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domingo, 14 de setembro de 2025

CRÔNICA SESSÃO DE HIPNOTISMO 2025

 

ALUNO:_________________________________________TURMA:_________________DATA:__________

PROF. DIORGES/PORTUGUÊS

COPIE NO SEU CADERNO A TEORIA SOBRE O GÊNERO CRÔNICA.

TEORIA

GÊNERO TEXTUAL CRÔNICA:

1. O ASSUNTO: Trata de problemas do cotidiano; assuntos comuns, do dia a dia;

2. O TEMPO: Retrata um momento, ou seja, um período curto: horas...

3. AS PERSONAGENS: pessoas comuns, geralmente sem nome ou com nomes genéricos.

4. A LINGUAGEM: é comum fragmentos com linguagem informal/coloquial - gírias, palavras inventadas, gestos, palavras abreviadas, ...

5. A FINALIDADE: provocar uma reflexão sobre o tema abordado...

 

Leia o texto para responder às questões.

SESSÃO DE HIPNOTISMO  (Fernando Sabino)

 

  1.      A dona da casa nos abriu a porta de mansinho, pediu silêncio com um dedo sobre os lábios e fez sinal para que entrássemos. Entramos, pé ante pé, já meio hipnotizados. Curvado sobre uma poltrona no canto mais escuro da sala, o hipnotizador tentava adormecer uma jovem. Ao fundo, cinco ou seis vítimas aguardavam a vez, uns muito sérios, outros contendo risos. Na poltrona a jovem nunca mais que dormia e, já meio chateada, olhava o relógio de pulso que o hipnotizador segurava no ar.
  2.      “Você vai dormir… Suas pálpebras estão pesadas… Tudo vai desaparecendo” – insistia ele, com voz macia, mas acabou ordenando: “Feche os olhos.” A jovem fechou. Com a mão ele fez sinal que nos aproximássemos. “Levante o braço”. A moça levantou. “Agora você não pode abaixar o braço”. Voltou-se para nós: “Viram? Ela está dormindo. Não consegue abaixar o braço. Se tentar, encontra resistência.” Ouvindo isto, a bela adormecida abaixou o braço imediatamente, não encontrando resistência nenhuma.
  3.      “Bem”, prosseguiu o homem, “às vezes a pessoa fica assim, meio rebelde. Obedece direitinho, mas ao contrário.” Aproximou-se de novo da poltrona: “Agora”, sussurrou para ela, “preste bem atenção: você queria parar de roer unha, não é? Pois bem: quando acordar, nunca mais vai roer unha. Vai ter consciência de que é um hábito muito feio, desagradável. E pronto: quando eu contar até três, pode acordar.”
  4.      No que ele disse “um” a moça se ergueu da poltrona, lépida e satisfeita. “Você dormiu mesmo?” perguntamos, impressionados. “Como é que vocês queriam que eu dormisse, com ele falando o tempo todo no meu ouvido?” Concordamos em que ela fizera muito mal em abaixar o braço: “Muito feio isso, desobedecer o homem dessa maneira.” Ela ergueu os ombros: “Tanta coisa só para me dizer que roer unha é muito desagradável. Essa não!” E afastou-se, roendo as unhas.

 

1. Qual o assunto abordado na crônica?

______________________________________________________________________________

2. Qual a duração aproximada da narrativa?

______________________________________________________________________________

3. Quem são as personagens da crônica?

______________________________________________________________________________

3a. Quais as características físicas e psicológicas das personagens?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

4. Retire da crônica um exemplo de linguagem coloquial/informal.

______________________________________________________________________________

5. O objetivo da crônica Sessão de Hipnotismo é provocar uma reflexão sobre quais temas?

______________________________________________________________________________

6. A crônica acima foi narrada em 1ª pessoa, o narrador é um personagem. Retire do texto um trecho que comprove essa afirmação.

____________________________________________________________________________

7. Qual o espaço da crônica " Sessão de hipnotismo", ou seja, onde acontece a história?

____________________________________________________________________________

 

8. No texto foram usadas aspas (“”) para indicar a fala das personagens. Escreva um fala do narrador e seus amigos

____________________________________________________________________________

 

9. “Entramos, pé ante pé, já meio hipnotizados.” Por que os amigos já entraram meio hipnotizados?

____________________________________________________________________________

 

10. “Ao fundo, cinco ou seis vítimas aguardavam a vez” Por que o narrador utilizou a palavra vítimas nesse contexto?

