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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

TEXTO DE OPINIÃO - MENINA PODE JOGAR FUTEBOL? INTEPRETAÇÃO 6º E 7º ANOS

 

Menina pode jogar futebol?

       A mãe de uma garota de nove anos me pediu para conversar com a filha porque ela não quer mais ir para a escola. Puxa! O que será que aconteceu para ela ficar tão chateada assim?

       Será que passam tanta lição de casa que ela não tem tempo para brincar? Será que a professora é muito brava? Será que ela está achando que o que precisa aprender é muito difícil? Ou será que alguns colegas zoam a menina?

Nada disso! Ela gosta da escola, da professora e dos colegas, e aprende tudo o que lá ensinam. Então, por que quer mudar de escola? Mistério!

      Uma hora, meio sem querer, ela me contou que, no recreio, muitos alunos gostam de jogar futebol, e ela adora esse jogo. É torcedora de um time e assiste a jogos na televisão.

       O problema é que os meninos não querem saber de dar uma posição para ela no time só porque ela é menina! Acredita numa coisa dessas? Vai ver ela joga mal! Nada disso, ela joga como os garotos jogam: tem visão de jogo, sabe driblar, consegue passar a bola e adora fazer gol.

      Mas ela nasceu menina, e muitos meninos acham que as garotas não devem jogar futebol ou gostar de fazer outras coisas que são mais os meninos que fazem.

      Até alguns adultos pensam assim. Ela pediu ajuda à inspetora do recreio para conseguir entrar num time, mas ouviu que ela não deveria ficar chateada e ir brincar com outras colegas.

      Meninas podem gostar de jogar futebol. Aliás, há até campeonato feminino: você sabe disso, não sabe? A Marta, uma jogadora brasileira, já foi considerada a melhor do mundo!

      Os meninos que gostam de futebol precisam defender as meninas que também gostariam de participar, e não rejeitá-las, como os colegas da garota de nossa história de hoje.

      O futebol, como muitas outras atividades, já foi considerado um jogo só de homens. Até votar já foi coisa de que a mulher ficava de fora, sabia? Ainda bem que o mundo muda!

https://feeds.folha.uol.com.br/fsp/folhinha/210793-menina-pode-jogar-futebol.shtml

 

1. “O que será que aconteceu para ela ficar tão chateada assim?” Qual das alternativas abaixo não indica uma hipótese levantada pela autora?

a) Será que passam tanta lição de casa que ela não tem tempo para brincar? b) Será que a professora é muito brava?

c) Será que ela está achando que o que precisa aprender é muito difícil?

d) Nada disso! Ela gosta da escola, da professora e dos colegas,(...)

 

2. Qual a causa da menina não jogar futebol?

a) porque ela joga mal

b) porque ela é menina

c) porque ela não sabe driblar

d) porque ela não tem visão de jogo

 

3. Observe sua resposta a questão anterior e responda: qual é o assunto do texto?

a) futebol

b) machismo

c) preconceito

d) violência

 

4. Será que ELA está achando que o que precisa aprender é muito difícil? A palavra em destaque se refere a:

a) professora

b) mãe da garota

c) a filha

d) os colegas

 

5. Após a leitura do texto é possível afirmar que:

a) a autora demonstra certa surpresa e indignação diante da atitude dos meninos de não darem uma posição no time para a menina.

b) a mãe da menina de nove anos pediu que a autora conversasse com a filha para incentivá-la a jogar futebol.

c) a menina de nove anos não gostava da escola, da professora e dos colegas, por isso não queria mais ir às aulas.

d) a autora do texto, mesmo achando que futebol é um esporte para meninos, incentiva os meninos a jogarem com as meninas.

 

6. É possível perceber a indignação da autora ao relatar a situação no seguinte trecho:

a) “O futebol, como muitas outras atividades, já foi considerado um jogo só de homens.”.

b) “A mãe de uma garota de nove anos me pediu para conversar com a filha porque ela não quer mais ir para a escola.”.

c) “O problema é que os meninos não querem saber de dar uma posição para ela no time só porque ela é menina! Acredita numa coisa dessas?”.

d) “Uma hora, meio sem querer, ela me contou que, no recreio, muitos alunos gostam de jogar futebol, e ela adora esse jogo.”.

