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domingo, 26 de fevereiro de 2017

INTERPRETAÇÃO MAES PARA UM MUNDO NOVO 5Q

MÃES PARA UM MUNDO NOVO
Vivemos sonhando com o mundo novo: o mundo do Bom Pastor, onde  a violência  ceda o lugar à paz, à justiça, à fraternidade. Para que o sonho se realize, o Bom Pastor é a última esperança. A penúltima são as mães, depositárias do amor infinito de Deus.
Quando vejo a violência praticada nas ruas contra pessoas indefesas, eu digo: “Será que não têm mãe, esses violentos? Antes de puxar o gatilho ou arremessar a faca, por que não pensam na aflição das mães dos violentados?”
E quando vejo a violência legalizada dos homens do governo a impor cargas pesadas às costas do pobre, do trabalhador, do assalariado, eu digo: “Será que não têm mãe, esses senhores? Ao aprontarem pacotes econômicos tão desumanos, por que não pensam em como ficariam as senhoras mães deles, se elas não tivessem pão para dar a seus filho?”
Hoje, antes de fazermos um discurso patético e comovente em homenagem às nossas mães, preferimos lançar a elas um grande desafio: o que é que elas podem fazer para deter a escalada da violência?
Nossos jovens estão se metendo num caminho de violência. Mas nós, os adultos, não temos nem um pouco de razão para censurá-los, uma vez que somos mais violentos do que eles. Porque, enquanto eles se agitam e gritam nas praças de punho fechado, nós pais, homens de governo e homens de Igreja, baixamos leis e decretos insuportáveis. Enquanto eles quebram vidraças e incendeiam carros, nós fazemos massacre dos valores cristãos, da fé e dos mandamentos.
Debaixo da cruz, estava a Mãe para receber o último suspiro do Inocente violentado. Com sua coragem e seu perdão, com suas lágrimas de amor, as mães dos violentos e dos violentados de hoje conseguirão derrotar a violência.
1. No texto, encontramos as palavras violentos e violentados. Que diferença de significado há entre elas?
2. Preencha adequadamente as lacunas do texto com as palavras abaixo, fazendo as adaptações necessárias à frase.
Aflição – desumanos – discurso – indefesas – justiça – lançou – massacres – patético – violência
O conferencista _________ seu olhar demoradamente pela plateia. Depois, demonstrando certa ____________, iniciou seu ____________. Falou da _______ que se pratica contra pessoas____________. Finalizou em tom _________, acusando de __________ todos esses ____________ que abalam a ___________
3. Localize, no texto, e transcreva as palavras que tenham os significados abaixo:
a)    amor ao próximo, convivência como irmãos __________________
b)    lançar com força para longe _______________________
c)    remissão da pena, indulto _________________________
4. Dá-se o nome de pacote a um pequeno embrulho. No texto, porém, pacote foi empregado com outro significado. Qual?.....................................................................................
5. Quando o autor diz que os adultos não podem censurar os jovens, pretende mostrar que:
a. (   ) a violência é consequência da falta de amor das mães pelos filhos.
b. (   ) cabe à juventude, a culpa pela escalada abusiva da violência.
c. (   ) os atos da juventude são consequência dos exemplos dos adultos.

d. (   ) o governo é o verdadeiro culpado pela escalada da violência.

