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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

POEMA TEORIA

O que é Poesia

A palavra poesia pode ter vários significados. Segundo o dicionárioAurélio, alguns destes significados são:
-a arte de fazer obras literárias em versos;
-um dos gêneros da composição literária;
-conjunto das obras em versos feitas em um idioma;
-texto artístico curto, geralmente em versos;
-forma específica de se construir versos, típica de um autor, povo, época ou escola literária;
-inspiração;
-transcendentalidade das ideias;
-aquilo que desperta a sensação do belo.

Poesia é uma forma de expressão artística que usa as palavras como umamanifestação de beleza e estética na construção de textos; é o gênero literáriolírico.
Na poesia, a imaginação do autor e a do leitor dependem uma da outra, para que a viagem poética aconteça.

Elementos da poesia

Estrofe
A estrofe é a divisão do texto poético; geralmente, há uma configuração específica para as estrofes de um poema, como mesmo número de versos, estrutura rítmica ou conteúdo. Porém, como toda forma de arte, não há regras rígidas e muitos autores constroem suas estrofes de forma irregular.

Classificação das estrofes
A classificação das estrofes é feita pelo critério de número de versos; começando pelo tipo de estrofe de apenas um verso até o de dez versos; estrofes com mais de dez versos são classificadas como irregulares.

Ritmo
Os versos de uma poesia podem conter um ritmo, que se faz através da alternância de sílabas tônicas e não tônicas seguindo uma regra estabelecida pelo próprio autor, de acordo com o efeito que ele queira provocar.
O ritmo de uma poesia é composto pela métrica e pela rima.
Existem poetas que não usam os artifícios da alternância da tonicidade de sílabas nem a rima na construção de seus versos; isso não significa que não haja ritmo, apenas que ele se faz por meio de outros recursos determinados pelo autor. Este tipo de rítmica recebe o nome de arritmia.

Metrificação
A metrificação é a contagem do número de sílabas poéticas de cada verso. A metrificação é feita a partir do parâmetro da sonoridade, não da simples separação de sílabas. Na metrificação, contam-se as sílabas poéticas de um verso até a última sílaba tônica (se a última sílaba de um verso for átona, ela não entrará na contagem). Se um verso terminar numa vogal átona e o verso seguinte começar por fonema de vogal, ocorre a junção das palavras, chamada de elisão.
Elisão é o que ocorre, por exemplo em “copo d’água”, em que uma vogal é suprimida da escrita ou do som de uma palavra, para facilitar a comunicação ou adequar a metrificação poética.

Versos
Cada “linha” em uma poesia é um verso; verso é a unidade que compõe a estrofe.
Os versos são divididos em sílabas poéticas (metrificação) e são, por isso, classificados, desde o verso de apenas uma sílaba poética até o de doze sílabas poéticas.
Quando os versos têm diferentes números de sílabas poéticas, são chamados deheterométricos. Quando todos os versos têm a mesma métrica, diz-se que sãoisométricos. Os versos isométricos mais comuns são:
-pentassílabos (chamados de redondilha menor);
-hexassílabos (chamados de heróico quebrado);
-heptassílabos (chamados de redondilha maior);
-decassílabos (chamados de medida nova);
-dodecassílabos (também chamados de alexandrinos).
Há poesias em que os versos não seguem nenhuma metrificação específica; são os chamados versos livres.

Rima
A rima é usada para acentuar e conectar os finais dos versos e/ou das estrofes. Podem seguir um esquema fixo ou livre; é um elemento que ajuda na composição da rítmica do poema, atribuindo-lhe musicalidade.
Há poesias que não têm rimas; é a chamada Poesia Branca ou Poesia Solta.
As rimas podem ser classificadas como:
-pobres – quando palavras de uma mesma classe gramatical são rimadas;
-ricas – quando as rimas são feitas com palavras de classes gramaticais diferentes;
-raras – quando se constroem rimas usando palavras menos comuns na língua;
-preciosas – formadas pela união de palavras ou por algum artifício gramatical;
-imperfeitas – rimas formadas por palavras homógrafas ou homofônicas.

Poesia portuguesa
Dentre os poetas portugueses mais famosos, encontramos:
-Alexandre Herculano;
-Almeida Garret;
-Antero de Quental;
-Fernando Pessoa;
-Florbela Espanca;
-José Saramago;
-Luís de Camões;
-Manuel Maria Barbosa Du Bocage.