 

7. A autora inicia o texto com:

a) uma afirmação.

b) uma exclamação.

c) uma pergunta.

d) uma certeza.

 

8. Assinale a afirmativa que NÃO apresenta um argumento da autora contra o machismo.

a) Até votar já foi coisa de que a mulher ficava de fora, sabia?

b) Os meninos que gostam de futebol precisam defender as meninas que também gostariam de participar, e não rejeitá-las

c) A Marta, uma jogadora brasileira, já foi considerada a melhor do mundo!

d) ela não deveria ficar chateada e ir brincar com outras colegas.

 

9. Em qual das alternativas abaixo a autora se dirige diretamente ao leitor?

a) você sabe disso, não sabe?

b) Acredita numa coisa dessas?

c) Até votar já foi coisa de que a mulher ficava de fora, sabia?

d) Ainda bem que o mundo muda!

 

10. As alternativas abaixo apresentam opinião, EXCETO:

a) Ainda bem que o mundo muda!

b) muitos meninos acham que as garotas não devem jogar futebol

c) ela nasceu menina

d) Meninas podem gostar de jogar futebol.

 

terça-feira, 18 de outubro de 2022

TEXTO DE OPINIÃO PAIXÃO POR FUTEBOL

 

PAIXÃO POR FUTEBOL

       A paixão por futebol aproxima as pessoas de modo instantâneo. Gente que nunca tinha se visto antes ao se encontrar num mesmo ambiente e começar a discutir o assunto descobre afinidades imediatas, ou contrariedades eternas, num clima de intimidade que não costuma ser visto em nenhum outro assunto – ou melhor, só comparável às paixões pelos personagens das telenovelas.

       O esporte era tido como “preparação para a vida”. Hoje sabemos que ele faz parte da vida, pela importância que as paixões clubísticas têm na vida das pessoas. Hoje elas são a própria vida concreta e não meramente simbólica. O volume de negócios assumiu proporções comerciais inéditas, movimentando um mercado sempre crescente e cada vez mais diversificado de produtos temáticos, que vão além dos materiais esportivos e envolvem as marcas dos clubes em vários outros produtos.

       No futebol “clássico”, pense nas décadas entre os anos 50 até 80, o assunto central era o talento, Pelé e Garrincha como símbolos maiores dessa época. Depois disso ficou claro que esquemas táticos, preparação física e o dito “espírito de grupo” eram tão importantes quanto o talento individual. Cada vez se soma mais fatores a isso, como o marketing clubístico, que gera capacidade de investir no futebol.

      Da era do talento, passamos à era dos grandes eventos e dos grandes negócios, inclusive dos direitos de transmissão pela TV e do direito de imagem, do amor ao clube passamos ao clube-empresa. E como em toda a cadeia de negócios capitalistas, quanto maior a complexidade dos negócios, mais ela se presta ao monopólio.

      Os maiores em torcida, Flamengo e Corínthians, recebem mais dinheiro pelas mesmas transmissões de TV do que os demais clubes que jogam o mesmo campeonato brasileiro. Ninguém espera que, com tantos interesses envolvidos, a arbitragem possa apitar com o mesmo espírito de isenção, pois ninguém quer prejudicar sua carreira sendo vetado por Corínthians ou Flamengo. O mesmo que ocorre no sul com a dupla Gre-Nal, desfavorecida no Brasileiro diante dos mais poderosos, favorecida no Campeonato Gaúcho contra os outros.

      A paixão pelo futebol se defronta, agora, com o pragmatismo do “mercado”, o que não chega a ser uma novidade, mas um acirramento do monopólio. Digamos que um time com folha salarial de 150 mil enfrente um de 10 milhões. Numa hipótese em que o time menor estivesse vencendo por 2×0, digamos, quando chegasse ao segundo tempo ele sofreria no mínimo a marcação de 2 pênaltis e uma expulsão, se o jogo fosse decisivo. Parece exagero? Não só aconteceu (com o Cruzeiro no Campeonato Gaúcho de 2015) como também surgiram “comentaristas de arbitragem” para justificar as marcações. Os negócios não podem parar, mas o futebol perde com isso. Citei o Cruzeiro, poderia ser outro, o caso do Brasil de Pelotas em 2014, mas o que está em jogo é uma paixão maior, pelo futebol.