____________________________________________________________________________

 

11. Todas as pessoas do local acreditavam no hipnotizador? Justifique com um fragmento do texto.

____________________________________________________________________________

12. Concordamos em que ela fizera muito mal em abaixar o braço: “Muito feio isso, desobedecer ao homem dessa maneira.”  Os amigos da menina acharam que ela deveria fingir que estava hipnotizada. Por quê?

____________________________________________________________________________

 

13. Relei o texto e destaque as palavras que possuem acento. Depois acentue as palavras que foram retiradas do texto:

LABIOS, SERIO, SILENCIO, RELOGIO, CONTRARIO, RESISTENCIA, CONCIENCIA DESAGRADAVEL, ENTRASSEMOS, APROXIMASSEMOS, VITIMAS, PALPEBRAS, LEPIDA, HABITO,  TRES, VOCE, ATE, PE, JÁ.

 

15. Nesse texto, no trecho “fez sinal para que entrássemos.” (1º parágrafo), a expressão em destaque indica:  (Faça anotações após responder à questão.)

A) comparação.   ______________________________________________________             

B) conclusão.      ______________________________________________________          

C) condição.    ________________________________________________________           

D) finalidade __________________________________________________________

 

16. Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é:

A) A dona da casa nos abriu a porta de mansinho

B) Muito feio isso, desobedecer ao homem dessa maneira

C) o hipnotizador tentava adormecer uma jovem

D) Curvado sobre uma poltrona no canto mais escuro da sala

 

17. Na frase: “Ouvindo isto, a bela adormecida abaixou o braço imediatamente, não encontrando resistência nenhuma.” (parág. 2), a expressão sublinhada refere-se:

A) à moça que está sendo hipnotizada

B) a uma personagem de um conto infantil

C) à moça que abriu a porta

D) a uma moça que adormeceu esperando a vez de ser hipnotizada

 

18. Ao dizer: “… às vezes a pessoa fica assim, meio rebelde. Obedece tudo direitinho, mas ao contrário.” (parág. 3), o hipnotizador quer:

A) criticar a rebeldia da moça

B) brincar com as pessoas presentes

C) justificar a sua incompetência

D) desculpar a atitude da moça

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

CRÔNICA SESSÃO DE HIPNOTISMO 7 8 ANO

 

ALUNO:_________________________________________TURMA:_________________DATA:__________

PROF. DIORGES/PORTUGUÊS

COPIE NO SEU CADERNO A TEORIA SOBRE O GÊNERO CRÔNICA.

TEORIA

GÊNERO TEXTUAL CRÔNICA:

1. O ASSUNTO: Trata de problemas do cotidiano; assuntos comuns, do dia a dia;

2. O TEMPO: Retrata um momento, ou seja, um período curto: horas...

3. AS PERSONAGENS: pessoas comuns, geralmente sem nome ou com nomes genéricos.

4. A LINGUAGEM: é comum fragmentos com linguagem informal/coloquial - gírias, palavras inventadas, gestos, palavras abreviadas, ...

5. A FINALIDADE: provocar uma reflexão sobre o tema abordado...

 

Leia o texto para responder às questões.

SESSÃO DE HIPNOTISMO  (Fernando Sabino)

 

  1.      A dona da casa nos abriu a porta de mansinho, pediu silêncio com um dedo sobre os lábios e fez sinal para que entrássemos. Entramos, pé ante pé, já meio hipnotizados. Curvado sobre uma poltrona no canto mais escuro da sala, o hipnotizador tentava adormecer uma jovem. Ao fundo, cinco ou seis vítimas aguardavam a vez, uns muito sérios, outros contendo risos. Na poltrona a jovem nunca mais que dormia e, já meio chateada, olhava o relógio de pulso que o hipnotizador segurava no ar.
  2.      “Você vai dormir… Suas pálpebras estão pesadas… Tudo vai desaparecendo” – insistia ele, com voz macia, mas acabou ordenando: “Feche os olhos.” A jovem fechou. Com a mão ele fez sinal que nos aproximássemos. “Levante o braço”. A moça levantou. “Agora você não pode abaixar o braço”. Voltou-se para nós: “Viram? Ela está dormindo. Não consegue abaixar o braço. Se tentar, encontra resistência.” Ouvindo isto, a bela adormecida abaixou o braço imediatamente, não encontrando resistência nenhuma.
  3.      “Bem”, prosseguiu o homem, “às vezes a pessoa fica assim, meio rebelde. Obedece direitinho, mas ao contrário.” Aproximou-se de novo da poltrona: “Agora”, sussurrou para ela, “preste bem atenção: você queria parar de roer unha, não é? Pois bem: quando acordar, nunca mais vai roer unha. Vai ter consciência de que é um hábito muito feio, desagradável. E pronto: quando eu contar até três, pode acordar.”
  4.      No que ele disse “um” a moça se ergueu da poltrona, lépida e satisfeita. “Você dormiu mesmo?” perguntamos, impressionados. “Como é que vocês queriam que eu dormisse, com ele falando o tempo todo no meu ouvido?” Concordamos em que ela fizera muito mal em abaixar o braço: “Muito feio isso, desobedecer o homem dessa maneira.” Ela ergueu os ombros: “Tanta coisa só para me dizer que roer unha é muito desagradável. Essa não!” E afastou-se, roendo as unhas.

