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terça-feira, 23 de junho de 2020

POEMA: MINHAS FILHAS - PATATIVA DO ASSARÉ- 7º ANO


ISPINHO E FULÔ Patativa do Assaré:

Cresci entre os campos belos
De minha adorada Serra,
Compondo versos singelos
Brotados da própria terra,
Inspirados nos primores*
Nos campos com suas flores
De variados formatos
Que pra mim são obras-primas,
Sem nunca invejar as rimas
Dos poetas literatos.
(Ispinho e fulô. Fortaleza: UECE, 2001.)
*Primores: Perfeição, excelência. 2. Beleza; encanto.

01. O poema lido tem a finalidade de:
a) contar uma história de vida.
b) caracterizar a Serra, onde vivia o poeta.
c) destacar a importância da criação de versos.
d) criticar a obra dos poetas literatos.
e) falar de emoções.

02. Em todos os versos, nota-se a marca da 1ª pessoa, exceto em:
a) “Cresci entre os campos belos”.
b) “De minha adorada Serra”.
c) “Brotados da própria terra”.
d) “Que pra mim são obras-primas”.

03. Identifique a alternativa em que um substantivo rima com um adjetivo:
a) “belos” e “singelos”.
b) “primores” e “flores”.
c) “formatos” e “literatos”.
d) “obras-primas” e “rimas”.
e) “ serra” e “terra”.

04. Registra-se um traço da linguagem informal em:
a) “Cresci entre campos belos”
b) “Compondo versos singelos”.
c) “Inspirados nos primores”.
d) “De variados formatos”.
e) “Que pra mim são obras-primas”.

MINHAS FILHAS
Minhas filhas eu vejo que são três
E cada qual é da beleza irmã,
Se eu quero Lúcia, muito quero Inês
Da mesma forma quero Miriam.
Vendo a meiguice da primeira filha,
Vejo a segunda que me prende e encanta
A mesma estrela que reluz e brilha,
Se olho a terceira, vejo a mesma santa.
Se a cada uma com fervor venero*,
Fico confuso sem saber das três
Qual a mais linda e qual mais eu quero
Se é Miriam, se é Lúcia ou se é Inês.
E já velho, a pensar de quando em quando
Que brevemente voltarei ao pó,
Eu sou feliz e morrerei pensando
Que as três filhas que tenho é uma só.
(PATATIVA DO ASSARÉ. Antologia Poética. 4. ed. rev. Fortaleza: Demócrito Rocha, 2004. p.233.)

*Venerar: Tributar grande respeito a; reverenciar. 2.Ter em grande consideração.

05. Para o velho, a primeira filha se destaca pela
a) beleza.
 b) comportamento
c) meiguice.
d) obediência
e) inteligência.

06. Ao dizer “brevemente voltarei ao pó”, o velho revela que:
a) reconhece que seu fim está próximo.
b) sabe das dificuldades da sua sobrevivência.
c) sente necessidade de se afastar de casa.
d) vai percorrer estradas empoeiradas.
e) é um velho muito solitário.

07. “Minhas filhas” é um poema porque está organizado em:
a) orações e versos.
b) versos e estrofes.
c) parágrafos e estrofes.
d) períodos e parágrafos.
e) parágrafos e versos.

08. O velho acha que suas filhas são igualmente:
a) belas.
b) dedicadas.
c) meigas
d) obedientes.
e) inteligentes.

09. O poema trata especialmente
a) das preferências de um pai.
b) de uma relação familiar harmoniosa.
c) do afeto de um homem por suas filhas.
d) do respeito das filhas pelo pai.
e) do amor de um pai para uma só filha.

10. Copie do 1º poema exemplos de rimas.
belos e singelos; Serra e terra; primores e flores; formatos e literatos; obras-primas e rimas

11. Circule as sílabas tônicas de:
a) Cresci entre os campos belos
b) Inspirados nos primores
c) Nos campos com suas flores
d) Sem nunca invejar as rimas
e) Dos poetas literatos.
f) Minhas filhas eu vejo que são três
g) E cada qual é da beleza ir,
h) A mesma estrela que reluz e brilha,
i) Se a cada uma com fervor venero,
j) Se é Miriam, se é Lúcia ou se é Inês.
k) E já velho, a pensar de quando em quando
l) Que as três filhas que tenho é uma .