INTERPRETAÇÃO COMO A ZEBRA FICOU LISTRADA 6º ANO

COMO A ZEBRA FICOU LISTRADA



            Há muito tempo atrás, mas há muito tempo mesmo, tanto que nem poeira ou lembrança existem mais, a terra era bem jovem e tudo estava por ser feito. Naqueles tempos, muitos animais tinham aparência bem diferente da que conhecemos hoje em dia. A zebra, por exemplo, era branca como a neve que  cobre o topo das montanhas e o babuíno tinha pelos que lhe cobriam o corpo inteiro, da cabeça até o rabo. A brilhante zebra branca era por demais vaidosa e costumava passar horas e mais horas admirando o belo reflexo no espelho d’água de rios e lagos.
           - Como sou bonita! – costumava dizer, toda cheia de si, sacudindo orgulhosamente a cabeça e balançando o rabo.
            Um dia, ao avistar um babuíno muito feio na outra margem do rio, pôs-se a dizer:
            - Olhe como sou bonita, macaco feio! Zombava cruelmente do pobre babuíno, a voz e a maldade ecoando em todas as direções e indo muito além das montanhas ecoando em todas as direções e indo muito além das montanhas.
            - Zebra imbecil! – reagiu o babuíno, raivoso, erguendo a cabeça e cravejando os olhos flamejantes.
            - Você pode ser mais bonita e certamente o é, mas eu sou bem mais forte!
            Dito isso, a desafiou para um duelo. Na noite seguinte, sob a luz de uma grande fogueira, toda a tribo Zulu veio assistir à briga da zebra com o babuíno.
            Este, muito esperto, cercara antecipadamente a fogueira com pedras. Usando de toda a sua habilidade, já que a beleza não põe mesa e inteligência é joia rara, ferramenta para as grandes construções da vida, rapidamente conseguiu encurralar a zebra cada vez mais perto do fogo.
            Quando  já se encontravam bem próximos, a zebra descuidou-se, tropeçou nas pedras e caiu de costas sobre as toras incandescentes da fogueira.
            Da dor à surpresa não se passou muito tempo e logo a zebra corria de um lado para o outro, gritando, saltando e escoiceando feito louca, o fogo e a fumaça desprendendo-se do rabo, a pele branquinha marcada por grandes listras negras feitas pela madeira queimada.
            A pobre zebra relinchava e a dor era tamanha que lá pelas tantas, entre coices e relinchos mais e mais furiosos e incontroláveis, acabou acertando o babuíno no traseiro.
          

Nossa, ela bateu com tanta força que até hoje, onde atingiu, não nasce mais pelo, você nunca viu?
            É por isso, que a zebra tem listras negras e o babuíno possui o traseiro rosado e sem pelo até os dias de hoje.    
                                                                            Adaptado por Júlio Emílio Braz







INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
a) O texto diz que “há muito tempo atrás, mas há muito tempo mesmo”, a zebra era diferente de como ela é hoje. Descreva-a:
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b) Nesse tempo, qual era a principal característica da zebra?
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c) O macaco tinha muito orgulho de uma característica sua. Qual?
......................................................................................................................
d) Quem fez o desafio para o duelo e por quê?
......................................................................................................................
e) Por que o babuíno cercou a fogueira com pedras?
......................................................................................................................
f) Por que a pele da zebra, que era branquinha, ficou marcada por grandes listras negras?
.......................................................................................................................
g) O que fez a zebra para se vingar do babuíno? Você concorda com este tipo de atitude? Comente:
.........................................................................................................................
h) Como você explica as expressões:
* a beleza não põe mesa: ...........................................................................................
* inteligência é joia rara: ..............................................................................................
i) Crie outro final para a história, mostrando a prática das virtudes entre a zebra e o babuíno para resolver as diferenças:

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INTERPRETAÇÃO A CIDADE DOS RESMUNGOS




Era uma vez um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam. No verão, resmungavam que estava muito quente. No inverno, que estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair. Quando fazia sol, reclamavam que não tinham o que fazer. Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs. Todos tinham um problema, e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.
Um dia chegou à cidade um vendedor ambulante carregando um enorme cesto às costas. Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira, pôs o cesto no chão e gritou:
— Ó cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras são cobertas de florestas espessas, e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado com tantos benefícios e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu mostrar-lhes-ei o caminho para a felicidade.
Ora, a camisa do vendedor ambulante estava rasgada e puída. Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos. As pessoas riram ao pensar que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz. Mas, enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e esticou-a entre dois postes na praça da cidade.
Então, segurando o cesto diante de si, gritou:
— Povo desta cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam os seus problemas num pedaço de papel e ponham-no dentro deste cesto. Trocarei os vossos problemas por felicidade!
A multidão aglomerou-se ao seu redor. Ninguém hesitou diante da oportunidade de se livrar dos problemas. Todos os homens, mulheres e crianças da vila rabiscaram a sua queixa num pedaço de papel e lançaram-no no cesto.
Observaram o vendedor que pegava em cada problema e o pendurava na corda. Quando terminou, havia problemas a tremularem em cada polegada da corda, de um extremo a outro. Disse então:
— Agora cada um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder encontrar.
Todos correram para examinar os problemas. Procuraram, manusearam os pedaços de papel e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema. Ao fim de algum tempo, a corda estava vazia.
Eis que cada um segurava o mesmíssimo problema que tinha colocado no cesto. Cada pessoa havia escolhido o seu próprio problema, achando ser ele o menor de todos.
Daí por diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar constantemente. E sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou de reclamar, pensava no vendedor e na sua corda mágica.
( William J. Bennett )

