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sexta-feira, 5 de maio de 2017

A MORTE DA TARTARUGA 6º ANO

A morte da tartaruga
    O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino.
    — Cuidado, senão você acorda seu pai!
    Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, uma bicicleta, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.
    Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, reclamando, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse:
    — Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que eu faço. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito.
    O pai examinou a situação e propôs:
    — Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta, não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá dentro com o pai.
    O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou na poltrona, botou o garoto no colo e disse:
    — Eu sei que você sente a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas vamos fazer pra ela um grande funeral. (Empregou de propósito a palavra difícil).
    O menininho parou imediatamente de chorar.
    — O que é funeral?
    O pai lhe explicou que era um enterro.
    — Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, muitas balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velas, cantamos “Parabéns pra você” para a tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu.
    — Isso é que é funeral? Vamos fazer isso!
    O garotinho estava com outra cara.
    — Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá do céu, não vai? Olha, eu vou apanhá-la.
    Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal.
    — Papai, vem cá, ela está viva!
    O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava andando de novo, normalmente.
    — Ela está viva! - disse o pai – Não vamos ter que fazer o funeral!
    — Vamos, sim, papai! – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – Eu mato ela!!!

FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1997.


QUESTÕES

1. Vocabulário: indique outro significado equivalente para os termos sublinhados no texto.
a) "ficou penalizada": 
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b) "não se conformava":
____________________________________________________
c) "depôs":
___________________________________________________
d) "vou apanhá-la":
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2.A mãe gostava da tartaruga? Justifique, de acordo com o texto.
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3. O menininho parece ser bem pequeno. Explique essa afirmação, com base (sem copiar!) em duas informações do texto.
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4. No 3º parágrafo, há o seguinte trecho: "A mãe lhe prometeu um carrinho, uma bicicleta, lhe prometeu uma surra". Por que a mãe começou prometendo brinquedos e terminou ameaçando castigo ao menino?
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5. Por que o menininho parou de chorar?
______________________________________________________________________

6.  "— Papai, vem cá, ela está viva!". Nesse trecho, que sentimento, provavelmente, o leitor espera que o menino tenha?
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7. E como o menino ficou, ao constatar que a tartaruga estava viva? Por quê?
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8. Elabore um parágrafo, posicionando-se a respeito da atitude do menininho, em querer matar a tartaruga.
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PARA QUE NINGUÉM A QUISESSE INTERPRETAÇÃO

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou lhe os longos cabelos.

Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda. COLASANTI, Marina. "Para que ninguém a quisesse". 
In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2.

1. Em relação às tipologias textuais, podemos classificar o texto: Para que ninguém a quisesse,  como:
A. Narração          B. descrição           
C. dissertação        D. receita.

2. De acordo com o texto acima, responda:
A. O que levou o homem a tomar  algumas atitudes em relação à mulher?
B. Que atitudes ele tomou em relação à mulher?
C. Como a mulher  reagiu às atitudes do homem?
D. Por que os personagens do texto são tratados por mulher e homem?
E. Você considera as atitudes do marido “uma forma de violência”? Como agir diante de um fato dessa natureza?

3. O sentido de MIMETIZAR no texto, é:
A. adaptar-se aos móveis, objetos e coisas da casa.
B. expressar-se através de mímicas.
C. exprimir-se através de gestos.
D. empenhar-se em dissimular doenças.

4.De acordo com o texto, podemos inferir que:
A. todas as atitudes do homem em relação à mulher foram de respeito e carinho.
B. apesar de todas as investidas do homem em modificar a mulher, ele continuou a seduzir os homens.
C. a mulher reagiu às atitudes do homem e tornou-se dona de  seu próprio destino.
D. as ações do homem demonstram a insegurança dele em relação à mulher.

5. Imagine que você é a/o autora/autor desse  texto e crie outro final para ele.

6. A pontuação é importante para o que se quer afirmar em uma informação. Pontue a frase abaixo de duas formas, em uma,  torne-a feminista, em outra, machista.
·         Se os homens soubessem o valor que têm as mulheres andariam de quatro.

