quarta-feira, 6 de dezembro de 2023
terça-feira, 5 de dezembro de 2023
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
CONTO - O AMIGO INFIEL TEXTO E VÍDEO
ASSISTA AO VÍDEO NO LINK ABAIXO
https://drive.google.com/file/d/1jQ7RLykaila28sJEKAwhwRn14Zipu5nV/view?usp=sharing
O AMIGO INFIEL
Era uma vez um jovem e honesto trabalhador. Chamava-se Hans. Morava sozinho em uma pequena casa. Passava o dia inteiro cuidando do jardim. Por toda a região não havia jardim tão bonito quanto o seu. Encontravam-se aí as mais variadas espécies de flores que cresciam ao lado das mais lindas rosas.
O pequeno Hans tinha muitos amigos, mas o seu maior amigo, o amigo de coração era Hugo, o rico moleiro. Realmente, Hugo era tão amigo de Hans que jamais visitava o seu jardim sem inclinar-se sobre os pés de cravo para admirá-los de perto, ou sem colher um bom punhado de flores que levava para casa.
— Os amigos verdadeiros repartem tudo entre si — costumava dizer o rico moleiro. O pequeno Hans concordava com a cabeça e sorria, sentindo-se muito orgulhoso por ter um amigo com tão nobres ideias.
Às vezes, porém, os vizinhos achavam estranho que o rico moleiro nunca concedesse coisa alguma ao pequeno Hans. Conquanto possuísse cem sacos de farinha armazenados em seu estabelecimento comercial, seis vacas leiteiras e uma boa criação de galinhas, jamais compensava o pequeno Hans pelas flores que colhia de seu lindo jardim. O jovem, no entanto, jamais se preocupava com isso.
Nada o encantava tanto quanto ouvir as belas coisas que o moleiro costumava dizer sobre a solidariedade dos verdadeiros amigos.
Assim, pois, o pequeno Hans cultivava o seu jardim. Na primavera, no verão e no outono, sentia-se muito feliz; mas, quando chegava o inverno, e ele não tinha flores para levar ao mercado, chegava a sofrer de frio e fome, deitando-se, à noite, muitas vezes, sem nada ter comido durante o dia.
Além disso, no inverno, sentia-se muito só, porque o rico moleiro jamais o visitava durante essa estação.
— Não convém visitar o pequeno Hans enquanto o inverno durar — dizia, às vezes, o rico Moleiro à sua mulher. — Quando uma pessoa está em apuros, não devemos atormentá-la com visitas. Essa é a minha opinião, e estou certo de que tenho razão. Por isso, esperarei a primavera e, então, tornarei a visitar o meu amigo. Poderá dar-me um cesto de flores e isto o alegrará muito.
— És realmente muito bom, querido — afirmava sua mulher, sentada em um cômodo divã perto de um bom fogo de lenha. — Gosto imensamente de te ouvir falar sobre a amizade. Estou certa de que o padre da comarca não diria sobre ela tão belas coisas como tu.
— E não poderia convidar o pequeno Hans a vir à nossa casa? — perguntava o filho do moleiro. Se o pobre homem está em dificuldade, dar-lhe-ei metade do que é meu, e, assim, já não sofrerá fome:
— Que tolo você me saiu! — exclamou o moleiro. — Na verdade, não sei para que serve mandar-te para a escola. Parece que não aprendes nada. Se o pequeno Hans viesse cá, e visse o nosso bom fogo, e comesse da nossa excelente comida, e tomasse do nosso ótimo vinho tinto, poderia sentir inveja. E a inveja é uma coisa terrível capaz de corromper o melhor coração. Realmente, eu não poderia consentir em que o caráter de meu grande amigo se prejudicasse. Estarei sempre atento para que o pequeno Hans não se desvie do bom caminho. Além disso, se ele viesse cá, poderia pedir-me um pouco de farinha, e eu não lhe poderia dar. A farinha é uma coisa e a amizade é outra; não devem confundir-se, portanto.
— Quão inteligente és, querido! Como falas bem! — disse a mulher do moleiro, servindo-lhe um grande copo de cerveja. — Sinto-me tão bem quando falas como quando estou na igreja.
— Muitos sabem agir — replicou o moleiro. — Poucos, porém, sabem falar com elegância e aprumo, o que prova que falar bem é não só mais difícil do que agir, como mais bonito.
E fixou tão severo olhar no filho que este sentiu vergonha de si mesmo, baixando a cabeça e chorando baixinho.
Logo que passou o rigor do inverno e os botões começaram a abrir-se em rosas, o moleiro disse à sua mulher que já era tempo de visitar o pequenos Hans.
— Ah, que bom coração tens! — exclamou a mulher. — Estás sempre pensando nos outros. Não te esqueças de levar o cesto grande para trazeres as flores.
O moleiro, então, desceu à colina com a cesta no braço.
— Bom dia, Hans — disse o moleiro.
— Bom dia — respondeu Hans, todo sorridente e feliz.
— Como passaste o Inverno?
— Bem, bem — respondeu, prontamente, o jardineiro. — Muito obrigado pelo seu interesse. Houve alguns momentos duros, mas, agora, chegou a primavera e sinto-me quase feliz... — Ademais, as flores estão muito bonitas.
— Em casa, falamos muito a teu respeito, Hans — disse-lhe o moleiro. — Pensávamos no que seria de ti, em pleno inverno.
— Quanta amabilidade! — exclamou Hans. — Pensei que me tivésseis esquecido.
— Hans! Francamente... Como podes falar desta maneira? — disse o moleiro. — Na verdadeira amizade não há esquecimento. É isso que há de mais admirável. Temo, porém, que não compreendas a poesia da amizade... Mas, voltando às flores, que belas estão!
— Sim, estão muito bonitas — respondeu Hans. — Vou levá-las ao mercado, onde as venderei à filha do burgomestre e, com esse dinheiro, comprarei outra vez o meu carrinho de mão.
— Queres dizer que o vendeste, então? Foi uma tolice.
— Certamente. Mas o fato é que me vi obrigado a fazê-lo. O inverno foi muito rigoroso... e eu fiquei sem dinheiro para comprar pão. Vendi, primeiramente, os botões de prata de meu traje dos domingos; depois, me desfiz da corrente de prata que recebi do vovô e, em seguida, vendi a minha flauta. Por último, vendi o meu carrinho. Agora, porém, vou resgatar tudo.
— Hans — disse o moleiro — dar-te-ei o meu carrinho de mão. Não está em muito bom estado. Um dos lados está precisando de reparo, mas, apesar disso, te darei. Sei que é muita generosidade de minha parte e que a muita gente isso parecerá uma loucura, mas não sou como os outros. Estou em que a generosidade é a essência da amizade e, além disso, comprei um carrinho novo. Portanto, podes ficar tranquilo... dar-te-ei o meu carrinho.
— Obrigado, és muito generoso — disse o pequeno Hans. — Posso consertá-lo muito bem porque tenho aqui uma tábua.
— Uma tábua! — exclamou o moleiro. — Muito bem! Isso é juntamente o que necessito para o teto do meu estábulo. Há uma fenda que é preciso tapar. Muito bem, eis uma bela oportunidade de me prestares um serviço. Realmente, uma boa ação é sempre bem recompensada. Dei-te o meu carrinho e, agora, dás-me a tua tábua. É claro que o carrinho vale muito mais que a tábua, mas a amizade sincera não olha estas coisas. Dá-me, pois, a tua tábua e, hoje mesmo, consertarei o teto do meu estábulo.
— Pois não — replicou, solícito, o pequeno Hans.
Foi correndo ao outro jardim e trouxe uma tábua.
