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domingo, 12 de novembro de 2023

PORTA DE COLÉGIO - CRÔNICA

 CRÔNICA INTERPRETAÇÃO PORTA DE COLEGIO

 Porta de Colégio

          Passando pela porta de um colégio, me veio uma sensação nítida de que aquilo era a porta da própria vida. Banal, direis. Mas a sensação era tocante. Por isto, parei, como se precisasse ver melhor o que via e previa.

           Primeiro há uma diferença de clima entre aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles que transitam pela rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. É toda uma atmosfera, como se estivessem ainda dentro de uma redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do mundo. Talvez não estejam. Vários já sofreram a pancada da separação dos pais. Aprenderam que a vida é também um exercício de separação. Um ou outro já transou droga, e com isto deve ter se sentido (equivocadamente) muito adulto. Mas há uma sensação de pureza angelical misturada com palpitação sexual, que se exibe nos gestos sedutores dos adolescentes. Ouvem-se gritos e risos cruzando a rua. Aqui e ali um casal de colegiais, abraçados, completamente dedicados ao beijo. Beijar em público: um dos ritos de quem assume o corpo e a idade. Treino para beijar o namorado na frente dos pais e da vida, como quem diz: também tenho desejos, veja como sei deslizar carícias.

          Onde estarão esses meninos e meninas dentro de dez ou vinte anos?

          Aquele ali, moreno, de cabelos longos corridos, que parece gostar de esportes, vai se interessar pela informática ou economia; aquela de cabelos loiros e crespos vai ser dona de butique; aquela morena de cabelos lisos quer ser médica; a gorduchinha vai acabar casando com um gerente de multinacional; aquela esguia, meio bailarina, achará um diplomata. Algumas estudarão Letras, se casarão, largarão tudo e passarão parte do dia levando filhos à praia e praça e pegando-os de novo à tardinha no colégio. Sim, aquela quer ser professora de ginástica. Mas nem todos têm certeza sobre o que serão. Na hora do vestibular resolvem. Têm tempo. É isso. Têm tempo. Estão na porta da vida e podem brincar.

          Aquela menina morena magrinha, com aparelho nos dentes, ainda vai engordar e ouvir muito elogio às suas pernas. Aquela de rabo-de-cavalo, dentro de dez anos se apaixonará por um homem casado. Não saberá exatamente como tudo começou. De repente, percebeu que o estava esperando no lugar onde passava na praia. E o dia em que foi com ele ao motel pela primeira vez ficará vivo na memória.É desagradável, mas aquele ali dará um desfalque na empresa em que será gerente. O outro irá fazer doutorado no exterior, se casará com estrangeira, descasará, deixará lá um filho - remorso constante. Às vezes lhe mandará passagens para passar o Natal com a família brasileira.

          A turma já perdeu um colega num desastre de carro. É terrível, mas provavelmente um outro ficará pelas rodovias. Aquele que vai tocar rock vários anos até arranjar um emprego em repartição pública. O homossexualismo despontará mais tarde naquele outro, espantosamente, logo nele que é já um don juan. Tão desinibido aquele, acabará líder comunitário e talvez político. Daqui a dez anos os outros dirão: ele sempre teve jeito, não lembra aquela mania de reunião e diretório?

          Aquelas duas ali se escolherão madrinhas de seus filhos e morarão no mesmo bairro, uma casada com engenheiro da Petrobrás e outra com um físico nuclear. Um dia, uma dirá à outra no telefone: tenho uma coisa para lhe contar: arranjei um amante. Aconteceu. Assim, de repente. E o mais curioso é que continuo a gostar do meu marido.

           Se fosse haver alguma ditadura no futuro, aquele ali seria guerrilheiro. Mas esta hipótese deve ser descartada.

          Quem estará naquele avião acidentado? Quem construirá uma linda mansão e um dia convidará a todos da turma para uma grande festa rememorativa? Ah, o primeiro aborto! Aquela ali descobrirá os textos de Clarice Lispector e isto será uma iluminação para toda a vida. Quantos aparecerão na primeira página do jornal? Qual será o tranquilo comerciante e quem representará o país na ONU?

          Estou olhando aquele bando de adolescentes com evidente ternura. Pudesse passava a mão nos seus cabelos e contava-lhes as últimas estórias da carochinha antes que o lobo feroz os assaltasse na esquina. Pudesse lhes diria daqui: aproveitem enquanto estão no aquário e na redoma, enquanto estão na porta da vida e do colégio. O destino também passa por aí. E a gente pode às vezes modificá-lo.

 

(Afonso Romano de Sant`Anna)


1. Quem de nós não estará aqui no final no ano?

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2. Escreva o nome de cinco amigos ou pessoas que você conhece e imagine o que acontecerá com eles no futuro.