7. Na frase: “pegou a tesoura e tosquiou lhe os longos cabelos.”  a  palavra em negrito tem como referente:
A. mulher                  B. tesoura                 
C. roupas                   D. passagem.

8. Na frase: “...Esquiva como um gato”, temos uma relação de:
A. causa                    
B. explicação               
C. comparação          
D. conformidade

9. O título do texto “  Para que ninguém a quisesse traz uma ideia de:

A. finalidade                
B. causa                 
C. condição                
D. Adição

 10. O texto é narrado em:
A.  1ª pessoa    do singular        
B. 3ª pessoa do singular   
C. 1ª pessoa do plural                

D. 3ª pessoa do plural.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

BICHOS DE ESTIMAÇÃO 5º ANO

Conto: Bichos de Estimação

__ Droga, não para de chover nunca mais, pra gente ir brincar no quintal, não é, Eurico?
__ …
__ Eu sei, eu entendi. Daí você não pode enterrar seu osso debaixo da trepadeira, senão seu focinho fica cheio de lama, e mamãe vai logo implicar. Ela anda sempre reclamando que você anda muito sujo. Mas também, com esse tempo, não tem nunca sol para lavar e secar você, não é Eurico?
__ …
__ Ah, entendi. Espera que eu vou desamarrar essa corda e soltar essa coleira. Está apertando seu pescoço, não está? Deve incomodar mesmo! Mas aqui no meu quarto não precisa. Mamãe não vai bronquear se você ficar solto. Pronto. Assim está melhor.
__ …
__ O quê? A gente pode brincar de esconder seu osso aqui mesmo? Boa ideia. Bate cara, Eurico!
__ …
__ Você não sabe onde escondeu o osso? Mas agora mesmo ele estava aí do seu lado! Afinal, pra que serve esse seu nariz, hein?
__ …
__ É, eu sei. Os cachorros nunca lembram onde escondem os ossos. Eu vejo sempre isso nos filmes da tevê…
__ …
__ Eu sei, cachorros não gostam de assistir tevê. Preferem correr lá fora no quintal. Mas com esse tempo… Droga, está chovendo mais forte! E justo agora que tocou a campainha. É o carteiro (coitado, está todo molhado). Vai ver que está trazendo a carta do meu tio do Canadá e dos meus primos que eu nem conheço.
__ …
__ Sabe, Eurico, eu escrevi para meu tio, contando do meu cachorro de estimação. Que é você, é claro. E perguntei se eles têm cachorro em casa. Então falei também do meu passarinho na gaiola, e que eu não gosto de gaiola, mas tem que ter, senão ele foge e o gato do vizinho acaba comendo. E eu contei que meu passarinho se chama Yellow, porque canário de verdade tem que ser mesmo amarelo, é claro.
__ …
__ Mas eu não botei na história o gato cinzento que eu salvei de cair no bueiro, e que mamãe não deixou ficar. Eu bem que vi quando ela deu o gatinho pro lixeiro, e ele foi miando na caixa de papelão, no caminhão do lixo. Tomara que os filhos do lixeiro gostem de gato!
__ …
__ É, eu sei. Você não gosta. Mas eu também não contei, na minha redação, do Birau, aquele cachorro meio pelado, que era tão bonzinho e me seguia lá do ponto do ônibus, todos os dias. Sabe, Eurico, um dia eu escondi o Birau, no quartinho atrás do tanque, aquele de guardar garrafas vazias. Mas, a Finoca descobriu e correu com ele de lá. Ele fugiu com o rabo no meio das pernas. Naquele dia eu chorei escondido.
__ …
__ Foi aí que eu arrumei o Yellow w botei na gaiola. E depois arrumei você. Na minha redação, eu conto que você é corajoso, já salvou até gente, como os cachorros ensinados da tevê. E que eu dou banho em você, que anda sempre limpo!
__ …
__ Olha, Eurico, eu só não levo você em uma escola de cães porque os donos dos outros cachorros vão caçoar de mim. É que você é diferente. Sabe como é gente… Droga! Essa chuva não para, e eu já estou cheio de não ter nada pra fazer!
__ …
__ Agora mamãe vem vindo. Você também escutou? Ela está subindo a escada. Será que o carteiro trouxe a resposta do meu tio do Canadá?
__ Fábio! O que você está fazendo que não desce para o lanche?
__ …
__ É, você tem razão. É melhor destrancar a porta, senão ela vai ficar zangada.
__ O que é isso debaixo do tapete? Eu já disse, filho! Para com essa mania de esconder ossos debaixo das coisas. Ummmm… Que cheiro ruim é esse? O quarto está horrível! Já sei. É essa espiga de milho dentro da gaiola vazia. Já está podre; você tem que jogar fora. Filho porque você não brinca com brinquedos normais, como as outras crianças? Fica aí arrastando pela casa essa corda amarrada num travesseiro imundo…
Stella Carr, Assombrassustos, 1995



