PáginasDESCRITOR

quarta-feira, 18 de março de 2020

CONTO OS DOIS PAPUDOS INTERPRETAÇÃO COM GABARITO


https://armazemdetexto.blogspot.com/2019/08/conto-os-dois-papudos-ruth-guimaraes.html


CONTO: OS DOIS PAPUDOS

           
    Ruth Guimarães

        Vivia numa povoação um alegre papudo, estimado de todos, muito folgazão e boêmio. Não o impedia o papo de soltar grandes risadas. Pouco se lhe dava que o achassem feio, ou o chamassem de papudo. A verdade é que o tal papo o incomodava, mas o que não tem remédio remediado está, filosofava ele. E vamos tocar viola, e vamos amanhecer nos fandangos, viva a alegria, minha gente, que se vive uma vez só.
        Certo dia, foi ao povoado vizinho, a uma festa de casamento, levando embaixo do braço a inseparável viola. Demorou mais que de costume, bebeu uns tragos a mais, porém não deixou de voltar para casa, pois era tão trabalhador quanto festeiro, e tinha que pegar no serviço no outro dia bem cedo.
       Havia luar. Num grande estirão avistava a estrada larga, as touceiras de mato. Passava o gambá por perto dele, e o tatu, roncando, e voava baixo, silenciosamente, a corujinha campeira. O papudo não sentia medo. Andava em paz com Deus e com os Homens. Os animais, que adivinham nele um homem de coração compassivo, também não tinham medo dele.
       De repente, ao virar numa curva, viu embaixo da figueira brava, ramalhuda, uma roda de anões cantando. Todos com capuzes vermelhos, cachimbo com a brasa luzindo, a barba branca comprida, descendo até a altura do peito.
        -- O que será aquilo?
       Por um instante teve algum temor. Mas era tarde para fugir. Os foliões já o tinham visto. E, se se tratava de festa, isto era com ele. Saltou decidido para o meio da roda, empunhando a viola.
       -- Eu também sei cantar.
       Enquanto pinicava as cordas, prestava atenção às palavras dos dançarinos. Eles entoavam:
      Segunda, terça
      Quarta, quinta...
      E tornavam ao começo:
      Segunda, terça
      Quarta, quinta...
      E assim sempre, numa musiquinha muito cacete. Acostumado aos desafios, a improvisar, o papudo esperou a sua deixa. Assim que os anões começaram:
      Segunda, terça
      Quarta, quinta...
      Ele emendou:
      Sexta, sábado
      Domundo também.
      A roda pegou fogo. Os pequenos duendes barbudos gostaram da novidade. Rodopiavam cantando numa animação delirante, e foi assim a noite toda. E o papudo tocando e dançando.
      De madrugada, ao primeiro cantar do galo, a roda se desfez. O mais velho deles, e que parecia o chefe, perguntou-lhe:
       -- Que é que você quer, em paga de ter tocado para nós?
       -- Eu até que me diverti com esta festa - replicou o papudo.
       -- Mas peça qualquer coisa.
       -- Posso pedir seja o que for?
       -- Pode.
       -- Eu queria - disse ele, meio hesitante - queria me ver livre deste papo, que me incomoda muito.
      Um anãozinho agarrou o papo com as duas mãos, subiu pelo peito do papudo, firmou bem os pés, deu um arrancão.
      O papudo fechou os olhos.
      -- Agora eles me matam.
      De repente sentiu o pescoço leve. Abriu os olhos. Os anõezinhos tinham sumido. Não ouviu mais nada. Meio cinzento, despontava o dia.
       "Sonhei", pensou ele. "Bebi demais naquele casamento."
       Passou a mão pelo pescoço, estava liso, sem excrescência nenhuma.
       "Agora fiquei mais bonito", pensou também, muito satisfeito.
       E aí deu com o papo jogado em cima do cupim.
       Agarrou a viola e foi para casa.
       Imagine-se a sensação que não foi, o papudo amanhecer, sem mais nem menos, sem o papo.
      -- Que milagre foi esse? - perguntavam.
      Papudo ria, papudo cantava, continuava folgazão como sempre, mas não contava a aventura, de medo que o chamassem de louco, e não acreditassem.
      Esse moço tinha um compadre, que também era papudo.
      E tanto apertou o amigo, e tanto falou:
      -- Eu também quero me ver livre desse aleijão. Quero ficar bonito, e arranjar uma namorada. Você não é amigo.
      Foi assim, até que o moço lhe contou tudo.
      O outro encarou, incrédulo.
      -- Verdade?
      -- Verdade.
      -- O anão falou que você podia pedir o que quisesse?
      -- Falou.
      -- E você em vez de pedir riquezas, pediu para ficar sem o papo?
      -- Ora, pobreza não me incomoda, mas o papo incomodava.
      -- Mas você é louco. Você é um burro. Pedisse riqueza. Quem é rico, que é que tem o papo? Quem se incomoda com papo? Eu, se fosse rico, me casaria com uma mulher bonita, do mesmo jeito.     Você é bobo. Onde é esse lugar, onde você encontrou os fantasmas?
      O outro preveniu:
      -- Compadre, você vai lá com esganação, vai ofender os anõezinhos, e ainda se arrepende.
      -- Nada disso. Você o que é, é um egoísta. Está formoso, que se danem os outros.
      Aí o moço encolheu os ombros e falou:
      -- Sua alma, sua palma. Vá lá, depois não se queixe.
      Ensinou onde era, o compadre invejoso agarrou a viola e foi, noite alta, direitinho como o outro tinha feito. Também era noite de luar. Também dançou a noite inteira, cantando. Ao primeiro cantar do galo a roda se desfez.
      -- Que é que você quer, em paga de ter tocado para nós?
      O papudo deu uma piscadela maliciosa para o anão e falou, esfregando o indicador e o polegar, no gesto clássico, que significa dinheiro:
      -- Eu quero aquilo que o meu compadre não quis.
      Um anãozinho foi ao cupim, tirou o papo do outro que estava lá, e grudou em cima do papo do invejoso.
      E assim, por sua louca ambição, ele ficou com dois papos.