1.__________________________

____________________________________________________________

2.___________________________

_______________________________________________________________

3.__________________________

______________________________________________________________

4._________________________

______________________________________________________________

5._________________________

_____________________________________________________________

 

3. E você como imagina que será sua vida no futuro?

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4. A palavra banal significa:

a) bananal  

b) comum   

c) incomum 

d) sobrenatural

 

5. Podemos substituir a palavra TOCANTE no texto mantendo o mesmo sentido por;

a) comovente

b) conivente

c) envolvente

d) sobrevivente

 

6. No segundo parágrafo a palavra REDOMA só não significa:
a) aquário

b) bolha

c) campânula

d) redobrar

 

7. “Banal, direis.” O narrador se dirige ao leito com o pronome:

a) eu

b) você

c) tu

d) vós

 

8. Marque a alternativa errada sobre o futuro da personagem.

a) Aquele ali, moreno, de cabelos longos (...) vai se interessar pela informática ou economia;

b) aquela de cabelos loiros e crespos vai ser dona de pet shop;

c) aquela morena de cabelos lisos quer ser médica;

d) a gorduchinha vai acabar casando com um gerente de multinacional;

e) aquela esguia, meio bailarina, achará um diplomata.

 

9. O texto Porta de Colégio é:

a) um texto de opinião

b) uma crônica

c) um conto

d) uma notícia

 

10. No segundo parágrafo do  texto Porta de Colégio há predominância de:

a) narração

b) descrição

c) argumentação

d) injunção

MAIS ATIVIDADES SOBRE ESSE TEXTO

MARCAR X

https://professordiorges.blogspot.com/2017/02/cronica-interpretacao-porta-de-colegio.html


LIVRO DO CEREJA

https://professordiorges.blogspot.com/2019/05/porta-de-colegio-cronica-cereja-p-82-10.html


quarta-feira, 2 de agosto de 2023

CRÔNICA - NA ESCOLA - FATO- OPINIÃO

 

Na Escola – Carlos Drummond de Andrade – 1978 - 70 historinhas.

 

        Democrata é Dona Amarílis, professora na escola pública de uma rua que não vou contar, e mesmo o nome de Dona Amarílis é inventado, mas o caso aconteceu.

        Ela se virou para os alunos, no começo da aula, e falou assim:

        - Hoje eu preciso que vocês resolvam uma coisa muito importante. Pode ser?

        - Pode – a garotada respondeu em coro.

        - Muito bem. Será uma espécie de plebiscito. A palavra é complicada, mas a coisa é simples. Cada um dá sua opinião, a gente soma as opiniões e a maioria é que decide. Na hora de dar opinião, não falem todos de uma vez só, porque senão vai ser muito difícil eu saber o que é que cada um pensa. Está bem?

        - Está – respondeu o coro, interessadíssimo.

        - Ótimo. Então, vamos ao assunto. Surgiu um movimento para as professoras poderem usar calça comprida nas escolas. O governo disse que deixa, a diretora também, mas no meu caso eu não quero decidir por mim. O que se faz na sala de aula deve ser de acordo com os alunos. Para todos ficarem satisfeitos e um não dizer que não gostou.

        Assim não tem problema. Bem, vou começar pelo Renato Carlos. Renato Carlos, você acha que sua professora deve ou não deve usar calça comprida na escola?

        - Acho que não deve – respondeu, baixando os olhos.

        - Por quê?

        - Porque é melhor não usar.

        - E por que é melhor não usar?

        - Porque minissaia é muito mais bacana.

        - Perfeito. Um voto contra. Marilena, me faz um favor, anote aí no seu caderno os votos contra. E você, Leonardo, por obséquio, anote os votos a favor, se houver. Agora quem vai responder é Inesita.

        - Claro que deve, professora. Lá fora a senhora usa, por que vai deixar de usar aqui dentro?

        - Mas aqui dentro é outro lugar.

        -É a mesma coisa. A senhora tem uma roxo-cardeal que eu vi outro dia na rua, aquela é bárbara.

        - Um a favor. E você, Aparecida?

        - Posso ser sincera, professora?

        - Pode, não. Deve.

        - Eu, se fosse a senhora, não usava.

        - Por quê?

        - O quadril, sabe? Fica meio saliente…

        - Obrigada, Aparecida. Você anotou, Marilena? Agora você, Edmundo.

        - Eu acho que Aparecida não tem razão, professora. A senhora deve ficar muito bacana de calça comprida. O seu quadril é certinho.

        - Meu quadril não está em votação, Edmundo. A calça sim. Você é contra ou a favor da calça?

        - A favor 100%.

        - Você, Peter?

        - Pra mim tanto faz.

        - Não tem preferência?

        - Sei lá. Negócio de mulher eu não me meto, professora.

       - Uma abstenção. Mônica, você fica encarregada de tomar nota dos votos iguais ao de Peter: nem contra nem a favor, antes pelo contrário.

        Assim iam todos, votando, como se escolhessem o Presidente da República, tarefa que talvez, quem sabe? No futuro sejam chamados a desempenhar. Com a maior circunspeção. A vez de Rinalda:

        - Ah, cada um na sua.