1- Quem são as personagens do conto?
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2- Quais são as características psicológicas do garoto?
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3- E as características psicológicas da mãe?
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4- Porque o garoto não lavava seu “cachorro”?
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5- Por quê no texto aparece várias vezes o seguinte recurso “ __ …” ?
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6- Qual era o maior sonho do menino?
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7- Quem disse a última fala do diálogo?
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8- Cite exemplos de “brinquedos normais” que a mãe de Fábio gostaria que ele brincasse.
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9- O que significa a expressão: “Ummmmm” ?
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10- Porque o menino inventou animais de estimação?
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11- Quantos anos você imaginou para o menino?
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12- Por quê o menino ficava arrastando pela casa uma corda amarrada num travesseiro imundo?
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13- Quem eram os animais de estimação do garoto?
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14- Que outra palavra podemos utilizar para substituir a palavra imundo?
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15- Além de brincar com seus animais imaginários que outras atividades o menino realizava?
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16- A mãe do menino gostava de animais? Justifique sua resposta.
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17- Quem escondeu o osso embaixo do tapete
(A) A mãe (B) O cachorro (c) o carteiro (D) Fábio

18- Na sua opinião o que a mãe do garoto deveria fazer para o menino parar com a mania de inventar animais estimação?
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19- Quantas vezes a mãe falou durante o conto?
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20- Fica aí arrastando pela casa essa corda amarrada num travesseiro imundo…
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21- Copie a frase em que o menino conta uma passagem de sua vida muito triste.

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http://www.colegionomelini.com.br/ensino-fundamental-i/publicacao-do-professor/4575/BICHOS-DE-ESTIMACAO


ARTIGO ATIVIDADES COM INT.

ESCOLA:                                                          DATA:

PROF:                                                              TURMA:

NOME:    

Leia:

O cachorro e sua sombra

    Um cachorro estava atravessando um rio a caminho de casa, com um pedaço de carne roubada na boca, quando viu a sua sombra refletida na água.

    Pensando que estava vendo outro cachorro com outro pedaço de carne, ele abocanhou o reflexo para se apropriar da outra carne, mas, quando abriu a boca, deixou cair no rio o pedaço que já era dele.

    Moral: A cobiça não leva a nada.

Fábula de Esopo. Disponível em: .



Questões

Questão 1 – “O cachorro e sua sombra”. Explique o efeito de sentido obtido pelo emprego do artigo definido no título:





Questão 2 – Assinale a alternativa em que o termo em destaque funciona como artigo:

a) “[…] um rio a caminho de casa […]”

b) “[…] com outro pedaço de carne […]”

c) “[…] quando abriu a boca […]”

d) “A cobiça não leva a”



Questão 3 – No trecho “Um cachorro estava atravessando […]”, a palavra sublinhada classifica-se como:

a) artigo indefinido

b) numeral

c) artigo definido

d) preposição



Questão 4 – Grife os artigos definidos que compõem as seguintes orações:

a) “[…] quando viu a sua sombra refletida na água.”

b) “[…] ele abocanhou o reflexo […]”

c) “[…] o pedaço que já era dele.”

d) “A cobiça não leva a nada.”



