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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

CONTO - NA DELEGACIA - DRUMMOND -

 CONTO - NA DELEGACIA

          Madame, queira comparecer com urgência ao Distrito. Seu filho está detido aqui.

          -Como? O senhor ligou errado. Meu filho detido? Meu filho vive há seis meses na Bélgica, estudando Física.

          -E a senhora só tem esse?

          -Bom, tenho também o Caçulinha, de dez anos.

          - Pois é o Caçulinha.

          - O senhor está brincando comigo. Não acho graça nenhuma. Então um menino de dez anos foi parar na Polícia?

          - Madame vem aqui e nós explicamos.

          A senhora correu ao Distrito, apavorada. Lá estava o Caçulinha, cabeça baixa, silencioso.

          - Meu filho, mas você não foi ao colégio? Que foi que aconteceu?

          Não se mostrou inclinado a responder,

          -Que foi que meu filho fez, seu comissário? Ele roubou? Ele matou?

          - Estava com um colega fazendo bagunça numa casa velha da Rua Soares Cabral. Uma senhora que mora em frente telefonou avisando, e nós trouxemos os dois para cá. O outro garoto já foi entregue à mãe dele. Mas este diz que não quer voltar para casa.

          A mãe sentiu uma espada muito fina atravessar-lhe o peito.

          -Que é isso meu filho? Você não quer voltar para casa?

          Continuava mudo.

          -Eu disse a ele, madame - continuou o comissário - que se não voltasse para casa teria de ser entregue ao Juiz de Menores. Ele me perguntou o que é o Juiz de Menores. Eu expliquei, ele disse que ia pensar.

          - Meu filho, meu filhinho - disse a senhora, com voz trêmula - então você não quer mais ficar com a gente? Prefere ser entregue ao Juiz de Menores?

          Caçulinha conservava-se na retranca. O policial conduziu a senhora para outra sala.

          - O que esses garotos estavam fazendo é muito perigoso. Brincavam de explorar uma casa abandonada, onde à noite dormem marginais. Madame compreende, é preciso passar um susto nos dois.

          A senhora voltou para perto de Caçulinha, transformada:

          - Sai daí já seu vagabundo, e vamos para casa.

          O mudo recuperou a fala:

          - Eu não posso voltar, mãe.

          - Não pode? Espera aí que eu te dou o não-pode.

          E levou-o pelo braço, ríspida. Na rua, Caçulinha tentou negociar:

          - A senhora me deixa passar na Soares Cabral? Deixando, eu volto direto para casa, não faço mais besteira.

          - Passar em Soares Cabral, depois desse vexame? Você está louco.

          -Eu preciso mãe. Tenho de pegar uma coisa lá.

          -Que coisa?

          - Não sei, mas tenho de pegar. Senão me chamam de covarde. Aceitei o desafio dos colegas, e se não trouxer um troço da casa velha para eles, fico desmoralizado.

          -Que troço?

          -O pessoal diz que lá tem ferros para torturar escravo, essas coisas. Eu e o Edgar estávamos procurando, ele mais como testemunha, eu como explorador. Mãe, a senhora quer ver seu filho sujo no colégio, quer? Tenho de levar nem que seja um pedaço de cano velho, uma fechadura, uma telha.

          A mãe estacou para pensar. Seu filho sujo no colégio?

          Nunca. Mas e o perigo dos marginais? E a polícia? E seu marido? Vá tudo para o inferno. Tomou uma resolução macha, e disse para Caçulinha:

          -Quer saber de uma coisa? Eu vou com você a Soares Cabral.

 

Em: O Poder Ultra Jovem -Ed. José Olímpio 1974)

 

 

1. Qual o título do texto?

______________________________________

2. Qual o nome do autor?

___________________________________________________

3. Quando foi publicado?

___________________________________________________

 

4. Quais sao os personagens?

________________________________________________________

 

5. Qual o espaço da narrativa (Onde aconteceu a história)?

_________________________________________________________

 

6. De acordo com o contexto qual poderia ser o significado da expressão destacada: “- Não pode? Espera aí que eu te dou o não-pode.”

