PáginasDESCRITOR

domingo, 14 de maio de 2017

SUBSTANTIVO SIMPLES COMPOSTO, PRIMITIVO, DERIVADO, EXERCÍCIOS


DESCRIÇÃO: SUBSTANTIVO

1) Coloque ( P ) para os substantivos próprios e ( C ) para os substantivos comuns:



a) macarrão (    )
b) Canadá (    )
c) Alemanha  (    )
d) Samanta  (    )
e) teclado  (    )
f) carro (    )
g) relógio (    )
h) Santa Catarina  (    )
i) Maria  (    )
j) sorvete  (    )
k) girassol  (    )
l) Holanda (    )



2) Coloque ( P ) para os substantivos primitivos e ( D ) para os substantivos derivados:



a) flor (    )
b) jardineiro (    )
c) pedreira (    )
d) formigueiro (    )
e) folhagem (    )
f) macarronada (    )
g) macarrão (    )
h) dente (    )
i) amor (    )
j) jornal (    ) 



3) Assinale com um X os substantivos derivados da palavra pedra:



a) pedreiro
b) pedrada 
c) agulha     
d) pedrinha 
e) tijolo 
f) pedregulho
g) casa
h) floresta



4) Classifique os substantivos destacados em: simples ou composto, primitivo ou derivado.
Exemplo: dia = simples e primitivo
a) A claridade entrou no quarto. ______________________________________________________
b) O homem usou a água-de-cheiro. ___________________________________________________
c) Na paz daquela rua, um sabiá pousou na pimenteira. _____________________________________
d) Enquanto as donas-de-casa reclamavam, o homem permaneceu calado. ______________________


5) Complete as frases escrevendo o substantivo coletivo da palavra destacada:
a) O ......................................... de Fernando de Noronha possui mais de 20 ilhas.
b) As palavras do ....................................... estão em ordem alfabética. 
c) Alfredo entregou um .................................. de flores para Catarina.
d) Juliana foi a .....................................comprar alguns discos.
e) Tantos livros assim só encontramos na...............................................


Fonte:http://www.colegionomelini.com.br/

sexta-feira, 5 de maio de 2017

MEUS AMIGOS 8º ANO


Meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam
outra coisa

presença
olhar
lembrançacalor

meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão

INTERPRETAÇÃO

1.Quantas estrofes e quantos versos tem o poema?
______________________________________________________
2. O poema tem rimas finais? Tem rimas internas?
_____________________________________________________
3. A “presença” dos amigos que fica nas mãos do poeta marca – se por duas sensações: uma física e uma psicológica. Identifique – as.
________________________________________________________________
4. É possível afirmar que os traços dessa presença são tão fortes que o poeta não consegue separá – los. Que recurso ele teve de empregar para expressar esse fato?
_______________________________________________________________________
5. Na última estrofe, o poeta omite intencionalmente uma palavra que já ocorreu no texto. Qual palavra?
______________________________________________________________________
6. A palavra mão tem muitos significados em português. Atribua a ela um significado adequado em cada frase:
a) Tinha ótima mão para cerâmica.
b) O poder passou às mãos da oposição.
c) Cuidado! Esta rua não dá mão à esquerda!
d) Acho que esta sua redação tem mão de seu pai…

RESPOSTAS:

1 - Três estrofes; onze versos
2 - Rima final, só na última estrofe: dão/mão. Rimas internas: dão/mão (1ª estrofe); presença/lembrança(calor) (2ª estrofe)
3 - Física: calor; psicológica: lembrança
4 - Um substantivo composto: lembrançacalor.
5 - Mão, no segundo verso.
6 -
a) habilidade, destreza
b) controle
c) sentido em que um veículo deve transitar
d) influência, intervenção


A ESTRANHA PASSAGEIRA

A estranha passageira
Stanislaw Ponte Preta


- O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de voo - e riu nervosinha, coitada.

Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. Lá se ia a oportunidade de ler o romance policial que eu comprara no aeroporto, para me distrair na viagem. Suspirei e fiz de educado respondendo que estava às suas ordens. 

Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente. Gorda como era, custou a se encaixar na poltrona e arrumar todos aqueles pacotes. Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive de realizar essa operação em sua farta cintura.

Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço antes as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. A coisa foi ficando ridícula:

- Para que esse saquinho aí? – foi a pergunta que fez, num tom de voz que parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo.

- É para a senhora usar em caso de necessidade – respondi baixinho.

Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos adivinharam qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou: 

- Uai ...as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro? Alguns passageiros riram, outros – por fineza – fingiram ignorar o lamentável equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas ela era um azougue ( embora com tantas carnes parecesse mais um açougue) e não parava de badalar. Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos por todos os lados 

O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta: 

- Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?

Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.

Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.

Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janelinha para ver a paisagem) e gritou:

- Puxa vida !!!

Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:

- Olha lá embaixo. 

Eu olhei. E ela acrescentou: - Como nós estamos voando alto, moço.

Olha só ... o pessoal lá embaixo parece formiga.

Suspirei e lasquei:

- Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou voo.

VOCABULÁRIO
1) Substitua os termos sublinhados por sinônimos, reescrevendo as frases e fazendo as alterações necessárias.
a) “Lá se ia a oportunidade de ler o romance policial.”
b) “Para me distrair na viagem.”
c) “Suspirei e fiz o bacana.”
d) “Tive que realizar essa operação em sua farta cintura.”
e)” .. a zombar do meu embaraço ...”
f) “Aquela senhora me fazia perguntas aos berros.”
g) “Fingiram ignorar o lamentável equívoco da incômoda passageira.”
h) “Caindo para trás e esparramando embrulhos para todos os lados.”
i) “...para tirarem uma pestana durante a viagem.”
j) “Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do show.”

INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

1. “ É a primeira vez que viajo de avião.” Esta afirmação iria se comprovar durante toda a crônica, tais os “vexames” dados pela senhora. Assinale a frase que não demonstre um deles:
a) “Para que esse saquinho aí?”
b) “No avião não tem banheiro?”
c) “Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?”
d) “Gorda como era, custou a se encaixar na poltrona...”
e) “...mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás...”

2. Por que a senhora pediu que o moço se sentasse ao seu lado?

3. “Para que esse saquinho aí?” – Ao fazer essa pergunta, a passageira:
( ) fez em tom brando para que os outros passageiros não a ouvissem.
( ) fez em tom bem alto para chamar a atenção dos outros passageiros.
( ) fez em tom alto porque ela realmente não sabia sua utilidade.
( ) fez em tom alto para irritar o companheiro que estava ao seu lado

4. “ Suspirei e fiz de educado respondendo que estava às suas ordens”. Os suspiros demonstram nesta passagem:
a) conformação;
b) contrariedade;
c) arrependimento;
d) aborrecimento;
e) raiva.

5. No título da crônica, a passageira é chamada de “estranha”. Outras qualificações podem ser dadas a ela depois que lemos integralmente a crônica. Assinale a que não lhe corresponde:
a) inexperiente;
b) envergonhado;
c) incômoda;
d) embaraçante;
e) ridícula.

6. “Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos... “. Com o verbo “sobraçar” o autor- narrador quer dizer que a madama:
a) levava mais embrulhos do que era possível;
b) levava embrulhos de baixo do braço;
c) carregava um monte de embrulhos que eram abraçados por ela;
d) trazia um monte de embrulhos que eram abraçados por ela;
e) trazia a quantidade de embrulhos que era possível levar nas mãos.

7. “...minha vizinha apertava os olhos e lia qualquer coisa. ”. Com a expressão “apertar os olhos” o narrador quer dizer-nos que a senhora:
a) não enxergava direito;
b) não sabia ler;
c) estava com sono;
d) que a porta de emergência estava longe de onde estavam sentados;
e) que sentia dores nos olhos.

8. Podemos afirmar que a passageira do avião era:
Marque a opção verdadeira.

1- uma elegante senhora 
2- uma senhora gorda e desajeitada.
3- uma dama acostumada a viajar de avião.
4- uma senhora muita acanhada.
5- uma mulher simples, mas curiosa 
6- uma mulher introvertida

( ) somente o item 1 e o item 4 são falsos.
( ) o item 2 e 5 são verdadeiros
( ) o item 2 e 6 são verdadeiros
( ) somente o item 5 é o verdadeiro
( ) o itens 2 ,3, e 4 são falsos
( ) nenhumas das opções estão corretas.

