu filho pequeno, sentimos o chão tremer e vimos as prateleiras balançarem. [...] Todos os clientes do local foram para a rua, pois os chilenos parecem ser mais acostumados a esse tipo de situação [...]”, afirmou ao G1.
Disponível em:
fiquei-com-medo-diz-prudentino-que-testemunhou-terremoto-no-chile.html>.
Acesso em: 5 jun. 2018.
a) A notícia apresenta duas vozes: a de quem a escreveu e a de Rogério, que fez o relato. Que sinal de pontuação foi usado para separar a voz de Rogério?
..............................................................................................................................
b) Qual é o sentido da palavra segundo nesse contexto? Qual é sua finalidade?
...............................................................................................................................
c) Que adaptações da linguagem foram feitas pelo produtor da notícia na fala de Rogério?
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d) Em sua opinião, é mais interessante assistir a um relato de experiência em vídeo ou lê-lo? Por quê?
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      Tendo em vista o relato de Rogério Quintanilha, divulgado em um portal de notícias, responda às questões.
1 O falante apresenta o fato como um participante ou como um observador?
Justifique sua resposta com palavras do texto.
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2 Em sua opinião, por que o portal se interessou em apresentar esse relato?
..............................................................................................................................
3 Você ficou interessado nesse relato? Por quê?
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     No gênero textual relato de experiência, ou depoimento, o falante conta uma experiência real e marcante. O texto, que pode ser falado ou escrito, apresenta um ponto de vista pessoal.

TEXTO 2

       Primeiro eu conheci o rap. Aííí... euuu... cheguei no Espaço Criança Esperança, que era perto da minha casa. Quem me levou no Espaço Criança Esperança foi um amigo meu, o Diego, ele é grafiteiro, eleee... a gente sempre morou na mesma rua, estudou até na mesma escola um tempo. Ele me levou lá. Ele falou “Então, tem um estúdio aqui, tem um pessoal”. Aí eu catei, cheguei no espaço, que pr... eu não conhecia, só passava por lá, mas não sabia o que tinha. Eu não era ali da região, né? Eu era um... eu era da Freguesia, o Espaço
Criança Esperança já fica na Brasilândia. Não ia muito prali. Ééé... aííí... eu... comecei a conhecer o pessoal. Conheci o Douglas, que era o cara que operava o estúdio, conheci o Bonga, que era ooo... grafiteiro... queee... meio que era o coordenador do espaço, que foiii... meu... meu maior professor no hip-hop, um cara que me ensinou muita coisa, que me ensinou o que era hip-hop. Foi o cara que pegou, chegou em mim, estava tendo um show e ele falou “Pega um microfone e rima”, porque eu não queria fazer isso, eu tava com vergonha. Foi a primeira vez que eu peguei no microfone e rimei, foi ele que deu espaço, ele que mandou fazer isso aí e eu fiz. Tinha eventos, tinha umas oficinas de rádio, tinha oficina de produção, tinha oficina de DJ... Eu cheguei até a dar umas oficinas no espaço. De MC. E foi... sabe... muito... foi muito gratificante pra mim, porque eu p... saí dali e ali mesmo eu tava podendo... sabe?... mostrar “Ó, ser MC... MC significa tal coisa, o MC faz isso, a função dele é isso e pra você começar a fazer tal coisa...” Conseguia passar o conhecimento.
Disponível em:
da-voz-aos-oprimidos-100044/colecao/93479>. Acesso em: 30 maio 2018.

