A ROUPA NOVA DO
REI
https://www.youtube.com/watch?v=RMje8EpqTUU&list=LL&index=2&t=98s
Há muitos e muitos anos, havia um
rei extremamente vaidoso, que só se preocupava em se vestir com roupas caras e
elegantes. Certo dia, dois viajantes chegaram à capital do reino e, sabendo da
vaidade do rei, espalharam a notícia de que eram mestres em tecer um pano
especial, de cores e padrões únicos que, segundo eles, também era invisível
para pessoas tolas e incompetentes.
O rei logo se animou com a ideia de ter
roupas que, além de belas, também seriam úteis para desmascarar aqueles que não
mereciam cargos importantes e de confiança na corte.
Então, o rei mandou chamar os viajantes,
entregou aos dois uma boa soma de dinheiro e ordenou que começassem a tecer uma
roupa para ele.
— Majestade,
precisamos de uma sala, um tear, fios de seda e ouro — disse um deles.
Uma hora depois, estavam diante do tear,
fingindo tecer sem parar. E assim continuaram por muitos dias, pedindo cada vez
mais seda, mais ouro e mais dinheiro.
Como o rei estava curioso. Um dia
resolveu enviar o primeiro-ministro para inspecionar a obra dos tecelões.
— Ele é um
ministro sábio e fiel. Com certeza, conseguirá ver esse tecido tão
extraordinário e nada me esconderá — pensou o rei.
Quando o sábio ministro chegou em frente
ao tear, nada viu. Ficou em dúvida preocupado. Aos falsos tecelões que
perguntavam com insistência se o padrão do tecido era de seu agrado e se as
cores se harmonizavam, ele respondia entusiasmado.
— Mas é claro!
Magnífico! Nunca vi coisa igual na vida!
O ministro levou ao conhecimento do rei
os progressos da confecção e elogiou o bom gosto dos profissionais. Ele nunca
admitiria ter olhado um tear vazio.
Na cidade só se falava da nova roupa do
rei, que possuía poderes mágicos para desmascarar ministros e secretários tolos
e incompetentes.
Na corte, muitos impostores e aproveitadores
não dormiam tranquilos e aguardavam com temor o momento em que o rei iria
vestir a tão famosa roupa.
Depois de 5 ou 6 dias, o rei, ansioso,
resolveu visitar os tecelões, acompanhado pelo primeiro-ministro e pelo seu
conselheiro. Quando entraram no quarto de costura, o velho ministro disse com
voz trêmula:
— Majestade,
observe a extraordinária beleza e perfeição do tecido!
O monarca nada via, além de um tear
vazio. Isso queria dizer que ele não era digno de ser rei, pensou
imediatamente.
— É realmente
uma beleza! Um trabalho e tanto — concordou ele, enfim, meio sem graça.
Nenhum membro da corte iria confessar que
não estava enxergando absolutamente nada. Afinal, ninguém queria ser
considerado indigno do cargo que ocupava. Enquanto isso, os espertos tecelões
sorriam satisfeitos.
O
rei voltou ao palácio transtornado e os dois impostores continuaram trabalhando
no tear vazio. Empenhados na farsa, ficavam lá dia e noite.
Dois dias depois, os tecelões se
apresentaram na corte, levando a roupa para que o rei pudesse desfilar na
parada militar, que aconteceria naquele mesmo dia.
— Vossa
Majestade gostaria de vestir sua roupa nova agora? — disse um deles.
O rei foi para a frente de um grande
espelho e tirou as roupas que vestia. Os tecelões fingiram entregar a ele
primeiro a túnica, depois a calça e, enfim, a capa com sua longa cauda.
— Não é um pouco
leve demais este tecido? — indagou o rei.
— Majestade, a
leveza do tecido é uma de suas qualidades mais apreciadas.
Em
volta dele, os cortesãos se desmanchavam em elogios à nova roupa. No pátio do
palácio já estavam a postos quatro soldados em trajes de gala, segurando uma
tenda, sob a qual o rei seguiria até a praça dos torneios.
— Vossa
Majestade está pronta? A roupa está do vosso agrado?
— perguntou um
dos charlatões.
O rei deu mais uma olhada no espelho e,
perplexo e desconfiado, respondeu:
—
Claro...Podemos ir.
O
cortejo começou e ninguém conseguia ver a tão comentada roupa do rei. Mas é
claro que ninguém confessaria isso, pois corria o risco de se passar por tolo
ou incompetente. De repente, um garoto gritou desapontado:
— O rei está nu!