12. Copie do 2º poema exemplos de rimas.
três e Inês;
irmã e Miriam;
filha e brilha;
encanta e santa;
Venero e quero;
quando e pensando;
pó e só.

13. Quantos versos há no 1º poema? E no 2°?
No 1º há 10 versos e no 2° há 16 versos.

14. Quantas estrofes têm os poemas?
No 1° há apenas uma estrofe e no 2° há 4 estrofes.

15. No 1° poema há uma comparação. O que ele compara?
Os campos com suas flores variadas são como as obras-primas dos poetas.

16. A que o poeta compara cada uma das suas três filhas?
A 1ª é meiga; a 2ª é brilhante como uma estrela e a 3ª é uma santa.

17. Explique a expressão destacada em “Que brevemente voltarei ao pó”.
Ele morrerá.

18. Agora é sua vez: Escreva um parágrafo de 8 a 10 linhas em que você fale sobre:
_ Como deve ser “envelhecer”;
_ Use uma personificação;
_ Faça uma comparação entre a infância e a velhice;
_ Fale dos sentimentos possíveis ao fim da vida.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

POEMA A MAIOR RIQUEZA DO HOMEM É A SUA INCOMPLETUDE 9º ANO


POEMA A MAIOR RIQUEZA DO HOMEM É A SUA INCOMPLETUDE

A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.



Manoel de Barros

1 – Qual o significado da palavra “incompletude”?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2 – Perceba que há várias ações marcadas por uma estrutura repetitiva,
iniciada pelo “que”. Essas ações são especiais ou cotidianas, corriqueiras?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3 – Qual o efeito do uso de “etc. etc” (*Verso 8)?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4 – Observe essa estrutura:
“Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas /puxa válvulas/olha o
relógio/compra pão às 6 horas da tarde/vai lá fora/aponta o lápis/vê a uva”
Como é, então, o sujeito que o eu poético não aguenta ser?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5 – O que significa no texto ser “Outros”?
____________________________________________________________


domingo, 17 de maio de 2020

EROS E PSIQUE 7º ANO ALPHA P. 196


EROS E PSIQUE

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera.
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado.
Ele dela é ignorado.
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino —
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E, vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora.

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.

Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ªed. 1995).  - 237.1ª publ. in Presença , nº 41-42. Coimbra: Mai. 1934.

1. Durante a leitura, foi possível identificar as personagens do título?
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2. Registre no caderno as respostas às perguntas a seguir.
a) Qual foi seu sentimento predominante ao ler o poema?
.............................................................................................................................
b) A história contada no poema lembra outras histórias conhecidas? Explique.
.............................................................................................................................
c) O desfecho no poema segue o padrão dessas narrativas? Explique.
............................................................................................................................

3. "Eros e Psique" é um poema que apresenta elementos da narrativa. Copie e complete no caderno o quadro abaixo com esses elementos.
Personagens           
Tempo e espaço
Conflito
Ações geradas pelo conflito






                                  
ANOTEM
        O gênero poema pode ter formas diversas e tratar de variados temas. Denomina-se poema narrativo quando tem personagens e ações desenvolvidas em um tempo e espaço.

4. Para aprofundar sua compreensão da história do poema, indique no caderno se as afirmações a seguir são falsas ou verdadeiras. Justifique sua avaliação.
I. O poema narra a história da paixão entre a Princesa e o Infante.
II.         A história do poema comprova a força do destino: tudo ocorre como se espera.
III.        A história do poema é enigmática, seu final permite várias interpretações.