        - Na sua, como?

        - Eu na minha, a senhora na sua, cada um na dele, entende?

        - Explique melhor.

         - Negócio seguinte. Se a senhora quer vir de pantalona, venha. Eu quero vir de midi, de máxi, de short, venho. Uniforme é papo furado.

        - Você foi além da pergunta, Rinalda. Então é a favor?

        - Evidente. Cada um curtindo à vontade.

        - Legal! – exclamou Jorgito. – Uniforme está superado, professora. A senhora vem de calça comprida, e a gente aparecemos de qualquer jeito.

        - Não pode – refutou Gilberto. – Vira bagunça. Lá em casa ninguém anda de pijama ou

de camisa aberta na sala. A gente tem de respeitar o uniforme.

        Respeita, não respeita, a discussão esquentou, Dona Amarílis pedia ordem, ordem, assim não é possível, mas os grupos se haviam extremado, falavam todos ao mesmo tempo, ninguém se fazia ouvir, pelo que, com quatro votos a favor de calça comprida, dois contra, e um tanto-faz, e antes que fosse decretada por maioria absoluta a abolição do uniforme escolar, a professora achou prudente declarar encerrado o plebiscito, e passou à lição de História do Brasil.

 

RESPONDA

1. De acordo com a explicação de Dona Amarílis, o que é plebiscito.

Cada um dá sua opinião, a gente soma as opiniões e a maioria é que decide.

 

2. Qual seria o ASSUNTO do plebiscito?

As professoras poderem usar calça comprida nas escolas.

 

3. Onde aconteceu a história.

Em uma escola.

 

4. De acordo com o nome das personagens e a linguagem utilizada por elas, a história se passa nos dias atuais ou há muitos anos? Justifique com palavras do texto.

Inesita, Rinalda, bacana, bárbara, obséquio...

 

5. Diga se o voto das personagens foi a favor ou contra e escreva o argumento que cada uma utilizou.

a) Renato Carlos. Contra, porque minissaia é muito mais bacana.

b) Inesita. A favor. Lá fora a senhora usa.

c) Aparecida. Contra. O quadril, sabe? Fica meio saliente...

d) Edmundo. A favor. A senhora deve ficar muito bacana de calça comprida.

e) Rinalda. A favor. Cada um curtindo a vontade.

f) Jorgito. A favor. Uniforme está superado.

g) Gilberto. Contra. Vira bagunça.

 

 

6. Substitua as palavras abaixo por sinônimos de acordo com o contexto.:

a) Plebiscito – votação.

b) Por obséquio – por favor

c) Saliente – destacado

d) Abolição – anulação

e) Em coro – todos juntos

f) Pantalona – calça comprida e larga

 

7. Ao fazer a uma votação sobre o uso ou não de calça jeans a professora estaria preparando os alunos para discutirem sobre quais possíveis temas no futuro?

Escolha de políticos,...

8.  O assunto ou tema do texto é:

(a) o uso de calças nas escolas

(Xb) a diferença de opiniões

(c) a escola pública

(d) o plebiscito na escola

 

9.  O assunto ou tema posto em debate por dona Amarílis é:

(Xa) o uso de calças nas escolas

(b) a diferença de opiniões

(c) a escola pública

(d) o plebiscito na escola

 

10. A duração da história é de aproximadamente;

a) um ano

b) um semestre

c) um bimestre

 X d) uma aula

 

11. De acordo com o texto o uso de calças dependia

a) da realização de um plebiscito

X b) da autorização do governo de da diretora

c) da escolha dos alunos

d) da vontade da professora.

 12. Marque a alternativa que apresenta um fato.

a) - Hoje eu preciso que vocês resolvam uma coisa muito importante.

b) A palavra é complicada, mas a coisa é simples.

X c) - Pode – a garotada respondeu em coro.

d) O que se faz na sala de aula deve ser de acordo com os alunos.

 

terça-feira, 13 de junho de 2023

CRÔNICA - TÔ CHEGANDO - GABARITO

CRÔNICA – TÔ CHEGANDO


        Numa demonstração de abertura e inequívoca coragem, Fritz pediu uma feijoada. Eu comentei que, aparentemente, ele não estava tendo dificuldades de adaptação. O alemão disse que não. Por conta do seu trabalho — instala e conserta máquinas de tomografia computadorizada —, viajava o mundo todo. A única coisa que lhe incomodava, no Brasil, era nunca saber quando as pessoas chegariam aos encontros. O problema era menos o atraso, confessou, do que nossa dificuldade em admiti-lo: “O pessoa manda mensagem, diz ‘tô chegando!’, eu levanta do minha cadeirrra e olha prrro porrrta da restaurrrante, mas pessoa chega só quarrrenta minutos depois”. Então me fez a pergunta que só poderia vir de um compatriota de Immanuel Kant: “Quando a brrrasileirrro diz ‘tô chegando!’, em quanto tempo brrrrasileirrro chega?”

