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quarta-feira, 24 de abril de 2024

O MÉDICO E O INDIO - FILOSOFIA 8º ANO

 

O médico e o índio

          Conta-se a seguinte experiência, vivida anos atrás por um grande médico paulista, filho de imigrantes italianos, enquanto trabalhava entre os índios xavantes, no mato grosso.

          Em uma tarde tórrida dessa região central do Brasil, o médico saiu para caminhar com um dos indígenas, Rupawe, e decidiram refrescar-se no rio das Garças. Depois de nadarem por quase uma hora, sentaram-se para descansar e apreciar a paisagem à sua volta. A agradável sensação da brisa pareceu despertar no médico pensamentos sutis, resultando neste curto diálogo:

          – Você é feliz, Rupawe?

          – sim – respondeu prontamente o índio.

          – e você sabe o que é felicidade?

          – não.

 

Dicionário: Análise – divisão do todo em partes, para examinar cada uma delas e, depois, poder entender e explicar o todo composto dessas partes (síntese).

 

1. Quem são os personagens dessa situação?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

2. Qual deles passava por uma experiência diferente em seu cotidiano?

____________________________________________________________________________

 

3. Levante hipóteses sobre a vida do médico antes de ir trabalhar entre os índios.

a) Como era o espaço geográfico?

____________________________________________________________________________

b) Que tipos de atividades físicas ele fazia?

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4. Levante hipóteses sobre a vida do médico entre os índios.

a) Como era o espaço geográfico?

____________________________________________________________________________

b) Que tipos de atividades físicas ele fazia?

____________________________________________________________________________

 

5. O que a experiência na mata despertou no médico?

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6. Você é feliz?

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7. O que torna uma vida feliz?

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8. Esse diálogo abordo o seguinte problema: o que é felicidade ou o que é ser feliz.

A narrativa apresenta alguma resposta para esse problema?

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ADAPTADO DE:

O médico e o índio

Conta-se a seguinte experiência, vivida anos atrás por um grande médico paulista, filho de imigrantes italianos, enquanto trabalhava entre os índios xavantes, no Mato Grosso.

Em uma tarde tórrida dessa região central do Brasil, o médico saiu para caminhar com um dos indígenas, Rupawe, e decidiram refrescar-se no rio das Garças. Depois de nadarem por quase uma hora, sentaram-se para descansar e apreciar a paisagem à sua volta. A agradável sensação da brisa pareceu despertar no médico pensamentos sutis, resultando neste curto diálogo:

-           Você é feliz, Rupawe?

-           Sim - respondeu prontamente o índio.

-           E você sabe o que é felicidade?

-           Não.

 

          Primeiramente, analisemos juntos essa anedota ou historieta, que constitui nossa primeira situação. Isso nos ajudará a percorrer os distintos passos de uma experiência filosófica. (E vá se acostumando com esse procedimento, pois o filosofar começa, de modo geral, com uma análise.)

 

          Análise - divisão do todo em partes, para examinar cada uma delas e, depois, poder entender e explicar o todo composto dessas partes I síntese l.

 

          Quem são os personagens dessa situação?

Há dois personagens: um médico paulista, vindo de um centro urbano, e um índio xavante, que vivia com sua tribo no estado do Mato Grosso.

 

          Qual deles passava por uma experiência diferente em seu cotidiano?

Podemos deduzir que é o médico, porque nesse momento: a) trabalhava em um espaço físico-geográfico estranho para ele (o Mato Grosso]; b) convivia com um grupo social que possuía uma cultura distinta da sua (a comunidade xavante); e c) desenvolvia atividades que não poderia realizar em uma metrópole, como passear respirando ar puro e nadar em um rio não poluído, cercado da paisagem silvestre.

 

          O que essa experiência parece ter causado nesse personagem?

A vivência de um cotidiano distinto parece ter levado o médico a parar e pensar sobre as diferenças entre sua vida e a do nativo. Isso pode ser deduzido das perguntas que ele fez, as quais refletem preocupações como: -Seria Rupawe feliz?"; -Serei eu feliz?"; "Se ambos somos felizes vivendo de maneiras tão distintas, o que [orna uma vida feliz?"; e assim por diante.

 

          Que problema filosófico essa conversação inspira?

É o problema da felicidade, ou seja, o que é felicidade ou o que é ser feliz.

 

            A narrativa apresenta alguma resposta para esse problema?

Não. O relato se interrompe com a resposta negativa do indígena. Ele sabe que é feliz, mas não consegue dar uma definição de felicidade, dificuldade enfrentada pela maioria das pessoas.

 

            Você concorda com a análise que fizemos?

Reflita bem. Todo texto pode ser analisado de diferentes maneiras. Você proporia alguma outra pergunta para completar essa análise? Você responderia a alguma questão de maneira distinta?

FUNDAMENTOS DA FILOSOFIA - GILBERO COTRIM - 8º ANO 4ªED - 2016

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