5. Copie no caderno a alternativa mais próxima de sua interpretação do poema. I. Ao atingir seu destino, o Infante obtém autoconhecimento.
II. Por vezes, aquilo que buscamos no outro está dentro de nós.
III. Princesas adormecidas podem desejar ter propósitos e aventuras. E príncipes encantados podem desejar ser resgatados e acolhidos.

ANTOE AÍ
Na literatura, as ideias e as imagens são polissêmicas, isto é, têm mais de um significado. Essas diferentes possibilidades de interpretação proporcionam variações na leitura do texto.

6. Releia o seguinte trecho do poema:
E, inda tonto cio que houvera,
à cabeça, em maresia,
ergue a mão, e encontra hera,

a) A expressão destacada indica que de fato o Infante estava no mar? Explique.
...............................................................................................................................
b) O que há em comum entre o sentido da expressão e a situação do Infante?
.............................................................................................................................
c) Reescreva o segundo verso no caderno evidenciando essa comparação.
...............................................................................................................................

ANOTE AÍ
        Figuras de linguagem são recursos expressivos. Algumas comparam termos indicando algo em comum entre eles. A comparação usa um termo para evidenciar isso. Exemplo: A moça é como uma rosa. A metáfora faz isso diretamente. Exemplo: A moça é uma rosa.

FONTE: COSTA, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais: 7ºano­­-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.

sábado, 9 de maio de 2020

POEMA PAI ADOTIVO TECENDO LINGUAGENS P.117 6º ANO


Poema: Bilhete ao pai adotivo



Eu não estava
no porta retrato
de ninguém
vagava desnudo
nos corredores da solidão.

Um dia teus braços amarrados
soltaram-se e acolheram-me.
Surpreso fui ao teu encontro
vacilante criança
sonegada de amor.

Alimentado pelo teu colo
bebi tua água
mastiguei teu pão.

Teu amor de pai
me fez corado tranquilo
feliz e menino.

Hoje sou o
teu retrato.


LIMA, Haydée S. Hostin. Roda Poética “Dia dos Pais”. Confraria Artistas e Poetas pela Paz.Disponível em:https://bit.ly/204Ptov . Acesso em: 25 set. 2018.
Fonte: Livro – Tecendo Linguagens – Língua Portuguesa – 6º ano – Ensino Fundamental – IBEP p. 117.
Glossário
Desnudo: sem proteção.
Sonegado: oculto, escondido, tirado às escondidas.

Por dentro do poema

1)   Quantos versos e quantas estrofes compõem o poema?
........................................................................................................................................................

2)   Que características do texto o aproximam de um bilhete e justificam seu título?
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3)   Em sua opinião, o que o eu poético pretende comunicar nos versos a seguir?
a)   Eu não estava
no porta-retratos
de ninguém
vagava desnudo
nos corredores da solidão.
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b)   Alimentado pelo teu colo
bebi tua água
mastiguei teu pão.
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c)   Hoje sou
o teu retrato.
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4)   O poema conta uma história. Você concorda com essa afirmação? Explique.
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5)   Você gostou do poema lido? O gênero poema é o seu preferido ou há outro gênero de que gosta mais?
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terça-feira, 31 de março de 2020

POEMA CURAR KATHLEEN O'MEARA INTERPRETAÇÃO 6º ANO TEMA;CORONAVÍRUS








POEMA CURAR Kathleen O'Meara CORONA VÍRUS INTERPRETAÇÃO

O poema que você vai ler foi publicado em 1869. Leia apenas o TÍTULO e levante hipóteses sobre o que será tratado no poema.

Um poema de Kathleen O'Meara (1839-1888)

CURAR


E as pessoas ficaram em casa
E leram livros e ouviram música
E descansaram e fizeram exercícios
E fizeram arte e jogaram
E aprenderam novas maneiras de ser
E pararam 
E ouviram mais fundo 
Alguém meditou
Alguém rezava
Alguém dançava
Alguém conheceu a sua própria sombra
E as pessoas começaram a pensar de forma diferente
E as pessoas curaram.

