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sexta-feira, 14 de abril de 2017

FÁBULA O GATO VAIDOSO INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

O GATO VAIDOSO
     Moravam na mesma casa dois gatos iguaizinhos no pelo mas desiguais na sorte. Um, animado pela dona dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um passava a leite e dormia em colo. O outro por feliz sedava com as espinhas de peixe do lixo.
     Certa vez, cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo, dizendo:
     – Passa de largo, vagabundo! Não vês que és pobre e eu sou rico? Que és gato de cozinha e eu gato de salão. Respeita-me, pois, e passa de largo...
    – Alto lá, Senhor orgulhoso! Lembra-te que somos irmãos, criados no mesmo ninho.
     – Sou nobre, sou mais que tu!
     – Em que? Não mias como eu?
      – Mio.
     – Não tens rabo como eu?
     – Tenho.
     – Não caças rato como eu?
     – Caço.
     – Não comes rato como eu?
     – Como.
     – Logo, não passas dum simples gato igual a mim. Abaixa, pois, a crista desse orgulho idiota e lembra te que mais nobreza do que eu não tens – o que tens é apenas um bocado mais de sorte.
      Quantos homens não transformam em nobreza o que não passa de um bocado mais de sorte na vida!

1. O texto caracteriza os personagens, apresentando suas características. Retire do texto o parágrafo que apresenta a
diferença entre os dois personagens.
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2. Qual é o efeito de sentido das expressões destacadas:
a – Passa de largo, vagabundo!
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b – Respeita-me, pois, e passa de largo...
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c – Alto lá, Senhor orgulhoso!
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3. Qual é a mensagem que esta fábula transmite?
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4. Você concorda com a mensagem que a fábula transmite?

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FÁBULA A TROMBA DO ELEFANTE INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

A tromba do elefante

     Antigamente, Ajanaku, o elefante, tinha focinho curto como todos os animais.
     Não possuía a grande tromba que tem agora e que lhe é muito útil, servindo de braço e mão, além de nariz.
     Quando não tinha tromba, o elefante era muito curioso e gostava de saber tudo o que acontecia na floresta.
     Certo dia, encontrou um buraco entre as raízes de uma grande árvore e, curioso como era, enfiou o nariz nele para saber do que se tratava.
     Acontece que aquele buraco era a entrada da casa de uma cobra muito grande que, vendo aquele nariz fuçando sua casa, abocanhou-o, tentando engolir nosso pobre Ajanaku.
    Lamentando sua curiosidade, Ajanaku andava para trás, para não ser engolido pela cobra, que o puxava para dentro do buraco.
    – Socorro! – gritava Ajanaku desesperado, sentindo que não ia conseguir se livrar da grande cobra.
     Ouvindo seus gritos, muitos animais vieram em seu socorro e, segurando em seu rabo, puxaram com força, para livrá-lo da cobra.
     Não foi fácil, mas finalmente, conseguiram salvar nosso amigo, que, de tanto puxar teve seu nariz esticado e transformado na tromba que agora possui.
     No início, Ajanaku, envergonhado de sua nova e estranha aparência, ficou escondido dentro da floresta.
    Com o tempo, aprendeu a usar a tromba com muita habilidade, da forma como fazem todos os elefantes atualmente. Satisfeito, voltou ao convívio dos outros bichos.
     Um dia, o macaco, que gosta de imitar todo mundo, foi enfiar o nariz no buraco, para ver se criava uma tromba igual a do elefante. A cobra, que ainda morava no mesmo lugar, engoliu o macaco inteirinho, com muita facilidade.
     É por isso que, mesmo sentindo inveja, nenhum bicho nunca mais tentou imitar o elefante para ficar com uma tromba igual a dele.
Responda às questões sobre a fábula africana “A tromba do elefante”.

1 – Quais lições vocês identifica na leitura da fábula “A tromba do elefante”?
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2. Retire do texto a palavra que registra quando os fatos aconteceram?
Coordenadoria de Educação
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3. Explique como o elefante adquiriu a tromba que tem agora, de acordo com a fábula apresentada.
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4. Por que uma cobra enorme tentou engolir o pobre Ajanaku?
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5. Como Ajanaku conseguiu livrar-se da grande cobra?
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6. Qual o preço pago pela curiosidade do elefante?
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7. Que sentimento traduz o estado de Ajanaku, logo assim que adquiriu uma tromba? Este sentimento foi mantido, com o passar do tempo?
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8. O que aconteceu, quando o macaco decidiu imitar o elefante, para adquirir também uma tromba?
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9. Apresente as características que identificam o texto como uma fábula.