_________________________________________________________

7. O que a mãe quis dizer com a frase: “Eu vou com você a Soares Cabral.”

__________________________________________________________

8. Por que “A mãe sentiu uma espada muito fina atravessar-lhe o peito.” ?

_______________________________________________________________

 

9. Você já ouviu algum relato parecido com o da história narrada no que se refere a criança entrar em casa abandonada? Comente.

______________________________________________________________

 

10. Qual das personagem ( o comissário, a mãe, o caçulinha, o narrador) disse os fragmentos abaixo.

a) - O que esses garotos estavam fazendo é muito perigoso.

________________________________________________________

b) A senhora voltou para perto do Caçulinha, transformada:

________________________________________________________

c) - Sai daí já seu vagabundo, e vamos para casa.

________________________________________________________

d) - Eu não posso voltar, mãe.

________________________________________________________

 

 

 

 

11. Faça um resumo sobre o enredo (os fatos narrados).

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

 

12. O texto lido pertence a qual gênero textual?

a) conto

b) lenda

c) mito

d) fábula

 

13. Qual a tipologia textual?

a) narração, pois conta uma história.

b) descrição, pois descreve uma paisagem

c) argumentação, pois defende uma idéia com argumentos

d) injunção, pois orienta a como realizar um procedimento

 

 

14. Marque a alternativa que apresenta um fato.

a) O senhor ligou errado.

b) - O senhor está brincando comigo.

c) O outro garoto já foi entregue à mãe dele.

d) - Eu não posso voltar, mãe.

 

15. “Mas este diz que não quer voltar para casa.” O pronome este se refere:

a) O outro menino.

b) O comissário.

c) O caçulinha.

d) Soares Cabral

 

16. A leitura dos dois primeiro parágrafos nos permite inferir que:

a) A família do menino era rica.

b) A família do menino era pobre.

c) O filho já havia sido preso antes.

d) O comissário ligou errado.

 

17. O nome do menino que estava com o Caçulinha era:

a) Nelson

b) Cabral

c) Edmar

d) Edigar

 

18. “Caçulinha conservava-se na retranca.” A expressão destacada significa:

a) na defensiva

b) na ofensiva

c) entristecido

d) desmotivado

 

 

19. Abaixo há três verbos no tempo passado e um no tempo presente. Assinale a alternativa que apresenta o verbo no presente.

a) fez

b) está

c) roubou

d) estava

 

20. Qual das alternativas apresenta um advérbio que intensidade:

a) lá

b) muito

c) aqui

d) cá

 

GABARITO

1. Na delegacia

2. Carlos Drummond de Andrade

3. 1974

4. O Comissário, o Caçulinha e a Madame.

5. Um Distrito

6. Uma cintada, uns tapas...

7. Ela iria com ele a casa abandonada.

8. Porque o filho não queria voltar para casa.

9. Resposta pessoal.

10. O Comissário.

11. A mãe é avisada por um Comissário que seu filho está detido. O menino havia invadido uma casa abandonada. O menino se recusa a voltar para casa sem entrar na casa abandonada. A mãe decide ir com o filho a casa abandonada.

 

12. A

13. A

14. C

15. C

16. A

17. D

18. A

19. B

20. B

____________________________________________________

SUGESTÕES OU CORREÇÕES, POSTAR NOS COMENTÁRIOS.

CONTO – DEPOIS DO JANTAR – DRUMMOND – VIOLÊNCIA

 

CONTO – DEPOIS DO JANTAR – DRUMMOND – VIOLÊNCIA

 

          Também, que idéia a sua: andar a pé, margeando a Lagoa Rodrigo de Freitas, depois do jantar.

          O vulto caminhava em sua direção, chegou bem perto, estacou à sua frente. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.

          — Não tenho trocado. Mas tenho cigarros. Quer um?

          — Não fumo, respondeu o outro.

          Então ele queria é saber as horas. Levantou o antebraço esquerdo, consultou o relógio:

          — 9 e 17… 9 e 20, talvez. Andaram mexendo nele lá em casa.

          — Não estou querendo saber quantas horas são. Prefiro o relógio.

          — Como?

          — Já disse. Vai passando o relógio.

          — Mas …

          — Quer que eu mesmo tire? Pode machucar.