 

MARTINS, Montserrat. Paixão por futebol. Disponível em: www.ecodebate.com.br/2015/04/13/paixao-por-futebol-artigo-de-montserrat-martins. Acesso em: 26. Maio. 2015.

 

01. Qual é o tema abordado no artigo de opinião?

 A PAIXÃO DO BRASILEIRO POR FUTEBOL.

 

02. O autor afirma que a paixão pelo futebol só é comparável a uma outra paixão nacional. Qual é essa outra paixão? A PAIXÃO PELOS PERSONAGENS DAS TELENOVELAS

 

03. O autor faz um apanhado histórico acerca do futebol no país. Identifique as opiniões do autor do texto a respeito desse tema.

ELE FALA DA ÉPOCA DO FUTEBOL CLÁSSICO EM QUE PELÉ E GARRINCHA ERAM OS SÍMBOLOS DO FUTEBOL NACIONAL.

 

04. Que tipos de argumentos o autor emprega? E onde os emprega?

ÉPOCA DO ESPORTE PREPARAÇÃO PARA A VIDA - 2º PARÁGRAFO FATOS DO PASSADO DO FUTEBOL – 3º PARÁGRAFO FASE DO FUTEBOL-TALENTO – 4º PARÁGRAFO FASE DOS GRANDES EVENTOS FUTEBOLÍSTICOS E MARKETING DOS TIMES – 5º PARÁGRAFO

05. Como o autor define a era do talento no futebol? FOI ENTRE OS ANOS 50 E 80 EM QUE PELÉ E GARRICHA ERAM OS ÍDOLOS DO ESPORTE.

 

06. O que é um clube-empresa segundo o autor? SÃO OS GRANDES CLUBES BRASILEIROS COMO CORÍNTHIANS E FLAMENGO QUE INVESTEM EM MARKETING E NOS GRANDES EVENTOS DO ESPORTE COM TRNSMISSÕES DE SEUS JOGOS PELA TV.

 

07. O autor afirma que o futebol evoluiu. Segundo ele, como o futebol é tratado hoje em dia? COMO UM CLUBE-EMPRESA EM QUE SE GANHA DINHEIRO EXPLORANDO VÁRIOS ASPECTOS DO TIME E DO ESPORTE.

 

08. Qual é a diferença de tratamento dado aos clubes grandes em oposição aos pequenos clubes? ELES SÃO TRATADOS COM PRIVILÉGIOS ATÉ MESMO NOS RESULTADOS DAS PARTIDAS EM QUE A ARBITRAGEM FAVORECE O TIME DE MAIOR DESTAQUE EM DETRIMENTO DO MENOR.

 

09. O autor cita fatos que mostram que nem sempre ganha o melhor. a) Como isso se dá? A ARBITRAGEM NÃO USA O MESMO ESPÍRITO DE ISENÇÃO, NUM JOGO DECISIVO, O TIME MAIOR LEVA VANTAGEM COM MARCAÇÕES DE PÊNALTIS E EXPULSÕES DO TIME ADVERSÁRIO.

 

10. Como o autor conclui seu texto? ELE DIRIGE-SE AO LEITOR COMENTANDO QUE HÁ INCLUSIVE COMENTARISTAS DE ARBITRAGEM E QUE A PAIXÃO PELO FUTEBOL ESTÁ ACIMA DE TUDO.

 

11. Ao escrever seu artigo, o autor faz alguns comentários e se dirige ao leitor. Retire do texto lido dois exemplos em que esse fato acontece. “PENSE NAS DÉCADAS...”, “DIGAMOS QUE UM TIME...”, “PARECE EXAGERO?”

 

12. Quando o autor diz: “... mas o que está em jogo é uma paixão maior, pelo futebol.” Há uma ambiguidade. Quais são os significados implícitos nessa afirmação? “JOGO”: O JOGO DE FUTEBOL EM SI E “ESTAR EM JOGO”: LEVANDO EM CONTA, DANDO PREFERÊNCIA.