                                                 GUIMARÃES, Ruth (org.). Lendas e fábulas do Brasil, 4. ed. São Paulo: Cultrix, 1972.

Fonte: Livro - Para Viver Juntos - Português - 6º ano - Ensino Fundamental- Anos Finais - Edições SM - p.50 a 53..
Entendendo o conto:



01 – Em que lugar ocorre a história que você leu? Copie trechos do texto que justifiquem sua resposta.
      Em um povoado rural. “Num grande estirão avistava a estrada larga, as touceiras do mato”.

02 – O conto trata de dois homens que tinham uma característica que os diferenciava das outras pessoas.
a)   Que característica era essa?
Os dois homens eram papudos.

b)   A característica dessas personagens tem muita importância para o desenvolvimento do enredo. Que conflito ela desencadeia?
Os dois homens querem se livrar do papo que possuem, pois o papo é considerado um defeito físico.

c)   Havia alguma reação dos amigos e conhecidos em relação à característica das personagens? Que reação era essa?
Pode-se perceber no primeiro parágrafo que todos chamavam uma das personagens de papudo e o achavam feio, mas ele não dava atenção a isso.

d)   Ao longo do conto, pode-se perceber uma oposição entre as duas personagens principais. Qual é a diferença entre elas?
Um era alegre, de bem com a vida; o outro, ganancioso.

e)   O conto fala da transformação das personagens. Quem favorece a transformação delas?
Os duendes da floresta, seres mágicos que cumprem desejos.

03 – No final do conto, as características das duas personagens principais se modificam.
a)   Que mudanças o texto aponta em cada uma?
O primeiro homem fica livre do papo. O segundo tem seu papo duplicado.

b)   Por que essas mudanças ocorreram?
Porque os duendes atenderam aos pedidos conforme o entendimento deles.

04 – De que maneira a festança com os duendes colaborou para a transformação dos papudos?
      Durante a festa, os duendes divertiam-se muito e quiseram retribuir a alegria recebida. Por isso satisfizeram o desejo dos homens.

a)   Como eram as festas descritas na história? O que acontecia nelas?
Tinha muita bebida, canto, dança e se estendiam até a madrugada.