Questão 5 – Sublinhe os artigos indefinidos presentes nas frases a seguir:

a) “[…] um rio a caminho de casa […]”

b) “[…] com um pedaço de carne roubada na boca […]”





Por Denyse Lage Fonseca – Graduada em Letras e especialista em educação a distância


https://www.acessaber.com.br/atividades/atividade-de-portugues-questoes-sobre-artigo-definido-e-indefinido-7o-ano/

NICOLAU TIRA CEREJA 6º ANO P. 102 CACTO





1. Observe o primeiro quadrinho.
a) O que representa o desenho que aparece no balão de fala da personagem? O que ele indica no quadrinho?
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b) Pelo comportamento do menino, o que podemos deduzir: ele domina a pratica do skate ou ainda está aprendendo a praticar esse esporte? Justifique sua resposta.
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2. no 2º quadrinho, o menino vê um vaso com um cacto e grita “AH!
a) Essa palavra é uma interjeição ou uma onomatopeia?
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b) De acordo com o contexto, o que ela exprime?
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3. No 3º quadrinho, aparecem as seguintes palavras: POU!CRÁS! e BLOFT!.
a) O que cada uma delas exprime?
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b) Qual o nome desse tipo de palavra?
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4. No último quadrinho:
a) O balão contém a fala ou o pensamento da personagem?
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b) Que relação há entre a acupuntura e o que aconteceu à personagem?

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A MALA DE HANA CEREJA 6º ANO P. 99

      
A MALA DE HANA 

       Toda semana havia uma nova restrição. Judeus não podiam frequentar o parque de diversões. Nem os campos de esporte. Nem os parques públicos. Logo, Hana não podia mais ir ao ginásio. Até mesmo o lago em que esquiavam estava proibido. Suas amigas — todas gentis — no começo também ficaram tão perplexas quanto Hana com as regras. Ainda se sentavam lado a lado na escola e aprontavam travessuras juntas dentro da classe e na hora do recreio.
        — Ficaremos juntas para sempre, não importa o que aconteça — prometeu Maria, a melhor amiga de Hana. — Não vamos deixar que ninguém nos diga com quem vamos brincar!
        Mas, aos poucos, conforme os meses se passavam, todas as colegas de Hana, inclusive Maria, pararam de visitá-la depois da escola e nos fins de semana. [...]
        Com cada amigo perdido e a cada nova restrição, Hana e George sentiam que seu mundo ficava um pouco menor. Eles estavam bravos. Eles estavam tristes. E estavam frustrados.
       — O que podemos fazer? — perguntavam aos pais. — Para onde podemos ir?
Mamãe e Papai fizeram o seu melhor para distrair as crianças, para ajudá-las a descobrir novas brincadeiras.
        — Nós temos sorte — disse Mamãe —, porque temos um grande jardim. Vocês podem brincar de esconde-esconde. Podem balançar
árvores. Podem inventar jogos. Podem brincar de detetive nos depósitos. Podem explorar a passagem secreta. Adivinhar charadas. Sejam gratos um pelo outro!
        Hana e George eram gratos por terem um ao outro e também por brincarem juntos. Mas isso não aliviava a tristeza de não poderem mais fazer o que faziam antes nem ir àqueles lugares onde costumavam ir. Num lindo dia de primavera quando o sol brilhava, os dois sentaram no quintal, dia dos, brincando com a grama. De repente, Hana começou a chorar.