— Não é muito grande — disse o moleiro, examinando-a. — Creio que só dará para o reparo do teto do estábulo. Não sobrará madeira para consertares o carrinho, mas, é claro que a culpa não é minha... E, agora, que te dei o meu carrinho, penso que me poderás dar em troca umas flores. Aqui tens o cesto; procura enchê-lo quase por completo.
— Quase por completo?! — perguntou, aflito, o pequeno, vendo que o cesto era muito grande e, se o jardineiro o enchesse, não teria mais flores para levar ao mercado.
— Francamente! — exclamou o moleiro. — Uma vez que te dou o meu carrinho, não julguei que fosse muito pedir-te algumas flores. Talvez eu esteja equivocado, mas acreditava que a amizade, a verdadeira amizade, estava isenta de toda classe de egoísmo.
— Meu bom amigo, meu maior amigo — protestou o pequeno Hans —, todas as flores do meu jardim estão à tua disposição.
E correu a colher os cravos perfumosos e encher a grande cesta do moleiro das mais lindas flores de seu jardim.
— Adeus, Hans — disse o moleiro, subindo novamente a colina com a sua tábua ao ombro e a cesta cheia de flores ao braço.
— Adeus — respondeu o pequeno Hans.
E pôs-se a cavar alegremente: estava tão contente de possuir um carrinho de mão!
Na manhã seguinte, quando novamente estava cultivando o seu jardim, ouviu a voz do moleiro que o chamava da estrada. Trazia ao ombro um grande saco de farinha.
— Hans — disse o moleiro —, queres levar-me este saco de farinha ao mercado?
— Oh, é pena — disse Hans —, mas estou hoje muitíssimo ocupado. Tenho de regar ainda todo o jardim, de podar muitas roseiras, enfim, de fazer ainda quase todo o serviço.
— Francamente! — exclamou o moleiro. — Acreditava que, em consideração a te haver dado o meu carrinho, não te negarias a fazer-me um favor.
— Oh, sim! Eu não me nego! — protestou o pequeno Hans. — Jamais deixarei de agir como um verdadeiro amigo.
E correu a buscar o seu gorro, partindo, em seguida, com o grande saco ao ombro.
Era um dia de calor e a estrada estava muito poeirenta. Antes de alcançar o posto que marcava a sexta milha, Hans já estava tão cansado que teve de sentar-se para poder continuar depois. Chegou ao mercado, vendeu toda a farinha e voltou quase contido a casa, porque temia encontrar-se com algum salteador, se se demorasse pelo caminho.
— Que trabalho árduo! — disse consigo mesmo ao deitar-se, à noite. — Mas estou contente por não me haver negado, porque o moleiro é o meu melhor amigo e, ademais, vai dar-me o seu carrinho.
Na manhã seguinte, muito cedo, o moleiro chegou para receber o dinheiro do saco de farinha, mas o pequeno Hans estava tão fatigado que ainda não havia deixado a cama.
— Palavra! — exclamou o moleiro. — És muito preguiçoso. Quando me lembro de que te dei o meu carrinho, acho que devias trabalhar com mais ardor.
— Sinto muito — respondeu o pequeno Hans. — Eu estava tão fatigado que pensei que me havia deitado há pouco. Agora, porém, já me sinto bem.
— Bravo! — exclamou o moleiro, dando-lhe uma palmada no ombro. — Preciso que faças o reparo no teto do estábulo.
O pequeno Hans tinha grande necessidade de trabalhar no seu jardim, porque havia dois dias que não regava as suas flores, mas não quis negar-se a fazer a vontade do moleiro, que era o seu melhor amigo.
Vestiu-se, apressadamente, e acompanhou o rico moleiro ao estábulo.
Trabalhou o dia todo. Ao anoitecer, o moleiro veio verificar como iam as coisas.
— Terminaste o serviço? — perguntou ele, alegremente.
— Está quase pronto.
— Não há trabalho melhor do que o que se faz por outro! — exclamou o moleiro. — E agora que reparaste o teto do estábulo, é melhor que voltes para casa, a fim de descansares, pois amanhã necessito de que leves os meus carneiros à montanha.
No dia seguinte, quando o pequeno Hans voltou da montanha, estava tão cansado que adormeceu em uma cadeira.
— Que tempo bom para as minhas flores — pensou ele, ao acordar. E ia trabalhar quando chegou o moleiro e lhe pediu que fosse trabalhar no seu cercado, que precisava ser cultivado. O pobre jardineiro lembrou-se de suas flores. Precisava tanto de trabalhar no seu jardim... Mas acompanhou o moleiro, consolando-se em pensar que ele era o teu melhor amigo.
— Além disso — dizia consigo mesmo —, vai dar-me o seu carrinho.
O pequeno Hans continuou trabalhando para o moleiro, e este dizia muitas coisas belas sobre a amizade, coisas que Hans copiava em seu livro verde e que relia à noite, pois amava a leitura.
Certa noite, estava o pequeno Hans sentado janto ao fogo, quando bateram à porta.
A noite era negríssima. O vento soprava forte. Era intenso o frio.
— Será algum pobre viajante? — disse consigo Hans, e correu para abrir a porta.
Era o moleiro que estava com uma lanterna em uma mão e sustinha com a outra as rédeas de seu belo cavalo.
— Querido Hans — gritou ele —, estou muito aflito. Meu filho caiu da escada. Está ferido. Preciso do médico. Mas ele mora tão longe daqui, e a noite está tão escura, que me lembrei de que era melhor que você fosse em meu lugar.
— Certamente — exclamou o pequeno Hans. — Alegra-me muito que tenhas lembrado de mim. Irei imediatamente. Peço-te apenas a lanterna, pois está tão escuro que eu temo cair em algum pântano.
— Sinto muitíssimo — respondeu o moleiro. — Mas é a minha lanterna nova e seria uma grande perda se voltasses sem ela.
— Bem, não falemos mais nisso! Irei sem lanterna.
A noite era tão negra que o pequeno Hans quase nada via. No entanto, depois de caminhar durante cerca de três horas, chegou à casa do médico, batendo à porta.
— Quem bate? — gritou o doutor.
— Sou eu, doutor! Hans!
— E que desejas, Hans?
— O filho do moleiro caiu de uma escada e machucou-se. Por isso, é necessário que o doutor vá até lá.
— Muito bem — replicou o médico.
Montou o seu cavalo e dirigiu-se à casa do moleiro, sendo seguido por Hans, que caminhava a pé.
Começou a chover e Hans já nada via. Finalmente, perdeu o caminho. Vagou pelo terreno baldio. A chuva aumentava mais e mais. Havia muitos lugares pantanosos e, na escuridão, Hans caiu em um pântano, afogando-se.
O seu cadáver foi encontrado no dia seguinte pelos guardadores de cabras que o levaram para sua cabana.
Todo mundo assistiu ao enterro de Hans porque ele era muito querido.
— Era eu o seu melhor amigo — dizia o moleiro. — É justo, pois, que eu ocupe o melhor lugar. A morte do pequeno Hans foi uma grande perda para todos. Disse o moleiro — Uma grande perda para mim, pelo menos- disse o moleiro.. Vejam que até lhe dei o meu carrinho e agora não sei o que fazer com ele, é um estorvo lá em casa, está em tão mal estado que se eu o vendesse, ninguém me daria nada por ele.
E voltando-se para os outros , afirmou:
Nunca mais hei de dar nada a ningém. Sofre-se sempre por ser generoso...
Ilustração de Charles Robinson (1870 – 1937).