Onde estão as suas roupas novas?
Muitos escutaram o menino e se
aproveitaram do comentário:
— Um garotinho
está falando que o rei está sem roupa! — gritou um popular.
— Ah! É a voz da
inocência! Criança diz o que vê, não mente — comentou outro.
As palavras, antes murmuradas, agora eram
ditas aos brados pelas pessoas, que riam até não poder mais. O rei, ouvindo
tudo, ficou vermelho como um tomate, pois a cada passo que dava se convencia
mais e mais de que aquelas pessoas realmente tinham razão. Ele havia sido
enganado e a tão elogiada roupa não existia.
O rei continuou a caminhar, disfarçando,
como se nada de estranho estivesse ocorrendo, acompanhado pelas gargalhadas
cada vez mais intensas de todos os seus súditos.
Depois disso, os dois charlatões fugiram
com todo o ouro e nunca mais foram vistos. O rei aprendeu que ser
excessivamente vaidoso e acreditar em pessoas desconhecidas poderia ser
perigoso para ele e todo o reino.
RESPONDA:
1. As pessoas
diziam que estavam vendo a roupa para que não achassem que elas eram:
__________________________________, _________________________
2. Marque a
alternativa que apresenta o ANTÔNIMO de TOLA.
a) Ignorante
b) limitada
c) néscia
d) esperta
3. A história
fala de um rei, uma pessoa de prestigio, influência, poder. Na nossa realidade
quais pessoas podem representar esse papel?
____________________________________________________________
4. Geralmente
você vê as coisas de forma crítica ou concorda sem questionar? Dê um exemplo.
_________________________________________________________________________
5. Cortesãs são
pessoas que vivem na corte, próximo ao rei. A que pessoas o texto se refere ao
falar dos cortesãos?
______________________________________________________________________
6. “Um garotinho
está falando que o rei está sem roupa!_
Gritou um popular. _ Ah! É a voz da inocência! Criança diz o que vê, não mente!”
O que a expressão destacada significa no sentido FIGURADO.
________________________________________________________________________
7. Localize no texto
dois exemplos para cada classe de palavras:
a) artigo:_________________________________________________________________
b) substantivo:____________________________________________________________
c) adjetivo:_______________________________________________________________
d) verbo:_________________________________________________________________
e) pronome: ______________________________________________________________
GABARITO:
1. Tolas, ignorantes.
2. D
3. Presidente, prefeito, diretor, pastor, padre, pai, mãe,
mestre, patrão, ...
4. Resposta pessoal: a finalidade da questão e levar o aluno
a citar exemplos em que se comportou de maneira crítica ou passiva diante de
uma figura que representa poder. E mostrar que uma crítica só será válida se
tiver fundamento...
5. Geralmente os alunos citam as palavras puxa-saco e baba
ovo – nesses casos é interessante comentar que o mais adequado e usar a palavra
bajulador, pois é formal enquanto que as outras duas são informais.
6. Desprovido de conhecimento, enganado, sem rumo...
7. Resposta individual: Dependendo da turma é interessante
revisar de forma rápida essas classes gramaticais.
RESPONDA 2:
1. Que expressão do primeiro
parágrafo indica QUANDO aconteceu a história?
________________________________________________________________________
2. ONDE aconteceu a história
(lugar)?
________________________________________________________________________
3. Quais são as PERSONAGENS
(pessoas) que participam da história?
________________________________________________________________________
4. O NARRADOR é uma personagem
que conta a história. Nessa história ela participa ou só conta a história.
___________________________________________
5. No primeiro parágrafo o
narrador diz que o rei tinha um comportamento comum na sociedade atual. Que comportamento
é esse?
_____________________________________________________________
6. As pessoas diziam que estavam
vendo a roupa para que não achassem que elas eram:
__________________________________, _________________________
7. A história fala de um rei, uma
pessoa de prestigio, influência, poder. Na nossa realidade quais pessoas podem
representar esse papel?
___________________________________________________________
8. Geralmente você vê as coisas
de forma crítica ou concorda sem questionar? Dê um exemplo.
_________________________________________________________________________
9. Cortesãs são pessoas que vivem
na corte, próximo ao rei. A que pessoas o texto se refere ao falar dos
cortesãos?
______________________________________________________________________
10. “Um garotinho está falando que o rei está sem roupa! O que a expressão destacada significa no
SENTIDO FIGURADO.
________________________________________________________________________
11. O texto faz críticas à
vaidade, ao senso comum e a hipocrisia. Explique com suas palavras cada uma
dessas expressões.
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