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CONTO A PRINCESA ROSA CHOQUE INTERPRETAÇÃO 6º ano rio

A PRINCESA ROSA CHOQUE
Béatrice Garel e Muzo

       Do alto da torre de seu castelo, a princesa Rosa-Choque sonhava com o príncipe encantado.
      – Como vou encontrá-lo? – perguntou ela, suspirando. – A Bela Adormecida, a Cinderela, a Branca de Neve, todas elas se casaram com o príncipe de seus sonhos. O que elas fizeram?
Rosa Choque foi perguntar à sua fada-madrinha. E ela lhe respondeu num tom misterioso:
      – Tudo o que posso lhe dizer é que antigamente os príncipes apareciam para salvar as princesas que corriam perigo.
      A princesa pensou, pensou...
      – Tenho uma ideia! – exclamou ela. – Vou pedir ao velho dragão, que mora no meio da floresta, para me sequestrar. Assim, vou correr perigo!
      Rosa-Choque foi imediatamente encontrar o dragão e lhe contou o que desejava. O dragão respirou fundo:
      – Ah! Estou velho e cansado demais para sequestrar você. Mas se me der um tablete de chocolate, talvez eu consiga lançar uma chama ou duas.
       – Combinado! – disse Rosa Choque.
      O dragão rugiu e com muito esforço lançou uma chama.
      – É tudo o que posso fazer – disse ele.
      – Socorro! Socorro! – gritou a princesa.
      Não demorou muito e se ouviu um barulho bem alto de alguém gritando.
      E surgiu um cavaleiro fantástico com sua brilhante armadura.
      Mas, assim que o príncipe tirou seu capacete, Rosa Choque só faltou desmaiar: o príncipe tinha cara de sapo, era horrível de feio.
      – Linda princesa, salvei você das garras do dragão. Quer casar comigo?
     Então a princesa se lembrou das histórias que lia quando era criança.
      “Um beijinho e tudo fica resolvido!”

MUZO & GAREL, Béatrice. A princesa Rosa-Choque. São Paulo, Escala Educacional, 2006.

1. Comparando os trechos “– A Bela Adormecida, a Cinderela, a Branca de Neve, todas elas se casaram com o príncipe de seus sonhos. O que elas fizeram?” e “– Tudo o que posso lhe dizer é que antigamente os príncipes apareciam para salvar as princesas que corriam perigo.”, percebemos que a princesa Rosa Choque não conviveu com a Bela Adormecida, a Cinderela ou a Branca de Neve. Como então, a personagem conhece a história de princesas que “se casaram com o príncipe de seus sonhos”? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
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2. No quinto parágrafo “ A princesa pensou, pensou...”, qual é o efeito de sentido da repetição do verbo “pensou”  e a utilização das reticências?
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3. Qual foi a estratégia utilizada pela princesa Rosa-Choque para “correr perigo”?
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4. No trecho “E surgiu um cavaleiro fantástico com sua brilhante armadura.”, há um par de
SUBSTANTIVO/ADJETIVO e um par ADJETIVO/SUBSTANTIVO. Identifique-os.
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5. Um príncipe aproxima-se para resgatar a princesa Rosa Choque. Como ele é caracterizado no texto, após a retirada do capacete?
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6. Em que a princesa se inspirou para acreditar “Um beijinho e fica tudo resolvido!”?
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7. Identifique na narrativa:
a – personagens
b– tempo da narrativa
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c – espaço em que se passa a narrativa
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d– narrador
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8. No trecho “– Como vou encontrá-lo? – perguntou ela, suspirando.”, as palavras destacadas substituem que termos já mencionados?

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CONTO O PRÍNCIPE DESENCANTADO INTERPRETAÇÃO 6º ano rio

O PRÍNCIPE DESENCANTADO

O primeiro beijo foi dado por um príncipe em uma princesa que estava dormindo encantada havia cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
PRINCESA – Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
PRÍNCIPE – Sim, minha querida princesa.
PRINCESA – Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou, e foi na boca, afinal de contas não fica bem, não é mesmo?
PRÍNCIPE – É... querida princesa.
PRINCESA – Você tem um castelo, é claro.
PRÍNCIPE – Tenho... princesa.
PRINCESA – E quantos quartos tem o seu castelo, posso saber?
PRÍNCIPE – Trinta e seis.
PRINCESA – Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta eu acho que dá!
PRÍNCIPE – Tantas assim?
PRINCESA – Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é?
PRÍNCIPE – Mas quarenta amas!
PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina!
PRÍNCIPE – Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
PRINCESA – Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido lá e beijado. Então teve uma ideia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá, adormecida. Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam
correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.
            SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos – histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1989.