MINICONTO - O CONTO DE FADAS DA MENINA FEIA
MINICONTO - O CONTO DE FADAS DA MENINA
Das irmãs, a Zinha era a mais feia, como também era a mais feia da escola, da rua, do bairro... Nas festas, não ficava com ninguém. Uma vez até arrumou namorado, mas aí a família do rapaz o levou ao oculista e, no dia seguinte, a Zinha já era só Zinha. As velhas fofoqueiras diziam “pobre Zinha, nunca vai arranjar marido”. Elas não sabiam, mas o destino da Zinha foi o mais lindo de todos: virou uma estrela e brilha até hoje no céu. Não é muito fácil de enxergar... a não ser para as meninas feias que acreditam em contos de fadas.
O conto de fadas da menina feia Trecho do livro Adeus conto de fadas de
Leonardo Brasiliense (Editora 7 Letras, Rio de Janeiro, 2006)
1. Por que a Zinha perdeu o namorado?
__________________________________________________________________________________
2. Qual a característica principal da Zinha?
______________________________________________________
3. O que as velhas comentavam sobre a Zinha?
__________________________________________________________________________________
4. De acordo com o texto, quem consegue exergar a Zinha no céu?
__________________________________________________________________________________
5. Era a mais feia da escola, da rua, do bairro... Nesse fragmento as reticências (...) foram usadas para:
a) indicar a continuação crescente de lugares
b) indicar a continuação decrescente de lugares
c) Marcar a fala da personagem no discurso direto
d) Marcar a fala da personagem no discurso indireto
6. As velhas fofoqueiras diziam “pobre Zinha, nunca vai arranjar marido”. As aspas foram usadas nesse fragmento para:
a) introduzir o discurso direto
b) introduzir o discurso indireto
c) indicar a fala personagem Zinha
d) Indicar a fala da família do rapaz.
quarta-feira, 22 de novembro de 2023
MINICONTO - FIM DE SEMANA NA PRAIA
MINICONTO - FIM DE SEMANA NA PRAIA
O fim de semana estava ótimo. A turma foi pra casa do Luca, na praia. Só a galera, sem nenhum velho para atrapalhar. A Vanessa ficou com o Daniel, com o Carlinhos e com o Lucas, é claro. A Morgana, só com o Daniel. Rolou de tudo, principalmente cerveja, uma montanha de latinha amassada dentro da churrasqueira. A noite era dia e o dia era noite. E que praia que nada! Quem se interessava por sol e areia? Foi um fim de semana “de arromba”, como diriam meus pais, porque na época deles já era assim... e acho que foi por isso que me fizeram ficar em casa.
1. “de arromba” As aspas foram usadas nessa expressão para indicar que:
a) é uma expressão antiga
b) é uma gíria antiga
c) é uma fala usada pelos pais da narradora
d) é uma fala usada pelo autor do texto
2. O humor presente no texto se deve ao fato de:
a) A Vanessa ficar com o Daniel, o Carlinhos e o Luca.
b) A narradora não ter ido a festa.
c) As pessoas não se interessarem por sol e areia
d) As pessoa trocarem o dia pela noite
3. Os pais da menina não deixaram ela ir a festa porque:
a) Já fizeram muita festa e sabem o que acontece.
b) Ela estava de castigo.
c) Era perigoso, pois havia mar
d) Não foram convidados por serem velhos
4. O narrador do miniconto é:
a) Leonardo Brasiliense
b) Uma menina
c) Um menino
d) os pais da menina
MINICONTO - PATINHO FEIO
MINICONTO - PATINHO FEIO
Entre as baixinhas, seu apelido era Girafa. Sofreu muito, se achando mesmo esquisita. Até que num belo dia, na praça de alimentação do shopping, foi abordada por um caça-talentos dizendo-lhe que na verdade ela não era o patinho feio da turma, mas um belo cisne, que tinha as medidas ideais para virar top model, só faltava o traquejo, o que era fácil de adquirir freqüentando o curso que ele ministrava, com direito a diploma e book no final, tudo por uma bagatela que podia ser parcelada em dez vezes no cheque.
Adeus conto de fadas(Leonardo Brasiliense)
1. Levando em conta a finalidade do gênero textual miniconto, podemos inferir que:
a) O caça-talentos pretendia ajudar a moça, pois ela tinha as medidas ideais,
b) O caça talentos pretendia vender um curso para a moça.
c) Virar top model é fácil, basta ter traquejo
d) Virar top model é fácil, mas precisa fazer um curso
2. O título do miniconto PATINHO FEIO faz referência a um conto de fadas em que o Patinho Feio no final se torna em um lindo cisne. De acordo com as diferenças dos gêneros em questão podemos inferir que
a) A menina vira um belo cisne
b) A menina vira uma top model
c) A menina não vira top model, pois não tem dinheiro para pagar o curso.
d) A menina não vira top model, pois o curso não garante o sucesso.
3. A palavra traquejo significa:
a) fama
b) empresário
c) prática
d) produtor
4. A palavra bagatela na visão do caça talentos significa:
a) muito dinheiro
b) pouco dinheiro
c) objeto de pouco valor
d) coisa sem importância
domingo, 12 de novembro de 2023
PORTA DE COLÉGIO - CRÔNICA
CRÔNICA INTERPRETAÇÃO PORTA DE COLEGIO
Passando
pela porta de um colégio, me veio uma sensação nítida de que aquilo era a porta
da própria vida. Banal,
direis. Mas a sensação era tocante.
Por isto, parei, como se precisasse ver melhor o que via e previa.
Primeiro há
uma diferença de clima entre aquele bando de adolescentes espalhados pela
calçada, sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes,
e aqueles que transitam pela rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. É toda
uma atmosfera, como se estivessem ainda dentro de uma redoma ou aquário, numa
bolha, resguardados do mundo. Talvez não estejam. Vários já sofreram a pancada
da separação dos pais. Aprenderam que a vida é também um exercício de
separação. Um ou outro já transou droga,
e com isto deve ter se sentido (equivocadamente) muito adulto. Mas há uma
sensação de pureza angelical misturada com palpitação sexual, que se exibe nos
gestos sedutores dos adolescentes. Ouvem-se gritos e risos cruzando a rua. Aqui
e ali um casal de colegiais, abraçados, completamente dedicados ao beijo.
Beijar em público: um dos ritos de quem assume o corpo e a idade. Treino para
beijar o namorado na frente dos pais e da vida, como quem diz: também tenho
desejos, veja como sei deslizar carícias.
Onde estarão esses meninos e meninas
dentro de dez ou vinte anos?
Aquele ali,
moreno, de cabelos longos corridos, que parece gostar de esportes, vai se interessar pela informática ou
economia; aquela de cabelos loiros e crespos vai ser dona de butique; aquela morena de cabelos lisos quer ser médica; a gorduchinha vai acabar
casando com um gerente de multinacional;
aquela esguia, meio bailarina, achará um
diplomata. Algumas estudarão Letras,
se casarão, largarão tudo e passarão parte do dia levando filhos à praia e
praça e pegando-os de novo à tardinha no colégio. Sim, aquela quer ser professora de ginástica. Mas nem todos têm certeza sobre o que
serão. Na hora do vestibular
resolvem. Têm tempo. É isso. Têm tempo. Estão na porta da vida e podem
brincar.
Aquela
menina morena magrinha, com aparelho nos dentes, ainda vai engordar e ouvir
muito elogio às suas pernas. Aquela de rabo-de-cavalo, dentro de dez anos se
apaixonará por um homem casado. Não saberá exatamente como tudo começou. De
repente, percebeu que o estava esperando no lugar onde passava na praia. E o
dia em que foi com ele ao motel pela primeira vez ficará vivo na memória.É
desagradável, mas aquele ali dará um
desfalque na empresa em que será gerente. O outro irá fazer doutorado no exterior, se casará com estrangeira, descasará,
deixará lá um filho - remorso constante. Às vezes lhe mandará passagens para
passar o Natal com a família brasileira.