Refletindo sobre o texto

1.     Escreva SIM ou NÃO nas afirmações, de acordo com sua veracidade. Caso a informação seja falsa, corrija-a:

a.    O espaço presente no texto é o mesmo cujo nome é citado no título do conto. _________________________________________________________
b.    O clímax do conto acontece quando todos começam a reclamar de seus problemas. ______________________________________________________
c.    No desfecho da história, a cidade tornou-se mais agitada devido às ações do vendedor e sua corda mágica. _______________________________
_____________________________________________________________

2.    O tempo da narrativa é cronológico ou psicológico? Justifique sua resposta.
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3.     Os habitantes da Cidade dos Resmungos reclamavam muito. Retire do texto duas reclamações que eles costumavam fazer.
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4.    “As pessoas riram ao pensar que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz”. O que o narrador quis dizer com a expressão em destaque.
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5.     O vendedor afirmou que trocaria os problemas das pessoas por felicidade. Como ele fez para cumprir sua promessa?
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6.     O conto traz um personagem principal e, embora não haja detalhes de como ele seja, podemos perceber algumas características dele de acordo com suas ações. Escreva abaixo quem era esse personagem e como você acha que ele era.
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INTERPRETAÇÃO CABRAS EVITAM TRABALHO DE CRIANÇAS 6º ANO

Cabras evitam trabalho de crianças

Como três cabras e um bode podem tirar crianças do trabalho e evitar a fome?
Não é uma charada, mas um projeto social que entrega os animais por empréstimo, a famílias pobres de cidades próximas a Feira de Santana, no interior da Bahia, onde há seca e fome. O clima seco facilita a criação de cabras.
Com o  projeto Cabra-Escola, implantado nas cidades de Serrinha, Riachão do Jacuíbe, Ichu e Nova Fátima, todas localizadas no agreste baiano, as famílias vão começar a ganhar seu próprio dinheiro, vendendo leite e carne, sem explorar as crianças. Após trabalhar na lavoura, no corte, na confecção e na venda do sisal, as crianças de 5 a 15 anos começam a olhar para um futuro melhor.
Retiradas do trabalho com o sisal, onde se feriam frequentemente, elas ganham o  direito de manter os estudos, brincar e  não se preocupar em levar dinheiro para casa. O projeto Cabra-Escola ajuda cem famílias com filhos e sem dinheiro a sobreviver. Elas são cadastradas no MOC (Movimento de Organização Comunitária). As famílias cuidam dos animais em suas pequenas propriedades com  o objetivo de gerar renda (dinheiro).
Adaptado de Marcelo Bartolomei. Folhinha, Folha de S.Paulo, 26/10/2002, p. F6


1) O projeto Cabra-Escola tem por objetivo principal
(A) fazer com que as crianças comecem a  ganhar seu próprio dinheiro, vendendo o leite e a carne das cabras por elas criadas.
(B) entregar as cabras para famílias pobres de cidades próximas de Serrinha ,
Riachão do Jacuíbe, Ichu e  Nova Fátima do agreste baiano , onde há seca
e fome.
(C) retirar as crianças do trabalho com o sisal, mantendo-as na escola sem
perda da renda familiar, que passa a ser gerada com a criação de cabras.
(D) Efetuar o cadastro das famílias sem dinheiro para sobreviver, no MOC (Movimento de Organização Comunitária)

2) O tema principal dessa notícia é
(A) o trabalho das crianças de 5 a 15 anos na lavoura, no corte, na confecção e na
venda do sisal.
(B) a situação das famílias pobres de cidades próximas a Feira de Santana, no
interior da Bahia, onde há seca e fome.
(C) o fato de que as famílias de quatro municípios baianos não sabem cuidar das
cabras e nem como alimentá-las.
(D) o  projeto social que entrega animais para famílias gerarem renda
e manterem os filhos na escola.