Fernando Pessoa
poesia de Fernando Pessoa é uma das mais apreciadas do mundo, dentre os poetas do século XX. Fernando Pessoa se destacou pela multiplicidade de personalidades literárias que conseguia criar, escrevendo sob heterônimos; os mais famosos heterônimos de Fernando Pessoa foram:
-Ricardo Reis;
-Alberto Caeiro;
-Álvaro de Campos.

Poesia romântica
poesia do romantismo é marcada, em suas diferentes fases, pela expressão dos sentimentos do eu-lírico, pela exaltação da idealização amorosa, por um sentimento de constante busca da liberdade, pela valorização da nação; ainda como forma de desabafo diante do que foi chamado de mal do século, uma melancolia profunda.

Poesia de amor
Dentre os poetas que cantaram o amor no Brasil, pode-se destacar Vinícius de Moraes. Dentre os mais belos versos de amor, encontramos verdades belíssimas como:
-“Amo-te, enfim, com grande liberdade/Dentro da eternidade e a cada instante”
-“(...) o grande afeto que te deixo/(...)/É um sossego (...)/um transbordamento de carícias”
-“Encontrei em você a razão de viver/E de amar em paz/E não sofrer mais/Nunca mais”

Poesia de amizade
Vinícius de Moraes também se destaca como poeta dos poemas de amizade. São de sua autoria o “Soneto do amigo” e o “Soneto de separação”.

Poesia infantil

Na poesia infantil brasileira, um grande destaque é Cecília Meireles, com poemas como “A bailarina”, “Sonhos da menina”, “O mosquito escreve”, “A avó do menino”

POEMA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA PATATIVA DO ASSARÉ

PATATATIVA DO ASSARÉ ( CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ)
Poeta, cantô da rua,

Que na cidade nasceu,

Cante a cidade que é sua,

Que eu canto o sertão que é meu.

Se aí você teve estudo,

Aqui, Deus me ensinou tudo,

Sem de livro precisa

Por favô, não mêxa aqui,

Que eu também não mexo aí,

Cante lá, que eu canto cá.

Você teve inducação,

Aprendeu munta ciença,

Mas das coisa do sertão

Não tem boa esperiença.

Nunca fez uma boa paioça,

Nunca trabaiou na roça,

Não pode conhece bem,

Pois nesta penosa vida,

Só quem provou da comida

Sabe o gosto que ela tem.

Pra gente cantá o sertão,

Precisa nele mora,

Te armoço de fejão

E a janta de mucunzá,

Vive pobre, sem dinhêro,

Trabaiando o dia intero,

Socado dentro do mato,

De apragata currelepe,

Pisando inriba do estrepe,

Brocando a unha-de-gato.

Você é munto ditoso,

Sabe lê, sabe escreve,

Pois vá cantando o seu gozo,

Que eu canto meu padece.

Inquanto a felicidade

Você canta na cidade,

Cá no sertão eu infrento

A fome, a dô e a misera.

Pra sê poeta divera,

Precisa tê sofrimento.

Sua rima, inda que seja

Bordada de prata e de oro,

Para a gente sertaneja

É perdido este tesôro.

Com o seu verso bem feito,

Não canta o sertão dereito

Porque você não conhece

Nossa vida aperreada.

E a dô só é bem cantada,

Cantada por quem padece.






POEMA O CADERNO INTERPRETAÇÃO 6º ANO

O CADERNO
Sou eu que vou seguir você
do primeiro rabisco até o bê-a-bá
em todos os desenhos coloridos vou estar
a casa, a montanha, duas nuvens no céu
e um sol a sorrir no papel

Sou eu que vou ser seu colega,
seus problemas ajudar a resolver
te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver
Serei de você confidente fiel,
se seu pranto molhar meu papel.

Sou eu que vou ser seu amigo,
Vou lhe dar abrigo, se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel.

O que está escrito em mim comigo
Ficará guardado, se lhe dá prazer
A vida segue sempre, o que se há de fazer
Só peço a você um favor, se puder
Não me esqueça num canto qualquer.

Toquinho. CD Casa de Brinquedos. Polygran, 1995

Interpretando o Texto

1- Escreva os pares de palavras que rimaram.
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2- Quantas estrofes há no texto?
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3) quantos versos há no texto?
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3-Quem é o personagem principal do texto?
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4-Encontre no texto trechos que revelem os seguintes sentimentos ou atitudes: companheirismo................................................................................................................................................................................................................................................................solidariedade, ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................tristeza,............................................................................................................................................................................................................................................................................. amizade.............................................................................................................................................................................................................................................................................fidelidade..........................................................................................................................................................................................................................................................................