        Pensei em mentir, em dizer que uns atrasam, mas outros aparecem rapidinho. Achei, porém, que em nome de nossa dignidade

        — ali, naquela mesa, eu era a “pátria de ponteiros” — o melhor seria falar a verdade: “Fritz, é assim: quando o brasileiro diz ‘tô chegando!’ é porque, na real, ele tá saindo”. Tentei atenuar o assombro do alemão: veja, não é exatamente mentira, afinal, ao pôr o pé pra fora de casa dá-se início ao processo de chegada, assim como ao sair do útero se começa a caminhar para a cova. É só uma questão de perspectiva.

        “Mas e quando o pessoa diz ‘tô saindo!’?” Expliquei que as declarações do brasileiro, no que tange ao atraso, estão sempre uma etapa à frente da realidade — são uma manifestação do seu desejo. Se a pessoa diz que está chegando, é porque tá saindo, e se diz que tá saindo, é porque ainda precisa tomar banho, tirar a roupa da máquina e botar comida pro cachorro.

         Fritz ficou pensativo. [...] Era a chance de mudar de assunto, mas eu havia sido mordido pela mosca da sinceridade e resolvi ir até o fim: revelei que, além do “tô chegando!” e do “tô saindo!”, ele teria de aprender a lidar com “chego em 15!” e “cinco minutinhos!”.

        “Chego em 15!” é sinônimo de “tô chegando!”: quer dizer que o patrício está saindo. Quinze minutos é o tempo mágico que o brasileiro acredita gastar em qualquer percurso [...]. Da Mooca pra USP?

        “Chego em 15!” De Santo Amaro pra Cantareira? “Quinze!” Mais uma vez, não é propriamente mentira. Se pegássemos todos os faróis abertos e todos os carros saíssem da nossa frente, em tese, vai que...?

        Já o “cinco minutinhos!” é um pouco mais vago. Pode significar tanto que o brasileiro está a cem metros do destino quanto a 27 quilômetros.

Às vezes, cinco minutinhos demoram muito mais do que quinze, mais do que uma hora: há casos, até, menos raros do que se imagina, em que a pessoa a cinco minutinhos jamais aparece.

        [...] Senti que, agora sim, era o momento de mudar de assunto, de mostrar ressonâncias, digamos, mais magnéticas do nosso país. Chamei o garçom. “Chefe, a gente pediu uma feijoada, já faz um tempinho...” “Tá chegando, amigo, tá chegando!”

PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, São Paulo, 23 fev. 2014. Disponível em: https://m.folha.uol.com.

br/colunas/antonioprata/2014/02/1416535-a-patria-de-ponteiros.shtml. Acesso em: 28 abr. 2022.

 

 

1. O texto lido é uma crônica, gênero que é publicado em jornais e livros e se caracteriza pelo retrato de situações e temas cotidianos. Qual é o tema retratado pela crônica?

O tema é o modo como os brasileiros lidam com o tempo quando têm compromissos ou a falta de pontualidade dos brasileiros em relação aos compromissos marcados e o estranhamento desses hábitos por pessoas de outras culturas.

 

2. O narrador encontra o alemão Fritz para um almoço e comenta:

“Numa demonstração de abertura e inequívoca coragem, Fritz pediu uma feijoada”. Explique esse comentário.

 Pelo fato de a feijoada ser um prato tipicamente brasileiro e pouco conhecido no exterior, o narrador considera bem- -intencionada a iniciativa de Fritz de pedir justamente esse prato, pois havia a possibilidade de ele não gostar.

3. Releia este trecho:

[...] comentei que, aparentemente, ele não estava tendo dificuldades de adaptação. O alemão disse que não. Por conta do seu trabalho

      — instala e conserta máquinas de tomografia computadorizada —, viajava o mundo todo.

a) Por que o narrador tem a impressão de que Fritz não estava tendo dificuldades para se adaptar ao Brasil? Explique, estabelecendo uma relação de causa e consequência.

A impressão do narrador decorre do pedido feito ao garçom para o almoço: uma feijoada.

 

b) Como Fritz justifica sua facilidade para se adaptar ao Brasil?

 Ele justifica dizendo que já tinha viajado o mundo todo. Dessa afirmação, infere-se que já tinha experimentado todo tipo de comida e vivenciado muitas culturas diferentes, daí vinha sua facilidade de adaptação a situações novas.

 

4. Fritz, entretanto, revela não ter se adaptado a uma característica dos brasileiros: o modo como lidam com os horários marcados para os encontros.

a) Como os brasileiros, de modo geral, agem em relação a horários, segundo o texto?

Não cumprem horários.


b) O estranhamento de Fritz diante de nossos hábitos permite inferir como ele próprio lida com horários. Que inferência se pode fazer?

