O CÃO DE LIA 6º ANO PARTE II
PARTE I: https://professordiorges.blogspot.com/2017/04/conto-o-cao-de-lia.html
1.
No dia em que Lia leu a história daquele cachorro, ficou fascinada.
Chegou para a mãe e disse: "Mãe, quero um cachorro igual ao do
livro!" E a mãe, sensata como a maioria das mães,
respondeu: "Minha filha, os cachorros reais não são iguais aos das
histórias. Para começar, os da história ficam ali paradinhos, não se mexem, não
latem, não fazem cocô no tapete, pipi no sofá. Os cachorros verdadeiros rasgam
livros, acabam com as plantas do jardim, comem sapatos e, quando cismam, rosnam
ou até mordem. Já pensou nisso?"
2.
"Mas mãe, eu quero um cachorro como este aqui!"
3. "Minha filha, isso é ilusão. Cachorro
de verdade dá trabalho!"
4. "Mas eu quero ter
trabalho."
5. "Você não vai limpar a sujeira, dar
banho, ensinar, vigiar, passear com coleira, vai?"
6. "Vou. Eu limpo, dou banho, ensino,
passeio, faço tudo."
7.
"Isso é relativo, minha filha. Muito relativo."
8. "Mãe, o que é relativo?"
9.
"Relativo é tudo aquilo que está em relação com alguma coisa, coisa esta
que pode mudar de acordo com a relação que ela tenha com uma terceira coisa. Se
está confuso, vou explicar: no dia em que tiver outras coisas mais
interessantes ou importantes para fazer, você não vai querer passear, cuidar,
limpar, porque não vai ter tempo nem vontade, ou simplesmente vai estar
cansada."
10."Mas
e se o meu cachorro for um cachorro relativo?"
11."Não
existem cachorros relativos."
12.
"Como não? E se
o meu cachorro de verdade, por causa do amor e dos cuidados que eu vou dar para
ele, ficar maravilhoso, você deixa?"
13.
A mãe encurtou a conversa:
14. "Vai depender da sua capacidade
de fazer tudo isso que está prometendo."
15.
Lia, teimosa, juntou um ano de mesada e comprou um cachorro parecido com o do
livro: mesma raça, mesma cor, mesmo jeito. Levou-o para casa, deu a ele um
nome, uma coleira, carinho, atenção, banho e comida. O cachorro fez pipi no
sofá, cocô no tapete, roeu as sandálias de borracha, fugiu para a rua e ainda
comeu três peixes do aquário. Foi
dose! Por um tempo, Lia fez de tudo para educá-lo: limpou, passeou,
conversou, ensinou, vigiou. Mas foi só por um tempo. Hoje, o cão de Lia virou o
cão da mãe de Lia, porque chegou a época das provas. Lia está muito ocupada, e
é a mãe quem dá banho, alimenta, limpa, passeia, cuida, enfim... educa.
16.
Mãe é mãe e promessas são muito relativas.
Dilea Frate. Fábulas tortas. Ilustrações de Simona Traina.
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2007.
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2. Retire do texto um exemplo do discurso (fala):
a) do narrador
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b) da mãe de Lia
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c) Da Lia
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3. Qual o autor do texto?
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4. Qual o gênero textual desse texto?
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5. Qual palavra do primeiro parágrafo indica uma característica da mãe de Lia?
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6. Qual característica é atribuída a Lia no parágrafo 15.
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7. Qual pontuação foi usada para introduzir as falas das personagens?
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8. Qual a opinião da mãe de Lia sobre cachorros no terceiro parágrafo?
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9. POR QUE o cão de Lia passou a ser o cão da mãe de Lia?
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10. O que significa RELATIVO?
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PARTE II
1. O conflito se inicia a partir de que acontecimento (par.1)?
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2. Qual o desfecho da narrativa (par.15)?
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3. Ao conversar com um adulto, que palavras um médico normalmente utiliza para se referir a COCÔ e PIPI?
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4. “Mãe é mãe e promessas são muito relativas.” O que essa frase nos permite INFERIR?
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5. Marque a alternativa que NÃO indica LUGAR.
a) O cachorro fez pipi no sofá
b) os da história ficam ali paradinhos
c) fugiu para a rua
d) No dia em que Lia leu a história daquele cachorro