05 – Releia o seguinte trecho:
        “Por um instante teve algum temor. Mas era tarde para fugir. Os foliões já o tinham visto. E, se se tratava de festa, isto era com ele. Saltou decidido para o meio da roda, empunhando a viola.”

a)   Quem eram os foliões aos quais o trecho se refere?
Os duendes.

b)   Que estratégia a personagem usou para se defender dos foliões?
Usou sua viola, tocando e alegrando o ambiente.

c)   Como se caracteriza, no texto, o ambiente onde se passa a ação?
Repleto de alegria e de elementos mágicos.

06 – O que a expressão “Vivia numa povoação um alegre papudo” indica sobre a narrativa?
      O início do texto, com o tempo verbal de “vivia”, indica que a história ocorreu em uma época passada, não determinada.

07 – Quanto tempo duraram os fatos narrados na história?
      Não é possível determinar o tempo exato de duração dos acontecimentos, mas é possível supor que foram duas noites. No conto popular, não há marcas exatas de duração temporal do acontecimento.

08 – Quais outras expressões de tempo aparecem no texto?
      “Certo dia”; “por um instante”; “e assim sempre”; “de madrugada”; “ao primeiro cantar do galo”.

09 – Que efeito a ausência dessas expressões pode causar na narrativa?
      Se as expressões forem omitidas na narrativa, o leitor terá dificuldade em compreender a sequência dos acontecimentos.

10 – Leia o trecho a seguir, retirado do conto Os dois papudos.  
         "Enquanto pinicava as cordas, prestava atenção às palavras dos dançarinos. Eles entoavam: Segunda, terça Quarta, quinta".

a)    Identifique uma expressão utilizada nesse trecho que faça referência a uma das ações realizadas pelo papudo.
Enquanto pinicava as cordas.

b)    Considerando a situação apresentada no conto, o que essa expressão significa?
Tocando um instrumento de cordas.

c)    Reescreva a frase em qual a expressão é utilizada, substituindo-a pelo significado indicado na resposta anterior.
Enquanto tocava instrumentos de cordas...

d)    Após a reescrita, qual mudança é possível observar na frase?
Mais clareza de sentido.

e)    Por que será que, ao recontar a história, essa expressão foi usada?
Apenas para melhor identificar o tipo de texto.

f)      Qual é a relação entre o uso dessa expressão e o fato de o texto ser um conto popular?
Porque melhor identifica a linguagem não padrão.

O LOBO DO MAR GABARITO CONTO, INTERPRETAÇÃO, 6º ANO













O QUE VEM A SEGUIR

Historia a seguir é parte do quarto capítulo do livro 0 lobo do mar. Publicado em 1904, o ro­mance conta as aventuras de Humphrey van Weyden, um jovem resgatado pelo navio Ghost após um naufrágio. Na embarcação, ele é obrigado a assumir funções pesadas e tem de lidar com o capitão Wolf Larsen. 0 que poderá  acontecer com Humphrey ao servir chá e pães ao capitão Larsen?