1 Nesse relato de experiência, o jovem músico conta sua participação no projeto Espaço Criança Esperança.
a) O contato de Pedro com a arte se iniciou nesse projeto? Por quê?
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b) Quem o apresentou ao projeto?
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c) O que essa pessoa deixou implícito em sua fala quando disse “Então, tem um estúdio aqui, tem um pessoal”.
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d) Segundo o relato, qual pessoa mais contribuiu para o desenvolvimento profissional de Pedro? Por quê?
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2 Os relatos de experiência trazem o depoimento de quem viveu uma situação incomum, como testemunhar um acidente, ou apresentam uma história pessoal que pode servir como um exemplo para outras pessoas. Qual é a finalidade do relato de Pedro? Explique.
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3 Os textos desse gênero contam uma vivência marcante, de um ponto de vista pessoal.
a) Que pessoa gramatical predomina no relato: a primeira ou a terceira?
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b) A predominância dessa pessoa sugere que o falante participa das ações relatadas ou as observa?
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c) Os fatos relatados referem-se ao presente, passado ou futuro? Explique.
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4 O relato de Pedro é divulgado no site do Museu da Pessoa, que permite aos falantes usarem a linguagem com a qual têm mais intimidade.
a) A linguagem de Pedro é formal ou informal? Dê exemplos de palavras ou expressões que comprovem sua resposta.
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b) Relacione a linguagem utilizada por Pedro às características dele.
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c) Em sua opinião, a linguagem empregada por Pedro seria adequada se ele fosse apresentar as atividades desenvolvidas no Espaço Criança Esperança para possíveis patrocinadores? Explique sua resposta.
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5 A transcrição do texto procurou reproduzir a maneira como Pedro realmente falou.
a) Releia o início do relato.
“Primeiro eu conheci o rap. Aííí... euuu... cheguei no Espaço Criança Esperança, que era perto da minha casa.”
Observe o alongamento das vogais no trecho. Para que serve esse recurso comum em textos orais?
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b) Releia outro trecho.
“Quem me levou no Espaço Criança Esperança foi um  meu, o Diego, ele é grafiteiro, eleee... a gente sempre morou na mesma rua, estudou até na mesma escola um tempo.”
O falante desistiu de completar uma das orações: “eleee...”. Por que isso aconteceu?
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c) As marcas de oralidade que você observou nos itens a e b revelam que Pedro estava falando de modo displicente, descuidado? Explique sua resposta.
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6 Pedro não chega a explicar o que um MC faz. Releia este trecho.
“Ó, ser MC... MC significa tal coisa, o MC faz isso, a função dele é isso e pra você começar a fazer tal coisa...”
a) Copie as palavras ou expressões usadas para evitar a descrição das funções de um MC.
...............................................................................................................................
b) Por que Pedro optou por não descrever as funções?
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       No gênero textual relato de experiência, o produtor conta um evento incomum, como testemunhar um terremoto, ou exemplar, como ser voluntário em uma campanha social. O texto apresenta fatos, causas e consequências, decisões e sentimentos, sempre de um ponto de vista pessoal. Dependendo do veículo de circulação (um telejornal, um jornal on-line, um blog etc.) e dos interlocutores, o texto poderá ser mais formal ou menos formal.

FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.


quinta-feira, 19 de março de 2020

RELATO DE VIAGEM, OS PIRATAS EXISTEM, INTEPRETAÇÃO 6º ANO


O QUE VEM A SEGUIR


O texto abaixo faz parte do primeiro capítulo do livro Família Schürmann: um mundo de aven­turas. Nesse livro, Heloísa Schürmann relata uma viagem feita por ela e sua família através dos oceanos, a bordo do veleiro Aysso. Da viagem, participaram Heloísa, o marido, Vilfredo, e os filhos deles - David e Kat, uma menina de cinco anos -, além de alguns outros tripulantes. Que situação você supõe que será relatada em um capítulo intitulado "Os piratas existem!"?


Os piratas existem!