       — Não é justo! — gritou. — Eu odeio isso! Quero que tudo volte a ser como antes! Arrancou um punhado de grama e jogou as folhas no ar. Olhou para o irmão. Sabia que ele estava tão triste quanto ela.
       — Espere aqui — disse ele. — Eu tenho uma ideia.
Minutos depois, George estava de volta, com um bloco de papel, uma caneta, uma garrafa vazia e uma pá.
       — Pra que tudo isso? — perguntou Hana.
       — Talvez, se escrevermos todas as coisas que estão acontecendo com a gente, fiquemos mais aliviados.
       — Isso é bobagem — respondeu Hana. — Não vai trazer nem o parque nem a diversão de volta. E não trará Maria de volta.
       Mas George insistiu. Ele era, no fim das contas, o irmão mais velho, e Hana não tinha nenhuma outra ideia. Então, nas horas seguintes, as crianças derramaram sua infelicidade no papel,  George escrevendo e Hana falando. Fizeram listas das coisas que faziam falta e das coisas que os enfureciam. Fizeram listas de todas as coisas que fariam e de todos os lugares para onde iriam quando aqueles tempos terríveis acabassem.
      Quando terminaram, George pegou as folhas de papel, enrolou-as num tubo, colocou-as dentro da garrafa e fechou-a com uma rolha. Então, os dois andaram até a casa, parando embaixo do balanço duplo. Ali, Hana cavou um grande buraco: seria aquele seu esconderijo da tristeza e da frustração. George colocou a garrafa dentro do buraco e Hana cobriu-a de terra. Quando acabaram, o mundo parecia um pouquinho mais claro e brilhante, pelo menos naquele dia.

(A mala de Hana – Uma história real. São Paulo: Melhoramentos, 2007.)

1. No momento retratado pelo texto, os judeus estão vivendo uma série de restrições.
a) troque ideia com os colegas de classe: o que foi o holocausto durante a Segunda Guerra Mundial?
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b) No texto, os judeus foram proibidos de ir ao parque de diversões , aos campos de esportes e parques públicos. O que essas restrições representavam para eles?
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2. Aos poucos, Hana e George iam perdendo os amigos.  Levante hipóteses: por que as outras crianças se afastaram dos dois?
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3. Apesar da situação difícil,  a mãe das duas crianças dizia: “- Nós temos sorte(...) porque temos um grande jardim”.
a) Tomando como base esse comentário, como você caracteriza a mãe das crianças?
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b) O que a fala da mãe faz supor a respeito de outras crianças judias?
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c) O que o jardim representava para os dois irmãos?
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d) Que sentimentos as duas crianças experimentavam?
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4. Ponha-se no lugar das personagens e responda: Qual a importância da Hana e George “ terem um ao   outro” como dizia a mãe?
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5. George tem uma ideia: escrever listas.
a) Que tipos de listas as crianças escrevem?
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b) Para ela, que significado tinha escrever essas listas?
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6. Você já deve ter visto filmes em que as personagens lançam mensagens  ao mar, acondicionadas em garrafas. Em situações assim, com que finalidade as mensagens são enviadas?
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7. No texto, Hana e George acondicionaram as listas dentro de garrafas.
a) Por que as garrafas foram enterradas?
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b) Na sua opinião, as crianças tinham realmente a intenção  de preservar as listas? Por quê?
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c) Quando as crianças escreviam, elas tinham em mente algum leitor em especial?
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8. A obra da qual foi extraído o texto  é baseada em fatos reais. As listas e as garrafas, afinal acabaram cumprido o seu papel? Por quê?
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segunda-feira, 1 de maio de 2017

PRONOME TIRA


A tirinha a seguir questiona o problema das crianças abandonadas. Leia-a com atenção:



a) Qual é a palavra que informa o entendimento geral da criança com relação à fala do menino maluquinho?
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b) Como essa palavra é classificada?
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c) Embora não cite no texto, o pronome pessoal Eles, empregado no primeiro quadrinho, provavelmente, se refere a que pessoas?
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d) Há ainda, no primeiro quadrinho, dois pronomes, quais são eles e como são classificados?
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e) A palavra menor foi empregada inicialmente como substantivo e depois como adjetivo. O que essa palavra revela quando aos sentimentos do menino no terceiro quadrinho?
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