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domingo, 26 de fevereiro de 2017

INTERPRETAÇÃO O HOMEM FELIZ 6º

O homem feliz

    Num certo reino vivia um rei que não conseguia rir de nada. O secretário da Saúde e do Juízo perguntou ao Senhor Duque…

    – O que foi que aconteceu com a Sua Majestade? Ontem mesmo, e bem alegre, ele ria com vontade!

    Ora o Duque das Risadas, muito sério, respondeu:

    – Desde hoje de manhã nosso rei entristeceu.

    Reuniram um Conselho, todo mundo preocupado. Cada um fez o que pôde para ver o rei curado.

    O ministro das Doenças mandou dar uma injeção. Bolos, tortas e sorvetes receitou o da Ração.

    Um artista trouxe tintas e pincéis para pintar. Logo o Chefe dos Esportes fez o rei correr e pular.

    Uma orquestra inteirinha veio dar uma sessão musical. Mas o rei só suspirava… de partir o coração!

    Um ministro bem velhinho, que já estava aposentado, garantiu que tinha um jeito de deixar o rei curado:

    – Se quiser rir outra vez, Sua Alteza só precisa encontrar alguém feliz e vestir sua camisa.

    Os ministros protestaram:

    – isso é pura caduquice!

    Mas o rei levou a sério tudo o que o velhinho disse e deu ordens bem severas para soldados e marinheiros:

    – Vão olhar por toda parte, revirar o mundo inteiro!

    Logo os homens se espalharam pela estrada do rio. Uns seguiram a cavalo, outros foram de navio.

    Visitaram vários duques, reis, barões, imperatrizes. Muitos condes e princesas – todos eles infelizes!

    Já cansados de andar tanto e dormir em cama dura, marinheiros e soldados desistiram da procura.

    Foi aí que um velho duque escutou pelo caminho sons alegres de assobio e avistou um pastorzinho.

    O seu Duque então chamou:

    – Venha cá, meu bom rapaz! Para ser assim tão feliz o que é que você faz?

    O pastor só respondeu:

    – A alegria está no ar! Se você sorrir pra vida, não precisa se esforçar!

    E o duque então propôs:

    – Ouça bem, homem feliz, quer trocar sua camisa por um monte de rubis?

    – Se tivesse uma camisa, eu daria a sua alteza. Tenho tudo quanto quero, não preciso de riqueza!

    O pastor foi ao castelo pra ver sua majestade e contar que ainda havia gente alegre de verdade!

    Quando o rei ouviu aquilo riu três dias em seguida. Viu que a tal felicidade não se compra nesta vida.

Laís C. Ribeiro



Questões

1) Qual é o título do texto?

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2) Quem é o autor?

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3) Quantos parágrafos há no texto?

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4) Quem é o personagem principal do texto?

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5) Qual é o tema principal do texto?

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6) Quando perceberam que o rei estava triste reuniram um conselho. Em sua opinião o que é um conselho?

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7) Registre as sugestões dadas por cada um dos personagens.

A) Ministro das Doenças:

B) Ministro da Ração:

C) O artista:

D) O Chefe dos Esportes:

E) A orquestra:

F) Um ministro velhinho:



8) Quando estavam procurando por pessoas felizes quem eles encontraram?

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9) O que o Duque ofereceu ao pastorzinho, para que ele desse sua camisa ao rei? O que ele respondeu?

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10) O que conseguiu curar o rei?

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INTERPRETAÇÃO O FLAUTISTA

O Flautista ( Mauro Ferreira – adaptado)