O lobo do mar
       O que aconteceu comigo na escuna de caça a foca Ghost a partir daquele momento, à medida que eu tentava me adaptar ao ambiente, é uma historia de Dores e humilhações. O cozinheiro, que era chamado de "doutor" pela tripulação, "Tommy" pelos caçadores e "Mestre-Cuca" por Wolf Larsen, se transformou em outra pessoa. Minha mudança de posição no grupo correspondeu a uma mudança de seu tratamento. Antes servil e bajulador, agora se revelava tirânico e belicoso. Em suma, eu já não era mais o belo cavalheiro com uma pele "de moca",  mas apenas um camaroteiro ordinário e totalmente imprestável.
       Ele insistia, absurdamente, que eu me dirigisse a ele como sr. Mugridge, e en­quanto me explicava os meus deveres assumiu uma postura e um comportamento insuportáveis. Além de trabalhar na cabine, com seus quatro pequenos camaro­tes, eu deveria servir de assistente na cozinha, e minha colossal ignorância no que dizia respeito a coisas como descascar batatas ou levar pandas engorduradas dava pano para intermináveis alfinetadas. Ele se recusava a levar em consideração quem eu era, ou antes o tipo de vida e as coisas as quais eu estava acostumado. Essa foi em parte a atitude que ele decidiu adotar com relação a mim, e confesso que antes de o dia acabar eu já o odiava como nunca odiei alguém na vida.
       0 primeiro dia foi ainda mais difícil para mim porque o Ghost, com as velas enrizadas (tipo de termo que só fui aprender mais, tarde), arfava através do que o Sr. Mugridge chamou de "um sudoeste cortante". As cinco e meia, seguindo suas orientações, botei a mesa na cabine, distribuindo as bandejas de segurança apro­priadas ao mau tempo, e trouxe o chá e a comida pronta da cozinha. N5o posso dei­xar de relatar aqui a minha primeira experiência com um mar que invadia o navio.
      — Preste atenção ou vai tomar um banho — foi a injunção proferida por Mu­gridge quando sal da cozinha trazendo um grande bule de chá em uma das mãos e vários pães recém-saídos do forno embaixo do outro braço. Naquele momento um dos caçadores, um sujeito alto e desengonçado chamado Henderson, estava vindo da baiuca (como os caçadores denominavam jocosamente seus aposentos situados a meia-nau) em direção a cabine na parte traseira do navio. Wolf Larsen estava fumando seu charuto eterno na popa.
        — La vem ela! Saiam da frente! — gritou o cozinheiro.
Estanquei na mesma hora, ignorando o que se passava, e vi a porta da cozi­nha fechar com estrondo. Depois vi Henderson pular como louco ate o mastro maior e trepar nele ate ficar um metro acima da minha cabeça. Também vi uma onda enorme e espumante se erguendo bem acima do nível da amurada, prestes a quebrar. Eu estava bem embaixo dela. Minha mente não reagiu tempo, tudo era ainda muito estranho e novo. Compreendi que corria perigo,
e só Fiquei ali parado, tremendo. Finalmente, Wolf Larsen gritou na popa:
- Segure-se em alguma coisa, Hump!
Mas era tarde demais. Me precipitei em direção aos mastros, aos quais poderia ter me agarrado, mas antes disso a parede d'agua despencou em cima de mim. O que aconteceu depois foi bastante confuso. Eu estava submerso, sem ar, me afogando. Tinha sido derrubado e estava sendo revirado e arrastado não sei em direção a que. Me choquei contra diversas coisas duras e sofri uma pancada terrível no joelho direito. De repente, a inundação foi embora e voltei a respirar o bendito ar. Tinha sido jogado contra a cozinha e arrastado ao redor da escada da baiuca, de barlavento ate o embornal a sotavento. A dor no joelho ferido era atroz. Não podia mais apoiar meu peso nele, ou pelo menos foi o que pensei; tive certeza de que minha perna estava quebrada. Mas o cozinheiro já vinha atrás de mim gritando da porta da cozinha que abria a sotavento:
Ei. você! Vai ficar ai ganindo a noite toda? Onde esta a panela? Deixou cair no mar? Teria sido melhor ter quebrado o pescoço!
Levantei com dificuldade. Ainda estava com a chaleira grande na moo. Voltei mancando ate a cozinha e a entreguei para ele. Mas ele estava tornado de indignação, real ou fingida.
Que Deus me cegue se você não e o major palerma que já nasceu. Me diga, você serve pra alguma coisa? Hein? Você serve pra alguma coisa? Não consegue nem levar um pouco de chá ate a popa sem derrubar tudo. Agora preciso ferver mais. E por que esta choramingando? - ele continuou com fúria renovada. —
porque machucou a patinha, não é, queridinho da mamãe?
Eu não estava choramingando, embora fosse provável que meu rosto estivesse enrugado e retorcido de dor. Mas fiz das tripas coração, cerrei os dentes e con­tinuei cambaleando de um lado a outro, entre a cozinha e a cabine, sem mais surpresas. 0 acidente teve dois resultados: uma rotula contundida, que ficou sem cuidados e continuou doendo por meses, e o apelido de Hump, por causa da ma­neira como Wolf Larsen havia se dirigido a mim no tombadilho. Este passou a ser meu nome de uma ponta a outra do navio. Com o tempo, a alcunha fincou raízes em meu pensamento e passei a me identificar com ela, me vendo como Hump, como se Hump eu fosse e sempre houvesse sido.