9. De acordo com o texto podemos afirmar que:
( ) todos os passageiros riram da passageira quando esta perguntou sobre a serventia do saquinho.
( ) a passageira falava tão baixo que nem seu amigo da poltrona a escutava direito.
( ) a passageira era muito ingênua, pois não colocava maldades nas perguntas que ela fazia.
( ) a passageira não sabia mesmo a serventia dos saquinhos e nem o que era emergência.
( )a passageira estava se fazendo de ingênua para sacanear os demais passageiros.
( ) o companheiro de banco da passageira era uma senhora muito elegante.

10. Por que o título do texto é “A estranha passageira”?

11. O narrador do texto é um narrador-observador ou narrador-personagem? Comprove com um trecho do texto.

12. Quem são os personagens do texto?

13. Qual é o enredo do texto?


CONTO TEORIA

CARACTERÍSTICAS E ELEMENTOS DO CONTO

O que é conto? O Conto é uma narrativa curta, que gira em torno de um único conflito, tomado já próximo de seu desenlace, e apresenta uma limitação de personagem, de tempo e espaço.
Do verbo latino contare (falar), o conto foi, em sua origem, uma narração oral, podendo ser de um fato verídico ou lendário. Não se sabe ao certo quando ocorreu a passagem da pura narração para a escritura.
Toda narrativa literária é constituída de elementos básicos essenciais que são: enredo, personagem, tempo, espaço e narrador.

ENREDO - é a sequência de eventos. Envolve a ação, o desempenho das personagens. O enredo é também chamado de trama, conflito, intriga e pode mudar o rumo dos acontecimentos.
Toda narrativa se constitui em função de um conflito, uma situação problema. É em torno dessa situação problema ou conflito que as coisas começam a acontecer.
O enredo tradicional, geralmente chamado de linear, apresenta quatro etapas principais que são: apresentação, complicação, clímax e o desfecho.
- Apresentação - apresenta os personagens principais, a história é situada no tempo e no espaço e começa o conflito.
- Complicação - ocorre quando a trama vai se complicando e os personagens vão se envolvendo cada vez mais no conflito.
- Clímax - é o ponto máximo, é o ponto culminante da história.
- Desenlace - é o momento em que se resolve o conflito.

PERSONAGENS - são os agentes, as pessoas que estão envolvidas na narrativa, os que desempenham as funções ativas da narrativa.
Cada personagem tem uma função na história. Assim, as personagens vão se desenvolvendo, vão dizendo o que pensam, o que sentem, o que fazem, o que não fazem, enfim, o que acontece com eles. Geralmente os personagens imitam seres humanos, mas podem também surgir histórias em que representam outros seres como animais, robôs, seres extraterrestres, os elementos da própria natureza, princípios éticos e outros seres.
Tipologia dos personagens: podem ser classificadas de acordo com o papel que elas exercem na história; podendo ser protagonista, antagonista, secundário e figurante.
- Protagonista - é o personagem principal do episódio.
- Antagonista - é o personagem que gera o conflito, que cria o clima de tensão, é aquele que se opõe ao personagem principal.
- Secundário - são as personagens que exercem certa influência no desenrolar dos acontecimentos e auxiliam o protagonista e antagonista, também são chamados de coadjuvantes.
- Figurante - são os que ajudam a compor o cenário e não têm quase importância nenhuma na história.

TEMPO - Toda narrativa tem um tempo de duração, desenvolve-se dentro desse determinado tempo, gerando o movimento da história.

ESPAÇO - é o cenário onde a história acontece, podendo o espaço ser físico, sociocultural e psicológico.

NARRADOR - é a voz que conta a história. Existem dois tipos de narrador: o narrador em primeira pessoa e o narrador em terceira pessoa.
- Narrador em primeira pessoa é aquele que participa da história, é também personagem.
- Narrador em terceira pessoa é o narrador que conta a história de outro, ele não participa da história.