Há mais de 600 anos, aconteceu em Hamelin um fato curioso: a cidade foi invadida por milhares de ratos, que comiam tudo o que encontravam nas casas e nos armazéns.
                                      Aí apareceu um rapaz flautista, que fez ao prefeito a seguinte proposta: se lhe pagassem mil moedas de ouro, ele livraria a cidade de todos os ratos. Ao ouvir a proposta, o prefeito concordou imediatamente.
                                      O flautista, então, saiu pelas ruas tocando flauta. Os ratos, como se estivessem enfeitiçados pela música, começaram a subir dos esgotos e seguir o flautista.
                                      Enquanto tocava, o flautista foi andando, andando e entrou num rio. Os ratos, aos milhares, também se atiraram na água e morreram todos afogados.
                                      O prefeito, que era muito mentiroso, não pagou o que havia prometido ao rapaz e ficou com o dinheiro.
                                      O flautista, enganado, voltou então para a rua, começou a tocar na flauta outra música e, de todas as casas, saíram correndo, num bando alegre, dezenas de crianças. Elas seguiram o flautista até uma montanha, que magicamente se abriu para engoli-las.
                                      Quando os pais das crianças souberam que isso tinha sido vingança do flautista, ficaram furiosos com o prefeito, que teve de fugir de Hamelin.
                                      Tempos depois, o prefeito voltou à cidade, mas o povo, que não tinha esquecido o que ele fez, agarrou-o, deu-lhe uma surra e prendeu-o.
                                      O flautista, ao saber disso, libertou todas as crianças que estavam presas dentro da montanha. Depois desses acontecimentos, os pais das crianças aprenderam uma lição: nunca mais escolheriam mentirosos nem caloteiros para prefeito da cidade.

Interpretação:

1)  Qual é o nome da lenda e há quantos anos o fato narrado teria acontecido?
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2)  Qual era o problema que a cidade estava enfrentando?
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3)  O flautista fez uma proposta ao prefeito.  Que proposta foi essa e quanto ele
cobrou para realizar o serviço?
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4)  O flautista cumpriu a parte dele no acordo? Explique sua resposta.
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5)  E o prefeito, cumpriu a parte dele no acordo? Explique.
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6)   em sua opinião, a atitude do prefeito foi correta? Por quê?
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7)  O que fez o flautista depois de ser enganado?
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8)  Por que o prefeito teve que fugir da cidade?
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9)  Algum tempo depois, o prefeito voltou à cidade.
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A) O que a população fez?
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B) E o flautista, o que fez?
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10) Qual foi a lição que os pais das crianças aprenderam?
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INTERPRETAÇÃO O DOUTOR SARACURA

O DOUTOR SARACURA
     Anda que anda, Pedro Malasarte chegou a uma cidade onde o maior edifício era o hospital. Havia para mais de trezentos enfermos ali internados, cada um deles padecendo dos mais variados males. Pedro Malasarte matutou um pouco e foi procurar o diretor do hospital.
      — Não há mais lugar — foi-lhe dizendo este ao vê-lo entrar, com medo que fosse mais um doente.
     Realmente, o doutor Pulsação já não conseguia dar conta de tantos enfermos. E estava ficando difícil arranjar comida e roupa lavada para toda aquela gente. É que mais da metade era de espertalhões que se fingiam de doentes para comer e beber de graça.
      — Meu bom colega — disse Pedro Malasarte. — Imagine que soube das suas dificuldades e viajei de muito longe para ajudá-lo. Meu nome é doutor Saracura e já acabei com muitas epidemias. Pela módica importância de duzentas moedas prometo esvaziar seu hospital amanhã ao meio-dia. O velho diretor ficou exultante. Estava mais do que barato.
     O grande médico estrangeiro ia pôr toda aquela gente na rua, curada! Havia muitos doentes de verdade, aleijados, paralíticos, loucos...
     Mas Pedro Malasarte deu um jeito de se aproximar de um por um, sempre com a pose de um grande doutor, e, fingindo examiná-los. Dizia-lhes no ouvido:
       — Homem, quem não estiver em condições de sair correndo pela porta da rua amanhã ao meio-dia, será torrado para se preparar um xarope para os outros. Mesmo os que estavam em pior estado — e até os loucos — compreenderam muito bem suas palavras e arregalaram os olhos. E todos trataram de preparar suas trouxas para escapulir dali logo que pudessem.
     No dia seguinte, Pedro Malasarte mandou abrir de par em par os portões do hospital. Então subiu até a enfermaria, junto com o doutor Pulsação, e bradou: — Quem se sentir curado pode sair correndo pelo portão! Não ficou um só doente na cama. Todos, sem exceção, dos que tinham bronquite a dor de cabeça, pularam do leito e, com a trouxa nas costas, trataram de dar o fora com quantas pernas tinham.
     E os que não tinham pernas ou eram paralíticos arranjaram quem os carregasse. O doutor Pulsação ficou boquiaberto com aquele milagre. Em poucos minutos o hospital ficou deserto. O único doente que permaneceu deitado foi um que morrera de noite e por isso mesmo não podia se levantar. Pagou ao extraordinário médico estrangeiro as duzentas moedas pedidas, ao que este se despediu:
     — Tenho muito que fazer em outras terras. Passou-se uma semana na mais perfeita paz. O doutor Pulsação nunca tivera tanto sossego. Então, meio ressabiados, começaram a voltar os doentes. Mas só os doentes de verdade, que não se aguentavam de pé.
    Os outros, os aproveitadores, resolveram ficar longe do hospital onde se torrava gente para fazer remédio...