 

13. Por que o autor usou aspas em: a) O esporte era tido como “preparação para a vida”. IRONIA (INSINUANDO QUE O ESPORTE PREPARA AS PESSOAS QUE O PRATICAM PARA SE VIVER MELHOR) b) No futebol “clássico”... NOME ANTIGO DADO AO FUTEBOL. (REFERÊNCIA AO PASSADO) c) ... com o pragmatismo do “mercado”... IRONIA (INSINUANDO O USO DO DINHEIRO PARA INFLUENCIAR RESULTADOS DAS PARTIDAS) d) ... surgiram “comentaristas de arbitragem” para justificar as marcações... IRONIA (IRONIZANDO OS COMENTARISTAS ESPORTIVOS QUE DEFENDEM A ARBITRAGEM QUE FAVORECE OS TIMES DE MAIOR INFLUÊNCIA)

 

14. O artigo lido foi publicado num site denominado EcoDebate. O que futebol tem a ver com um site de questões socioambientais? NESSE SITE SÃO PUBLICADOS TEXTOS DE ASSUNTOS POLÊMICOS DE INTERESSE GERAL E O FUTEBOL ATUAL SE ENCAIXA NESTE ASPECTO.

 

15. Analise as informações a seguir segundo os elementos estruturais que compõem os gêneros Artigo de Opinião e Debate.

Os motivos usados em um texto com a intenção de convencer recebem o nome de argumentos. V Para convencer o leitor de uma dada opinião, é preciso apresentar argumentos que devem ser justificados. V

O exemplo é um tipo de argumento. V

O texto lido apresenta uma opinião sem o fanatismo futebolístico tão comum entre os torcedores F Os dados numéricos não são considerados como argumento em um artigo de opinião. F

A conclusão em um artigo de opinião deve sempre retomar as ideias apresentadas anteriormente. F

 No texto lido o autor demonstra ser um fanático torcedor de futebol. F

Chamamos de Debate o gênero textual em que os interlocutores têm a oportunidade de discutir, apresentar argumentos e contra-argumentos acerca de um tema de interesse coletivo, bastante veiculado pelos meios de comunicação em geral. V

A linguagem que se usa no Debate geralmente é caracterizada pela norma padrão. Entretanto, em algumas ocorrências poderá haver variações em função do grau de intimidade entre os participantes, da faixa etária e do nível cultural referente aos mesmos. V

A intenção de um Debate é, única e exclusivamente, convencer ou sermos convencidos, mediante o confronto de experiências. V

 

16. Faça a correspondência entre o nome dos elementos estruturais do gênero Artigo de Opinião citados na primeira coluna e os trechos do texto lido colocados na segunda coluna:

1 - Introdução.                 ( 1 ) “A paixão por futebol aproxima as pessoas de modo instantâneo.”

2 - Conclusão.                 ( 2 ) “Os negócios não podem parar, mas o futebol perde com isso.”

3 - Argumento.         ( 3 ) “O volume de negócios assumiu proporções comerciais inéditas, movimentando um mercado sempre crescente e cada vez mais diversificado de produtos temáticos, que vão além dos materiais esportivos e envolvem as marcas dos clubes em vários outros produtos.”

4 - Dados históricos.           ( 4 ) “No futebol “clássico”, pense nas décadas entre os anos 50 até 80, o assunto central era o talento, Pelé e Garrincha como símbolos maiores dessa época.”

5 - Exemplificação.           ( 5 ) “Os maiores em torcida, Flamengo e Corínthians, recebem mais dinheiro pelas mesmas transmissões de TV do que os demais clubes que jogam o mesmo campeonato brasileiro.”

6 - Comparação.              ( 6 ) “Da era do talento, passamos à era dos grandes eventos e dos grandes negócios, inclusive dos direitos de transmissão pela TV e do direito de imagem, do amor ao clube passamos ao clubeempresa.”