Veja o passo a passo para uma caminhada saudável MARCOS DÁVILA da Folha de S.Paulo
- A hidratação deve ser feita antes, durante e após a caminhada.
- A desidratação causa uma diminuição de 30% no rendimento da pessoa.
- Gestantes e pessoas na terceira idade tem de tomar mais cuidado com a hidratação. Nesse caso, é essencial que o indivíduo leve uma garrafa de água para beber durante a caminhada.
- Não espere ficar com sede para beber água. A  sede já é o  primeiro sinal de
desidratação.
- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente água é o suficiente.
- Se a caminhada for ultrapassar os 60 minutos, a ingestão de bebidas isotônicas
ou de água de coco é recomendada. O sódio e o potássio contidos nessas bebidas diminuem o tempo de fadiga.
- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem ricas em fibras e terem carboidratos de baixo índice glicêmico, as frutas são o alimento mais recomendado
para antes da caminhada. Deixe o café da manhã, o almoço ou o jantar para
depois.
- Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol forte.
- Para uma caminhada simples, um calçado confortável é o suficiente. Também
é recomendado levar uma garrafa de água para se hidratar durante o percurso.
- Manter o abdômen rijo durante a caminhada ajuda a deixar a coluna ereta. Os ombros devem ficar paralelos ao horizonte.
- É preciso tomar cuidado ao ouvir música ao andar. A  distração pode causar
acidentes.
- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha bem a bermuda para caminhar, alguns trajes causam assaduras nas coxas.

3) A finalidade do texto é
(A) fazer propaganda de um projeto do governo para a boa saúde.
(B) instruir o leitor para que ele faça uma boa caminhada.
(C) enfatizar os benefícios de uma boa caminhada.
(D) convidar o leitor à prática de exercícios de musculação.

4) O texto se destina a:

(A) todas as pessoas que têm mais de 60 anos.
(B) todas as mulheres que estão grávidas.
(C) todos os que adotam a prática de caminhada.
(D) todos os que têm problemas cardiovasculares.

5) As primeiras recomendações feitas para uma boa caminhada salientam a importância
(A) do ritmo de caminhada de cada pessoa.
(B) de não caminhar ou praticar atividade física em jejum.
(C) de não se hidratar com bebidas isotônicas.
(D) da hidratação em uma caminhada.

























6) Qual é a temática em questão?
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7) Na nossa sociedade também é normal que os homens se atrasem para o jantar? Quais os possíveis motivos?
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8) O que revela a fala de Eddie?  
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9) Qual a contradição entre a fala de Hagar “... na minha casa mando eu” e o segundo quadro?
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10) Associando a linguagem verbal à não verbal,ou seja, todo o contexto. Quem realmente manda na casa do viking.
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INTERPRETAÇÃO AMOR COM AMOR SE PAGA

Amor com amor se paga ( José Elias) 520
                      - Joãozinho, quem descobriu a América?
                       Joãozinho pensou, pensou e não  saía ideia nenhuma.
                       - Quem descobriu a América, menino?         
                    - ? ! ...
                       - Então você não sabe, Joãozinho? Que vergonha! Quem foi? Responda?
                       Joãozinho ficou corado. Precisava arrumar uma resposta e ela não vinha.
                       - Quem descobriu o Brasil foi Pedro Álvares Cabral...
                       - Não perguntei o Brasil. Perguntei  A-MÉ-RI-CA!
                       - E o Brasil não fica na América?
                       - Fica. Por quê?
                       - Então, ele descobriu o Brasil. Depois saiu de navio por aí e descobriu o resto da América.
                       A professora não sabia se ficava brava ou se ria. A classe ria e Joãozinho ouvia os risos muito humilhado.
                       - Uma vergonha não saber quem descobriu a América! Já falei mil vezes que foi Colombo. Qualquer menino do primeiro ano sabe, e você no quarto!!...
                       Chegando em casa, Joãozinho ainda estava humilhado. Ainda ouvia os risos dos colegas e a bronca da professora. Começou a estudar, mas não queria os livros de classe, não. Queria um livro mais difícil, que  mostrasse quem descobriu os outros países do mundo todo.                 No outro dia, na escola, no auge da aula, perguntou à professora:
                       - Dona Diva, quem descobriu o Chile?
                       A professora continuou dando aula, fingindo que não tinha ouvido a pergunta.
                       Joãozinho levantou a mão bem alto e repetiu mais alto ainda a pergunta. Vendo que não poderia mais fingir-se de surda, a professora falou:
                       - Menino, nós estamos falando de substantivo e você vem com o Chile. Ainda se fosse para saber o tipo de substantivo... mas não, você está é querendo mudar de assunto para matar aula!
        - Desculpe, Dona Diva. Eu não estou querendo matar aula.
      