A turma já
perdeu um colega num desastre de carro. É terrível, mas provavelmente um outro ficará pelas rodovias. Aquele que vai tocar rock vários anos até arranjar
um emprego em repartição pública. O homossexualismo despontará mais tarde
naquele outro, espantosamente, logo nele que é já um don juan. Tão desinibido
aquele, acabará líder comunitário e
talvez político. Daqui a dez anos os outros dirão: ele sempre teve jeito, não
lembra aquela mania de reunião e diretório?
Aquelas duas ali se escolherão madrinhas de
seus filhos e morarão no mesmo bairro, uma casada com engenheiro da Petrobrás e
outra com um físico nuclear. Um dia, uma dirá à outra no telefone: tenho uma
coisa para lhe contar: arranjei um amante. Aconteceu. Assim, de repente. E o
mais curioso é que continuo a gostar do meu marido.
Se fosse
haver alguma ditadura no futuro, aquele ali seria guerrilheiro. Mas esta hipótese deve ser descartada.
Quem estará
naquele avião acidentado? Quem construirá uma linda mansão e um dia
convidará a todos da turma para uma grande festa rememorativa? Ah, o primeiro aborto! Aquela ali
descobrirá os textos de Clarice
Lispector e isto será uma iluminação para toda a vida. Quantos aparecerão
na primeira página do jornal? Qual
será o tranquilo comerciante e quem representará o país na ONU?
Estou
olhando aquele bando de adolescentes com evidente ternura. Pudesse passava a
mão nos seus cabelos e contava-lhes as últimas estórias da carochinha antes que
o lobo feroz os assaltasse na esquina. Pudesse lhes diria daqui: aproveitem
enquanto estão no aquário e na redoma, enquanto estão na porta da vida e do
colégio. O destino também passa por aí. E a gente pode às vezes modificá-lo.
(Afonso Romano de Sant`Anna)
1. Quem de nós não estará aqui no final no ano?
_______________________________________________________________
2. Escreva o nome de cinco amigos ou pessoas que você conhece e imagine o que acontecerá com eles no futuro.
1.__________________________
____________________________________________________________
2.___________________________
_______________________________________________________________
3.__________________________
______________________________________________________________
4._________________________
______________________________________________________________
5._________________________
_____________________________________________________________
3. E você como imagina que será sua vida no futuro?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. A palavra banal significa:
a) bananal
b) comum
c) incomum
d) sobrenatural
5. Podemos substituir a palavra TOCANTE no texto mantendo o mesmo sentido por;
a) comovente
b) conivente
c) envolvente
d) sobrevivente
6. No segundo parágrafo a palavra REDOMA só não significa:
a) aquário
b) bolha
c) campânula
d) redobrar
7. “Banal, direis.” O narrador se dirige ao leito com o pronome:
a) eu
b) você
c) tu
d) vós
8. Marque a alternativa errada sobre o futuro da personagem.
a) Aquele ali, moreno, de cabelos longos (...) vai se interessar pela informática ou economia;
b) aquela de cabelos loiros e crespos vai ser dona de pet shop;
c) aquela morena de cabelos lisos quer ser médica;
d) a gorduchinha vai acabar casando com um gerente de multinacional;
e) aquela esguia, meio bailarina, achará um diplomata.
9. O texto Porta de Colégio é:
a) um texto de opinião
b) uma crônica
c) um conto
d) uma notícia
10. No segundo parágrafo do texto Porta de Colégio há predominância de:
a) narração
b) descrição
c) argumentação
d) injunção
MAIS ATIVIDADES SOBRE ESSE TEXTO
MARCAR X
https://professordiorges.blogspot.com/2017/02/cronica-interpretacao-porta-de-colegio.htmlLIVRO DO CEREJA
https://professordiorges.blogspot.com/2019/05/porta-de-colegio-cronica-cereja-p-82-10.html
sábado, 4 de novembro de 2023
PRECONCEITO-DISCRIMINAÇÃO DRAPETOMANIA E MALANDRAGEM
DRAPETOMANIA E MALANDRAGEM
https://angelanatel.wordpress.com/2023/07/30/drapetomania/
https://www.mundogump.com.br/drapetomania-a-doenca-da-busca-pela-liberdade/
Se um escravo se torna “mal-humorado e insatisfeito sem motivo”, ele pode ter contraído a drapetomania e isso indicaria que ele está prestes a fugir. Cartwright recomendou a solução: “tirar o diabo deles” até que se tornassem submissos novamente, o estado ao qual um escravo “normal” deveria pertencer.
Um remédio alternativo era tornar a fuga impossível. Como? Amputando o dedão do pé de ambos os pés do escravo. Daí a cura da “doença”.
Olhando para isso de onde estamos hoje, que é tecnicamente “o futuro”, podemos ver facilmente que algo totalmente canhestro estava ocorrendo. Em vez de tratar os escravos negros como pessoas, Cartwright assumiu que o lugar de um escravo era permanecer escravo.
Ele usou a Bíblia como evidência, tomando seções falando sobre a fidelidade de um servo ao senhor afim de justificar suas afirmações de que os escravos deveriam ser tratados como pouco mais que crianças. Crianças a serem chicoteadas. Esse ponto de vista o levou a fazer algumas contribuições suspeitas e pseudocientíficas ao racismo científico. Ele até acreditava que a preguiça do escravo era também um sintoma patológico.
Dysaesthesia aethiopica, ou “malandro”, como era chamado pelos proprietários de escravos, explicava a aparente falta de vontade de trabalhar demonstrada pelos escravos. Essa doença mental era única, porém, na medida em que apresentava sintomas físicos no corpo. Um nível diminuído de sensibilidade da pele e lesões em todo o corpo estavam presentes em todos os casos de “malandragem”. Cartwright ignorou a possibilidade de que “expulsar o diabo deles na chibata” tivesse causado isso e surgiu com uma cura engenhosa para a doença:
“ A
melhor forma de estimular a pele é, primeiro, lavar bem o paciente com água
morna e sabão; depois, untá-lo todo com óleo e colocar o óleo com uma
larga tira de couro; em seguida, colocar o paciente em algum tipo de
trabalho árduo ao sol. ” Ou seja, o remédio era meter
porrada e botar o cara pra trabalhar duro.
(...)
1. A drapetomania atingia que grupo específico?
a) somente homens
b) somente mulheres
c) somente brancos
d) somente negros
2. O diagnóstico da doença drapetomania era:
a) baseado em estudos científico
b) baseado no conhecimento popular
c) baseado em estudos da Bíblia
d) baseado em preconceitos
3. Outra doença descoberta pelo médico americano foi a malandragem e possuía como sintomas, EXCETO :
a) falta de vontade de trabalhar
b) lesões por todo corpo
c) nível diminuído de sensibilidade da pele
d) mal-humor e insatisfação.
4. De acordo com o texto que causava os sintomas físicos no corpo dos negros?
a) Dysaesthesia aethiopica, ou “malandro
b) “expulsar o diabo deles na chibata”
c) falta de vontade de trabalhar
d) a doença mental
5. Assinale a alternativa que apresenta um FATO.
a) E se escapassem, só poderiam estar doentes
b) Ele usou a Bíblia como evidência
c) Olhando para isso de onde estamos hoje, que é tecnicamente “o futuro”,
d) Se um escravo se torna “mal-humorado e insatisfeito sem motivo”, ele pode ter contraído a drapetomania
MINICONTO - CRÔNICA - ATIVIDADES
Crônica
Leonardo Brasiliense
Agonia de mãe. A casa é minúscula, um barraco, mas é o que ela tem. Ou tinha, porque arde, vira carvão. Os vizinhos acodem com baldes d`água. Mais por medo que o fogo se alastre que por solidariedade, mas é o que se tem.
