O cartum se caracteriza com
uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem
verbal associada à não verbal. Suas abordagens dizem respeito a situações
relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo,
por isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem
referência a uma personalidade em específico. Cientes disso, torna-se
importante compreendermos que o nome cartum proveio de um acontecimento
ocorrido em Londres, em 1841. Tal acontecimento diz respeito ao fato de o
príncipe Albert, no intuito de decorar o Palácio de Westminster, ter promovido
um concurso de desenhos feitos em grandes cartões (cartoons em inglês), os
quais seriam colados às paredes.
A charge, um tanto quanto
diferente do cartum, satiriza situações específicas, situadas no
tempo e no espaço, razão pela qual se encontra sempre apontando para um
personagem da vida pública em geral, às vezes um artista, outras vezes um
político, enfim. Em se tratando da linguagem, também costuma associar linguagem
verbal e não verbal. Outro aspecto para o qual devemos atentar diz respeito ao
fato de a charge, expressa na língua francesa, possuir significado de “carga”,
aderindo por completo à intenção do chargista, ou seja, a de que ele realmente
atua de forma crítica numa situação de ordem social e política. Que tal então
conferirmos um exemplo?