   Só quero saber quem descobriu o Chile.
                       - O Chile é um país latino-americano. Todos vocês sabem que ... Cristóvão Colombo descobriu a América e ...
                       - Que Cristóvão Colombo descobriu a América a gente já sabe. Ontem mesmo a Senhora falou. Eu estou querendo saber quem descobriu o Chile..
                       A professora sentiu-se acuada, sem saber a resposta. Ficou acanhada de dizer que não sabia. Percebeu que no dia anterior tinha errado, quando humilhou a Joãozinho. Começou um sermão, em vez de dizer que não sabia.
                       - Uma professora não tem obrigação de saber tudo. Vocês sabem que o pensamento humano, as descobertas, datas, dados históricos e matérias científicas e artísticas são muitas. Não estou lembrando agora, francamente. Não estou me lembrando quem descobriu o Chile. Não sei, mas me deu um branco! Que cabeça a minha!... Outro dia mesmo dei esta matéria no colégio. Vocês sabem que leciono também no colégio, não sabem?
                       - Não dá para lembrar quem descobriu o Chile, Dona Diva?           
                       - Francamente não dá. Mas amanhã mesmo eu falo para você, Joãozinho. Vou ver num livro de história das Américas. Amanhã, sem falta...
                       Joãozinho tentou segurar a língua, mas não deu.
                       - Que vergonha, a Senhora não saber que foi Diego de Almagro que, em 1535, descobriu o Chile! Uma professora de colégio... até eu, um menino de quarta série, sei. A Senhora, tão culta!...       




   INTERPRETAÇÃO

1.Quais são as personagens do texto?
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2. A história foi narrada em 1ª ou em 3ª pessoa? Justifique com um trecho do texto.
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3. Onde e quando aconteceram os fatos narrados?
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4.Como você acha que é a personagem principal fisicamente?
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5.Conte de forma resumida a história.
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6.Qual foi a situação constrangedora que a professora colocou Joãozinho?
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7. Na sua opinião é mais importante decorarmos o nome dos descobridores, datas e horários ou sabermos como o descobrimento se efetuou, em qual época e por quê?
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8. Como o menino sentiu-se ante os risos da turma?
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9.O eu ele resolveu fazer?
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10.Você acha que é comum acontecer com você o que aconteceu com o Joãozinho? Por quê?
 Justifique o título do texto.
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11.Dê outro título para a história.
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12. Como a professora resolveu safar-se da pergunta?
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13. Qual foi o sermão que o Joãozinho deu para a professora?
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14. Você acha justa a atitude do menino para com a professora? Por quê? 