 

1. Qual o assunto abordado na crônica?

______________________________________________________________________________

2. Qual a duração aproximada da narrativa?

______________________________________________________________________________

3. Quem são as personagens da crônica?

______________________________________________________________________________

3a. Quais as características físicas e psicológicas das personagens?

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

4. Retire da crônica um exemplo de linguagem coloquial/informal.

______________________________________________________________________________

5. O objetivo da crônica Sessão de Hipnotismo é provocar uma reflexão sobre quais temas?

______________________________________________________________________________

6. A crônica acima foi narrada em 1ª pessoa, o narrador é um personagem. Retire do texto um trecho que comprove essa afirmação.

____________________________________________________________________________

7. Qual o espaço da crônica " Sessão de hipnotismo", ou seja, onde acontece a história?

____________________________________________________________________________

 

8. No texto foram usadas aspas (“”) para indicar a fala das personagens. Escreva um fala do narrador e seus amigos

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9. “Entramos, pé ante pé, já meio hipnotizados.” Por que os amigos já entraram meio hipnotizados?

____________________________________________________________________________

 

10. “Ao fundo, cinco ou seis vítimas aguardavam a vez” Por que o narrador utilizou a palavra vítimas nesse contexto?

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11. Todas as pessoas do local acreditavam no hipnotizador? Justifique com um fragmento do texto.

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12. Concordamos em que ela fizera muito mal em abaixar o braço: “Muito feio isso, desobedecer ao homem dessa maneira.”  Os amigos da menina acharam que ela deveria fingir que estava hipnotizada. Por quê?

____________________________________________________________________________

 

13. Relei o texto e destaque as palavras que possuem acento. Depois acentue as palavras que foram retiradas do texto:

LABIOS, SERIO, SILENCIO, RELOGIO, CONTRARIO, RESISTENCIA, CONCIENCIA DESAGRADAVEL, ENTRASSEMOS, APROXIMASSEMOS, VITIMAS, PALPEBRAS, LEPIDA, HABITO,  TRES, VOCE, ATE, PE, JÁ.

 

15. Nesse texto, no trecho “fez sinal para que entrássemos.” (1º parágrafo), a expressão em destaque indica:  (Faça anotações após responder à questão.)

A) comparação.   ______________________________________________________             

B) conclusão.      ______________________________________________________          

C) condição.    ________________________________________________________           

D) finalidade __________________________________________________________

 

16. Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é:

A) A dona da casa nos abriu a porta de mansinho

B) Muito feio isso, desobedecer ao homem dessa maneira

C) o hipnotizador tentava adormecer uma jovem

D) Curvado sobre uma poltrona no canto mais escuro da sala

 

17. Na frase: “Ouvindo isto, a bela adormecida abaixou o braço imediatamente, não encontrando resistência nenhuma.” (parág. 2), a expressão sublinhada refere-se:

A) à moça que está sendo hipnotizada

B) a uma personagem de um conto infantil

C) à moça que abriu a porta

D) a uma moça que adormeceu esperando a vez de ser hipnotizada

 

18. Ao dizer: “… às vezes a pessoa fica assim, meio rebelde. Obedece tudo direitinho, mas ao contrário.” (parág. 3), o hipnotizador quer:

A) criticar a rebeldia da moça

B) brincar com as pessoas presentes

C) justificar a sua incompetência

D) desculpar a atitude da moça

sábado, 29 de março de 2025

O ENVIADO DE DEUS – FERNANDO SABINO - CRONICA

 

O ENVIADO DE DEUS – FERNANDO SABINO

 

         FAZIA um dia lindo. O ar ao longo da praia era desses de lavar a alma. O meu fusca deslizava dócil no asfalto, eu ia para a cidade feliz da vida. Tomara o meu banho, fizera a barba e, metido além do mais num terno novo, saíra para enfrentar com otimismo a única perspectiva sombria naquela manhã de cristal: a da hora marcada no dentista.