Sérgio A. Teixeira. As aventuras de Pedro Malasarte.

 1) O que chamou a atenção de Pedro Malasarte ao chegar à
cidade? ..................................................................................................................................................................................................................................................................................................


2) O que levava algumas pessoas a fingir que estavam doentes?
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3)Pedro Malasarte contou ao doutor Pulsação, logo que o encontrou, que era médico e que, sabendo de seus problemas, viera ajudá-lo. Qual foi a reação do doutor Pulsação diante da promessa de Pedro Malasarte?
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4) Pedro Malasarte bolou um plano para tentar cumprir sua promessa, isto é, ameaçaria os doentes dizendo que aqueles que não saíssem até o meio-dia seriam torrados para se preparar um xarope. Com esse plano, imaginava afugentar os falsos doentes. Depois da “conversinha” com Pedro Malasarte, o que resolveram os doentes?
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5) Classifique cada um dos substantivos destacados nas frases abaixo em: comum ou próprio: simples ou composto;
concreto ou abstrato:
A tristeza de Pedro Malasarte era ver as pessoas fingirem que estavam doentes.
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O doutor Pulsação gosta muito de pé-de-moleque.
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Assinale a alternativa em que o substantivo destacado seja abstrato:
(A) Pedro Malasarte é muito esperto.
(B) Ele ficou com medo quando viu a situação daquele lugar.
(C) A bruxa assustou o menino que brincava no jardim.
(D) Os doentes lotaram o hospital.
(E) Doutor Saracura gosta muito de ver os beija-flores da janela do seu quarto.

7)Destaque da frase a palavra que se classifica como substantivo derivado:

Pedro Malasarte ficou impressionado como os doentes do hospital gostavam de laranjada.
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8)Assinale a alternativa que completa a frase com o coletivo da expressão destacada entre parênteses:
Ofereceram-lhe como recompensa pelos serviços prestados
um __________________ de rosas vermelhas. (conjunto de flores)
(A) banda
(B) elenco
(C) fauna
(D) ramalhete
(E) flora


9)Complete as frases usando
porque ou por que :
(A) O menino fugiu do hospital ___________ estava com medo de tomar vacina.
(B) Pedro Malasarte ficou assustado ___________ tinha medo
(D) ___________ ele não foi procurar o doutor Saracura?

10)Complete usando: mal ou mau:
(A) Ele é um menino ___________ .
(B) O remédio fez ___________ ao doente.









INTERPRETAÇÃO O DONO DA BOLA COM GABARITO

O DONO DA BOLA 
Ruth Rocha

           O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a mesma coisa.
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia a mesma coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!
– Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo...
– Espírito esportivo, nada! – berrava Caloca. – E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto!
E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
            A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
– Se eu não for o capitão do time, vou embora!
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola!
               E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a bola embora e adeus, treino.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma reunião:
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva:
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum!
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem.

               E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço.
Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós passávamos pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a parede. Acho que a parede era o único amigo que ele tinha. Mas eu acho que jogar com a parede não deve ser muito divertido.
                      Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não aguentou mais. Apareceu lá no campinho.
– Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou gritando:
– Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
– Viva!      
– Viva o Catapimba!
– Viva!
– Viva o Carlos Alberto!
– Viva!
Então o Carlos Alberto gritou:
– Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de Caloca!