E na ausência de gente que vivia
De maneiras ignorantes
Perigosos, perigosos
Sem sentido e sem coração,
Até a Terra começou a curar
E quando o perigo acabou
E as pessoas se encontraram
Elas ficaram tristes pelos mortos
E fizeram novas escolhas
E sonharam com novas visões
E criaram novas maneiras de viver
E curaram completamente a Terra
Assim como elas estavam curadas. 


1. As hipóteses que você levantou foram confirmadas? Comente.
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2. O que as pessoas fizeram para se curar?
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3. “E pessoas se curaram” Pelo contexto podemos perceber que a cura não foi apenas física. O que mais elas fizeram para se curarem?
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4. Qual é o tema central do poema? Por quê?
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5. O poema foi escrito em 1869, durante a pandemia da Gripe Russa. Ele continua atual? Por quê
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6. E quanto ao comportamento das pessoas, que semelhança há entre as daquele tempo e as de agora?
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7.  Qual o significado do verso “E curaram a Terra completamente”
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8. No texto há uma relação entre as pessoas e a Terra. O que ocorre quando se curam as pessoas?
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9. Na primeira estrofe, há ações que todas as pessoas fizeram, quais ações foram praticadas por pessoas diferentes?
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10. O que levou a Terra a se curar?
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segunda-feira, 30 de março de 2020

UM POEMA CURAR KATHLEEN O'MEARA 8º ANO

Um poema de Kathleen O'Meara

Um poema de Kathleen O'Meara (1839-1888)

CURAR
E as pessoas ficaram em casa
E leram livros e ouviram música
E descansaram e fizeram exercícios
E fizeram arte e jogaram
E aprenderam novas maneiras de ser
E pararam 
E ouviram mais fundo 
Alguém meditou
Alguém rezava
Alguém dançava
Alguém conheceu a sua própria sombra
E as pessoas começaram a pensar de forma diferente
E as pessoas curaram.

E na ausência de gente que vivia
De maneiras ignorantes
Perigosos, perigosos
Sem sentido e sem coração,
Até a Terra começou a curar
E quando o perigo acabou
E as pessoas se encontraram
Elas ficaram tristes pelos mortos
E fizeram novas escolhas
E sonharam com novas visões
E criaram novas maneiras de viver
E curaram completamente a Terra
Assim como elas estavam curadas. 
Kathleen O'Meara (1839-1888)



01) Justifique o título dado ao poema acima, aproveitando para sugerir um novo:
.....................................................................................................................
02) Tal poema foi escrito em 1869, durante a pandemia da gripe russa. Ele continua atual? Por quê
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03) Qual é o tema central do poema? Justifique sua resposta:
...............................................................................................................................
04) Explique o efeito conseguido através da repetição da conjunção "e" em muitos versos:
...............................................................................................................................
05) Que nome se dá a essa figura de linguagem?
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06) Interprete o verso em negrito no poema:
.......................................................................................................................
07) Copie do texto um exemplo de anáfora, explicando-a:
...............................................................................................................................
08) Por que vocês acham que as pessoas se curaram? Como conseguiram isso?
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09) Você se considera em processo de "cura"? Poderia ser uma espécie de "cura coletiva"? "Cura" de que tipo de doenças?
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10) Por que a terra também se curou? Como isso foi possível?
......................................................................................................................
11) Por que as pessoas se entristeceram? A que conclusão elas chegaram?
.......................................................................................................................
12) O que cada estrofe transmite? Explique seu raciocínio:
..........................................................................................................................
13) Que mensagem o texto transmite? Comente:
.......................................................................................................................
14) Ilustre o poema acima, dizendo que sentimento ele despertou em você:
..........................................................................................................................
15) Reescreva tal poema no presente do Indicativo e diga que mudança isso tal mudança provocou:
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(Atividade criada em parceria com as colegas de geurpo: Hervana Grandsire,
Alexandra De Paula Santos e Raquel Lucachaque )

https://arteemanhasdalingua.blogspot.com/search?q=curar

POEMA, RITMO, O RELÓGIO, NOITE DE SÃO JOÃO, ALITERAÇÃO, ASSONÂNCIA, ONOMATOPEIA 6º ANO


POEMA, RITMO, O RELÓGIO, NOITE DE SÃO JOÃO, ALITERAÇÃO, ASSONÂNCIA, ONOMATOPEIA 6º ANO

FONTE: Costa, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais: 6ºano­­-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.

