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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

INTERPRETAÇÃO A CARROÇA 161 PAL. 6º ANO

1.      A carroça 161
2.      Certa manhã, meu pai, muito sábio,
3.      convidou-me para dar um passeio
4.      no bosque e eu aceitei com prazer.
5.      Após algum tempo, ele se deteve
6.      numa clareira e, depois de um pequeno
7.      silêncio, me perguntou:
8.      - Além do canto dos pássaros, você
9.      está ouvindo mais alguma coisa?
10.  Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
11.  - Estou ouvindo um barulho de carroça.
12.  - Isso mesmo – disse meu pai
13.  – e é uma carroça vazia!
14.  Perguntei a ele:
15.  - Como pode saber que a carroça está
16.  vazia, se ainda não a vimos?
17.  - Ora – respondeu meu pai – é muito fácil
18.  saber que uma carroça está vazia por
19.  causa do barulho. Quanto mais vazia
20.  a carroça, maior é o barulho que faz.
21.  Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo
22.  uma pessoa falando demais, gritando
23.  (no sentido de intimidar), tratando o
24.  próximo com grosseria   tenho a impressão
25.  de ouvir a voz do meu pai dizendo:
26.  - Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!

Exercícios
1) retire do texto as palavras acentuadas.

2) “Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!’’ a palavra grifada na frase tem o significado de:
(a) +   
(b) porém
(c) mas

3) a única palavra que não substitui a palavra grosseiro é:
a) descortês
b) indelicado
c) mal-educado
d) ignorante

4) as palavras que marcam no texto o tempo em que os fatos são narrados são:
a) certa manhã / no passado
b) certa manhã / hoje
c) ontem /amanhã
d) hoje /agora

5) na  frase ‘Perguntei a ele:’  a palavra grifada de acordo com o texto se refere a:
a) o menino
b) o carroceiro
c) o pai

d) o narrador

POEMA / POESIA TEORIA

A poesia
De modo geral, entende-se por poesia a emoção, o aspecto imaterial do texto. Assim, podemos encontrar poesia em poemas, canções, textos narrativos, peças publicitárias, pinturas e filmes, por exemplo.


O poema
E muito comum o emprego das palavras “poesia” e “poema” como sinônimas. Porém poesia é algo imaterial e poema é um gênero textual com características de estrutura próprias.
No poema, há versos, métrica, estrofes, rimas e ritmo. E possível que não encontremos poesia em determinado poema, que ele não nos sensibilize, assim como é possível nos sentirmos emocionalmente tocados diante de um verso.
Estrutura do texto poético
Cada linha de um poema corresponde a um verso. O verso é a unidade poética:
Alma minha gentil que te partiste
Estrofe é um agrupamento de versos:
Alma minha gentil que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no céu eternamente
E viva eu cá na Terra sempre triste.
Camões.
A repetição regular de um verso ou de uma estrofe, no poema, recebe a denominação de estribilho:
Ora, se deu que chegou
(isso já faz muito tempo)
No bangüê dum avô
Uma negra bonitinha
Chamada negra Fuiô.
Essa negra Fulô
Essa negra Fulô
“Essa nega Fulô’ Jorge de Lima.
Alguns poemas apresentam formas fixas, ou seja, obedecem a um número exato de versos, de estrofes e de rimas. Dentre as principais formas fixas, temos:
·         acróstico, que é composto de uma só estrofe cujas letras iniciais formam o nome de uma pessoa ou de algo (um objeto, uma cidade, uma paisagem, por exemplo.);
·         balada, que é composta de quatro estrofes: três oitavas ou três décimas (oito ou dez versos) e uma quadra ou quintilha (quatro ou cinco versos);
·         haicai, poema de origem japonesa, composto por uma estrofe com três versos: o primeiro com cinco sílabas (redondilha menor) e o segundo com sete sílabas (redondilha maior);
·         soneto, forma composta por catorze versos divididos em dois quartetos e dois tercetos ou, ainda, por uma estrofe com doze versos e outra com dois versos;
·         trova, que é composta de uma estrofe de quatro versos com sete sílabas poéticas (redondilha maior).
métrica ou medida é representada pelo número de sílabas de um verso. Essa estrutura em sílabas permite ao leitor identificar o ritmo do poema:
AL/ MA/ MI/ NHA/ GEN/ TIL/ QUE/ TE/ PAR/ TIS/ TE
1/      2/    3/      4/       5/       6/       7 /    8/     9/     10/
As sílabas poéticas ou métricas não são contadas como as sílabas gramaticais. A contagem de sílabas poéticas respeita o ritmo do poema, é feita auditivamente e vai apenas até a última sílaba tônica do verso.
Dividir um verso em sílabas poéticas é chamado de escandir. A escansão deve seguir determinadas regras, tais como:
·         Os ditongos crescentes formam apenas uma sílaba.
·         Duas vogais pode


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

POEMA INTERPRETAÇÃO 8º ANO

Pois é
Falaram tanto que desta vez
A morena foi embora
Disseram que era maioral
E eu é que não quis acreditar
Endeusaram a morena tanto tanto
Que ela resolveu me abandonar
A maldade dessa gente é uma arte
Tanto fizeram que houve a separação.
Mulher a gente encontra em toda parte
Mas não se encontra a mulher
Que a gente tem no coração.
(CD Leva meu samba. Som Livre- autor: Ataulfo Alves)
1)      Como você sabe, a voz que fala nos versos de um poema ou de uma canção é o eu lírico. Nessa canção, o eu lírico se sente vítima do diz-que-mediz de alguém.
a)      O que devem ter dito à morena?

b)      Levante hipóteses: O que devem ter falado à morena sobre o eu lírico?


c)      Que expressão, empregada na 2ª estrofe, revela a opinião do eu lírico de que sua separação foi resultado do mau-caratismo de alguém? 
Realidade
Existe, sim,menina,
Tudo: disco-voador,
Oitavo sentido, utopia,
Pedra filosofal,
Feng Shui, astrologia,
Cromoterapia, bobagens
Que surgem do nada.
Mas existirá
Coração em cada corpo?
Sim, não, n.d.a?
(Ulisses Tavares. Diário de uma paixão. São Paulo: Geração Editorial, 2005)
2)No início do poema, o eu lírico afirma que existe tudo. Essa afirmação, no contexto, expressa certeza ou dúvida? Justifique sua resposta com palavras do texto.