Agonia de mãe. Dos três filhos, os mais velhos conseguem fugir da morte, saem correndo, queimados, mas vivos. O mais novo, de colo, ela segura firme. Se houvesse próxima vez, cuidaria de trancar melhor a porta e teria os três consigo.
Que agonia, dois ela já não tem.
(em Corpos sem pressa, Casa Verde, 2014)
1. De acordo com o texto podemos inferir que:
a) os filhos mais velhos conseguem fugir da morte
b) O filho mais novo é salvo pela mãe
c) A mãe pôs fogo na casa para se matar junto com os filhos
d) Os vizinhos acodem tentam apagar o fogo
2. A expressão “agonia de mãe” se refere ao fato de:
a) Os filhos mais velhos fugir da morte
b) A casa pegar fogo
c) Não ter trancado a porta
d) A tragédia narrada no conto.
3. O principal motivo das pessoas ajudarem a apagar o fogo é:
a) solidariedade
b) egoísmo
c) altruísmo
d) generosidade
4. Qual o título do texto?
a) Corpos sem pressa
b) Casa verde
c) Leonardo Brasiliense
d) Crônica
5. O texto acima é:
a) uma mini crônica
b) um mini conto
c) uma mini notícia
d) um mini artigo de opinião
6. A palavra agonia no texto tem o significado de:
a) aflição
b) pressa
c) indecisão
d) náusea
sexta-feira, 3 de novembro de 2023
MINICONTO - CICLO - ATIVIDADES
Ciclo - Leonardo Brasiliense
No velho sobrado aqui em frente moravam dois irmãos. Não sei se eram solteiros ou viúvos, sei que eram só eles dois. Um devia ter os seus setenta anos, o outro era mais velho. O mais novo adoeceu, acho que teve Parkinson, pelo andar, e morreu. O outro continuou sozinho. Fiquei um tempo sem vê-lo, pensei que havia se mudado. Um dia eu soube que ele morreu mas só deram falta muito depois. O corpo estava tão decomposto que foi retirado do quarto aos pedaços.
Hoje o sobrado é uma pensão. No quarto do último velho, mora uma mocinha que parece ter dezessete anos. Quando tinha essa idade, eu me esforçava para juntar pedaços estranhos a mim e me compor inteiro para começar a vida.
FONTE: Corpos sem pressa, Casa Verde, 2014
1. Antes de ler o conto levante hipóteses por que o texto se chama Ciclo?
___________________________________________________________
2. Sua hipótese se confirmou? Qual foi o ciclo a que o conto fez referência?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Qual a CAUSA do corpo do irmão mais novo ser tirado do quarto aos pedaços/
______________________________________________________________
4. Por que o narrador acha que o irmão mais novo tinha Parkinson?
______________________________________________________________
5. Qual o espaço da narrativa?
_________________________________________________________
6. Assinale a alternativa ERRADA sobre o narrador.
a) é um homem
b) tem mais de 17 anos
c) narra o texto em 1ª pessoa – participa da história
d) narra o texto em 3ª pessoa – não participa da história.
7. A ÚNICA alternativa que não indica uma personagem do texto é.
a) Parkinson
b) O irmão mais novo
c) O irmão mais velho
d) O narrador
8. A expressão Casa Verde no final do conto se refere a:
a) editora
b) emissora
c) o velho sobrado
d) a casa do narrador
MINICONTO - NOSSO GATO - ATIVIDADES
ALUNO: ________________________________________TURMA:______DATA_____
Nosso gato (Leonardo Brasiliense)
O gato não
era nosso, compartilhávamos
com ele a igreja em construção para nos abrigarmos da noite e
da chuva. Compartilhávamos também
a fome, e normalmente lhe sobrava alguma coisa, do que se catava nas
lixeiras, do que se ganhava das pessoas na rua. Essa comunhão o fazia quase da
família. Uma noite, chovendo há três
dias sem parar, as lixeiras molhadas, as pessoas dentro de casa, a família muito
grande, o que nos sobrou foi o
gato.
BRASILIENSE, Leonardo. Minicontos. Porto Alegre: Metamorfose, [pag.20]. Disponível em:
http://www.leonardobrasiliense.
com.br
1. Embora não esteja explícito, o que se pode deduzir do desfecho desse conto?
___________________________________________________________________________
2. Uma das características do miniconto é a concisão, ou seja, a economia de palavras. No entanto, apesar de curto, nele podem ser encontrados todos os elementos da narrativa. Para confirmar a validade dessa afirmação, localize no miniconto as informações a seguir.
a) personagens:
___________________________________________________________________________
b) espaço: (lugar)
___________________________________________________________________________
c) tempo (quando ocorreu)
___________________________________________________________________________
d) ações: (enredo)
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e) conflito. ( problema que muda a rotina das personagens)
____________________________________________________________________________
3. A história é narrada em 1ª pessoa ou em 3ª pessoa? Em que marcas linguísticas você se baseou para responder?
____________________________________________________________________________
4. Qual o autor do miniconto Nosso Gato?
________________________________________________________
5. De qual livro foi retirado o miniconto Nosso Gato?
________________________________________________________
6. Em qual site é possível encontrar esse miniconto Nosso Gato?
________________________________________________________
7. Marque a alternativa correta.
a) a família recebia ajuda das pessoas da igreja
b) a família recebia ajuda das pessoas na rua
c) a família dormia na rua
d) a família dormia na chuva
8. Qual o significado da palavra COMUNHÃO no contexto da história?
a) compartilhamento b) eucaristia c) harmonia d) contentamento
9. O advérbio de tempo NORMALMENTE só NÃO SIGNIFICA::
a) frequentemente b) absolutamente c) regularmente d) constantemente
10. O assunto do texto é;
a) violência contra os animais b) religião c) miséria d) violência doméstica
11. “a família muito grande, o que nos sobrou foi o gato.” O pronome NOS se refere a:
a) família b) família e o narrador c) narrador d) o gato
12. Qual a alternativa que NÃO apresenta uma das causas do destino trágico do gato de acordo com o texto.
a) chovendo há três dias sem parar,
b) as lixeiras molhadas,
c) as pessoas dentro de casa
d) o que nos sobrou foi o gato.
13. O texto Nosso Gato é um:
a) conto b) miniconto c) fábula d) lenda
14. No miniconto há predominância do tipo de texto
a) descritivo
b) injuntivo
c) narrativo
d) argumentativo
14. A finalidade do miniconto é:
a) contar uma história para o leitor
b) provocar uma reflexão no leitor
c) defender um ponto de vista do autor
d) orientar o leitor a fazer uma tarefa
quarta-feira, 1 de novembro de 2023
ROMANCE - OS VIZINHOS - ATIVIDADES
ROMANCE CAPíTULO OS VIZINHOS
Luiz Antonio Aguiar
Havia uma coisa com que Túlio não se conformava: morar colado ao cemitério. Principalmente quando tinha de voltar para casa já tarde da noite. Não dava para evitar passar por aqueles muros, que eram como uma larga ferradura, envolvendo a vila de casas em que Túlio vivia.
Quando queriam implicar com Túlio, perguntavam o endereço dele: “Sepultura, número...?”.
Ou: “Na fachada da sua casa você tem placa com número, ou uma lápide?”.
Túlio só fazia arreganhar os dentes, num sorriso tipo sardônico, ou seja, quase uma careta – por coincidência, embora Túlio não conhecesse o significado da palavra sardônico, um sorriso desses que se diz que é sorriso de morto. No instante final. Sorriso de quem não acha graça nenhuma em morar dentro do cemitério.
— Não exagera, Túlio. Dentro, não! — E a mãe dava uma risadinha. — Somos só vizinhos!