1. Que episódio da narrativa fez a princesa acordar?
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2. Transcreva o trecho da narrativa que explicita quanto tempo a princesa ficou adormecida, até que um príncipe
viesse beijá-la.
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3. Que argumentos a princesa usa para pressionar o príncipe a se casar com ela.
Coordenadoria de Educação
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4. Como o príncipe reagiu quando a princesa revelou que precisaria contratar umas quarenta amas?
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5. Quais foram as exigências da princesa ao ser beijada?
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6. O que o príncipe quis dizer com “Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...”?
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7. Qual é o efeito de sentido da repetição da palavra “não” na fala da princesa “Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!”? Compare esta reação com a da princesa do conto “Bela Adormecida”?
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8. Qual foi o recurso utilizado pelo príncipe para se livrar da princesa?
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9. No desfecho da narrativa ficamos sabendo que os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde a
princesa dorme, assobiando e olhando para o outro lado. Por que os príncipes assumiram esta atitude?
Coordenadoria de Educação
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10. Você observou que este texto difere dos apresentados até agora, quanto à estrutura? Justifique a sua
resposta.
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11. O texto é organizado em diálogos. Que marcas linguísticas comprovam esta afirmação. Caso tenha
dúvidas, volte ao Fique Ligado da página 44.
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12. Qual é o efeito de sentido das reticências na frase
a – “É... querida princesa.”
b – Tenho... princesa.
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13. No trecho “Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas...”, a fala da princesa revela características muito diferentes da “princesa tradicional”. Que palavras e expressões confirmam esta afirmativa? Por quê?
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Coordenadoria de Educação
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14. No título do texto de Flávio de Souza, aponte o SUBSTANTIVO e o ADJETIVO.
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15. De que forma o título “O Príncipe Desencantado” reforça a crítica existente em torno da figura tradicional do
príncipe?
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16. Destaque os SUBSTANTIVOS da fala da princesa. Mostre qual a função deles no texto.
PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e...jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platinas!
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CONTO A BELA ADORMECIDA INTERPRETAÇÃO RIO 6º ANO