Leia o título do poema e responda: De que ritmo você imagina que o poema vai tratar?

Poema: 
Ritmo
     

         Mário Quintana

Na porta
a varredeira varre o cisco
varre o cisco
varre o cisco

Na pia
a menininha escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes

No arroio
a lavadeira bate roupa
bate roupa
bate roupa

Até que enfim

               se desenrola

                    toda a corda

e o mundo gira imóvel como um pião!

Mario Quintana. Anotações poéticas. São Paulo: Globo, 1996. p. 65.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.206


ANOTE AÍ

A repetição de consoantes é um recurso usado para intensificar o ritmo ou para criar um efeito sonoro significativa no texto. Esse recurso recebe o nome de aliteração.
13. Agora, observe a repetição de vogais nas duas últimas estrofes do poema. a) Quais vogais se repetem de forma mais significativa?
..............................................................................................................................
b) Que efeito esse tipo de repetição provoca no poema?
...............................................................................................................................

ANOTE AÍ
A repetição de vogais recebe o nome de assonância. Ao usar esse recurso de forma intencional, o poeta amplia a expressividade e o ritmo do poema.

14. As repetições de sons - aliterações e assonâncias - reforçam qual ideia relacionada ao conteúdo do poema?
...............................................................................................................................

15. Leia, em voz alta, este poema de Vinícius de Moraes:

O relógio
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac...

Vinicius de Moraes. A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. p. 24.


a) Nesse poema, foi empregada várias vezes uma palavra que reproduz o som do relógio. Qual é essa palavra?
........................................................................................................................
 b) Quais são os outros elementos presentes no poema que Lembram o som produzido pelo relógio?
........................................................................................................................

ANOTE AÍ
Outro recurso sonoro comum em poemas é o uso de onomatopeias, que procuram reproduzir diversos sons, como um som da natureza ou de um objeto, por exemplo.


16. Agora leia o poema abaixo e preste atenção na sonoridade do poema.

Noite de S. João (Jorge de Lima , Poemas, 1927)

Vamos ver quem é que sabe
soltar fogos de S. João?
Foguetes, bombas, chuvinhas,
chios, chuveiros, chiando,
chiando,
chovendo
chuvas de fogo!
Chá - Bum!

a) Nesse poema, qual é o som que se repete e se destaca? Ele é representado por quais letras?
.............................................................................................................................
b) Que nome se dá a repetição desse som?
.........................................................................................................................
c) Que efeito o uso desse recurso provoca no texto?
.........................................................................................................................
d) Que onomatopeia é utilizada no poema?
......................................................................................................................
e) no contexto do poema, que som a onomatopeia procura reproduzir?
...................................................................................................................



POEMA 6º ANO RITMO INTERPRETAÇÃO


POEMA 6º ANO RITMO INTERPRETAÇÃO
FONTE: Costa, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais: 6ºano­­-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.

Leia o título do poema e responda: De que ritmo você imagina que o poema vai tratar?

Poema: 
Ritmo
     

         Mário Quintana

Na porta
a varredeira varre o cisco
varre o cisco
varre o cisco

Na pia
a menininha escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes

No arroio
a lavadeira bate roupa
bate roupa
bate roupa

Até que enfim

               se desenrola

                    toda a corda

e o mundo gira imóvel como um pião!

Mario Quintana. Anotações poéticas. São Paulo: Globo, 1996. p. 65.
Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.206




1.Após a leitura, suas hipóteses iniciais sobre o poema se confirmaram?
.....................................................................................................................................................................................................................................................




