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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

A FÁBULA DA FORMIGA DESMOTIVADA EJA

 

A fábula da formiga desmotivada

           Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro notrabalho.

          A formiga era produtiva e feliz.

          O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.

          A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também, uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

          O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também, gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!

          O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial. A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente, a pulga (sua assistente na empresa anterior), para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.

          A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo que era preciso fazer uma pesquisa de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as finanças, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório que concluía: Há muita gente nesta empresa!

          E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?

          A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

 

 

 

 

1. O que o marimbondo deduziu ao perceber que a formiga trabalhava sem supervisão?

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2. O marimbondo ficou muito satisfeito com o trabalho de quem?

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3. A formiga começou a ficar desmotivada por quê?

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4. “movimentação de papéis e reuniões” são sinônimos de:

a) agilidade

b) eficiência

c) burocracia

d) eficácia

 

5. Qual critério a cigarra utilizou para contratou a pulga?

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6. Levante hipóteses do motivo de a empresa contratar pessoas para os cargos de supervisão ao invés de promover a formiga?

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7. Em que momento a formiga deveria ter percebido que seu esforço não era valorizado?

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GABARITO

1. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.

2. O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata

3. movimentação de papéis e reuniões

4. C

5. Ter trabalhado com ela na empresa anterior.

6. Falta de escolaridade, não ter  amizade com gerente, não ser puxa-saco, não ser parente do gerente,...

7. Quando colocou uma supervisora em vez de promovê-la.

 

 

A FÁBULA DA GALINHA NA TERRA DA TRIBUTAÇÃO EJA

   A FÁBULA DA GALINHA NA TERRA DA TRIBUTAÇÃO E DA SOLIDARIEDADE

 compilado e adaptado por Júlio César Zanluca

 

        Era uma vez uma galinha que encontrou alguns grãos de trigo no quintal. Chamou a vaca, o porco, o pato e o cão, para ajudar a plantá-lo.

        “Eu não”, a vaca mugiu.

        “Nem eu”, grunhiu o porco.

        “Deixa para lá”, grasnou o pato.

        “Tô fora!”, latiu o cão.

        A galinha, então, plantou o trigo, sozinha. Assim que estava próxima a colheita, voltou a convocar os amimais para colhê-lo. Teve as seguintes respostas:

        “Não recebi treino para fazer estas coisas!” (vaca)

        “Quem, eu? Trabalho me cansa!” (porco)

        “Estou de férias” (pato)

        “Serviço pesado não é comigo!” (cão)

        Não houve jeito de convencer a bicharada a colaborar, de forma que a galinha teve que colher o trigo sozinha.

        Chegou a hora de assar o pão com o trigo colhido. “Quem vai me ajudar?”, foi a pergunta da galinha, diante da qual obteve as seguintes evasivas:

        “Estou no seguro desemprego, e por isso não preciso trabalhar” (vaca)

        “Está muito quente, deixa isto para um dia mais frio!” (porco)

        “Ei, você tem que me pagar hora extra, senão não faço!” (pato)

         “Se eu trabalhar e aumentar minha renda, perco a bolsa-ração, eu preciso dela!” (cão)

        Então a galinha assou o trigo e obteve 5 pães como resultado. Satisfeita, mostrou-as à bicharada.

        Todos exigiram uma parte, mas a galinha prontamente cacarejou: “Não! Fiz todo o trabalho sozinha! Eu é que devo consumir estes pães, e não vocês!”. Como resultado, recebeu vários impropérios, entre os quais:

        “Sua verme burguesa!” (vaca)

        “Exijo direitos iguais!” (porco)

        “Que falta de solidariedade, sua ...!” (pato)

        “Gananciosa, capitalista, exploradora!” (cão)

        Houve alvoroço, protestos, discursos contra a atitude da galinha. Logo chega um funcionário do governo e exige da galinha os vários impostos sobre a produção do pão.

        Diante de tamanha pressão, a galinha alegou que trabalhara sozinha, e que ninguém a ajudara, nem o governo, nem a bicharada, portanto, tinha direito a dispor do pão como bem entendesse.

        O funcionário do governo chamou então a polícia e falou: “você se arriscou a produzir, pelas nossas leis, você deve pagar os impostos e os trabalhadores produtivos devem dividir os lucros com todos, para a paz e a justiça social”.