          — Não. Eu tiro sozinho. Quer dizer… Estou meio sem jeito. Essa fivelinha enguiça quando menos se espera. Por favor, me ajude.

          O outro ajudou, a pulseira não era mesmo fácil de desatar. Afinal, o relógio mudou de dono.

          — Agora posso continuar?

          — Continuar o quê?

          — O passeio. Eu estava passeando, não viu?

          — Vi, sim. Espera um pouco.

          — Esperar o quê?

          — Passa a carteira.

          — Mas…

          — Quer que eu também ajude a tirar? Você não faz nada sozinho, nessa idade?

          — Não é isso. Eu pensava que o relógio fosse bastante. Não é um relógio qualquer, veja bem. Coisa fina. Ainda não acabei de pagar…

          — E eu com isso? Então vou deixar o serviço pela metade?

          — Bom, eu tiro a carteira. Mas vamos fazer um trato.

          — Diga.

          — Tou com dois mil cruzeiros. Lhe dou mil e fico com mil.

          — Engraçadinho, hem? Desde quando o assaltante reparte com o assaltado o produto do assalto?

          — Mas você não se identificou como assaltante. Como é que eu podia saber?

          — É que eu não gosto de assustar. Sou contra isso de encostar o metal na testa do cara. Sou civilizado, manja?

          — Por isso mesmo que é civilizado, você podia rachar comigo o dinheiro. Ele me faz falta, palavra de honra.

          — Pera aí. Se você acha que é preciso mostrar revólver, eu mostro.

          — Não precisa, não precisa.

          — Essa de rachar o legume… Pensa um pouco, amizade. Você está querendo me assaltar, e diz isso com a maior cara-de-pau.

          — Eu, assaltar?! Se o dinheiro é meu, então estou assaltando a mim mesmo.

          — Calma. Não baralha mais as coisas. Sou eu o assaltante, não sou?

          — Claro.

          — Você, o assaltado. Certo?

          — Confere.

          — Então deixa de poesia e passa pra cá os dois mil. Se é que são só dois mil.

          — Acha que eu minto? Olha aqui as quatro notas de quinhentos. Veja se tem mais dinheiro na carteira. Se achar uma nota de 10, de cinco cruzeiros, de um, tudo é seu. Quando eu confundi você com um, mendigo (desculpe, não reparei bem) e disse que não tinha trocado, é porque não tinha trocado mesmo.

          — Tá bom, não se discute.

          — Vamos, procure nos… nos escaninhos.

          — Sei lá o que é isso. Também não gosto de mexer nos guardados dos outros. Você me passa a carteira, ela fica sendo minha, aí eu mexo nela à vontade.

          — Deixe ao menos tirar os documentos?

          — Deixo. Pode até ficar com a carteira. Eu não coleciono. Mas rachar com você, isso de jeito nenhum. É contra as regras.

          — Nem uma de quinhentos? Uma só.

          — Nada. O mais que eu posso fazer é dar dinheiro pro ônibus. Mas nem isso você precisa. Pela pinta se vê que mora perto.

          — Nem eu ia aceitar dinheiro de você.

          — Orgulhoso, hem? Fique sabendo que tenho ajudado muita gente neste mundo. Bom, tudo legal. Até outra vez. Mas antes, uma lembrancinha.

          Sacou da arma e deu-lhe um tiro no pé.

 

Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Os dias lindos. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1977, p.54.

 

1. Qual o título do texto?

______________________________________

2. Qual o nome do autor?

___________________________________________________

3. Quando foi publicado?

___________________________________________________

 

4. Quais ao os personagens?

________________________________________________________

 

5. Qual o espaço da narrativa (Onde aconteceu a história)?

_________________________________________________________

 

6. Qual o tempo da narrativa (Quando aconteceu a história)?

________________________________________________________

 

7. As palavras destacadas são exemplos de linguagem INFORMAL, reescreva-as na linguagem FORMAL.

a) PERA

________________________________

b) BOM

________________________________

c) TOU COM DOIS MIL CRUZEIROS

_______________________________________________________________

 

8. Outra característica da linguagem INFORMAL é o uso de gírias. Explique o significado das gírias abaixo.

a) Sou contra isso de encostar o METAL na testa do CARA.