— ...dos defuntos! — completava Túlio.
Era uma discussão que não acabava. Já durava anos. Túlio tinha seus dezesseis anos, agora. Mas continuava se arrepiando quando acordava no meio da noite com uma janela batendo, ou quando o vento uivava ao entrar por uma fresta — e sempre que tinha de passar em frente aos portões do cemitério, de noite, naquela rua escura, muito escura, onde morava. — Quem já está morto não faz mal à gente — resmungava o pai de Túlio, mecânico de automóveis dono da oficina nos fundos da vila. — Tá achando que um deles vai se levantar da sepultura e... fazer o quê? Ora, garoto, francamente! Eles não estão mais interessados nas coisas deste mundo.
Mas e se...?
Naquela noite, então, voltando de bicicleta para casa, já bem depois das onze horas, o garoto tinha mais uma razão para estar atormentado. Dali a menos de duas semanas, ia enfrentar a prova do “livro do bimestre”. Teria de ler Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Túlio havia passado a tarde no treino de vôlei — ele jogava de ponta na seleção do colégio Depois, saiu com a turma, já escurecendo; ficaram de papo, rolando de bicicleta para cima e para baixo pelo centro da cidade, e quando viu já eram onze horas.
— Puxa, e eu ia começar a ler o livro esta noite. Agora, não vai dar!
Então, tomou o caminho para casa. E foi quando o livro, sepultado fazia tempo no fundo da sua mochila, começou a incomodar. Principalmente no que o garoto entrou na sua rua e se lembrou do cemitério. Era o póstumas do título. Se fossem perguntar, Túlio ia logo, de preguiça, responder que não sabia o que queria dizer essa palavra. Só que em alguma ocasião já a escutara. E, caso se esforçasse um pouco, ia se lembrar de que tinha a ver com defunto. Póstumo: depois da morte. Memórias póstumas: as memórias contadas por um morto.
Mas isso é absurdo. Como assim?... Um morto renasce, vira para a
gente e... Não, não renasce. Continua morto. Só que vira escritor, depois de morto. E para escrever suas memórias...
E aí, quer ver um morto contando sua história?
Quer descobrir como é a vida vista por um defunto? E um defunto com um jeito
todo dele de ver e se lembrar dos vivos, que tal?
Quem sabe esse papo sem palavras estivesse acontecendo na cabeça do Túlio? Assim, de ouvir dizer, de alguém já ter comentado algo sobre o livro, perto dele? Quem sabe o professor, num momento em que Túlio estava mais ou menos distraído? No entanto, o garoto não saberia dizer nem onde nem quando ouvira isso.
Só sabia que continuava se recusando a pensar a respeito de mortos. Principalmente na hora de passar junto ao paredão, e depois diante do portão de ferro do cemitério. “Aqui terás tua eterna morada!”, estava escrito em letras forjadas também em ferro, no alto do portão.
Túlio fez uma careta ao se lembrar disso. E quase, bem naquela hora, respondia: “Nunca! Morar aí, nunca!”.
AGUIAR, Luiz Antonio. O voo do hipopótamo. 2. ed. São Paulo: Ática, 2008. p. 11-13.
1. Qual o nome do autor do romance?
_______________________________________________________
2. Qual o nome do livro de onde foi retirado o capítulo Os Vizinhos?
______________________________________________________________________
3. Que fato incomodava Túlio?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Quais as zoações que faziam com Túlio?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. De acordo com o texto qual das características abaixo não se referem a Tulio.
a) sardônico
b) sardento
c) irônico
d) medroso
6. A palavra lápide significa.
a) túmulo
b) fachada
c) endereço
d) moradia
7. A palavra sardônico indica uma pessoa:
a) pintada
b) irônica
c) humorada
d) invejosa
8. assinale a alternativa que apresenta um descrição.
a) eram como uma larga ferradura, envolvendo a vila de casas em que Túlio vivia.
b) Naquela noite, então, voltando de bicicleta para casa, já bem depois das onze horas
c) Depois, saiu com a turma, já escurecendo; ficaram de papo
d) Quando queriam implicar com Túlio, perguntavam o endereço dele
9. Qual dos fragmentos abaixo indica uma fala da mãe de Túlio.
a) “Na fachada da sua casa você tem placa com número, ou uma lápide?”.
b) Túlio havia passado a tarde no treino de vôlei
c) — Não exagera, Túlio. Dentro, não!
d) Quem já está morto não faz mal à gente
10. Há presença de humor no fragmento “Nunca! Morar aí, nunca!”. devido ao fato de:
a) Túlio já morar ao lado do cemitério
b) Túlio ser muito medroso.
c) Túlio fazer uma careta.
d) Túlio não pensar a respeito dos mortos.
Leia as informações e
responda abaixo para responder as próximas questões.
Narrar é contar
uma história. Há diferentes gêneros textuais que se organizam em narrativas,
como romance, contos, crônicas, lendas, fábulas, mitos, entre outros.
Nas narrativas
ficcionais há:
Narrador –
relator dos fatos, dos quais pode ser participante como narrador-personagem
(primeira pessoa), observador (somente observa) e onisciente (terceira pessoa),
quando observa e tem acesso até aos pensamentos dos personagens.
Personagens –
protagonista (personagem principal) e antagonista/forças antagônicas (vilão ou
situação que atrapalha os desejos do protagonista) e secundários (participam de
forma secundária nas ações).
Espaço – ambiente em que os fatos acontecem.
Tempo – quando
ocorrem as ações ou quanto duram. O tempo pode ser cronológico (medido elo
relógio ou calendário) ou psicológico (como o personagem o percebe no
pensamento).
Enredo –
conjunto de episódios que compõem a narrativa, dividido em: apresentação dos
fatos e personagens, situação-problema ou conflito (o que gera os fatos),
clímax (momento de maior tensão da história) e desfecho (conclusão/resolução do
conflito).
11. Quem é o personagem protagonista desse romance? Explique.
________________________________________________________
12. Qual é a situação-problema na qual o menino está envolvido?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
13. Há um vilão ou uma força antagônica que atrapalha o desejo do protagonista? O que ou quem seria? Explique.
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
14. Quem são os personagens secundários?
____________________________________________________________________________
15. Quando ocorre essa passagem da história?
____________________________________________________________________________
16. Onde ocorre a história? Como é possível supor essa informação?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
segunda-feira, 30 de outubro de 2023
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
1. Copie o radical das palavras abaixo;
a) igualdade, igualmente, igualitário, igualzinho: _______________
b) valorizar, desvalorizar, valores, valorosos: ______________
c) infeliz, felizardo, infelizmente, felizes: ____________
d) desperdiçar, imperdível, perdido, perdedor: ______________
e) empedrado, pedreiro, apedrejar, pedrinha: ______________
2. Assinale a alternativa em que TODAS palavras tenham PREFIXOS.
a) incapaz, incolor, imortal, impróprio, ímã
b) desagradar, desarmar, desinformar, desfazer, dente
c) bimestre, bisavô, bisneto, bicampeão, bicho
d) reabrir, recontar, repor, reativo, refazer
3. Marque a alternativa em que há apenas SUFIXOS destacados.
a) maldade, lealdade, raridade, agilidade
b) bondoso, famoso, vaidoso, mentiroso
c) adotada, afogada, ativada, cantada
d) casamento, ferimento, alojamento, avivamento
4. Leia as palavras abaixo e depois copie cinco exemplos de palavras formadas por COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO:
lobisomem, vinagre, passatempo, vaivém, planalto,
malcriado,
aguardente, pontapé, couve-flor, sexta-feira, cachorro-quente, pernalta, planalto, Pernalonga,
petróleo, mandachuva, vale-brinde, fidalgo, copo d'água,
1_________________________________
2_________________________________
3_________________________________
4_________________________________
5_________________________________
5. Leia as palavras abaixo e depois copie cinco exemplos de palavras formadas por COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO:
lobisomem, vinagre, passatempo, vaivém, planalto,
malcriado,
aguardente, pontapé, couve-flor, sexta-feira, cachorro-quente, pernalta, planalto, Pernalonga,
petróleo, mandachuva, vale-brinde, fidalgo, copo d'água,
1_________________________________
2_________________________________
3_________________________________
4_________________________________
5_________________________________
6. As palavras abaixo foram formadas pelo processo de DERIVAÇÃO PREFIXAL. Dê um exemplo de outras palavras formadas pelo mesmo processo.