 CONTO DE FADAS

Há muitos e muitos anos, num reino muito distante, viviam um rei e uma rainha cujo maior desejo era o de terem um filho.
     Certo dia, quando a rainha estava tomando banho, em sua luxuosa banheira, uma rã encantada saiu aos pulos de dentro da água e lhe disse:
– Seu desejo se realizará. Antes de um ano, você terá uma filha.
     A profecia da rã se realizou, e nasceu uma linda menina. O rei, feliz da vida, resolveu oferecer uma grande festa para comemorar o acontecimento e convidou os parentes, os amigos e até as fadas que viviam na região.
     No reino, viviam treze fadas, mas como só havia doze pratos de ouro para servi-las no banquete, deixaram de convidar uma delas.
    A festa foi realizada com todo o esplendor. As fadas concederam muitos dons à menina: uma lhe deu a virtude, outra a beleza, uma terceira a inteligência e assim por diante.
Quando faltava apenas uma das doze fadas para presentear a pequena princesa, apareceu inesperadamente aquela que não havia sido convidada. Sem cumprimentar ou olhar para as pessoas, a intrusa gritou, com voz furiosa e ameaçadora:
– Quando tiver quinze anos, a princesa espetará o dedo em um fuso de fiar e cairá mortinha da silva. E, junto com ela, morrerão todos os moradores do castelo.
    Sem dizer mais uma palavra sequer, virou as costas e foi embora.
     Todas as pessoas presentes ficaram assustadas, mas a décima segunda fada, que ainda não havia
concedido seu dom à princesa, disse:
– Como não tenho poderes para quebrar o encanto, vou amenizar o seu efeito. A princesa não cairá mortinha da silva, apenas dormirá um sono profundo, durante cem anos.
     O rei, ainda esperançoso de que poderia evitar aquele acontecimento maléfico, mandou que fossem destruídos todos os fusos existentes no reino. Enquanto isso, as promessas favoráveis das boas fadas se cumpriam, pois a princesa era linda, modesta, prestativa, gentil e inteligente, e todos que a viam ficavam encantados.
    Certo dia, o rei e a rainha saíram para passear. A princesa, então com quinze anos, ficou sozinha no castelo e resolveu dar umas voltinhas, por curiosidade, em alguns aposentos do enorme palácio. Quando chegou a uma velha torre, subiu uma escada e encontrou uma portinha, com uma chave enferrujada na fechadura.
   A princesa entrou no pequeno aposento e encontrou uma senhora bem velhinha, usando um fuso de fiar.
– Bom dia, senhora – disse a princesa. – O que está fazendo?
– Estou fazendo fio para tecer um pano – respondeu a velha.
A princesa achou aquilo muito divertido e pediu para mexer no fuso. Mal começou e a pequena princesa espetou o dedo, caindo em um sono profundo, junto com todos os moradores do castelo.
O rei e a rainha, que acabavam de chegar, também adormeceram no salão nobre, juntamente com todos os
membros da corte. Os cavalos adormeceram na cocheira; os cães, no pátio; os pombos, em cima do telhado. O vento parou e as árvores que rodeavam o castelo não moveram mais uma folha sequer.
     Em torno do castelo, começou a crescer uma cerca de espinheiros que foi encobrindo tudo, até a bandeira hasteada no alto da torre.
    Muitos e muitos anos depois, um príncipe ouviu de seu avô a história sobre uma cerca de espinhos que escondia um castelo, no qual havia uma linda princesa adormecida por cem anos.
     Ele também ficou sabendo que muitos príncipes tentaram chegar ao castelo, mas haviam morrido no meio do espinhal.
– Eu não tenho medo! – exclamou o jovem príncipe. – Quero ver essa Bela Adormecida.
O velho tentou fazê-lo mudar de ideia, mas não teve jeito.
    Já haviam se passado quase cem anos desde o encanto e aproximava-se o momento em que a Bela Adormecida iria despertar.
    Quando o príncipe aproximou-se da cerca de espinhos, não viu espinho algum, e sim milhares de lindas flores, que não o impediam de passar, mas que se fechavam atrás dele, como uma cerca.
     No pátio do castelo, os cavalos e os cães dormiam, imóveis. No salão nobre, o rei e a rainha dormiam junto do trono, e os membros da corte, espalhados por toda a parte. O príncipe chegou à torre e abriu a porta do
quarto onde estava a Bela Adormecida. A princesa era tão bela que ele não conseguia tirar os olhos dela nem
por um segundo e, curvando-se, beijou-a.
    A Bela Adormecida, logo que foi beijada, acordou, abriu os olhos e encarou o príncipe com uma expressão de doçura e carinho. Foi amor à primeira vista.
     E assim, após seu sono de cem anos, a princesa se casou com o príncipe. Houve uma grande festa no reino
e o casal viveu feliz para sempre.

Vamos responder às questões propostas sobre o conto de fadas “A Bela Adormecida”!
1. Retire do texto o trecho que explicita
a – quando a história da Bela Adormecida se passou.
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b – o lugar onde os fatos narrados aconteceram.
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2. Qual a profecia da rã encantada que saiu aos pulos de dentro de uma luxuosa banheira?
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3. Esta profecia se cumpriu? Como o rei reagiu?
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4. Assim como o feiticeiro do conto “A Bela e a Fera”, uma fada lançou à princesa um feitiço. Retire do texto o
trecho que explicita ao que a fada condena a princesa?
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5. Como o feitiço é amenizado?
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6. Qual foi a atitude do rei diante do feitiço lançado a sua filha?
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7. Que atitude da princesa, aos quinze anos, faz com que ela caia em sono profundo junto com todos os moradores
do castelo?
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8. Um jovem príncipe decide ver a princesa adormecida. Como ele fica sabendo desta história?
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9. O fato de muitos príncipes que tentaram chegar ao castelo terem morrido no meio do espinhal não fizeram o
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jovem príncipe desistir de chegar ao castelo e conhecer a Bela adormecida. Comprove esta afirmação com um
trecho da narrativa.
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10. O que fez com que a Bela Adormecida acordasse?
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11. Retire os ADJETIVOS presentes no trecho “Enquanto isso, as promessas favoráveis das boas fadas se
cumpriam, pois a princesa era linda, modesta, prestativa, gentil e inteligente, e todos que a viam ficavam
encantados.”
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12. Identifique o(s) ensinamentos que este Conto de Fadas quer nos transmitir?
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13. Volte ao texto e retire o diálogo estabelecido entre a velhinha que estava a
fiar e a princesa.
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a – o (s) protagonista (s) e o(s) antagonista (s)
Protagonista – ______________________________________________________
Antagonista – _______________________________________________________
b – o(s) personagens secundários
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c – narrador
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CONTO COMO OS CAMPOS INTERPRETAÇÃO 7º ANO TELÁRIS