 

Fonte: http://www.colegiotamandare.com.br/site/wp-content/uploads/2017/08/AC_AP3_RED_9_GAB.pdf

 

domingo, 18 de abril de 2021

AS RELAÇÕES DE TRABALHO

 

AS RELAÇÕES DE TRABALHO (Sérgio Buarque de Holanda)

        Quem compare, por exemplo, o regime do trabalho dos antigos artesãos com a “escravidão dos salários” nas usinas modernas, tem um elemento precioso para o julgamento da inquietação social dos nossos dias.

   Nas velhas corporações de artesãos, o mestre e seus aprendizes formavam como uma só família, cujos membros se sujeitavam a uma hierarquia natural, mas que partilhavam das mesmas privações e confortos; as relações de empregador e empregado eram pessoais e diretas, não havia autoridades intermediárias.

        Foi o moderno sistema industrial que, separando os empregadores e empregados nos processos de manufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre uns e outros e estimulou o antagonismos de classe. Nas usinas modernas, entre o trabalhador manual e o derradeiro proprietário – o acionista – existe toda uma hierarquia de funcionários e autoridades representados pelo superintendente da usina, o diretor-geral, o presidente da corporação, a junta executiva do conselho de diretoria e o próprio conselho de diretoria.

        Para o empregador moderno – assinala um sociólogo norte-americano, o empregado transforma-se em um simples número: a relação humana desapareceu.

Entendendo o texto:

01 – Em outro momento, Sérgio Buarque de Holanda, o autor do texto, faz a seguinte afirmação:

        “O novo regime (referindo-se às usinas modernas) tornava mais fácil explorar o trabalho, a troco de salários íntimos”. Como essa “exploração do trabalho” é chamada no texto aqui apresentado?

      É chamado de “escravidão dos salários”.

02 – “... o mestre e seus aprendizes formavam como uma só família, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural...”. Considerando a hierarquia natural de uma família, a quem o mestre poderia ser comparado? E os aprendizes?

      O mestre poderia ser comparado ao pai, e os aprendizes, aos filhos.

03 – Qual a principal transformação ocorrida nas relações de trabalho, das velhas corporações de artesãos para a usinas modernas?

      Nas usinas modernas, a relação entre o empregador e o empregado perdeu a “atmosfera de intimidade”, deixou de ser direto e pessoal: a relação humana desapareceu.

04 – Que tipo de relação de trabalho há numa grande fábrica de automóveis?

      Numa grande fábrica de automóveis (bem como em qualquer grande empresa), a relação de trabalho é sempre impessoal (portanto, nada íntima). Realçar o fato de, numa grande empresa, o patrão ser uma figura abstrata, inacessível.

05 – E na pequena loja de roupas lá da esquina?

      Em toda pequena empresa, há uma relação mais pessoal entre empregador e empregado. Nesse caso, o empregado tem acesso ao patrão e o diálogo entre eles é direto, o patrão sabe o nome do empregado, frequentemente conhece pessoas de sua família, etc.

06 – Em que ocasiões você é tratado como um número e não chamado pelo seu nome?

      Resposta pessoal do aluno.

07 – O texto está estruturado em quatro parágrafos. Divida-os em introdução, desenvolvimento e conclusão.

      Introdução: primeiro parágrafo.

      Desenvolvimento: segundo e terceiro parágrafos.

      Conclusão: quarto parágrafo.

08 – Qual a ideia básica apresentada no primeiro parágrafo?

      A causa da inquietação social de nossos dias.

09 – Qual o recurso utilizado pelo autor no desenvolvimento?

      O autor compara as relações de trabalho nas antigas corporações de artesãos com as relações de trabalho nas usinas modernas.

10 – Qual a ideia básica apresentada no último parágrafo?

      Desapareceu o lado humano na relação entre o empregador moderno, capitalista, e seu empregado.

11 – Essa ideia básica apresentada no último parágrafo é coerente com o desenvolvimento e a introdução do texto? Explique sua resposta.

      Sim. Depois de introduzir o tema (a inquietação social) e apontar suas causas (o fim das relações pessoais e diretas entre empregador e empregado; a excessiva hierarquização e impessoalidade das relações trabalhistas), a ideia final (a relação humana desapareceu) é consequência lógica do que foi apresentado.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

 HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 8. Ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1975. P. 102.