Jack London. 0 lobo do mar. Tradução de Daniel Patera. Rio de Janeiro: Zahar, 2013. E-book.

1. Antes da leitura, você imaginou o que poderia acontecer com Humphrey ao ser­vir chá e pães ao capitão  Wolf Larsen. Sua hipótese se confirmou? Justifique.
................................................................................................................................

2. Releia o primeiro paragrafo. 0 que evidenciou a mudança de comportamento do sr. Mugridge em relação a Humphrey?
.............................................................................................................................

3. No episódio lido, qual era o desafio de Humphrey? Ele conseguiu cumpri-lo?
..........................................................................................................................

4. Copie no caderno e complete o quadro abaixo, destacando as ações e as características de cada personagem no trecho lido.
Humphrey :.......................................................................................................................
Sr. Mugridge:..................................................................................................................
Wolf Larsen:.............................................................................................................................
Henderson:.................................................................................................................................

5. Com base na questão anterior, responda:
a) Quem são o protagonista e o antagonista no trecho lido?
.......................................................................................................................
b) Personagens secundárias são aquelas que têm uma participação menor na história. Quem são elas na narrativa que você leu?
............................................................................................................................

Releia o trecho a seguir.
“Eu não estava choramingando, embora fosse provável que meu rosto estivesse enrugado e retorcido de dor. Mas fiz das tripas coração, cerrei os dentes e continuei cambaleando de um lado a outro, entre a cozinha e a cabine, sem mais surpresas.”

a) Como você descreveria, após ler o trecho, a relação de Humphrey com os desafios vividos?
.................................................................................................................................
b)  Em narrativas de aventura, geralmente, as personagens apresentam quali­dades como coragem, force, habilidade, inteligência a determinação. Entre essas características, quais se aplicam a Humphrey? F quais não se aplicam?
..................................................................................................................................

7. Que marca Wolf Larsen deixa na vida de Humphrey?
..............................................................................................................................

8. Qual e o espaço em que se passa o episódio contado por Humphrey?
...................................................................................................................................

9. Quais são os desafios que esse espaço e o contexto oferecem ao protagonista?
......................................................................................................................................

10. Você ache que essa aventura teria sido diferente se Humphrey tivesse ido pa­rar em uma ilha deserta? Explique.
..........................................................................................................................


RESPOSTAS E COMENTÃRICS

1.            Resposta pessoal Professor, ve¬rifique a hipótese de leitura dos alunos e cheque a compreensão global do texto.

2.            inicialmente, Humphrey era um náufrago convidado. Core o tempo, ele passou a ser tratado como um subordinado pelo sr, Mugridge.

3.            Levar comida até a cabine. Não, porque uma onda o derrubou.

Humprey_ Ao levar comida para a cabine. cai e se machuca: ë inabi-lidoso ria trabalho. Sr Mugridge. Cozinheiro que ordena a tarefa a Humprey e o humilha: é autoritá¬rio e desagradável Wolf Larsen Ajuda o sr. Mugridge a humilhar Humphrey: é cruel. Henderson• Segura-se num mastro para ten¬tar salvar-se da onda; é esperto.

5.            Humphrey e o protagonista; e sr Mugridge, o antagonista. Pro¬fessor, explique aos alunos que, no livro, o antagonista principal_ é Wolf Larsen. No entanto, o trecho estudado mostra a oposição entre o cozinheiro e Humphrey.

b) Wolf Larsen e 1-lenderson.

6.            a) Possibilidade de resposta: O tre-cho demonstra a persistência de Humphrey em vencer obstáculos

b) Pode-se dizer que Humphrey é inteligente e determinado, mas não é muito habilidoso.

7.            O apelido Hump, que, com o tem¬po, se inscreveu na personalidade e na autoimagem da personagem.

8.            Um navio em alto-mar.

9.            Lidar com a tripulação e com os aspectos da navegação e aprender os afazeres do navio.

10. Resposta pessoal. espqra-se que os alunos percebam que o espaço determina a historia. Em uma ilha deserta os desafios poderiam ser a solidao e a sobrevivenvia na ilha.