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INTERPRETAÇÃO COMO A ZEBRA FICOU LISTRADA 6º ANO

COMO A ZEBRA FICOU LISTRADA

            Há muito tempo atrás, mas há muito tempo mesmo, tanto que nem poeira ou lembrança existem mais, a terra era bem jovem e tudo estava por ser feito. Naqueles tempos, muitos animais tinham aparência bem diferente da que conhecemos hoje em dia. A zebra, por exemplo, era branca como a neve que  cobre o topo das montanhas e o babuíno tinha pelos que lhe cobriam o corpo inteiro, da cabeça até o rabo. A brilhante zebra branca era por demais vaidosa e costumava passar horas e mais horas admirando o belo reflexo no espelho d’água de rios e lagos.
           - Como sou bonita! – costumava dizer, toda cheia de si, sacudindo orgulhosamente a cabeça e balançando o rabo.
            Um dia, ao avistar um babuíno muito feio na outra margem do rio, pôs-se a dizer:
            - Olhe como sou bonita, macaco feio! Zombava cruelmente do pobre babuíno, a voz e a maldade ecoando em todas as direções e indo muito além das montanhas ecoando em todas as direções e indo muito além das montanhas.
            - Zebra imbecil! – reagiu o babuíno, raivoso, erguendo a cabeça e cravejando os olhos flamejantes.
            - Você pode ser mais bonita e certamente o é, mas eu sou bem mais forte!
            Dito isso, a desafiou para um duelo. Na noite seguinte, sob a luz de uma grande fogueira, toda a tribo Zulu veio assistir à briga da zebra com o babuíno.
            Este, muito esperto, cercara antecipadamente a fogueira com pedras. Usando de toda a sua habilidade, já que a beleza não põe mesa e inteligência é joia rara, ferramenta para as grandes construções da vida, rapidamente conseguiu encurralar a zebra cada vez mais perto do fogo.
            Quando  já se encontravam bem próximos, a zebra descuidou-se, tropeçou nas pedras e caiu de costas sobre as toras incandescentes da fogueira.
            Da dor à surpresa não se passou muito tempo e logo a zebra corria de um lado para o outro, gritando, saltando e escoiceando feito louca, o fogo e a fumaça desprendendo-se do rabo, a pele branquinha marcada por grandes listras negras feitas pela madeira queimada.
            A pobre zebra relinchava e a dor era tamanha que lá pelas tantas, entre coices e relinchos mais e mais furiosos e incontroláveis, acabou acertando o babuíno no traseiro.
           Nossa, ela bateu com tanta força que até hoje, onde atingiu, não nasce mais pelo, você nunca viu?
            É por isso, que a zebra tem listras negras e o babuíno possui o traseiro rosado e sem pelo até os dias de hoje.                                                                                 
Adaptado por Júlio Emílio Braz
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1) O texto diz que “há muito tempo atrás, mas há muito tempo mesmo”, a zebra era diferente de como ela é hoje. Descreva-a:
..............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
2) Nesse tempo, qual era a principal característica da zebra?
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3) O macaco tinha muito orgulho de uma característica sua. Qual?
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4) Quem fez o desafio para o duelo e por quê?
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5) Por que o babuíno cercou a fogueira com pedras?
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6) Por que a pele da zebra, que era branquinha, ficou marcada por grandes listras negras?
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7) O que fez a zebra para se vingar do babuíno? Você concorda com este tipo de atitude? Comente:
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 Como você explica as expressões:
8) A beleza não põe mesa:
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..........................................................................................................................................
9) inteligência é joia rara:
....................................................................................................................................................................................................................................................................................
10) Crie um outro título para o texto.

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INTERPRETAÇÃO A VIDA DO HOMEM