          A tarde caminha para mais um poente vermelho. A tensão e a ansiedade encur­tam a ideia de tempo real, passando-nos a sensação de que o sol desliza no céu, de forma muito rápida, buscando a linha do horizonte.
          A bordo, os olhos da tripulação deixaram de maravilhar-se com o mar liso e com as velas gordas de vento, que arrastam o Aysso para a frente, riscando bigodes de es­puma na água transparente. Olhares inquietos varrem a costa. Buscam abrigo seguro para mais uma noite. Mais que um ancoradouro, o Aysso precisa de um esconderijo!
         — Ali, ali! — Braços agitados apontam a entrada da enseada. Desnecessária qualquer outra orientação, a larga experiência do capitão já tinha adivinhado a baía. Poucos minutos depois, o veleiro deslizava para o abrigo. Velas arriadas, âncora cravada no fundo de areia, era hora de relaxar os nervos. Nenhum barco à vista. A solidão e o silêncio prometiam uma noite tranquila, de bom sono, bons sonhos...
          Os mapas e as cartas náuticas indicam que estamos na Ilha dos Pássaros, um santuário de aves. O calor da tarde e a água transparente convidam a um mer­gulho. Impossível resistir. E quem quer resistir? De volta ao barco, o crepúsculo nos reserva um espetáculo inesquecível: milhares de aves, voando em formação, como uma grande ponta de lança pontiaguda, retornam para seus ninhos, depois de um dia de pescaria em alto-mar. A algazarra é ensurdecedora. A câmara foto­gráfica de Vilfredo tenta registrar o momento mágico.
           Capitan, hay un barco llegando, a estibordo!O aviso de Jaime quebra o encanto e nos devolve ao mundo real. O perigo está de volta...
       Sul das Filipinas, Mar de Sulu, terra de piratas!
       O barco, aparentemente um pesqueiro, cruza as pequenas ondas da entrada da baía e traça uma reta, rumo ao Aysso. A pouco mais de 100 metros, diminui a marcha, rodopia sobre o próprio eixo e larga a âncora.
        Com uma baía tão grande, precisavam chegar tão perto? — questiona Vil­fredo, voz baixa, quase um pensamento. — E já que o fundo aqui é todo de areia, podiam ancorar seguros em qualquer canto.
        O barco é velho, malconservado, sujo. Conto 12 homens a bordo. Como é costume na região, todos ocultam os rostos, enrolados em velhas camisetas. Al­guns sentam-se na borda do barco, jogam linhas com anzóis na água. Podem estar
pescando, mas quem garante? Uma garrafa roda de boca em boca. Pode ser água, mas é pouco provável. Um dos' homens do grupo aponta o braço para nosso ve­leiro, os outros caem na gargalhada. As sombras ficam compridas. Escurece. [...]
Desde que entramos no Mar das Filipinas, há três meses, a tensão e o medo passaram a fazer parte da rotina. É preciso atenção permanente com os barcos que navegam nas proximidades. De noite, o cuidado é redobrado. {...]
Infelizmente, este não era um medo infundado. O Centro de Pirataria da Ma­lásia, em Kuala Lumpur, emitia avisos com detalhes preocupantes, a intervalos ainda mais preocupantes. Não foram poucas as vezes em que o Aysso mudou seu rumo para evitar os locais de ataques recentes.
Há 16 anos nossa família navega pelos mares do mundo. [...]
Quando planejamos refazer a rota de Magalhães, sabíamos que o Mar de Sulu, por onde passou o navegador, agora era reduto de violentos piratas. Também é fato conhecido de todos os navegadores que as águas das Filipinas e da Indoné­sia não apenas são as mais perigosas, mas abrigam (ou seria escondem?) o maior reduto de piratas do mundo. Os piratas do Mar da China são famosos desde os tempos antigos, da época dos descobrimentos, quando seus juncos foram bastan­te romanceados. Hoje, a história é muito diferente. Os piratas modernos possuem barcos rápidos, quase sempre roubados, e armamentos pesados [...].
O que se podia fazer? Reduzir o risco ao mínimo indispensável.
Nós, as mulheres a bordo do Aysso, passamos a nos vestir de jeito masculi­no: calças compridas, camisetas largas, bonés escondendo os cabelos compridos. Brincos, pulseiras e pintura eram absolutamente proibidos. Dessa forma, além de ocultar a presença feminina a bordo, aumentávamos o número de tripulantes homens. Sempre que um barco navegava nas proximidades, Kat permanecia re­colhida em sua cabine. Ao desembarcar em algum porto, qualquer porto, nada se falava sobre o barco, nunca se mencionava a rota ou o próximo destino. As armas de sinalização e os foguetes de pedido de auxílio ficavam sempre à mão [...].
Noite sem lua. Por duas vezes, o barco filipino muda de posição, dentro da baía. Buscavam um melhor pesqueiro ou, ao contrário, preparavam o ataque? Vilfredo continua vigiando. Os binóculos de visão noturna permitiam acompanhar os mo­vimentos a bordo do barco vizinho. Os homens bebem, a algazarra é grande. Sem mais nem menos, as luzes se apagam e o barco mergulha na escuridão e no silêncio.
— Vamos embora! — o sussurro de Vilfredo é uma ordem.
Rápida e silenciosamente, cada um dos tripulantes passa a desempenhar suas tarefas. A âncora sobe sem o menor ruído, na força dos braços, sem uso do motor, que poderia denunciar nossa manobra. As velas levantadas enfunam-se com o ven­to. Vilfredo, no leme, conduz o Aysso para a saída da enseada. Tudo isso no escuro, nem a luz da bússola foi acesa. No interior do barco, apenas o radar seguia ligado.
Jaime, encarregado de vigiar com o binóculo, alerta Vilfredo:
Capitan, ellos balaram los botes a l'água, con hombres...
No mesmo instante, ouvem-se gritos. As luzes do barco voltam a se acender e fachos de luz vasculham a baía, iluminando a ilha. O Aysso desliza ao encontro das ondas, mar aberto, a caminho da liberdade. Os sons vão se perdendo na distância. Tiros ecoam na noite. Em que atiravam? Nunca saberemos...
O vento aumenta e permanece firme. O Aysso segue rápido, silencioso, mar adentro, deixando para trás a enseada, a ponta da ilha, o susto.
Infelizmente, a tensão e o medo continuariam a bordo por mais um longo tempo!
Heloísa Schürmann. Família Schürmann: um mundo de aventuras.
Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 12-17.