Infere-se que ele é extremamente pontual.

c) Releia este trecho do texto e explique a frase em destaque:

Então me fez a pergunta que só poderia vir de um compatriota de Immanuel Kant: “Quando a brrrasileirrro diz ‘tô chegando!’, em quanto tempo brrrrasileirrro chega?”.

Kant foi um filósofo alemão, racionalista, que prezava a pontualidade. Ao estabelecer um paralelo entre Kant e Fritz, o narrador sugere que Fritz também preza pela pontualidade e, portanto, a lógica do brasileiro quanto ao tempo seria incompreensível para ele ou qualquer outro alemão.

 

d) Segundo o narrador, como o brasileiro lida com os próprios atrasos?

O brasileiro não assume seus atrasos e acha que não está atrasando quando envia mensagens como “tô chegando”.

 

5. Releia este outro trecho do texto:

Pensei em mentir, em dizer que uns atrasam, mas outros aparecem rapidinho. Achei, porém, que em nome de nossa dignidade — ali, naquela mesa, eu era a “pátria de ponteiros” — o melhor seria falar a verdade [...].

 

a) A quem o narrador se refere quando diz “em nome de nossa dignidade”?

A todos os brasileiros.

 

b) Nesse contexto, o que significa a expressão “pátria de ponteiros”, empregada nesse trecho e no título da crônica?

Ela pode significar que o narrador era o porta-voz, o representante dos brasileiros quanto à questão do tempo e dos compromissos. Além disso, a expressão brinca com outra, “pátria de chuteiras”, utilizada em referência ao futebol: a equipe brasileira, quando em campo nos grandes campeonatos internacionais, representaria todo o povo brasileiro.

 

6. O narrador começa a explicar para Fritz o que o brasileiro de fato quer dizer quando faz algumas afirmações. Por exemplo, quando afirma “tô chegando”, quer dizer que está saindo.

 

a) Qual é a reação de Fritz diante das explicações do narrador? Que palavra do texto justifica sua resposta?

Ele fica assombrado, perplexo, conforme demonstra a expressão “tentei atenuar o assombro do alemão”.

 

b) O narrador tenta relativizar suas explicações, dizendo que a afirmação do brasileiro não é exatamente uma mentira, pois, ao “pôr o pé pra fora de casa dá-se início ao processo de chegada [...]”.Levante hipóteses: Esse argumento poderia convencer Fritz? Depois, discuta com a turma: Alguém dizer “tô chegando” quando está saindo pode ser apenas “uma questão de perspectiva”? Por quê?

Respostas pessoais. Provavelmente, com a lógica racionalista que tem, Fritz não veria sentido no argumento do narrador, pois o que estava em discussão era o horário de chegada, e não o de saída.

 

7. Observe os exemplos dados pelo narrador.

O que o brasileiro diz O que acontece

• Estou chegando. • Está saindo.

• Estou saindo. • Ainda vai tomar banho, tirar a roupa da máquina, dar comida para o cachorro.

• Chego em 15. • Está saindo.

• Chego em 5 minutinhos. • Está a cem metros ou a 27 quilômetros e pode demorar de 15 minutos até 1 hora.

 

a) Para Fritz compreender o que os brasileiros dizem, é suficiente ter domínio da língua?

Justifique sua resposta.

Não; os exemplos mostram que o sentido dos enunciados é construído não apenas pelos elementos verbais que os constituem, mas também por elementos externos, culturais.

 b) Logo, o que o texto destaca, ao pôr em contraste um alemão e um brasileiro?

O texto contrapõe duas culturas – a alemã e a brasileira –, duas formas distintas de ser e de pensar o mundo, o que se reflete até em práticas cotidianas, como a pontualidade nos encontros.

 

c) Que efeito o contraste entre as formas de agir e de pensar de um alemão e um brasileiro tem sobre o leitor? Por que ocorre esse efeito?

Tem um efeito humorístico, porque o leitor se identifica com várias das situações descritas pelo narrador e acaba rindo de si mesmo ou de seus conterrâneos.

terça-feira, 30 de maio de 2023

CRÔNICA CHOQUE CULTURAL 8ºANO

 

Crônica: CHOQUE CULTURAL

               Luís Fernando Veríssimo

 

        Todos ficaram preocupados quando o Márcio e a Bete começaram a namorar porque cedo ou tarde haveria um choque cultural. Márcio era louco por futebol, Bete só sabia que futebol se jogava com os pés, ou aquilo era basquete? Avisaram a Bete que para acompanhar o Márcio era preciso acompanhar a sua paixão e ela disse que não esquentassem, iria todos os dias com o Márcio ao Beira Mar, se ele quisesse.

        - Beira Rio, Bete...

        Naquele domingo mesmo, Bete estava com Márcio no Beira Rio, pronta para torcer ao seu lado, e quase provocou uma síncope em Márcio quando tirou o casaco do abrigo.

        - O que é isso?!