COMO OS CAMPOS

Marina Colasanti

       Preparavam-se aqueles jovens estudiosos para a vida adulta, acompanhando um sábio e ouvindo seus ensinamentos. Porém, como fizesse cada dia mais frio com o adiantar-se do outono, dele se aproximaram e perguntaram:
       - Senhor, como devemos vestir-nos?
       - Vistam-se como os campos, respondeu o sábio.
       Os jovens então subiram até uma colina e durante dias olharam para os campos. Depois dirigiram-se à cidade, onde compraram tecidos de muitas cores e fios de muitas fibras. Levando cestas carregadas, voltaram para junto do sábio.
       Sob o seu olhar abriram os rolos das sedas, desdobraram as peças de damasco e cortaram quadrados de veludo, e os emendaram com retângulos de cetim. Aos poucos, foram recriando em longas vestes os campos arados, o vivo verde dos campos em primavera, o pintalgado da germinação. E entremearam fios de ouro no amarelo dos trigais, fios de prata no alagado das chuvas, até chegarem ao branco brilhante da neve. As vestes suntuosas estendiam-se como mantos. O sábio nada disse.
       Só um jovem pequenino não havia feito sua roupa. Esperava que o algodão estivesse em flor para colhê-lo. E, quando teve os tufos, os fiou. E, quando teve os fios, os teceu. Depois vestiu sua roupa branca e foi para o campo trabalhar.
       Arou e plantou. Muitas e muitas vezes sujou-se de terra. E manchou- se do sumo das frutas e da seiva das plantas. A roupa já não era branca, embora ele a lavasse no regato. Plantou e colheu. A roupa rasgou-se, o tecido puiu-se. O jovem pequenino emendou os rasgões com fios de lã, costurou remendos onde o pano cedia. E, quando a neve veio, prendeu em sua roupa mangas mais grossas para se aquecer.
       Agora a roupa do jovem pequeno era de tantos pedaços que ninguém
poderia dizer como havia começado. E estando ele lá fora uma manhã, com os pés afundados na terra para receber a primavera, um pássaro o confundiu com o campo e veio pousar no seu ombro. Ciscou de leve por entre os fios, sacudiu as penas. Depois levantou a cabeça e começou a cantar.
        Ao longe, o sábio que tudo olhava ... sorriu.

1. O conto lido é uma narrativa que começa indicando as personagens . Quem são elas?
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2. Releia:
       - Senhor, como devemos vestir-nos?
       - Vistam-se como os campos, respondeu o sábio.

a) Explique com suas palavras como quase todos os jovens interpretaram a recomendação do sábio?
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b) Agora explique como um dos jovens interpretou a recomendação do sábio?
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3. Transcreva no caderno uma frase do texto que aponta o fato que comprova quem realmente se vestiu como os campos?
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4. Releia o trecho a seguir:
       (...)abriram os rolos das sedas, desdobraram as peças de damasco e cortaram quadrados de veludo, e os emendaram com retângulos de cetim. (...) As vestes suntuosas estendiam-se como mantos. O sábio nada disse.
      Copie no caderno as alternativas que indiquem o que se pode pensar da atitude do sábio. Ele nada disse porque:
a) ficou orgulhoso com o que fizeram os jovens.
b) preferiu aguardar.
c) não quis elogiar o perfeito trabalho.
d) não era o que ele esperava.

5. Releia o início do conto:
       “Preparavam-se aqueles jovens estudiosos para a vida adulta”
Qual foi o ensinamento que, de acordo com o conto, os jovens poderiam aprender para a vida adulta?
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6. Amplie o desfecho da história dando continuidade à frase no caderno: ao longe o sábio que tudo olhava sorriu, porque?
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7. O título do conto é “Como os Campos”. Depois de conhecer a história , você daria outro título a ela ? Por quê?