(Adaptado do site: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010_unioeste_port_pdp_celina_de_andrade.pdf)

CONTO A SOPA DE PEDRA 7º ANO

Pedro Malasartes e a Sopa de Pedra

Um dia, Pedro Malasartes vinha pela estrada com fome e chegou a uma casa onde morava uma velha muito pão-dura.

- Sou um pobre viajante faminto e cansado. Venho andando de muito longe, há três anos, três meses, três semanas, três dias, três noites, três horas…

- Pare com isso e diga logo o que quer – interrompeu a mulher.

- É que estou com fome. Será que a senhora podia me ajudar?

- Não tem nada de comer nesta casa – foi logo dizendo a velha.

Ele olhou em volta, viu um curral cheio de vacas, um galinheiro cheio de galinhas, umas gaiolas cheias de coelhos, um chiqueiro cheio de porcos. E mais uma horta muito bem cuidada, um pomar com árvores carregadinhas de frutas, um milharal viçoso, uma roça de mandioca.

- Não, a senhora entendeu mal. Eu não preciso de comida, não. Só queria era uma panela emprestada e um pouco d’água. Se a senhora me deixar usar seu fogão, eu já estou satisfeito. Porque aqui no chão tem muita pedra, e isso me basta. Eu faço uma sopa de pedra maravilhosa e nunca preciso de mais nada, já fico de barriga cheia.

Desse jeito, ela não tinha como negar. Então deixou. Meio de má vontade, mas deixou. Só repetiu:

- Sopa de pedra?

- É… – disse ele, se abaixando para pegar uma pedra no chão. – Com esta pedra aqui eu faço a sopa mais deliciosa do mundo. O importante é lavar bem, esfregar bem esfregadinho e deixar a pedra bem limpa antes de botar na panela.

E Malasartes então tratou de lavar bem a pedra, como disse. Em seguida, encheu a panela com água, pôs a pedra dentro e botou tudo no fogo. Quando a água começou a ferver, ele provou e disse:

- É… até que não está ruim… Só não ficar boa mesmo, de verdade, porque não tem sal.

- Não seja por isso – disse a velha. – Eu tenho e lhe dou uma pitada.

- Ótimo. Com um pouquinho de cebola e alho, fica melhor ainda.

- Não seja por isso – disse ela. – Eu lhe arrumo.

-E um temperinho verde, de horta, será que não tem? Dá gostinho especial na sopa…

- Vá lá, não é por isso que essa sua sopa vai ficar sem gosto.

Foi pegar tudo o que Pedro Malasartes pediu e voltou depressa para o lado dele. Estava louca para aprendera a fazer aquela sopa. Podia ser mesmo uma sorte receber aquele viajante em casa. Se ele lhe ensinasse a se alimentar só com uma sopa feita de pedra e água, com certeza ela ia economizar muito daí por diante.

Mas não pôde ficar muito tempo na beira do fogão, observando. Porque logo que Pedro jogou os ingredientes na panela e deu uma mexida, ele tornou a provar e fez uma cara de quem estava em dúvida.

- O que foi? – perguntou a mulher.

- Não sei bem. Parece que falta alguma coisa neste caldo. Talvez um pedacinho de carne ou de lingüiça…

- Não seja por isso – respondeu ela. – Se é uma sopa tão maravilhosa e tão econômica assim, não vai ser por um pedacinho de carne que vamos perder essa maravilha.

Foi lá dentro e voltou com um pedaço de carne, outro de paio e uma lingüiça. Malasartes jogou tudo dentro da panela. Deixou cozinhar mais um pouquinho e então respirou fundo:

- Está começando a ficar cheirosa, não acha?

- É mesmo – concordou a velha, interessada.

- O problema é que vai ficar meio sem graça assim branquela, sem cor. O gosto está bom, mas fica sempre melhor quando a gente tem um pouco de colorido para enfeitar. Um pedaço de abóbora, umas folhas de couve, de repolho, uma cenourinha, uma batatinha… mas isso não é mesmo muito importante, a senhora não acha? É só aparência…

A mulher, louca para aprender bem a fazer aquela sopa preciosa, foi dizendo:

- Não seja por isso. Vou ali na horta buscar.