        Estava com a camiseta do Grêmio, em marcante contraste com o vermelho que Márcio e todos à sua volta vestiam. Desculpou-se.

        Disse que pensara que se pudesse escolher uma camiseta que combinasse com a roupa e ...

        Está bem, está bem – interrompeu o Márcio. – Agora veste o casaco outra vez.

        - Certo – disse Bete, obedecendo. E em seguida gritou “Inter!”, depois virou-se para o Márcio e disse: - O nosso é o Inter, não é?

        - É, é.

        - Inter! Olha, eu acho que foi gol!

        - O jogo ainda não começou. Os times estão entrando em campo.

        Bete agarrou-se ao braço de Márcio.

        - Você vai me explicar tudo, não vai? Gol de longe também vale três pontos?

        - Não. Vale dois. O que que eu estou dizendo? Vale um.

        Mas Bete não estava mais ouvindo. Estava acompanhando um movimento no gramado com cara de incompreensão.

        - Pensei que em futebol se levasse a bola com o pé.

 

        - É com o pé.

        - Mas aquele lá está levando embaixo do braço.

        Márcio explicou que aquele era o juiz, e que estava levando a bola embaixo do braço para o centro do campo, onde iniciaria o jogo. Não, os outros dois não estavam ali para evitar que tirassem a bola das mãos do juiz, como no futebol americano. Eles eram os auxiliares do juiz. O que os auxiliares faziam?

        - Bom, quando um dos auxiliares levanta a bandeira, o juiz dá impedimento.

        - E o que o auxiliar faz com o impedimento?

        Márcio suspirou. Foi o primeiro dos 117 suspiros que daria até o namoro acabar duas semanas depois. Explicou:

        - Os auxiliares sinalizam para o juiz que um jogador está em impedimento, isto é, está em posição irregular, impedido de jogar, e o juiz apita.

        - Meu Deus!

        Márcio olhou para Bete. O que fora?

        - O juiz apita?! – perguntou Bete, com os olhos arregalados.

        - É. O juiz sopra um apito. Aquilo que ele tem pendurado no pescoço é um apito.

        - Ah.

        Bete sentiu-se aliviada. Por alguns instantes, a ideia de um homem que apitava, sabia-se lá por que mecanismo insólito, quando lhe acenavam uma bandeira, parecia sintetizar toda a estranheza daquele ambiente em que se metera, por amor. Ele não apitava. Soprava um apito. Era diferente.

        Mas Bete notou, pela cara do Márcio quando ela disse “Ah”, que estava tudo acabado.

 

                  VERÍSSIMO, L.F. A eterna privação do zagueiro absoluto.

Rio de Janeiro: Objetiva, 1999.

Entendendo a crônica:

 

http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/14099216/4352923/LINGUAPORTUGUESA.pdf

 

1. Por que todos ficaram preocupados quando Márcio e Bete começaram a namorar?

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2. Segundo as pessoas que conheciam o casal, o que Bete deveria fazer para conquistar Márcio?

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3. Por que Bete fazia tantas perguntas sem sentido durante a partida de futebol?

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4. Releia o trecho "Márcio suspirou. Foi o primeiro dos 117 suspiros...". Por que Márcio suspirava tanto? Qual foi a

consequência disso?

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5. Por que Márcio se espantou ao perceber que a namorada vestia a camisa do Grêmio?

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6. "– O nosso é o Inter, não é?" Por que Bete fez essa pergunta ao namorado?

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7. Por que o namoro de Bete e Márcio não deu certo?

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8. Qual é a relação do tema da crônica com o título do texto?

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9. " – O juiz apitou?! – perguntou Bete, com os olhos arregalados." Qual sentido do verbo destacado foi compreendido por Bete,

a deixando espantada e provocando o humor no texto?

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10. Qual é a relação de sentido estabelecida pela expressão destacada no trecho a seguir: "Naquele domingo mesmo, Bete

estava com Márcio no Beira Mar..."?

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11. Releia os trechos a seguir:

"– Você vai me explicar tudo, não vai?"

"Mas Bete notou, pela cara de Márcio, quando ela disse “Ah”, que estava tudo acabado."

A palavra destacada tem o mesmo significado nos dois trechos? Explique.

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https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/05/cronica-choque-cultural-luis-fernando.html

 

01 – Quem escreveu a crônica Choque cultural?

      Luís Fernando Veríssimo.

 

02 – Quem seriam os possíveis destinatários deste texto?

      Público em geral.

 

03 – Que fato deu origem ao texto que você leu?

      Dificuldade de relacionamento.

 

04 – Qual é o suporte desta crônica?

      Livro.

 

05 – A crônica é quase sempre um texto curto, com poucas personagens, que se inicia quando os fatos principais da narrativa estão por acontecer. Por essa razão, o tempo e o espaço são limitados. Na crônica “Choque cultural”:

a) Quais são as personagens envolvidas na história?

      Márcio e Beth.