a) infeliz
__________________________________
b) impossível
_______________________________
c) desagradar
______________________________
7. As palavras abaixo foram formadas pelo processo de DERIVAÇÃO SUFIXAL. Dê um exemplo de outras palavras formadas pelo mesmo processo.
a) amável__________________________________
b) pescador
_______________________________
c) passarinho ______________________________
8. Assinale a alternativa que apresenta palavra formada pelo processo de DERIVAÇÃO PREFIXAL e SUFIXAL.
a) amadurecer
b) apodrecer
c) descampado
d) desigualdade
e) envergonhar
9. Assinale a alternativa que apresenta palavra formada pelo processo de DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.
a) desigualdade
b) infelizmente
c) desvalorização
d) anoitecer
e) deslealdade
10. Quais são os quatro processos de formação de palavras por derivação estudados nesse bimestre?
1________________________________________
2________________________________________
3________________________________________
4________________________________________
domingo, 29 de outubro de 2023
HALLOWEEN - ATIVIDADES
HALLOWEEN – DIA 31 DE OUTUBRO
Halloween, ou Dia das Bruxas, é uma celebração popular de culto aos mortos comemorada anualmente no dia 31 de outubro.
A palavra é formada pelo processo de composição das palavras:
All = todos
Hallows = santos
Eve = véspera
Halloween "Véspera de Todos os Santos", pois é comemorado um dia antes do
feriado de 01 de novembro.
A maioria das
tradições de Halloween teriam se originado nos antigos festivais celtas chamados Samhaim, que marcavam a passagem de ano e a chegada do inverno.
Para os celtas, o início do inverno representava a aproximação entre o mundo e
o “Outro Mundo”, onde vivem os mortos.
Os celtas acreditavam que no início do inverno os mortos regressavam para visitar suas casas e que assombrações surgiam para amaldiçoar seus animais e suas colheitas. Todos os símbolos que hoje são característicos do Halloween eram formas utilizadas pelos celtas para afastar esses maus espíritos.
Embora de origem pagã, o Halloween recebeu
esse nome após ser cristianizado pela Igreja Católica, que passou a defini-lo
como véspera do Dia de Todos os Santos.
A maioria dos símbolos característicos do
Halloween possuem origem nos primórdios da tradição, enquanto outros foram
agregados com o tempo. Entre os principais estão:
As cores laranja
e preto: o festival do Samhaim era comemorado no início do outono, quando as
folhas se tornam laranjas e os dias são mais escuros. Daí a associação do
Halloween com essas cores.
Lanterna de
abóbora (do inglês Jack o’lantern): tem origem em um conto celta sobre um rapaz
proibido de entrar no céu e no inferno que vaga eternamente com sua lanterna em
busca de descanso.
Adaptado de : https://www.significados.com.br/halloween/
1. O Halloween ou Dia das Bruxas é comemorado:
a) Um dia antes da feriado de Todos os Santos.
b) Dois dias antes do Feriado de Todos os Santos
c) No dia 1º de novembro
d) No dia 2º de novembro
2. A tradução da palavra Halloween é:
a) Dia das Bruxas
b) Dia de Todos os Santos
c) Véspera de Todos os Santos
d) Outro Mundo
3. O dia de Halloween é originado
a) do dia de Todos os Santos
b) do Dia das Bruxas
c) um conto celta sobre um rapaz proibido de entrar no céu
d) antigos festivais celtas chamados Samhaim
4. A igreja Católica comemora no dia 31 de outubro:
a) O Dia das Bruxas
b) O Halloween
c) O dia de Todos os Santos
d) A véspera do dia de Todos os Santos
DIA DO SACI PERERÊ –
31 DE OUTUBRO
"O Dia do Saci é comemorado no Brasil no dia 31 de outubro, a mesma data em que se comemora o Halloween (Dia das Bruxas), e isso está longe de ser uma coincidência. Isso porque a celebração do ícone do folclore brasileiro foi colocada propositalmente no último dia de outubro.
O objetivo é resgatar e valorizar o folclore brasileiro e a cultura nacional, junto a seus mitos, tradições e histórias. A ideia é que a data sirva como oposição à supervalorização de elementos culturais de outros países em detrimento dos nossos."
"A história do saci-pererê
O saci-pererê é um ser mítico que habita as florestas e tem como grande característica o fato de ser travesso e pregar peças nas pessoas. Ele é um ser pequeno, com cerca de meio metro de altura, embora existam versões da lenda que falem que ele pode chegar a ter três metros de altura, se quiser.
Seguindo a descrição, na lenda saci é negro e possui apenas uma perna, com a qual se locomove rapidamente. É conhecido também por não possuir cabelos e nem pelos corporais, usar um gorro vermelho na cabeça e praticar o hábito do fumo pelo cachimbo.
A imagem clássica do saci mostra-o como um ser mítico e travesso que realiza brincadeiras, e, por isso, muitas menções do passado referem-se a ele como “endiabrado”. Por ser agitado, saci costumeiramente está realizando travessuras por onde passa. Importante mencionar que dentro da lenda não existe apenas um saci, podendo existir vários realizando suas travessuras ao mesmo tempo.
Uma das práticas mais comuns realizadas pelo saci é o ato de incomodar os cavalos, sobretudo durante a noite. Conta-se que o saci costuma sugar o sangue dos cavalos, além de amedrontá-los durante a noite, então sempre que os cavalos estiverem agitados à noite é porque um saci esteve lá. Um sinal de que de fato um saci tenha feito de suas travessuras com os cavalos são os nós e tranças que podem ser encontrados em suas crinas.
Saci também costuma incomodar os viajantes que encontra pela estrada. Ele assovia um som bem estridente que atormenta-os e deixa-os incomodados por não saberem de onde e de quem vem tal som. Além disso, costuma derrubar os chapéus usados pelos viajantes, danificar o freio das carroças, entre outras travessuras.
O saci também invade as casas para fazer suas brincadeiras. Ele pode queimar as comidas que estão sendo feitas, azedá-las, se já estiverem prontas, além de desaparecer com objetos, apagar a luz das lamparinas etc. O redemoinho já foi visto por muitos como obra do saci para levantar a folhagem e espalhar sujeira.
Durante esse fenômeno, a lenda conta, é possível capturar o saci. Para isso, basta lançar um certo tipo de peneira no meio do redemoinho. Aquele que captura o saci deve retirar o gorro de sua cabeça para que ele perca seus poderes sobrenaturais. O último ato é aprisioná-lo em uma garrafa com uma cruz desenhada nela. O objetivo dessa é impedir sua fuga.