5- Se o seu caderno pudesse falar, o que você acha que ele lhe diria?
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6- E você, o que responderia para ele?
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POEMA O AÇUCAR EXERCICIOS INTERPRETAÇÃO

O açúcar
Ferreira Gullar

O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça,
água na pele,
flor que se dissolve na boca.
Mas este açúcar
não foi feito por mim.

Este açúcar veio
da mercearia da esquina
e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há
hospital nem escola,
homens que não sabem ler e morrem
aos vinte e sete anos
plantaram e colheram a cana
que viria a ser o açúcar.

Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura
produziram este açúcar branco e puro
com que adoço meu café esta manha em Ipanema.














1) Assinale os sinônimos do verbo dissolver no verso: “flor que se dissolve na boca”:
(     ) se desmancha
(     ) se esparrama
(     ) se acaba
(     ) se dilui



2) Marque a alternativa em que a palavra amarga possui o mesmo significado do texto:
(     ) Aquela sobremesa estava amarga.
(     ) Vivia de mau humor; era uma pessoa muito amarga.
(     ) Passamos por uma fase muito amarga, mas agora estamos bem.


3) Marque a alternativa em que a palavra dura possui o mesmo significado do texto:
(     ) Realizamos uma dura tarefa
(     ) O móvel era feito de madeira muito dura.
(     ) O seu jeito duro afasta as pessoas.


4) Reescreva a frase “homens de vida amarga e dura produziram este açúcar”, substituindo as palavras destacadas por um sinônimo.
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5) A que tipo de açúcar o eu-lírico está se referindo?
(     ) ao açúcar mascavo      
(     ) ao açúcar refinado     
(     ) a qualquer tipo de açúcar

6) A que elementos o açúcar é comparado?
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7) Descreva o retrospecto que é feito sobre o açúcar.
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8) Na última estrofe, o que se opõe à doçura do açúcar? 
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9) Por que os homens que trabalham nas usinas fabricando o açúcar têm a vida amarga?
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10) Escreva com as suas palavras a mensagem que o poeta deseja transmitir.
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POEMA ATIVIDADES EXERCICIOS MENINO NA SINALEIRA

MENINO DA SINALEIRA (Luís Coronel)

Há um menino
Na sinaleira.
A idade se conta
Nos dedos das mãos.
(e sobram dedos
Para apontar os culpados).
O menino
Tem um tribunal às costas
E um shopping pela frente.
Noite alta
O pisca-pisca amarelo
Libera o menino.
Teríamos prantos
De lavar o para-brisa
Fosse um só menino
Na sinaleira.

Em todas as sinaleiras
Ha um menino.
O coração petrifica-se
O menino quer comprar
Pão,
Leite
E cola para cheirar.
Passam doutores
E preclaros. 
Telefonia celular
E som digital.
E todos sabem
Que não há sinal verde
Para este país
Enquanto houver
Um menino na sinaleira.


1) Encontre, no texto, um sinônimo da palavra "choro".
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2) O poema inicia com a afirmação de que “Há um menino/na sinaleira.” Este menino tem pouca idade? Justifique sua resposta com outra afirmação do poema.
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3) Quais elementos do poema indicam a localização da sinaleira onde o menino está?
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4) O poeta continua afirmando que “Em todas as sinaleiras/há um menino”. Isso indica que o poema está ambientado numa cidade grande ou pequena? Justifique sua resposta.
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5) De quem é o coração que fica petrificado? Comente.
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6) As compras do menino são: pão, leite e cola para cheirar. É normal fazer-se essa compra? Você considera que todos os meninos de sinaleira tenham esse desejo? Por quê?
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7) O poeta coloca que pelas sinaleiras passam várias pessoas e o poema sugere que muitas delas têm boas condições financeiras. Justifique com elementos do poema.
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8) O que, para você, significa a última estrofe do poema?
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9) Você já respondeu sobre a idade do menino (primeira pergunta). O poema sugere ao leitor que o menino não tem mais que dez anos, pois são dez os dedos das mãos. O poeta afirma que “sobram dedos/ para apontar os culpados”. Há aqui a sugestão de que os culpados são:
(      ) muitos      (       ) poucos
Eles são culpados de quê?
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10) Qual foi o objetivo do poeta ao escrever este texto?

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