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CONTO A BELA E A FERA INTERPRETAÇÃO rio 6º ano

A BELA E A FERA 

           Há muito tempo, no fundo da floresta, vivia um príncipe que não sabia o que era bondade ou compaixão.
Um dia, uma pobre velha veio lhe pedir abrigo para passar a noite, que estava muito fria. O príncipe, porém, expulsou a velhinha para longe do castelo.
          Na noite seguinte, um feiticeiro disfarçado de mendigo apareceu diante do príncipe e disse:
           – Você não tem coração nem piedade, e será punido por ter deixado uma pobre velhinha ao relento.
           O feiticeiro estendeu o braço para o príncipe e o transformou numa fera monstruosa.
          – Escute o que tenho a lhe dizer: aqui estão cinco rosas. Elas representam cinco anos de sua vida.
Durante esse tempo você terá que aprender a ser bom e, mais ainda, a ser amado. Se conseguir isso, o feitiço será desfeito; mas se fracassar, e todas as rosas murcharem, será um monstro para sempre!
          O feiticeiro desapareceu, deixando a Fera entregue à própria sorte.
          A partir desse dia, o príncipe sentiu um grande arrependimento. Nunca mais negou pão a um faminto, nem
abrigo a um viajante. Havia sempre uma refeição e um quarto à disposição de todos os que passavam por ali.
Mas a Fera nunca aparecia diante das pessoas. Envergonhado pela sua feiúra, o príncipe ficava num dos quartos da torre, mandando que os empregados recebessem os visitantes. Certa vez, um joalheiro passou a noite no castelo.
          O joalheiro se levantou bem cedo. Ele já se preparava para sair, quando viu as cinco rosas perfeitas nojardim. “Que perfume! Vou levar uma para minha filha”, pensou ele.
           Ao ver aquilo do alto da torre do castelo, a Fera ficou furiosa.
         – O que você fez, infeliz? Essa rosa representa um ano da minha vida. Eu devia matá-lo.
          O homem começou a tremer.
          – Matar... Por causa de uma rosa... eu ia levar ... para minha filha...
          – Ah, você tem filha? Então ela deverá vir morar para sempre no meu castelo. Em troca, pouparei sua vida.
Se ela não vier, vou procurá-lo onde quer que esteja.
          – Este é o meu cavalo. Ele se chama Magnífico e conhece todas as trilhas da floresta – disse o príncipe.
           De volta a casa, o joalheiro contou sua terrível aventura para a filha, Bela, e lhe pediu que não fosse até o castelo da Fera.
           – Papai, eu não tenho medo de nada. A Fera não vai me fazer mal; vou morar no castelo. Bela preparou
todas as suas coisas, abraçou o pai e partiu. O cavalo do príncipe levou a moça a galope pela floresta, até o castelo. A Fera estava impaciente, à espera, e disse:
           – Seja bem-vinda e fique à vontade. Este castelo é a sua casa. Mas Bela se assustou com o aspecto horrível da Fera e pensou: “Não vou aguentar viver com esse monstro”.
           As estações do ano passavam, e o horror que Bela sentia foi se transformando, pouco a pouco, em pena. O príncipe cobria a moça de joias, oferecia roupas novas e livros. Os dois passavam dias inteiros no campo, aproveitando as belezas naturais.
          – Isto é o paraíso! Se eu fosse uma fada, viria morar para sempre aqui! – exclamou Bela.
          – Mas você é uma fada, com toda a alegria que me traz! – respondeu a Fera.
A cada dia que passava, aumentava a amizade entre os dois. Um ano inteiro se passou, e o inverno se aproximava. Todas as manhãs, o príncipe e Bela davam comida aos passarinhos.
           – Bela, você parece triste hoje – comentou ele.
           – Estou com saudade de meu pai... – respondeu a moça.
           – Vou lhe dar alguns dias de liberdade para visitá-lo – disse a Fera. Mas você vai levar um espelho mágico, onde poderá me ver sempre que quiser.
Na manhã seguinte, cavalgando Magnífico, ela deixou o príncipe, enquanto o sol brilhava na neve.
           – Em poucos dias estarei de volta – prometeu Bela.
           – Ficarei à espera – respondeu a Fera.
          O cavalo partiu, batendo os cascos com força na neve. Logo, Bela desapareceu na floresta, deixando as marcas do cavalo no chão.
         – Estou só de novo! – suspirou a Fera, com tristeza.
         – Será que ela volta?
         Quando o joalheiro reviu a filha, começou a chorar de alegria.
         – Que bom que você voltou, minha filha! Senti tanta falta de você!
          Os dois ficaram bastante tempo abraçados. Bela falou sobre todas as maravilhas que conheceu no castelo e os lindos passeios na floresta com a Fera, que tinha um coração bom e generoso.
           Duas semanas se passaram... Bela esqueceu sua promessa, e ficou junto do pai, sem se lembrar do tempo que passava. De repente, olhou para o espelho mágico e viu que o príncipe estava morrendo.
        – Papai, tenho que voltar agora ao castelo. Eu prometi...
        – Assim, de noite?...
        – É preciso. Mas não se preocupe: Magnífico conhece o caminho.
        – Minha filha, você ama aquele animal, aquela Fera?
         – Papai, ele não é um animal...
        Bela fez o cavalo galopar rapidamente, à luz da lua, pela floresta. A brisa gelada batia em seu rosto:
ela começou a sentir vertigem, e quase caiu do cavalo.
         – Vamos, depressa, Magnífico! – ela gritava, no limite de suas forças.
           Bela chegou correndo ao parque do castelo; mas onde estava a Fera? Finalmente, encontrou o príncipe desmaiado perto de uma fonte.
           – Fera, acorde, estou aqui! – disse ela.
           – Bela, você voltou!
           – Voltei, e nunca mais vou lhe deixar.
           – As rosas murcharam, os anos passaram. Eu vou morrer… – disse a Fera.
           – Não, não! Eu amo você!
Com essas palavras, antes que a última pétala da última rosa caísse, o encantamento se quebrou.
           Uma luz radiante surgiu em volta da Fera. Bela recuou, assustada e viu que todo o corpo do príncipe se transformava. As garras viraram dedos, o focinho e os dentes pontudos desapareceram. O que Bela via era o rosto de um belo rapaz.
         – Fera, é você? – perguntou Bela.
          – Estou livre do feitiço – disse ele, abraçando Bela. –
Voltei a ser um homem, um príncipe. E você vai ser o meu amor por toda a vida – concluiu beijando a sua amada.