Futebol na raça

Criado na Inglaterra em 1863, ele desembarcou no Brasil 31 anos depois, na forma de uma bola trazida debaixo do braço pelo estudante paulista Charles Miller. Chegou elitista, racista e excludente. Quando se organizaram os primeiros campeonatos, lá pelo começo do século, era esporte de branco, rico, praticado em clubes fechados ou colégios seletos. Negros e pobres estavam simplesmente proibidos de chegar perto dos gramados, mas mesmo à distância, perceberam o jogo e deles se agradaram.
Estava ali uma brincadeira feita sob medida para pobre. Não exige equipamento especial além de um objeto qualquer que possa ser chutado como se fosse bola. Pode ser praticado na rua, no pátio da escola, no fundo do quintal. O número e o tipo de jogador dependem apenas de combinação entre as partes. Jogam o forte e o fraco, o baixinho e o altão, o gordo e o magro. (...)

1) Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal da história?

2) Quem narra a história participa dela ou não?
JUSTIFIQUE.

3) Carlos Alberto costumava fazer chantagem e impor condições para emprestar sua bola de couro. Comprove a afirmação com uma frase retirada do texto.

4) Qual era a finalidade da reunião que Catapimba, o secretário do time, resolveu fazer?

5) Qual era o nome do time?

6) Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse continuado com o mesmo comportamento de antes, o time sairia vitorioso? Justifique sua resposta.


8) Carlos Alberto apresenta características diferentes no decorrer dos três momentos da narrativa. Faça a devida associação:


(1)   1° momento
(2)   2° momento
(3)   3° momento

(     ) solitário
(     ) briguento
(     ) cooperativo
(     ) egoísta
(     ) zangado
(     ) arrependido
(     ) chantagista
(     ) amigável
(     ) encrenqueiro

10) Faça uma relação das palavras-chaves empregadas no texto ligadas ao futebol. (No mínimo 10!)


Respostas:
1- Carlos Alberto (Caloca).
2- Participa. (Verifica-se em “Nós passávamos pela casa dele.../E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato...”)
3- “– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!”
4- A reunião era para resolver o caso de Carlos Alberto, que só criava confusão.
5- Estrela-d’Alva Futebol Clube.
6- Resposta pessoal.
7- 2,4,1,3
8- 2, 1, 3, 1, 1, 3, 1, 3, 1
9- Apenas a 2ª opção não deve ser marcada, pois está incorreta.
10- Bola, time, juiz, falta, campeonato, centroavante, capitão, treino, clube, jogo...










INTERPRETAÇÃO O DIAMANTE

O diamante

Um dia, Maria chegou em casa da escola, muito triste.
— O que foi? — perguntou a mãe de Maria.
Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada.
A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febre. Não estava.
Perguntou se estava sentindo alguma coisa. Não estava.
Perguntou se estava com fome. Não estava.
Perguntou o que era, então.
— Nada — disse Maria.
A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com o seu Snoopy, emburrada.
Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho a mãe de Maria avisou:
— Melhor nem falar com ela...
Maria estava com cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum.
Na mesa do jantar, Maria de repente falou:
— Eu não valo nada.
O pai de Maria disse:
— Em primeiro lugar, não se diz “eu não valo nada”. É “eu não valho nada”. Em segundo lugar, não é verdade.Você valhe muito. Quer dizer, vale muito.
— Não valho.
— Mas o que é isso? — disse a mãe de Maria. — Você é a nossa querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade.
Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas.
— Só na minha escola tem sete Marias!
— Querida... — começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu.
— Maria — disse o pai — você sabe por que um diamante vale tanto dinheiro?
— Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe por que o ouro vale tanto?
— Por quê?
— Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo o mundo só existisse uma pepita de ouro.
— Ia ser a coisa mais valiosa do mundo.
— Pois é. E em todo o mundo só existe uma Maria.
— Só na minha escola são sete.
— Mas são outras Marias.
— São iguais a mim. Dois olhos, um nariz...
—Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem.
— É...
— Você já se deu conta que em todo mundo só existe uma você?
— Mas pai...
— Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesmo, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa.
— Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo?
— Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões...
Naquela noite a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy:
— Sabe um diamante?