           Mas eis que o sinal se fecha na Avenida Princesa Isabel e um rapazinho humilde se aproxima de meu carro.

          — Moço, me dá uma carona até a cidade?

          O que mais me impressionou foi a espontaneidade com que respondi:

          — Eu não vou até a cidade, meu filho.

           Havia no meu tom algo de paternal e compassivo, mas que suficiência na minha voz! Que segurança no meu destino! Mal tive tempo de olhar o rapazinho e o sinal se abria, o carro arrancava em meio aos outros, a caminho da cidade.

          Logo uma voz que não era a minha saltou dentro de mim:

          — Por que você mentiu?

          Tentei vagamente justificar-me, alegando ser imprudente, tantos casos de assalto…

          — Assalto? A esta hora? Neste lugar? Com aquele jeito humilde? Ora, não seja ridículo.

Protestei contra a voz, mandando que se calasse: eu não admitia impertinência. E nem bem entrara no túnel, já concluía que fizera muito bem, por que diabo ele não podia tomar um ônibus? Que fosse pedir a outro, certamente seria atendido.

          Mas a voz insistia: eu bem vira pelo espelho retrovisor que alguém mais, atrás de mim, também havia recusado, despachando-o com um gesto displicente. Nem ao menos dera uma desculpa qualquer, como eu. Não contaria com ninguém, o pobre diabo. Como os mais afortunados podem ser assim insensíveis! Era óbvio que ele não dispunha de dinheiro para o ônibus e ficaria ali o dia todo.

         E eu no meu carro, de corpo e alma lavada, todo feliz no meu terninho novo. Comecei a aborrecer o terno, já me parecia mesmo ligeiramente apertado. Dentro do túnel a voz agora ganhara o eco da própria voz de Deus:

         — Não custava nada levá-lo.

         Não, Deus não podia ser tão chato: que importância tinha conceder ou negar uma simples carona?

         Ah, sim? Pois então eu ficasse sabendo que aquele era simplesmente o teste, o Grande Teste da minha existência de homem. Se eu pensava que Deus iria me esperar numa esquina da vida para me oferecer solenemente numa bandeja a minha oportunidade de Salvação, eu estava muitíssimo enganado: ali é que Ele decidia o meu destino. Pusera aquele sujeitinho no meu caminho para me submeter à prova definitiva. Era um enviado Seu, e a humildade do pedido fora só para disfarçar — Deus é muito disfarçado.

         Agora o terno novo me apertava, a gravata me estrangulava, e eu seguia diretamente para as profundas do inferno, deixando lá atrás o último Mensageiro, como um anjo abandonado. Ao meu lado, no carro, só havia lugar para o demônio.

        — Não tem dúvida: aquele cara me estragou o dia — resmunguei, aborrecido, acelerando mais o carro a caminho da cidade.

          Quando dei por mim, já em Botafogo, entrava no primeiro retorno à esquerda, sem saber por quê, de volta em direção ao túnel.

Imediatamente me revoltei contra aquela tolice, que apenas me faria perder o dentista — o que, aliás, não seria mau. Mas era tarde, e o fluxo do tráfego agora me obrigaria a refazer todo o percurso.

         Como explicar-lhe, sem perda de dignidade, que havia mentido e voltara para buscá-lo? Certamente ele nem estaria mais lá.

          Estava. Foi só fazer a volta na praia, e pude vê-lo no mesmo lugar, ainda postulando condução. Detive o carro a seu lado. Justificando meu regresso, gaguejei uma desculpa qualquer, que ele mal escutou. Aceitou logo a carona que eu lhe oferecia: sentou-se a meu lado como se fosse a coisa mais natural do mundo eu ter voltado para buscá-lo.

          Era mesmo alguém que pedia condução simplesmente porque não tinha dinheiro para o ônibus. Desempregado, ia para a cidade por não saber mais para onde ir — o que já é outra história.

Só não me pareceu que fosse um enviado de Deus: não perdi o dentista e, ainda por cima, Deus houve por bem distinguir-me com um nervo exposto.

Fonte:SABINO, Fernando. Deixa o Alfredo Falar! Rio de Janeiro: Record, 1985.

 

 

1. Qual o significado das expressões “lavar a alma”  e “manhã de cristal”?

_____________________________________________________________________________

 

 Logo uma voz que não era a minha saltou dentro de mim:

          — Por que você mentiu?”