1. Por que o príncipe foi transformado numa fera monstruosa?
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2. Qual foi a condição estabelecida para que o feitiço fosse desfeito?
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3. Qual foi a condição estabelecida por Fera para poupar a vida do joalheiro?
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Releia, atentamente, o conto “A Bela e a Fera” e responda às questões abaixo.
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4. O que Fera propõe quando Bela declara sentir saudade do pai?
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5. “Duas semanas se passaram... Bela esqueceu sua promessa, e ficou junto do pai, sem se lembrar do tempo que passava.” Qual foi a consequência desta atitude?
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6. O que faz o encantamento se quebrar?
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7. Retire do texto o trecho que descreve a transformação a que se submeteu Fera após a quebra do feitiço.
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8. Entre a complicação e o desfecho, há várias tentativas denominadas de reequilíbrio, ou seja, tentativas de a Fera ser amada, redimir-se de seus erros, tornar-se boa. Volte ao texto e indique quais são estas tentativas.
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9. Em um conto de fadas, há sempre um elemento de transformação da situação inicial para a situação final do conto. Considere os elementos de transformação do conto “A Bela e a Fera”. Diga qual é a função de cada um no texto.

            Elemento                                                          função

Feiticeiro___________________________________________
Rosa _______________________________________________
Espelho Mágico _______________________________________


10. As palavras de Bela para a Fera “Eu amo você” podem ser consideradas palavras mágicas? Por quê?
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11. Contos de fadas apresentam algum(s) ensinamento(s). E este conto de fadas? Ele também tem algum(ns) ensinamento(s) a nos transmitir? Qual(is)?
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12. No trecho “ – O que você fez, infeliz? Essa rosa representa um ano da minha vida. Eu devia matá-lo.”, os termos destacados substituem quais personagens da narrativa?
__________________________________________________________________________Coordenadoria de Educação
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13. Qual é o efeito de sentido das reticências no décimo segundo parágrafo “– Matar... Por causa de uma rosa... eu ia levar ... para minha filha...” ?
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14. No trecho
“ – Minha filha, você ama aquele animal, aquela Fera?
– Papai, ele não é um animal...”, qual é o efeito de sentido das reticências na resposta dada ao pai?
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