Fonte: Práticas de Linguagem. Leitura & Produção de Textos. Volume 4. Ernani & Nicola. Editora Scipione. P. 130-2.

https://armazemdetexto.blogspot.com/2021/03/texto-as-relacoes-de-trabalho-sergio.html


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

TEMA TESE ARGUMENTOS 7º ANO EAD TEORIA EXERCICIOS COM GABARITO

GABARITO NO FINAL 
HABILIDADES: (EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato. (EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância. (EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.
INTRODUÇÃO AOS TEXTOS DE OPINIÃO: TEMA/TESE /ARGUMENTOS.
        Há muitas palavras que são sinônimas, porém não é adequado utiliza-las em qualquer contexto. Por exemplo, sinônimo de casa: residência, domicílio, habitação, lar, morada, moradia, vivenda.

1. Complete os espaços abaixo com os sinônimos para casa.
a) Fazemos entregas à_________________
b) O governo fez um projeto de ___________________
c) Vende-se uma______________
d) Toda criança precisa de um _________________

TEMA/ASSUNTO
Leia o texto a seguir.
2. Qual o assunto da tirinha.
a) preocupação
b) prova
c) estudo
d) passar

3. Qual a opinião de Charlie Brown sobre o assunto?
a) ele acha fácil passar na prova
b) ele acha difícil passar na prova
c) ele acha impossível passar na prova
d) ele está preocupado com a prova

4. Sobre os argumentos usados por Charlie Brown para defender sua opinião podemos afirmar que:
a) Ele faz uma comparação, ou seja, uma analogia.
b) Ele cita dados estatísticos (números) que provam que é impossível
c) Ele mostra que na história nunca uma pessoa passou em uma prova
d) Ele não apresenta um argumento que sustente sua opinião.

5. A leitura do texto permite inferir que:
a) As meninas são mais estudiosas que os meninos.
b) As crianças não gostam de estudar.
c) O Charlie Brown tentou estudar, mas achou o conteúdo muito fácil.
d) O Charlie Brown não tentou estudar, por isso acha que a prova será difícil.

DIFERENÇA ENTRE ASSUNTO E TEMA
         
        O assunto tem um significado mais amplo, mais genérico e pode ser desdobrado em temas.
         Observe, por exemplo: CidadaniaEcologiaTerrorismoHorário Político; todos são assuntos, não há delimitação.
        O tema é um recorte do assunto. Ele acarreta necessariamente um ponto de vista e dá margem à discussão. Não se esqueça de que nas redações são apresentados temas, portanto não fale da ideia geral, respeite o tema.

6. Na tirinha o assunto é uma prova.  Qual das alternativas abaixo NÃO poderia ser tema da tirinha.
a) A preocupação de alunos com as provas escolares.
b) O hábito de alunos não estudar para provas.
c) A impossibilidade de alguns alunos realizarem provas.
d) A prática de alunos fazer provas sem estudar.

7. Indique o assunto das manchetes de jornal abaixo com apenas uma palavra para cada alternativa?
a) “UFJF aprova ensino remoto emergencial na graduação”
b) “China concede primeira patente de vacina contra Covid-19 para CanSino, diz mídia estatal”
c) Domènec comemora primeira vitória: "Jogamos como o verdadeiro Flamengo do ano passado"

DIFERENÇA ENTRE ASSUNTO E TEMA: CONCLUSÃO
       Para produção de texto é essencial saber a diferença entre assunto e tema.
       Na interpretação de texto, geralmente as duas palavras são usadas como sinônimas.

PARTE II: TESE/OPINIÃO
O que é tese na redação?
       Na redação, a tese é a sua opinião, o seu ponto de vista sobre o tema proposto. Ela pode ser apresentada por meio de declarações afirmativas ou negativas.
       Essa palavrinha vem do grego “thesis”, que significa “proposição”. É aquilo que você vai expor e defender em sua redação através de bons argumentos, tentando convencer o leitor sobre seu ponto de vista.
       Você pode defender qualquer tese, desde que ela respeite os direitos humanos e a diversidade cultural.
        Porém, é importante ter em mente que a tese é um posicionamento crítico. Isso significa que você não deve se ater a ideias de senso comum. Demonstre autoria, seja crítico e reflexivo ao expor sua opinião.