2. Copie o quadro abaixo no caderno e complete-o com informações do poema.


Quem realiza
a ação
Ação
Objeto
da ação
Lugar onde ocorre
a ação

varre

na porta
a menininha




bate




a corda
(não aparece o lugar)
o mundo

(não há objeto da ação)


3. O que há em comum entre as pessoas citadas no poema?
.......................................................................................................................................................................................................................

4. As ações realizadas por elas são semelhantes? Explique.
..................................................................................................................................................................................................................................................

5. Observe que as três primeiras estrofes do poema têm formatos semelhantes (um verso curto, um mais longo e dois curtos).
a) Que relação há entre a repetição da estrutura e o sentido dessas estrofes?
..................................................................................................................................................................................................................................................
b) A repetição do último verso dessas estrofes reforça qual aspecto das ações?
.......................................................................................................................................................................................................................

6. Os versos das duas últimas estrofes apresentam uma distribuição de palavras na página diferente das estrofes anteriores. Como essa organização de pala­vras se relaciona com o conteúdo das estrofes?
.....................................................................................................................................................................................................................

7. O modo de organização do poema "Ritmo" auxilia na construção de qual senti­do geral do texto?
................................................................................................................................................................................................................................

8. No último verso do poema, é estabelecida uma relação entre o movimento do mundo e o de um pião.
a) Nesse verso, há uma contradição. Identifique-a.
.................................................................................................................................................................................................................
b) Agora, pense no movimento de um pião quando é lançado. Ao girar veloz­mente, que impressão temos dele? Por quê?
...........................................................................................................................................................................................................................

c) Considerando a imagem provocada pelo giro do pião, explique o sentido do último verso.
..........................................................................................................................................................................................................................
d) Que semelhança há entre o sentido expresso nesse verso e o movimento realizado pelas mulheres e pela menina?
.....................................................................................................................................................................................................................
9. Em geral, os títulos se relacionam com o conteúdo dos textos. Que relação pode ser estabelecida entre o título do poema e o conteúdo expresso em seus versos?
.............................................................................................................................................................................................................................................................


O CONTEXTO DE PRODUÇÃO

10. No poema, o eu lírico observa as ações da lavadeira e da varredeira. Essas profissões são comuns atualmente? Em sua opinião, isso revela algo sobre a rotina doméstica da época em que o poema foi escrito? Explique.
......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

11. Por que a imagem de uma lavadeira lavando roupa no riacho não é comum nos dias atuais? Formule hipóteses sobre isso.
........................................................................................................................................................................................................................................................

 A LINGUAGEM DO TEXTO

12. Leia em voz alta as três primeiras estrofes do poema e observe a sonoridade.
a) Quais sons de consoante se repetem nessas estrofes?
...................................................................................................................................................................................................................................................
 b) Qual é a relação entre a repetição do som dessas consoantes e as ideias expressas em cada estrofe?
...........................................................................................................................................................................................................................................







quinta-feira, 19 de março de 2020

POEMA INFÂNCIA INTERPRETAÇÃO 6º ANO ALFA



FONTE: Costa, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais: 6ºano­­-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.
TEXTO EM ESTUDO
PARA ENTENDER O TEXTO
O poema "Infância" que você vai ler foi escrito por um importante poeta da língua portuguesa: Carlos Drummond de Andrade. O poema foi publicado originalmente em 1930, no livro Alguma poesia. Ele aborda as recordações da infância de um menino e, para construí-lo, Drummond utiliza elementos da época em que era criança. Antes de ler o texto, reflita: Como serão as recordações do tempo de infância desse menino? Será que a infância dele se parece com a das crianças de hoje?

INFÂNCIA

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia. 
Eu sozinho menino entre mangueiras
Lia a história de Robinson Crusóe,
Comprida história que não acaba mais. 

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu 
A ninar nos longes da senzala -- e nunca se esqueceu
Chamava para o café. 
Café preto que nem a preta velha
Café gostoso
Café bom. 