A vida do Homem
Xavier Marques
Deus criou o homem e disse-lhe:
— Vai, serás o senhor da terra e o animal superior. Grandes trabalhos e surpresas te esperaram, mas de tudo triunfarás, se fizeres a tua parte. A tua felicidade depende muito do teu querer. Viverás 30 anos.
O homem ouviu e calou-se.
Deus criou o burro e disse-lhe:
— Vais viver como escravo do homem, conduzi-lo e a todos os fardos que te puserem às costas.
Serás bastante discreto e paciente para suportar, além da pesada carga, as privações que te forem impostas durante as viagens. Viverás 50 anos.
— Escravidão, cargas, privações e viver 50 anos… É muito, Senhor. Bastam-me 30.
Deus criou o cão e disse-lhe:
— Vais ser o companheiro do homem, de quem guardarás sempre alerta a porta, servindo-o com inteira obediência, ainda que não recebas mais do que um osso para matar a fome. Sofrerás açoites, mas, humilde e fiel, tens que lamber a mão que te castiga. Viverás 30 anos.
O cão pensou e refugou:
— Vigiar dia e noite, açoitado, padecer fome e viver 30 anos… Não, Senhor, quero apenas 10.
Deus criou o macaco e disse-lhe:
— Vai, o teu ofício é alegrar o homem, saltando de galho em galho, ou atado a um cepo, procurarás, imitando-o o bom humor. Viverás 50 anos.
O macaco pestanejou e pediu:
— Senhor, é demasiado para tão indigno mister. Basta-me viver trinta anos.
Tomando, então, a palavra, disse o homem:
— Vinte anos que o burro não quis, vinte que o cão enjeitou, vinte que o macaco recusa, dai-me os, Senhor, que trinta anos é muito pouco para o rei dos animais.
— Queres? Respondeu o Criador. Viverás, assim noventa anos, mas com uma condição. Cumprirás, em tua vida, não só o teu destino, mas também o do burro, o do cão e o do macaco.
E assim o homem vive. Até os vinte, forte, corajoso, resistente, arrasta perigos e estorvos, luta com resolução, vence e dorme. É HOMEM. Dos trinta aos cinquenta, tem família e trabalha sem repouso para sustentá-la. Cria os filhos, afadiga-se para educá-los e garantir-lhes o futuro. Sobre ele se acumulam os encargos. É BURRO.
Dos cinquenta aos setenta, está de sentinela à família. Dedicado e dócil, seu dever é defendê-la, mas já não pode, contudo, fazer valer a sua vontade. Contrariado, humilha-se e obedece. É CÃO.
Dos setenta aos noventa, sem força, curvo, trôpego e enrugado, vegeta a um canto, inútil e ridículo.
Faz rir com sua gula, sua caduquice e sua própria rabugice. Sabe que não o tomam a sério, mas se resigna e tem gosto em ser palhaço das crianças. É o MACACO.
Assinale a alternativa correta:
1. O homem foi colocado na terra como:
(a) escravo das coisas
(b) dominador de tudo
(c) submisso aos irracionais
(d) indiferente a tudo e a todos
2. Segundo as palavras divinas, a felicidade do homem se encontra
(a) no amor
(b) na riqueza
(c) na vontade
(d) no poder
3. A função especifica do burro, conforme o texto, é:
(a) viver 50 anos e ter força
(b) pastar pelos campos e ter força
(c) servir ao homem e ter paciência
(d) vagar pelos campos e os viver 50 anos
4. A virtude principal do burro está:
(a) na sua força
(b) na sua paciência
(c) nos seus 50 anos
(d) nas suas viagens
5. O cão, entretanto, já é conhecido como:
(a) o guarda-noturno das cidades
(b) o animal astuto e feroz
(c) o amigo e companheiro fiel do homem
(d) o protetor das crianças peraltas
6. Segundo o texto, o que caracteriza o burro, o cão, o macaco e o homem são, respectivamente:
(a) dominador, ridículo, guarda e paciente
(b) fiel, obediente, servo e amigo
(c) asno, vira-lata, macaquices e irracional
(d) paciente, fiel, palhaço e egoísta
7. Todavia, a incumbência reservada ao macaco era de:
(a) dar assistência moral ao homem
(b) divertir as pessoas
(c) dominar os outros animais
(d) aplicar a justiça na terra
8. O homem julgou-se prejudicado em relação ao tempo de sua vida, comparando-a com os outros animais, porque:
(a) tinha inveja do burro, do cão e do macaco
(b) não podia ser feliz somente com trinta anos de vida
(c) duvidava das palavras de Deus
(d) era o rei dos animais
9. Segundo o texto, Deus deu ao homem o tempo de vida que os animais rejeitaram:
(a) em virtude do valor do homem
(b) para subordinar o homem à Sua vontade
(c) em respeito à vontade do próprio homem
(d) porque disso dependeria o poder do homem
10. Os noventa anos de vida que o homem recebera de Deus, encerram, na conclusão do texto, uma realidade:
(a) insofismável
(b) possível
(c) mentirosa
(d) humorística


Respostas: 
1- B
2- C
3- C
4- B
5- C
6- D
7- B
8- D
9- C
10- B