3)No final do poema, o eu lírico pergunta: “existirá coração em cada corpo?”.A palavra coração foi empregada com qual sentido?

4)Conclua: Qual é a condição emocional do eu lírico?

5)No  último verso, o eu lírico enumera três opções: sim, não, n.d.a.. O que significa a expressão n.d.a.? Em que contexto ela costume ser empregada?

INSCRIÇÃO PARA UMA LAREIRA
A vida é um incêndio: nela
dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...
( Mário Quintana. Esconderijos do tempo. São Paulo: Globo.)
Glossário:
Salamandra: tipo de anfíbio que, segundo uma lenda antiga, pode atravessar o fogo sem se queimar.
Toro: tronco de árvore cortada

6)Na primeira estrofe do poema, Mário Quintana usa uma metáfora para definir a vida.
a)Qual é essa metáfora?
7)Proponha outra metáfora para conceituar a vida e explique como criou essa metáfora.  

POEMA O ELEFANTINHO INTERPRETAÇÃO

2) Leia com atenção o poema abaixo e responda às questões:         

O ELEFANTINHO

Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?

- Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!

Vinícius de Morais. A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

Na poesia, cada linha é um verso. Cada conjunto de versos é uma estrofe.   
a) Quantos versos tem o poema?
_______________________________________________________________________________________
b) Quantas estrofes?
_______________________________________________________________________________________
O poema representa um diálogo entre o poeta e o elefantinho. O poeta muda de estrofe para indicar que mudou quem estava falando.     
c) Quem está falando na 1ª estrofe?
_______________________________________________________________________________________
d) E na 2ª estrofe?
_______________________________________________________________________________________
e) O que o poeta pensa que poderia ter acontecido com o elefantinho?   
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
f) Qual era a verdadeira razão para o elefantinho estar desconsolado?    
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
g) A resposta do elefante é engraçada? É inesperada? Por quê?    

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POEMA BEM-TE-VI INTERPRETAÇÃO

Atividades:
1) Leia com atenção o poema abaixo e responda às questões:        

BEM-TE-VI

Amigo gentil
todas as manhãs
me espera no fio.
Sempre feliz,
grita
assim que me vê:
- Bem-te-vi!
- Bem-te-vi!

Fiscal da natureza
sempre atento
nunca dá moleza.
Se a motosserra
fere
o jatobá,
o jacarandá,
ou o ipê,
ele logo vê,
e, nervoso, grita assim:
- Te-vi!
- Te-vi!

NICOLA, José de. Entre ecos e outros trecos. São Paulo: Moderna, 1991.
a) Na primeira estrofe, que qualidades são atribuídas ao bem-te-vi?                
___________________________________________________________________________________________________________
b) O bem-te-vi do poema é fiscal da natureza? Por quê?           
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Explique com suas palavras o significado da expressão “nunca dá moleza”.                
___________________________________________________________________________________________________________
d) Como o bem-te-vi fica quando a natureza é agredida?         
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e) No final do texto, qual pode ter sido a intenção do poeta ao reduzir a expressão para Te-vi! Te-vi? 
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

f) Ao ser utilizado como nome de passarinho o substantivo bem-te-vi é composto, isto é, formado por mais de uma palavra. Transcreva do texto outro substantivo composto. ___________________________________________________________________         

POEMA BASTA INTERPRETAÇÃO

1) Leia com atenção o poema abaixo e responda às questões:         

BASTA!



Agora chega!

Chega de obedecer
e de ficar calado.
Chega de ter que fazer
Tudo o que eu não quero
e acho errado!

Agora chega!

Chega de comer pepino
e de engolir ovo quente,
chega de dormir cedo
e acordar mais cedo ainda,
chega de visitar a avó,
a tia, a prima, o padrinho...
Chega de prestar contas
do banho tomado,
da roupa escolhida,
do uniforme da escola,
da nota da prova,
de cada segundo,
de cada respiro!

Chega, chega... e chega!

Liberdade ainda que tarde!
Independência ou morte!

Manhêêêê!
Onde está a minha roupa de goleiro?

Paiêêêê!
Quero o dinheiro da minha mesada!



Carlos Queiroz Telles. Sementes de Sol. São Paulo: Moderna,1992.

Há um protesto que atravessa todo o texto. Esse protesto se faz por meio de uma palavra que se repete muitas vezes.
a) Que palavra é essa? _________________________________________________________________________________________              
b) A repetição, num texto, reforça ideias. Que ideia aparece reforçada durante todo o texto?            
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Destaque, do texto, algumas ações que a pessoa que fala não quer mais fazer.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d) Destaque, do texto, palavras que indiquem o sexo de quem fala.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________              
e) A mudança no comportamento do menino ao final do texto deixa as ideias engraçadas. Explique por quê.              
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POEMA POEMA TIRADO DE UMA NOTICIA DE JORNAL INTERPRETAÇÃO

Poema tirado de uma notícia de jornal (Manuel Bandeira)


João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.

1) Qual o espaço da narrativa?
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2) O narrador participa da história?
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3) Qual o tempo?
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4) Qual o personagem?

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