2. A quem pertence a voz que recrimina o cronista?

_________________________________________________________________________

 

3. Que passagem no primeiro parágrafo informa  ao leitor que o cronista não gosta de ir ao dentista?

__________________________________________________________________________

 

4. O texto é narrado em primeira pessoa ( o narrador é um personagem também) ou em terceira pessoa o ( o narrador só conta a história)? Justifique.

______________________________________________________________________________

 

Se eu pensava que Deus iria me esperar numa esquina da vida para me oferecer solenemente numa bandeja a minha oportunidade de Salvação, eu estava muitíssimo enganado: ali é que Ele decidia o meu destino. Pusera aquele sujeitinho no meu caminho para me submeter à prova definitiva. Era um enviado Seu

 

5. Porque os termos  Ele e Seu foram escritos com letra maiúscula?

______________________________________________________________________

 

6. O que significa a expressão “oferecer de bandeja”?

_____________________________________________________________________

 

7. Ao afirmar que “Deus é muito disfarçado” a intenção do cronista é dizer que:

a) Deus não quer se revelar aos homens

b) Deus se disfarçou para testar o cronista

c) a voz que ouve é a voz disfarçada de Deus

d) talvez Deus tivesse assumido a forma do rapaz que pediu carona

e) não são conhecidos todos os meios que deus usa para se revelar aos homens

 

8. Nessa crônica o autor;

a) expressa uma opinião

b) constrói uma narrativa

c) reflete sobre a salvação de sua alma

d) justifica a ação de não ajudar as pessoas

e) destaca aspectos poéticos do Rio de Janeiro

 

9. O tema dessa crônica é;

a) religioso

b) fantástico

c) cotidiano

d) incomum

e) engraçado

 

 

 

 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

CRÔNICA - APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA

 

Aprenda a chamar a polícia (Luís Fernando Veríssimo)

 

        Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.

        Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.

        Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.

        Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

        Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:

        — Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro de escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!

        Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

        Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.

        No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:

        — Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.

        Eu respondi:

        — Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

 

    Luís Fernando Veríssimo.

 

Entendendo a crônica:

 

01 – Que fato provocou o desenrolar dos acontecimentos descritos no texto?

      O fato foi a invasão à casa do narrador, onde um criminoso tentaria um roubo.

 

02 – Qual o cenário em que aconteceu a história?

      Na casa do narrador.

 

03 – Que tipo de narrador há?

      Narrador-personagem.

 

04 – Quais personagens fazem parte dessa narrativa?

      O narrador é o personagem principal, sendo secundário, o ladrão e o atendente da polícia.

 

05 – Qual o desfecho da crônica?

      Quando o narrador diz ter baleado o ladrão, e então surgem muitas viaturas e a imprensa. Então o invasor é preso.

 

06 – No texto, ao dizer que o ladrão agiu “sorrateiramente”, o autor quis dizer que ele agiu:

a)   Com extrema violência.

b)   Com ignorância.

c)   De maneira desastrosa.

d)   De maneira sutil e às ocultas.

e)   De maneira brusca e rápida.

 

07 – De acordo com o texto, a pessoa que teve a casa invadida:

a)   Assim que percebeu que havia alguém no quintal se desesperou e começou a gritar.

b)   Não se preocupou muito inicialmente, mas tomou uma atitude em relação à situação.

c)   Entrou em pânico e tratou de partir para cima do invasor.

d)   Percebeu, logo que viu o bandido, que ele era perigoso e por isso foi logo atirando.

e)   Ficou extremamente preocupado, visto que sua residência não oferecia segurança suficiente.

 

08 – Em “Comandante da Polícia”, as letras maiúsculas foram utilizadas por tratar-se de:

a)   Entidade folclórica.

b)   Nome próprio.

c)   Uma citação referente ao governo.

d)   Uma autoridade de alto cargo e respectiva corporação.

e)   Designação de uma região.

 

09 – Pelo desfecho do texto, podemos concluir que:

a)   A Polícia foi até o local prontamente por tratar-se de um roubo.

b)   A Polícia não seria tão rápida se não pensasse que o ladrão tinha sido morto.

c)   A Polícia atendeu a primeira ligação, deslocando para o local imediatamente, por ser rápida e eficiente.

d)   A Polícia atende mais rápido a roubos do que a homicídios.

e)   A Polícia sempre atende a qualquer tipo de ocorrência assim que solicitada.

 

10 – Todos os verbos destacados abaixo indicam ação, EXCETO:

a)   “... alguém andando sorrateiramente no quintal de casa”.

b)   “Eu já matei o ladrão”.

c)   “Um minuto depois, liguei de novo...”.

d)   “Eles prenderam o ladrão...”.

e)   “... minha casa era muito segura...”.