Voltou carregada de tudo o que ele pediu e mais um nabo, dois maxixes, uma batata-doce, um chuchu, uma espiga de milho. Até uma banada-da-terra. A essa altura, ela já não se limitava ficar olhando. Tratava de ajudar mesmo, para andar depressa e também para ela ter certeza de que não estava perdendo nenhuma etapa da preparação daquele prato tão maravilhoso e econômico. Por isso, foi logo lavando todas as verduras para tirar a terra e limpar bem, descascou o que era de descascar, e foi passando para Pedro, que cortava e jogava na panela.

E o fogo, ó, ia esquentando. E a água, ó, ia fervendo. E a sopa, ó, ia borbulhando.

Os dois esperavam, sentindo aquele cheiro ótimo. De vez em quando Malasartes provava. E suspirava:

- Hum! Está ficando gostosa…

- Está mesmo um cheiro delicioso – concordava a velha.

Daí a pouco, ele provou de novo e concluiu:

- Pronto! Agora está perfeita! Uma delícia! É só tomar.

A velha trouxe dois pratos fundos, e ele serviu. Ela ficou olhando, para ver o que ele fazia com a pedra, mas Pedro deixou a pedra na panela.

-E a pedra? – perguntou.

- A gente joga fora.

 (Conto Brasileiro por Ana Maria Machado)

1. IDENTIFIQUE OS PERSONAGENS.
__________________________________________________________________________

2. DESCREVA:

A. SITUAÇÃO INICIAL;
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

B. O CONFLITO;
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

C. O DESFECHO.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. TRANSCREVA MARCADORES TEMPORAIS.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.  INDIQUE A CARACTERÍSTICA MAIS MARCANTE:

A. DE PEDRO MALASARTES E JUSTIFIQUE;
___________________________________________________________________________

B. DA VELHA E JUSTIFIQUE.
___________________________________________________________________________

5. PODE-SE AFIRMAR QUE ESTE TEXTO PERTENCE AO GÊNERO CONTO POPULAR? ENUMERE ELEMENTOS PARA JUSTIFICAR-SE.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. OS CONTOS POPULARES, MUITAS VEZES, TRAZEM, EM MEIO À NARRATIVA, ENSINAMENTOS DA CULTURA POPULAR. QUAL PODERIA SER O DESTA NARRATIVA? EXPLIQUE.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. QUAL O FOCO NARRATIVO? TRANSCREVA UM TRECHO PARA COMPROVAR.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. IDENTIFIQUE O TEMPO DOS VERBOS NO INDICATIVO:
a. chegou:......................................................................
b.morava:....................................................................
c. estou:......................................................................
d. venho:...................................................................
e. pediu:..................................................................
f. estava:................................................................

9. Passe os verbos destacados nas frases abaixo para o futuro do presente e para o futuro do pretérito:
a) Chegou em casa.
.................................................................................................
b) Ele olhou em volta.
....................................................................................................
c) A senhora entendeu mal.
....................................................................................................
d) Pedro repetiu a frase.
................................................................................................



Ler mais: http://portuguesvillare.webnode.com.br/a6o-ano/textos/

A MORTE DA TARTARUGA 6º ANO

A morte da tartaruga
    O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino.
    — Cuidado, senão você acorda seu pai!
    Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, uma bicicleta, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.
    Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, reclamando, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse:
    — Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que eu faço. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito.
    O pai examinou a situação e propôs:
    — Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta, não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá dentro com o pai.
    O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou na poltrona, botou o garoto no colo e disse:
    — Eu sei que você sente a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas vamos fazer pra ela um grande funeral. (Empregou de propósito a palavra difícil).
    O menininho parou imediatamente de chorar.
    — O que é funeral?
    O pai lhe explicou que era um enterro.
    — Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, muitas balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velas, cantamos “Parabéns pra você” para a tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu.
    — Isso é que é funeral? Vamos fazer isso!
    O garotinho estava com outra cara.
    — Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá do céu, não vai? Olha, eu vou apanhá-la.
    Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal.
    — Papai, vem cá, ela está viva!
    O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava andando de novo, normalmente.
    — Ela está viva! - disse o pai – Não vamos ter que fazer o funeral!
    — Vamos, sim, papai! – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – Eu mato ela!!!

FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1997.


QUESTÕES

1. Vocabulário: indique outro significado equivalente para os termos sublinhados no texto.
a) "ficou penalizada": 
___________________________________________________
b) "não se conformava":
____________________________________________________
c) "depôs":
___________________________________________________
d) "vou apanhá-la":
_________________________________________________

2.A mãe gostava da tartaruga? Justifique, de acordo com o texto.
____________________________________________________________________

3. O menininho parece ser bem pequeno. Explique essa afirmação, com base (sem copiar!) em duas informações do texto.
 __________________________________________________________________________
4. No 3º parágrafo, há o seguinte trecho: "A mãe lhe prometeu um carrinho, uma bicicleta, lhe prometeu uma surra". Por que a mãe começou prometendo brinquedos e terminou ameaçando castigo ao menino?
 ______________________________________________________________________
5. Por que o menininho parou de chorar?
______________________________________________________________________

6.  "— Papai, vem cá, ela está viva!". Nesse trecho, que sentimento, provavelmente, o leitor espera que o menino tenha?
 _______________________________________________________________________
7. E como o menino ficou, ao constatar que a tartaruga estava viva? Por quê?
___________________________________________________________________

8. Elabore um parágrafo, posicionando-se a respeito da atitude do menininho, em querer matar a tartaruga.
________________________________________________________________________

PARA QUE NINGUÉM A QUISESSE INTERPRETAÇÃO

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou lhe os longos cabelos.

Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda. COLASANTI, Marina. "Para que ninguém a quisesse". 
In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. P. 111-2.

1. Em relação às tipologias textuais, podemos classificar o texto: Para que ninguém a quisesse,  como:
A. Narração          B. descrição           
C. dissertação        D. receita.

2. De acordo com o texto acima, responda:
A. O que levou o homem a tomar  algumas atitudes em relação à mulher?
B. Que atitudes ele tomou em relação à mulher?
C. Como a mulher  reagiu às atitudes do homem?
D. Por que os personagens do texto são tratados por mulher e homem?
E. Você considera as atitudes do marido “uma forma de violência”? Como agir diante de um fato dessa natureza?

3. O sentido de MIMETIZAR no texto, é:
A. adaptar-se aos móveis, objetos e coisas da casa.
B. expressar-se através de mímicas.
C. exprimir-se através de gestos.
D. empenhar-se em dissimular doenças.

4.De acordo com o texto, podemos inferir que:
A. todas as atitudes do homem em relação à mulher foram de respeito e carinho.
B. apesar de todas as investidas do homem em modificar a mulher, ele continuou a seduzir os homens.
C. a mulher reagiu às atitudes do homem e tornou-se dona de  seu próprio destino.
D. as ações do homem demonstram a insegurança dele em relação à mulher.

5. Imagine que você é a/o autora/autor desse  texto e crie outro final para ele.

6. A pontuação é importante para o que se quer afirmar em uma informação. Pontue a frase abaixo de duas formas, em uma,  torne-a feminista, em outra, machista.
·         Se os homens soubessem o valor que têm as mulheres andariam de quatro.

7. Na frase: “pegou a tesoura e tosquiou lhe os longos cabelos.”  a  palavra em negrito tem como referente:
A. mulher                  B. tesoura                 
C. roupas                   D. passagem.

8. Na frase: “...Esquiva como um gato”, temos uma relação de:
A. causa                    
B. explicação               
C. comparação          
D. conformidade

9. O título do texto “  Para que ninguém a quisesse traz uma ideia de:

A. finalidade                
B. causa                 
C. condição                
D. Adição

 10. O texto é narrado em:
A.  1ª pessoa    do singular        
B. 3ª pessoa do singular   
C. 1ª pessoa do plural                

D. 3ª pessoa do plural.