Minha mãe ficava sentada cosendo
Olhando pra mim:
-- Psiu... Não acorde o menino. 
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo! 

Lá longe meu pai campeava
No mato sem fim da fazenda. 

E eu não sabia que minha história
Era mais bonita que a de Robinson Crusoé. 




1. As hipóteses que você levantou antes da leitura foram confirmadas pelo texto?
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2. Onde ocorrem as situações representadas no texto?
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3. Ao longo do texto, várias pessoas da família são mencionadas, e cada uma delas realiza uma ação específica.
a)  Quem são essas pessoas?
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b)  Que ações são realizadas por essas pessoas?
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4. No poema, todas as situações são apresentadas por uma personagem.
a)  De quem é a voz que apresenta os fatos ao longo do poema?
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b)  Essa voz apresenta os fatos no momento em que eles ocorrem? Explique.
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c)  Pode-se afirmar que a voz no poema é de um adulto ou de uma criança?
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ANOTE AÍ
Assim como nos textos narrativos há um narrador, nos poemas também há um ser que fala. A voz que se expressa em um poema recebe o nome de eu lírico ou eu poético.
O eu lírico ou eu poético pode assumir diferentes vozes. Há poemas em que adultos escrevem como se fossem crianças e poemas que dão voz a animais, plantas, objetos ou lugares. A voz nos poemas nunca é a do poeta, mas sim a do eu lírico ou do eu poético.
5. No poema, uma das pessoas citadas, embora esteja presente no ambiente doméstico, provavelmente não pertence à família.
a)  Qual é a função dela na família representada no poema?
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b)  Que ação atribuída a essa pessoa revela proximidade com criança?
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c)  Como parece ser a relação do eu poético com essa pessoa?
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6. O eu poético utiliza um termo que caracteriza o modo como ele se encontrava no momento em que realizava a ação apresentada no poema. Que termo é esse?
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7. Considerando as situações presentes no poema e o modo como são apresen­tadas, como parece ser o ambiente onde o eu poético vive?
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8. Com base no boxe Uma vida de aventuras, responda:
a)   A situação vivenciada por Crusoé se assemelha à rotina do eu poético? Explique.
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b)   Ao longo do poema, a história de Robinson Crusoé é citada duas vezes. Que tipo de relação parece haver entre o eu poético e a leitura desse livro?
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c)   No fim do poema, o eu poético afirma que sua história é mais bonita que a de Robinson Crusoé. O que pode ter motivado tal afirmação?
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9. Em quantas partes o poema está dividido? Escreva no caderno uma frase que sintetize cada parte.
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ANOTE AÍ
Poesia é o nome dado à arte de criar imagens e inventar outros sentidos para os fatos do mundo. A poesia está presente em várias formas de expressão, como a pintura, o cinema, a música e o poema.
Poema é um gênero textual que pode ser composto apenas por palavras (organizadas em versos e estrofes) ou por texto associado a imagens (poema visual). Verso é cada uma das linhas de um poema. Estrofe é um conjunto de versos.
A SONORIDADE E O RITMO DO POEMA
10. Releia a primeira estrofe do poema observando as palavras em destaque.
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
a)   O que há de semelhante em relação à sonoridade das palavras destacadas?
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b)   Em quais posições dos versos essas palavras estão localizadas?
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11. Agora, releia a segunda estrofe do poema.
a)   Quanto à sonoridade, qual é a semelhança entre as palavras aprendeu e esqueceu, citadas nessa estrofe?
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b)   Em que posição dos versos essas palavras aparecem?
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ANOTE AÍ
Ao apresentar sons semelhantes ou iguais, as palavras formam rimas. As rimas podem ocorrer no interior ou no final dos versos.
12. Na segunda estrofe do poema, o substantivo café é citado quatro vezes.
a)  Em que posições dos versos essa palavra está presente?
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b)  A repetição desse termo reforça que ideia associada a ele?
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13. Nos dois primeiros versos da segunda estrofe, há a repetição de três sons. Quais são as letras que representam esses sons?
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