        Desta forma, 2 pães foram entregues ao governo, como pagamento de impostos, e os 3 pães que restaram foram divididos em fatias e distribuídos em partes entre a bicharada.

        Todos comeram e se fartaram, achando muito justas as leis do país da tributação e da solidariedade. Porém, a bicharada não entendeu porque, nunca mais, a galinha voltou a fazer pão...

 

1. Essa fábula apresenta um pensamento de direita ou de esquerda? Justifique.

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2. De acordo com o texto os animais não ajudaram a galinha por quê?

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3. No texto há uma crítica a qual auxilio do governo?

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4. Podemos inferir que o autor ao criticar os auxílios do governo e acredita que esses auxílios não funcionam por quê?

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5. No penúltimo parágrafo o autor critica principalmente o quê?

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6. Que argumentos você poderia usar para defender o pensamento de esquerda no que diz respeito a:

a) Auxílios do governo

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b) Impostos altos

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domingo, 8 de setembro de 2024

CONTO PEQUENO TRAGEDIA BRASILEIRA

 

Tragédia Brasileira – Manuel Bandeira - 1933

 

       Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade,

       Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.

       Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.

      Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.

      Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada.

      Não fez nada disso: mudou de casa.

      Viveram três anos assim.

      Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.

      Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

       Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

 

1. faz quantos anos que esse texto foi publicado?

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2. “Podia dar uma surra, um tiro, uma facada.” Qual sua opinião sobre o que misael poderia fazer se a história se  passasse nos dias atuais?

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3. Apesar de o texto não dizer, o que voc~e acha que aconteceu com o Misael?

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4. Em quantos endereços, presentes no texto, Misael morou durante os três anos com Maria Elvira?

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5. Boca do Mato, Inválidos ...  Por que o autor utilizou reticências no final desse fragmento?

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6. Misael tirou Maria Elvira da vida. A expressão destacada foi empregada em sentido conotativo( real) ou conotativo (figurado) ?

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7. Qual o significado da expressão “da vida” no texto?

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8. “a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal” Essa expressão significa:

a) deitada de lado.

b) deitada de barriga para baixo.

c) deitada de barriga para cima.

 

9. O adjetivo que indica uma característica de misael é:

a) inconformado

b) resignado

c) impaciente

 

10. A partir do texto podemos dizer que os fatos narrados se passam?

a) em São Paulo

b) no Rio de janeiro e em São Paulo

c) no Rio de Janeiro

 

 

 

 

 

 

O texto acima é um poema narrativo. Uma narrativa deve responder a algumas perguntas básicas:

O QUÊ?                – o(s) fato(s) que determina(m) a história;

QUEM ?                _ a personagem ou personagens;

COMO?                 _ o enredo, o modo como se tecem os fatos;

ONDE?                  _ o lugar ou lugares da ocorrência;

QUANDO?            _ o momento ou momentos em que se passam os fatos;

POR QUÊ?            _ a causa do acontecimento.

 

11. Destaque os elementos pontuados acima:

 

• O quê?

 

 _____________________________________________________.

• Quem?

 

 _____________________________________________________.

 

• Como?

 

 _____________________________________________________.

• Onde?

 

 _____________________________________________________.

•Quando?

 

 _____________________________________________________.

•Por quê?

 

 ____________________________________________________________

 

 

"Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado:

·       exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época)

·       desenvolvimento( desenrolar dos fatos)

·       desfecho ( arremate da trama ).

 

 

12. Quanto à estrutura da narrativa convencional, destaque do texto Tragédia Brasileira os seguintes trechos:

    * a exposição:

 

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 

o desenvolvimento:

 

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.

 

O desfecho:

 

____________________________________________________________________________________________________________,      

 

13. Relacione as palavras que se referem, fisicamente, às personagens Maria Euvira e Misael:

 

MARIA ELVIRA

MISAEL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

14. Separe as características de Maria Elvira, em duas colunas, antes e depois de ter se casado com Misael: Prostituída - com sífilis - dermite nos dedo - boca bonita - saldável - conforto

 

ANTES DO CASAMENTO

DEPOIS DO CASAMENTO