8.Leia o cartum abaixo.


a) Qual a opinião do homem sobre os professores?
b) O homem apresentou algum argumento para fundamentar opinião?

9. Leia o texto abaixo.
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando)

a) Qual a opinião do autor sobre as receitas que só nossa mãe ou avó sabe fazer?
b) Ele apresentou argumentos para comprovar o que ele afirmou?
c) Retire do texto dois argumento utilizados pelo autor para confirmar sua afirmação (opinião).

10. Leia a tirinha de Alexandre Back.
a) Que texto o menino mostra para a menina no terceiro quadrinho?
b) De acordo com o contexto o que a menina está segurando.
c) Uma afirmação ou negação baseada em fatos, pesquisas é chamada de:
      (   ) tese       (   ) opinião
d) Uma afirmação ou negação sem fundamentos é chamada de:
      (   ) tese        (  ) opinião

TESE/OPINIÃO CONCLUSÃO:
Ao produzir um texto de opinião eu preciso provar o que afirmo ou nego, essa afirmação é chamada tese.
Em uma conversa com amigos eu não preciso provar com pesquisas, entrevistas ou fatos o que afirmo. Essa afirmação é uma opinião.

PARTE III ARGUMENTAÇÃO.

     O que é argumentar?

      Argumentar é uma ação verbal na qual se utiliza a palavra oral ou escrita para defender uma tese, ou seja, uma opinião, uma posição, um ponto de vista particular a respeito de determinado fato.
       Quem argumenta, como a própria palavra sugere, se vale de argumentos, que nada mais são que razões, verdades, fatos, virtudes e valores (éticos, estéticos, emocionais) tão amplamente reconhecidos que, justamente por isso, servem de alicerce para a tese defendida.
       Assim como num jogo, quem argumenta faz suas “jogadas” para se sair vencedor: entre outras coisas, afirma, nega, contesta, explica, promete, profetiza, critica, dá exemplos, ironiza. E todas essas jogadas estão a serviço da criação de um clima favorável à adesão do público às posições defendidas. A cada “lance”, o argumentador se esforça para comprovar que está indo pelo caminho certo; caso contrário, perderá credibilidade e será vencido.
       Um auditório é o conjunto dos que assistem a um debate, acompanham ou se interessam potencialmente pelo assunto em questão. Nos grandes debates, ele é o representante da opinião pública. Por isso mesmo, a função do auditório é frequentemente decisiva para o debate. Quando alguém escreve uma carta a um jornal, por exemplo, argumentando contra uma posição defendida em determinada matéria, está querendo convencer, antes de tudo, o conjunto dos leitores, ou seja, o auditório.
      Todo jogador desenvolve estratégias, isto é, um plano e um estilo próprios de ação verbal para, por meio deles, vencer o adversário. No jogo argumentativo, entretanto, é preciso convencer, ou seja, vencer com a ajuda de todos, que precisam aderir à tese.
Leia o texto abaixo.
Golfinho também é gente
        Apesar do título acima, esclareço logo que eu não acho que golfinhos sejam “humanos”.
       Mas podem ser “pessoas”. Se considerarmos uma pessoa como um ser autônomo e ciente de sua identidade, então, os golfinhos têm todo o direito de pleitear essa distinção.      Em um estudo que fiz em 2001 com minha colega Diana Reiss – Ph.D. em cognição e comportamento animal –, provamos que os golfinhos- nariz-de-garrafa reconhecem a si mesmos em espelhos. Essa é uma capacidade rara no mundo animal, um clube que, além de humanos, só havia admitido os chimpanzés-anãos. Pelo menos até onde a ciência sabia.
MARINO, Lori. Galileu: março, 2010.
11. Que dado cientifico comprova a tese do autor?

12. Marque a alternativa que NÃO apresenta um fato:
a) os golfinhos- nariz-de-garrafa reconhecem a si mesmos em espelhos.
b) os chimpanzés-anãos reconhecem a si mesmos em espelho
c) os golfinhos têm todo o direito de pleitear essa distinção
d) um estudo que fiz em 2001 com minha colega Diana Reiss – Ph.D.