Conta-se que o saci vive por 77 anos, sendo que, depois desse período, ele pode transformar-se em um cogumelo venenoso ou naqueles cogumelos que são encontrados nos troncos das árvores, os “orelha-de-pau”."
https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/31-de-outubro-dia-do-saci.htm
https://brasilescola.uol.com.br/folclore/saci-perere.htm
5. Qual das alternativa não indica uma das travessuras que o Saci pode fazer.
a) dar nó e fazer tranças nas crinas dos cavalos
b) derrubar os chapéus usados pelos viajantes
c) queimar comidas ou azedá-las
d) abrir as janelas das casas durante a noite
6. De acordo com o texto com o é possível capturar um Saci?
a) retirando o gorro de sua cabeça
b) aprisioná-lo em uma garrafa
c) lançar um certo tipo de peneira no meio do redemoinho
d) transformando-o em um cogumelo venenoso
7. A objetivo de colocar o dia do Saci no mesmo dia do Halloween é:
a) resgatar e valorizar o folclore brasileiro e a cultura nacional
b) ser uma coincidência
c) foi colocada propositalmente no último dia de outubro
d) O Saci-Pererê é um ser mítico que habita as florestas
TODOS OS SANTOS – DIA
1º DE NOVEMBRO
Muitos estudiosos
dizem que a celebração do Dia de Todos os Santos tem origem no Halloween. Para
os celtas, que eram pagãos, os mortos
vinham à terra visitar seus entes queridos na noite do dia 31 de Outubro.
Por isso, esse tipo é o famoso dia das
bruxas, onde se vestem fantasias e decoram casas no mundo inteiro.
Acontece que,
com o passar do tempo, os celtas foram se aproximando do Cristianismo e a
Igreja acabou criando a Festum Omnium Sanctorum, ou festa de Todos os Santos,
para espantar os maus espíritos e purificar o ambiente.
A comemoração é
datada de 610, data em que o Papa Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão a Maria e
a todos os mártires. Esse foi o símbolo supremo para a Igreja Católica, já que
o templo em honra a todos os deuses romanos cedeu seu lugar a religião
vitoriosa.
Mas a data só
foi instituída da maneira que conhecemos hoje quando o Papa Gregório III
dedicou uma capela em Roma para Todos os
Santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1º de Novembro.
Esta data é dedicada à celebração e homenagem de todos os santos e mártires das igrejas cristãs, garantindo que aqueles que não têm uma data própria de festejo não sejam esquecidos.
Fonte:
https://www.lojinhauai.com/blog/dia-de-todos-os-santos/
https://www.calendarr.com/brasil/dia-de-todos-os-santos/
8. De acordo com o Cristianismo o Dia de Todos os Santos é para:
a) os mortos virem visitar seus entes queridos
b) se vestir com fantasias e decorar casas no mundo inteiro
c) homenagem de todos os santos e mártires das igrejas cristãs
d) comemorar o famoso dia das bruxas
9. A palavra celebração só NÃO SIGNIFICA:
a) comemoração
b) homenagem
c) visitação
d) festividade
DIA DE FINADOS
– 02 DE NOVEMBRO
O Dia de Finados, também conhecido como Dia dos Mortos ou simplesmente Finados, se trata de um feriado religioso, dedicado a orações e homenagens aos que já faleceram. Aliás, a palavra “finados” significa exatamente isso, algo que finou, findou, acabou ou morreu. No Brasil o Dia de Finados faz parte de um costume católico e consiste em visitar as sepulturas dos entes queridos que já morreram e enfeitar seus túmulos com flores. As pessoas também acendem velas por suas almas e rezam por eles no cemitério ou em templos religiosos.
Em outros países, há outros costumes. No México, por exemplo, as pessoas também comemoram o Dia de Finados, mas de uma maneira mais festiva e colorida que a brasileira. As celebrações duram 3 dias e as pessoas zombam da morte enfeitando as ruas e organizando desfiles. De forma geral, os mexicanos acreditam que as almas dos que já se foram visitam seus parentes nessa data e é costume também ter altares decorados dentro de casa. Eles os enfeitam com flores, caveiras de papel machê, retratos das pessoas mortas e pequenas oferendas.
Por que em 2
de novembro?
Conforme registros históricos, a tradição foi instituída pela Igreja Católica no século X e diz que os vivos devem interceder pelas almas que estão no purgatório esperando a purificação. Mas, o costume é mais antigo do que se imagina. Desde o século II, ao que tudo indica, já se tem indícios de cristão que rezavam por seu falecidos, visitando os túmulos dos mártires e pedindo pelos que já morreram.
Aos poucos,
então, a Igreja foi aderindo ao costume e no século V já era costume dedicar um
dia do ano para rezar por todos os mortos, especialmente pelos quais não tinham
família e ninguém se lembrava de pedir por suas almas. Mas, a escolha do
dia 2 de novembro como a data oficial para celebrar o Dia de Finados só foi
feita mesmo no século XIII. Os responsáveis pela Igreja escolheram o dia por
suceder o Dia de Todos os Santos, comemorado em 1º de novembro.
10. No Brasil, no Dia de Finados:
a) as pessoas zombam da morte enfeitando as ruas
b) ter altares decorados dentro de casa
c) as almas dos que já se foram visitam seus parentes
d) as pessoas visitam as sepulturas dos entes queridos
11. de acordo com o texto a palavra finados só não significa:
a) finou
b) findou
c) acabou
d) visitou
12. A alternativa ERRADA sobre os costumes do século V é.
a) as pessoas rezavam por todos os mortos
b) as pessoas rezavam pelos que não tinham família
c) as pessoas rezavam por aqueles que ninguém lembrava
d) As pessoas rezavam pelas almas que estão no purgatório
FILME ' Viva — A
Vida É uma Festa'
https://www.youtube.com/watch?v=fWuP4riK1rE
'Viva — A Vida É uma Festa' o filme que fala sobre o Dia dos Mortos
Em 2017 chegava aos cinemas “Viva - A Vida É uma Festa”, um filme da Pixar que conta a história do Miguel, um menino apaixonado por música, que em pleno Dia dos Mortos vai parar na Terra dos Mortos para conseguir, de alguma maneira, se livrar da proibição da sua família sobre a música.
“Viva - A Vida É uma Festa” estreou primeiro no México, no dia 27 de outubro de 2017, três semanas e meia antes da estreia mundial. Isso porque o filme fala sobre o Dia dos Mortos, que pode acontecer entre 31 de outubro a 2 de novembro. Ou seja, a produção da Pixar que fala sobre essa festa típica mexicana foi lançada durante as celebrações da data.
Aqui no Brasil o filme ganhou o nome de “Viva — A Vida É uma Festa”, mas o nome verdadeiro não chega nem perto disso! O título original é “Coco”, que é uma referência a Mamam Coco, a bisavó do protagonista.
A mudança de nome aconteceu, pois era uma forma de evitar
que as pessoas falassem Cocô ao pronunciarem o título aqui no Brasil. E não foi
só isso que mudou: a bisavó do Miguel se chama, em solo brasileiro, Mama
Lupita.
Se você prestar bastante atenção, vai perceber que toda a tecnologia que vemos na Terra dos Mortos é antiga. O exemplo disso é que os esqueletos usam walkie-talkies e computadores da década de 80. Isso simboliza que, nesse espaço, só entra coisas que estão realmente mortas, ou seja, essas tecnologias só funcionam lá porque “morreram” para os vivos.
https://recreio.uol.com.br/noticias/entretenimento/5-curiosidades-sobre-viva-vida-e-uma-festa.phtml
13. No Brasil o filme recebeu outro nome porque:
a) uma referência a Mamam Coco, a bisavó do protagonista.
b) uma forma de evitar que as pessoas falassem Cocô
c) a bisavó do Miguel se chama, em solo brasileiro, Mama Lupita.
d) foi traduzido do título original
14. O filme Viva — A
Vida É uma Festa faz referência:
a) ao dia de Todos
os Santos
b) ao Halloween
c) Ao dia de Finados
d) ao Dia da Bruxas.