COCOBOLO CONTO INTERPRETAÇÃO 6º ANO


Aventuras em um universo peculiar
O trecho do conto que você vai ler se passa na China Antiga e narra a aventura de Zheng, um chinês que deseja descobrir a ilha misteriosa de Cocobolo, onde seu pai teria desaparecido. Zheng acredita que a ilha possui valiosos tesouros e a cura para sua estranha doença. Será que Zheng encontrará a ilha?


Cocobolo
        Ao longo da expedição, a tripulação entrou em contato com outras embarcações, em busca de informações sobre Cocobolo. [...]
         E assim a viagem prosseguiu por meses. A tripulação ficou inquieta, e houve ameaças veladas de motim. O imediato insistiu com Zheng para que ele desistisse.
       — Se a ilha fosse real, a essa altura já a teríamos encontrado — disse o imediato.
       Zheng suplicou por mais tempo. Ele passou aquela noite rezando por sonhos pro­féticos e, no dia seguinte, se dirigiu à coberta e encostou a orelha na parede do casco, tentando ouvir o canto de baleias. Sem ouvir cantos ou ter sonhos, Zheng começou a entrar em desespero. Se voltasse para casa de mãos vazias, sem dinheiro e sem uma cura, certamente a esposa o deixaria, a família o evitaria e os investidores se recusa­riam a financiá-lo, levando-o ao fracasso completo.
       Zheng parou na proa do navio, desanimado, e ficou contemplando a turbulenta água verde. Sentiu uma vontade repentina de nadar. E, dessa vez, não a reprimiu.
Ele atingiu a água com uma força incrível. A corrente forte e absurdamente gelada o puxava para baixo.
       Zheng não lutou contra a força da água. Então percebeu que estava se afogando.
Da escuridão emergiu um olho gigante suspenso em uma parede de carne cinza. Era uma baleia, indo rapidamente na direção de Zheng. Quando ia colidir com ele, a baleia mergulhou e desapareceu de vista. Na mesma hora os pés de Zheng
atingiram algo sólido — era a baleia o empurrando por baixo, impulsionando-o para cima.
        Eles romperam a superfície juntos, com Zheng tossindo água
dos pulmões. Alguém do navio jogou uma corda para ele, que a amarrou na cintura, mas, quando estava sendo puxado, ouviu a baleia cantar.
Seu canto dizia: Siga-me.
Quando estava sendo erguido para o convés, Zheng viu que a baleia saíra nadando. Estava tremendo de frio e sem fôlego, mas encontrou energia para gritar:
— Sigam aquela baleia!
       O Improvável desfraldou as velas e partiu em perseguição. Eles a se­guiram por todo aquele dia e também durante a noite, marcando a po­sição da baleia pela névoa de seu respiradouro. Quando o sol nasceu, avistaram uma ilha no horizonte — uma ilha que não aparecia no mapa.
     Só podia ser Cocobolo.
      Eles navegaram naquela direção o mais rápido que o vento permitia, e o que havia sido um mero ponto no horizonte foi crescendo com o passar do dia. Mas a noite caiu antes que conseguissem alcançá-la, e quando o sol tornou a nascer, a ilha não passava de um ponto distante.
     - É exatamente como disseram: ela se move maravilhou-se Zheng.
Foram três dias perseguindo a ilha. A cada dia eles chegavam a uma proximidade tentadora, só para vê-la escapar toda noite. Então um vento forte os empurrou, deixando o Improvável mais veloz que nunca, e final­mente conseguiram chegar até ela. Ancoraram em uma enseada arenosa bem quando o sol se punha no horizonte.
      Fazia meses que Zheng sonhava com a ilha Cocobolo, e deixara que seus sonhos corressem soltos, mas a realidade não era parecida com nada do que ele imaginara: não havia cachoeiras de ouro se derramando no mar, nenhuma encosta reluzindo com árvores carregadas de rubis. Era uma coleção irregular de colinas desinteressantes cobertas de vege­tação densa, similar às milhares de ilhas pelas quais ele havia passado em suas viagens. O mais decepcionante foi não haver sinal da expedição de seu pai. Zheng havia imaginado encontrar o navio de Liu Zhi [pai de Zhengj semiafundado em alguma enseada, e o próprio homem, isolado em uma ilha deserta por vinte anos, esperando pelo filho em uma praia, com a cura nas mãos. Mas só havia uma meia-lua de areia branca e um muro de palmeiras ondeando ao vento.
Ransom Riggs. Contos peculiares. Rio de Janeiro; Intrínseca, 2016. E-book
1. Que motivos levaram Zheng a seguir em expedição para Cocobolo?
...................................................................................................................................................
2. Nesse trecho, Zheng teve sucesso na busca pela ilha? Justifique.
....................................................................................................................................................
3. Para encontrar Cocobolo, Zheng teve a ajuda de uma baleia, que o salvou de um afogamento e o guiou até a ilha.
a)   Esse acontecimento é algo possível de acontecer na vida real?
..................................................................................................................................................
b)   Nas narrativas, quando os eventos não obedecem à lógica do mundo real, dizemos que há um elemento fantástico na história. Identifique outro elemento com essa característica na narrativa lida.
.............................................................................................................................................
4. Qual foi o maior obstáculo encontrado por Zheng para atingir seu objetivo?
...........................................................................................................................
5. O elemento fantástico teve papel decisivo no conto? Por quê?
.........................................................................................................................
6. Compare o conto "Cocobolo" com Moby Dick, considerando o espaço da narrativa, a personagem principal, o clímax e os elementos fantásticos.
...............................................................................................................................
7. Qual é sua personagem favorita: Ahab ou Zheng? Justifique sua resposta.
...............................................................................................................................