Luís Fernando Veríssimo

Após ler o texto, responda:

1.Por que Maria chegou da escola tão triste?
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2. Releia o trecho: “Maria estava com cara de poucos amigos.” O que significa a expressão grifada?
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3. O texto é uma narrativa e contém vários diálogos. Que sinal de pontuação foi usado para introduzi-los?
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4. “Você já se deu conta que em todo mundo só existe uma você?” O termo destacado significa:
(   ) encontrou           (   ) percebeu                 (   ) achou               (   )  buscou

5. Que substantivos o pai usou para que a menina reconhecesse seu valor?
(   ) bonito, precioso  (   )  único, diamante     (   ) raro, ouro      (   ) diamante, ouro

6.De acordo com o fragmento, — Mas o que é isso? — disse a mãe de Maria. — Você é a nossa querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade. Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas. Que palavras (substantivos) foram substituídos pelo pronome NÓS na seguinte frase:  “Para NÓS, você é uma preciosidade...”

(    )Milhões de pessoas             (    )O papai, a mamãe, o vovô, os tios
(    )Mil outras pessoas               (    )A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias 






7. Para convencer Maria que ela era valiosa, o pai faz uma comparação. O que ele quis dizer com essa comparação?

(   )As pessoas são tão bonitas quanto as pedras preciosas.

(   ) As pessoas, por serem diferentes umas das outras, tornam-se raras e valiosas, como as pedras preciosas.

(    ) Algumas pessoas são bonitas, outras são feias, assim como algumas pedras preciosas, por isso são raras.

8.Essa comparação acontece porque, para o pai de Maria, Maria e o diamante têm  uma característica em comum. Complete o esquema abaixo com essa característica.

                              MARIA           ________________           DIAMANTE

9. O texto  O diamante é uma crônica e  tem a intenção de:

(   ) divertir o leitor, fazendo-o pensar nas muitas Marias que existem no Brasil.
(   ) fazer o leitor refletir sobre a singularidade das pessoas, isto é, cada pessoa é diferente da outra, apesar de possuir o mesmo nome.
(   ) Informar o leitor que existem muitas Marias por aí.

10) Você gosta do seu nome? Sabe quem escolheu? Já desejou alguma vez ter outro nome? Conte um pouquinho sobre isso.
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11) Faça um resumo do texto com 10 linhas.
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INTERPRETAÇÃO O CROCODILO

O Crocodilo





Em tempos que já lá vão, vivia na ilha de Celebes um
crocodilo muito velho, tão velho que não conseguia caçar peixes
no rio.
Certo dia, apertado pela fome, decidiu aventurar-se nas margens em busca de algum porco distraído que lhe servisse de refeição. Andou, andou, até cair exausto e desesperado, sem forças para regressar à água.
Ora, quem lhe valeu foi um rapaz simpático e robusto que teve pena dele e o arrastou pela cauda.
Em paga do serviço prestado, o crocodilo ofereceu-se para o transportar às costas sempre que quisesse navegar. O rapaz aceitou e fizeram várias viagens juntos. Apesar da boa amizade, quando o crocodilo teve novamente fome, lembrou-se de comer o companheiro. Antes, porém, quis ouvir a opinião dos outros animais e todos se mostraram indignados. Devorar quem o salvara? Que terrível ingratidão!
Envergonhado e cheio de remorsos, o crocodilo resolveu partir para longe e recomeçar vida onde ninguém o conhecesse. Como o rapaz era o único amigo que tinha, chamou-o e disse-lhe:
- Vem comigo à procura de um disco de ouro que flutua nas ondas perto do sítio onde nasce o sol. Quando o encontrarmos, seremos felizes.
Mais uma vez, viajaram juntos, agora sulcando o mar que parecia não ter fim... A certa altura, o crocodilo percebeu que não podia continuar. Exausto, deteve-se na intenção de descansar apenas um instante, mas, logo que parou, o corpo transformou-se numa ilha maravilhosa.
O rapaz viu-se homem feito de um momento para o outro e verificou, encantado, que trazia ao peito o disco de ouro com que sonhara o crocodilo. Percorreu, então, as praias, as colinas, as montanhas, concluindo que ali realizaria o seu destino.
Instalou-se e escolheu um nome para a ilha: chamou-lhe Timor, que significa “Oriente”.
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada





INTERPRETAÇÃO DO TEXTO


1. – Quem são as personagens do texto?
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2. – Assinala com um X a frase que, de acordo com o texto, completa a seguinte afirmação:
O crocodilo era tão velho que...
a) ¨ só comia papas.                                c) ¨ não conseguia caçar peixes no rio.
b) ¨ passava a vida a viajar.                   d)¨ não se podia mexer.


3. – O que resolveu fazer o crocodilo, certo dia em que ficou desesperado pela fome?
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4. – O crocodilo conseguiu apanhar algum porco? Transcreve uma expressão do texto que justifique a tua resposta.
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5. – Assinala com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
Quem valeu ao crocodilo foi...
 (      )¨ o seu filho mais velho.             (    ) ¨ um rapaz simpático e robusto.
 (     )¨ um animal que passava.           (     )¨ um rapaz muito mau e vigoroso.


6. – Qual foi a recompensa que o crocodilo deu ao rapaz por este o ter ajudado?
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7. – O crocodilo e o rapaz fizeram várias viagens juntos e tornaram-se bons amigos. Apesar disso, o crocodilo teve um cruel pensamento. Qual foi?
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8. – Que disseram os amigos ao crocodilo sobre a sua ideia?
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9. – Perante isto, o que é que o crocodilo resolveu fazer?
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10. – O que foram procurar os dois amigos?
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11. – O que aconteceu a essas personagens?
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12. – O disco de ouro foi encontrado? Justifica a tua resposta com uma expressão do texto.
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13. – Assinala com um X a afirmação correcta em relação ao texto que leste.
A ilha onde o rapaz se instalou tinha...
a)¨ sereias e cavalos marinhos.    c)  ¨ muitos peixes.
b) ¨ bonitas paisagens.                  d)  ¨ praias, colinas e montanhas.

INTERPRETAÇÃO O CONTO DA MENTIRA - CONTO PEQUENO

O CONTO DA MENTIRA


Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a louça na pia e corria até a sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em campeonato de rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia seguinte...
Então aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a um programa na TV. A apresentadora ligou para o número do telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É verdade, mãe! A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta. É verdade!”
A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em silêncio. Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora sem culpa e sem medo. No momento está escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...



                                                    Rogério Augusto
                                            Folha de São Paulo, 14 de jun. 2003 Suplemento Folhinha

Após ler o texto, responda:
1.No início, o texto já conta o problema de Felipe. Qual era?
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2. Que mentiras Felipe já havia contado?
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3.Como a mãe tentava assustá-lo?
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4.Qual foi o alerta do pai para convencer Felipe a parar de mentir?
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5.Por que a mãe não deu atenção ao filho quando ele foi sorteado para ganhar a bicicleta?
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6. Releia o trecho:  "Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. [...]"
       a) Por que isso aconteceu?
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   b) Que mudança o fato provocou?
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      Questões 7 a 9, assinalar a alternativa correta.

7.Felipe começou a reduzir suas mentiras porque:
(A) começou a escrever um conto.                                 
(B) deixou de ganhar uma bicicleta. 
(C) inventou ter sido sorteado por um programa de TV. 
(D) seu pai alertou sobre as consequências da mentira.

8. No trecho “A mãe tentava assustá-lo.”, o termo sublinhado substitui:
(A) pai de Felipe.  (B) Pinóquio.   (C) cachorro.     (D) Felipe.

9. No desfecho do conto, ficamos sabendo que Felipe
(A) continua contando mentira para seus pais.        
(B) decide ler todos os livros sobre o Pinóquio.
(C) torna-se um escritor e volta a criar histórias.
(D) escreve um livro de normas para o campeonato de rua.
10. A que conclusão podemos chegar com base na história?
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