13. A tese defendida pelo autor do texto é:
a) Golfinhos são humanos
b) Golfinho também é gente
c) Golfinhos podem ser pessoas
d) Os golfinhos tem direitos

14. O argumento que sustenta a tese de que os golfinhos podem ser pessoas é:
a) Os golfinhos reconhecem a si mesmos em espelhos.
b) Os golfinhos têm direito de reivindicar a classificação de pessoas.
c) Pelo menos até onde a ciência sabia.
d) Uma pessoa é um ser autônomo e ciente de sua identidade.

Leia o texto.
Português popular
         O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua Portuguesa não fica atrás em popularidade. Segundo a coluna do jornalista Anselmo Góis, no jornal O Globo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções “linguísticas”: a chance de aprender a língua russa – por causa dos Jogos de Inverno em Sogi, que serão realizados em 2014 – e o português – haja vista a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016 com sede no Rio de Janeiro. Resultado: apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo. Em contrapartida, os outros 200 preferiram estudar a língua falada no Brasil. Nosso idioma vai muito bem, obrigado.
Língua Portuguesa, ano 4, n. 53, mar. 2010, p. 11.

15. Qual a tese defendida pelo autor?
a) O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua Portuguesa não fica atrás em popularidade.
b) O Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções “linguísticas”:
c) Apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo
d) Em contrapartida, os outros 200 preferiram estudar a língua falada no Brasil.

16. Nesse texto, qual é o argumento utilizado pelo autor para sustentar sua tese?
a) O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua Portuguesa não fica atrás em popularidade.
b) O Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções ‘linguísticas.
c) Haja vista a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016 com sede no Rio de Janeiro.
d) Apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo.

17. O argumento utilizado pelo autor para confirmar sua tese se baseia em:
a) Dados históricos
b) Dados estatísticos, (números).
c) Estudo científico
d) Citação de exemplos.

18. Leia a tira abaixo para responder as alternativas de a, b e c..
a) Qual argumento da mãe para convencer o menino a comer verduras e legumes?
b) Que argumento que a mãe uso para ela comer verduras e legumes.
c) Em que se baseia o humor presente na tirinha.

RESUMO.
O texto de opinião
 Possui um estrutura que deve ser seguida. A estrutura é a seguinte: fato, opinião, tese e argumento. Vamos entender o que cada um deles significa?
  • Fatos: é quando alguma coisa aconteceu.
Por exemplo: O vulcão Anak Krakatoa registrou duas erupções na noite de ontem e lançou uma coluna de cinzas que chegou a 500 metros de altura no céu da Indonésia.
  • Opinião: é algo em que você acredita. Não podemos contestar porque é algo totalmente pessoal.
Por exemplo: No Brasil não há vulcões, todos gostariam de morar aqui.
  • Tese: É o seu posicionamento em relação ao mundo, é aquilo que você defende e deseja convencer as pessoas (essas podem concordar ou não).
Por exemplo: a corrupção existe no Brasil, em grande parte, porque não há Justiça eficiente.
  • Argumentação: é a defesa da tese, construída com base em exemplos (fatos) e análises (conclusões que tiramos a partir da observação dos fatos), sempre com o objetivo de convencer o leitor da nossa tese.

BIBLIOGRAFIA:
MARINO, Lori. Galileu: março, 2010.
Língua Portuguesa, ano 4, n. 53, mar. 2010, p. 11.


GABARITO:
1.
a) Domicílio
b) Habitação
c) Casa
d) Lar
2. b
3. c
4. d
5. d
6. c
7.
a) Educação
b) Saúde
c) Esporte
8.
a) Professor deveria trabalhar por amor e não por dinheiro.
b) Não
9.
a) O prato é parte importante da cultura brasileira
b) Sim
c) Os cadernos de receita são registros culturais.
 Servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha.
10.
a) Um “meme”.
b) Um texto de opinião.
c) Tese
d) Opinião
11. um estudo que fiz em 2001 com minha colega Diana Reiss – Ph.D
12. c
13. c
14. a
15. a
16. d
17. c
18.
a) Para ficar forte.
b) Pra emagrecer.
c) Na contradição dos argumentos.