Com base no boxe O que vem a seguir e no texto do relato, responda às questões.
a)   O que você imaginou sobre o título do relato se confirmou na leitura? Explique.
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b)   De que viagem o relato trata?
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c)   Quem relata essa viagem?
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d)  Que meio de transporte é utilizado?
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e)   Como é a região onde os fatos relatados ocorreram?
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2. Nos dois parágrafos iniciais, a autora fala dos sentimentos vividos pela tripulação.
a)   O que provoca a tensão e a ansiedade mencionadas no primeiro parágrafo?
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b)  Que sentimento a tripulação experimentou antes dessa tensão? A que fato esse sentimento estava relacionado?
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c)   No segundo parágrafo, são utilizadas as expressões mar liso, velas gordas de vento e riscando bigodes de espuma. Que imagem elas constroem acerca desse momento vivenciado pela tripulação?
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3. A princípio, o problema inicial enfrentado parece ter sido solucionado.
a)   Que parágrafos indicam que a tripulação obteve sucesso em sua busca?
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b)  Que ações dos tripulantes revelam um momento de tranquilidade?
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4. Essa tranquilidade é interrompida a partir de determinada situação.
a)   Que situação é essa?
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b)  Como essa informação é apresentada ao leitor?
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c)   Uma das frases do texto explicita, de forma resumida, o que se teme no território navegado. Transcreva-a.
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5. A autora relata alguns acontecimentos que sugerem perigo.
a)   Que acontecimentos são esses?
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b)   Além desses acontecimentos, há um dado objetivo que indica o perigo de o veleiro viajar por aquela região. Que dado é esse?
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6. No relato, como são caracterizados os atuais piratas?
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7. Cite três estratégias dos Schürmann para prevenir ataques dos piratas.
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8. No fim do relato, os viajantes decidem sair da baía.
a)   Que pistas indicavam um possível ataque do barco filipino?
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b)  Copie no caderno as frases a seguir, numerando-as de 1 a 3, de acordo com a sequência dos acontecimentos
1. A luz do barco voltou a acender e os homens procuravam algo na baía.
II.  Ouviram-se tiros.
III.Os tripulantes do navio filipino entraram em botes.
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ANOTE AÍ
Nos relatos de viagem, as informações são descritas para possibilitar que o leitor imagine os locais e as situações vivenciadas pelo viajante. As descrições de sentimentos e sensações vividos por quem escreve também auxilia a caracterizar a e situação e a sensibilizar o leitor.


SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES
9. Ao longo do relato, há diversas informações relacionadas ao tempo. Além dis­so, também notamos a sequência em que esses fatos relatados ocorreram.
a) Há quanto tempo a família Schürmann navegava pelo mar das Filipinas? Que outra indicação de tempo revela a experiência dessa família em navegar?
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b) Qual é a importância desse tipo de informação ao longo do relato?
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10. Releia os trechos a seguir e observe as indicações de tempo destacadas.
Ali, ali! — Braços agitados apontam a entrada da enseada. Desnecessária qualquer outra orientação, a larga experiência do capitão já tinha adivinhado a baía. Poucos minutos depois, o veleiro deslizava para o abrigo.
Jaime, encarregado de vigiar com o binóculo, alerta Vilfredo:
— Capitan, ellos bajaram los botes a l'água, con hombres,..
No mesmo instante, ouvem-se gritos. As luzes do barco voltam a se acender e fachos de luz vasculham a baía, iluminando a ilha.
a) Cada uma dessas indicações de tempo está relacionada a que ação?
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b) Que efeito a ausência das indicações de tempo produziria no texto?
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11. No relato, são apresentadas indicações e características do lugar em que os acontecimentos relatados ocorreram.
a) Copie as informações que trazem essas indicações.
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b) Esses locais estão associados a quais acontecimentos?
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ANOTE AÍ

      Por seu caráter descritivo, o relato de viagem é, geralmente, escrito no tempo presente. Para organizar as informações e dar maior precisão aos acontecimentos são utilizados marcadores temporais, que comunicam quando e em que sequência os fatos ocorreram.
       A objetividade e a precisão das indicações de espaço, bem como sua caracterização, possibilitam ao leitor associar as informações do texto aos locais visitados.