 

b) Onde acontecem os fatos narrados?

      Em um jogo de futebol.

 

c) Qual é o tempo de duração desses fatos?

      O tempo de duração do jogo.

 

06 – Por que Bete dava tantos “foras”?

      Falta de conhecimento sobre futebol.

 

07 – Releia o trecho do texto: “Márcio suspirou. Foi o primeiro dos 117 suspiros que daria até o namoro acabar duas semanas depois.” Explique a causa de tantos suspiros do personagem Márcio.

      Ele já não suportava responder perguntas sem sentido.

 

08 – Na crônica, os fatos podem ser narrados por um narrador-observador ou por um narrador-personagem. Qual é o tipo de narrador na crônica lida? Justifique com um trecho do texto.

      Narrador observador – “Todos ficaram preocupados quando o Márcio e a Bete começaram a namorar porque cedo ou tarde haveria um choque cultural”.

 

09 – Partindo de notícias veiculadas em jornais falados ou escritos ou em situações do dia-a-dia, o cronista pode representá-las com humor, reflexão crítica e sensibilidade.

a) Existe uma relação entre a situação vivida pelas personagens da crônica e a de nosso dia-a-dia? Justifique.

      Resposta pessoal.

b) Que objetivos o autor tem em vista:

( ) Criar humor e divertir.

(x) levar o leitor a refletir criticamente sobre a vida e comportamentos humanos.

 

10 – Observe a linguagem empregada na crônica em estudo.

a) Os fatos são narrados:

(x) de forma pessoal, subjetiva de acordo com a visão do cronista.

( ) são narrados de forma impessoal, objetiva.

b) Que tipo de variedade linguística é adotado na crônica:

( ) a variedade padrão formal

(x) variedade padrão informal.

 

11 - Sabendo que a crônica fotografa um momento e a sensibilidade do cronista funciona como um “filtro”, que imprime singularidade ao retrato do fato. Se você tivesse de escolher um sentimento predominante nesta crônica, qual seria ele?

      Resposta pessoal.

 

12 – Qual é o tema do texto?

      Fala da diferença de gosto entre duas pessoas.

 

13 – Qual é a relação desse tema com o título?

      É o gosto e o conhecimento sobre um determinado assunto.

 

14 – Segundo os amigos, o que Beth deveria fazer para conquistar o namorado?

      Deveria acompanhar a sua paixão.

 

15 – O que significa a expressão “esquentassem” quando Bete diz para os amigos “que não esquentassem”.

      Que ela iria acompanhar o namorado sempre.

 

16 – Bete conseguiu atingir o seu propósito de conquistar o Márcio? Por quê?

      Não. Porque não conseguiu aprender nada.

 

17 – Durante a partida, Bete não “dava uma dentro”. Para você, quais foram os “foras” que a Bete deu.

      Resposta pessoal do aluno.

 

18 – Use a sua criatividade e crie um diálogo no qual Bete dá um novo fora com relação ao jogo de futebol.

      Resposta pessoal do aluno.

 

19 – Abaixo existem dois trechos do texto onde aparece a expressão tudo. Explique o que cada um a quer dizer. Em outras palavras: a que essas expressões se referem?

               "- Você vai me explicar tudo, não vai? Gol de longe também vale três pontos?"

      Que era para o Márcio explicar todos os acontecimentos dentro da partida de futebol.   

 

               "Mas Bete notou, pela cara do Márcio quando ela disse “Ah”, que estava tudo acabado."

      Ela achava que tinha acabado a partida.

 

20 – Marque a resposta correta. Após a leitura do texto, podemos concluir que:

( ) Bete não tinha conhecimento nenhum sobre futebol e Márcio nem tentou ensinar tudo a ela. Nas entrelinhas pode-se entender que o namoro acabou porque Márcio pensa que conhecimento de mundo só se aprende na escola.

(X) Bete demonstrou boa vontade em aprender tudo sobre futebol. Márcio também estava disposto a ajudar, mas os questionamentos eram tantos que Márcio acabou desistindo do namoro. Faltou à Bete um tipo de conhecimento que se chama conhecimento de mundo.

( ) Para que o namoro desse certo, seria preciso que Bete se esforçasse mais para adquirir um conhecimento sobre futebol, coisa que Márcio não estava nem um pouco a fim de ensinar a ela.

 

domingo, 7 de maio de 2023

CRÔNICA PEQUENA : DOIS VELHINHOS - ATIVIDADE

 

CRÔNICA: DOIS VELHINHOS - DALTON TREVISAN - Dalton Trevisan

        Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos em um quarto de asilo.

        Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia olhar lá fora.

        Junto à porta, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz. Com inveja, perguntava o que acontecia.

        Deslumbrado, anunciava o primeiro:

        — Um cachorro ergue a perninha no poste.

        Mais tarde:

        — Uma menina de vestido branco pulando corda.

        Ou ainda:

        — Agora é um enterro de luxo.

        Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto.

        O mais velho acabou morrendo, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela.

        Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava tudo.

       Cochilou um instante — era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pescoço: entre os muros em ruína, ali no beco, um monte de lixo.

 

Texto extraído do livro “Mistérios de Curitiba”, Editora Record Rio de Janeiro, 1979, pág. 110.

 

Dicionário:

Aleijão – deformação física de nascença ou causada por acidente.

Inválido – frágil, que tem pouca força física.

Espiava – olhava.

Deslumbrado – fascinado, admirado.

Remordia-se – ficava com raiva.

Entendendo a crônica:

Antegozar – ter o sentimento de algo bom antecipado.

 

1. Que imagens o velhinho que está na janela descreve ao outro velhinho?

a) um cachorro, uma menina, um monte de lixo.

b) uma parede, um crucifixo, um enterro.

c) um cachorro, uma menina, um enterro.

d) uma janela, um cachorro, uma menina.

 

2.Por que o velhinho que está no canto da parede não consegue ver a paisagem?

a) porque é aleijado

b) porque o outro não deixa

c) porque é invejoso

d) porque não se interessa.

 

3. Qual a intenção do velhinho ao descrever aquelas cenas para o outro?

a) enganá-lo

b) entretê-lo

c) causar inveja

d) causar raiva

4. O que o segundo velhinho consegue, finalmente, visualizar pela janela?

a) um circo

b) uma menina pulando corda

c) o cachorro no poste

d) um monte de lixo

 

5. Qual pode ter sido a sensação do velhinho ao perceber o que realmente poderia ver pela janela?

 

a) revolta

b) decepção

c) desolação

d) tristeza

 

FONTE: http://profjosi-lp.blogspot.com/2013/01/atividades-7-ano.html

 

 

 

1. Qual o assunto principal do texto?

O assunto principal ou tema do texto é o abandono de dois velhinhos no asilo e a vontade dos mesmos de viver o mundo fora dali.

 

2. Há, no texto, uma diferença, uma oposição clara entre os personagens. Qual é essa oposição?

Um dos idosos parece feliz próximo à janela e o outro parecia infeliz por não enxergar o mundo lá fora.

 

3. Por que o segundo ficou alegre com a morte do mais velho?

Porque finalmente tomaria seu lugar, perto da janela.

 

4. A fantasia e a realidade se misturam nesse pequeno conto. Marque os fatos que representam a realidade e os que marcam a fantasia dos idosos.

 a) Parede úmida __realidade_______________

 b) Menina de vestido branco __fantasia______________

 c) Enterro de luxo ___fantasia_______________

 d) Muros em ruína ___realidade_______________

 e) Um monte de lixo ___realidade_____________

 

5. Os personagens são anônimos, isto é, não possuem nome próprio. Como eles são identificados pelo autor?

São identificados por um ou o primeiro, que é o que está próximo à janela, e o outro ou segundo, que é o que está junto à porta.

 

6. O texto partiu do particular para denunciar um drama social. Escreva:

a) o problema particular:

Os dois velhinhos que estavam no asilo sem contato com o mundo.

b) o problema social (geral).

O descaso e o abandono dos idosos por parte da família e da sociedade em geral.

 

7. A conclusão do conto é caracterizada por uma decepção sentida pelo outro idoso. Que decepção é essa?

O fato de que não há, além da janela, a paisagem esperada durante todo o tempo, mas apenas um muro e lixo.

 

FONTE:   https://atividadesescolaresprontas.com.br/wpcontent/uploads/2021/08/Dois-velhinhos.pdf

 

 

1 – Do ponto de vista dos gêneros textuais, podemos classificar o texto como:

a) uma crônica.         

b) um artigo de opinião.              

c) um conto.              

d) uma reportagem.

 

2 – Enquanto um olhava para a rua, o que o outro via?

      Via uma parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz.

 

3 – Quais foram os acontecimentos que o velho que estava na janela relatou?

·        Um cachorro ergue a perninha no poste.

·        Uma menina de vestido branco pulando corda.

·        Agora é um enterro de luxo.

 

4 – Após a morte do mais velho, o outro velhinho foi até a janela. O que ele viu?

      Entre os muros em ruína, ali no beco, ele só viu um monte de lixo.

 

5 – Quem é o autor? De onde foi extraído o texto?

      Dalton Trevisan. Do Livro “Mistérios de Curitiba”.

 

6 – (CEFET-RN) O narrador em questão pode ser classificado como:

a) excluído.                                                

b) onisciente.

c) personagem.                                          

d) observador.

 

7 – (CEFET-RN) Conforme os atributos relacionados às personagens centrais do conto, pode-se afirmar que há uma caracterização:

a) minuciosa.                                            

b) psicológica detalhada.

c) parcial.                                                 

d) social detalhada.

 

FONTE; https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/10/cronica-dois-velhinhos-dalton-trevisan.html