CABOLOLO PAGINA 17

1.         Zheng queria encontrar um tesou¬ro, curar sua estranha doença e encontrar seu pai, que havia desa¬parecido havia muitos anos.

2.         Zheng foi parcialmente bem-su-cedido. Embora tenha conseguido encontrar Cocobolo, quando che¬gou lá, não havia riquezas, não en¬controu seu pai, nem a cura para sua doença.

3.         a) Não. Ë peculiar e improvável de acontecer na vida real

b) Um dos elementos fantásticos da história é o fato de Cocobolo mudar de Lugar.

4.         O fato de a ilha se deslocar

5.         Sim, pois a dificuldade de Zheng em encontrar a ilha (elemento fantástico) e a maneira como ele a encontra são dois pontos decisivos na história.

6.         Espaço: as duas se passam no mar. Personagem principal: Ahab é autoritário e movido pelo sen-timento de vingança, enquanto Zheng é conciliador e movido so¬bretudo por uma causa nobre. Climax: nas duas narrativas, o mar é um elemento que contribui para criar um clima de tensão e perigo, especialmente quando os protagonistas caem na água. Elementos fantásticos: em Moby Dick, os acontecimentos são mais próximos da realidade e não há elementos fantásticos. Já em "Co¬cobolo", o elemento fantástico é, de fato, determinante para o de¬senrolar da história.

7.         Resposta pessoal Professor, nes¬te momento, deixe que os alunos revelem as preferências deles

 

RESPOSTAS E COMENTÁRIOS PAGINA 18

1. a) Não fica claro se Ahab disse isso para alguém, para si mesmo ou apenas em pensamento Ele parece intuir a chegada da baleia Moby Dick

b)        Aos subordinados, a fim de aler-tá-los para a presença de Moby Dick e para vigiarem a baleia.

c)         Resposta pessoal_ Professor, é possivel que os alunos imaginem Ahab fazendo gestos e com os braços direcionados à ponte; além disso, a expressão facial mais sé¬ria, enfatizando a ordem.

d)        Sim. Ele poderia comunicar a ordem utilizando apenas gestos.

2. a) Na primeira imagem, notamos que a pessoa representada expres¬sa certo desespero. Na segunda imagem, Monica exprime amor e carinho por seus pais, que, por sua vez, expressam o sentimento de felicidade Na primeira imagem, podemos observar tais sentimentos por meio da expressão facial e do gesto. Na segunda imagem, além do gesto e da expressão facial, há dois corações, que nos revelam o sentimento observado

b) As duas imagens não utilizam nenhuma palavra escrita para exprimir uma mensagem ao in¬terlocutor