__________________________________________

b) MANJA?

_______________________________

 

9. Qual das personagem ( assaltante, vítima, narrador) disse os fragmentos abaixo.

a) Vai passando o relógio

_________________________________________

b) Eu estava passeando

________________________________________

c) O outro ajudou

________________________________________

 

 

10. Faça um resumo sobre o enredo ( os fato narrados).

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

11. Qual a situação inicial (apresentação da  personagem, espaço e tempo) ?

______________________________________________________________

 

12. Qual o conflito (problema que surge)?

______________________________________________________________

 

13. Qual o assunto abordado no texto?

a) desigualdade social

b) preconceito

c) violência

d) machismo

 

14. Qual o gênero textual?

a) conto

b) lenda

c) mito

d) fábula

 

15. Qual a tipologia textual?

a) narração, pois conta uma história.

b) descrição, pois descreve uma paisagem

c) argumentação, pois defende uma idéia com argumentos

d) injunção, pois orienta a como realizar um procedimento

 

 

16. Marque a alternativa que apresenta um fato.

a) Decerto ia pedir-lhe um auxílio.

b) Não fumo, respondeu o outro.

a) Eu pensava que o relógio fosse o bastante.

b) Pensa um pouco, amizade. Você está querendo me assaltar.

 

17.  — 9 e 17… 9 e 20, talvez. Andaram mexendo nele lá em casa. A palavra destacada se refere:

a) ao ladrão

b) à vitima

c) ao relógio

d) ao cigarro

 

18. Também, que idéia a sua: andar a pé, margeando a Lagoa Rodrigo de Freitas, depois do jantar. Esse fragmento nos permite inferir que:

a) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar perigoso à noite.

b) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar bonito à noite.

c) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar poluído.

d) a Lagoa Rodrigo de Freitas é um lugar seguro.

 

 

19. Até outra vez. Mas antes, uma lembrancinha. No texto a expressão destacada significa.

a) um presente

b) o relógio

c) a carteira

d) um tiro.

 

20. Assinale a alternativa que apresenta um verbo no tempo presente.

a) caminhava

b) chegou

c) tenho

d) respondeu

 

21. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.  O advérbio DECERTO indica:

a) dúvida

b) certeza

c) negação

d) intensidade

 

22. Decerto ia pedir-lhe um auxílio.  O advérbio DECERTO mantendo o mesmo sentido pode ser substituído por:

a) talvez

b) sim

c) não

d) muito

 

GABARITO:

 

1. Depois do jantar.

2. Carlos Drummond de Andrade

3. 1977

4. O assaltante e a vítima

5. Lagoa Rodrigo de Freitas

6. À noite, depois do jantar

7.

a) Espera

b) Está

c) Estou

8.

a) Arma, pessoa.

b) Entende, compreende?

 

9.

a) Assaltante

b) Vítima

c) narrador

 

10. A vÍtima está passeando. Aparece um assaltante. A vítima e assaltada. O assaltante dá um tiro no pé da vítima.

 

11. A vítima está passeando à noite, na Lagoa Rodrigo de Freitas.

12. Aparece um assaltante.

13. C

14. A

15. A

16. B

17. C

18. A

19. D

20 C

21. A

22. A

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terça-feira, 30 de janeiro de 2024

CONTO – A BELEZA TOTAL – DRUMMOND – ASSUNTO : PADRÕES DE BELEZA

 

          CONTO – A BELEZA TOTAL – DRUMMOND – PADRÕES DE BELEZA

          A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.

            A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.

            O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito.

            Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves.

 Carlos Drummond de Andrade – CONTOS PLAUSIVEIS – PAG.31

1. O assunto do conto é uma crítica;

a) à vaidade das pessoas

b) aos padrões de beleza

c) à violência contra a mulher

c) ao machismo 

2. A beleza de Gertrudes de modo figurado foi para ela:

a) um prêmio

b) uma dádiva

c) uma prisão

d) um obséquio

 

3. Qual das alternativas NÃO apresenta uma consequência da beleza de Gertrudes.

a) A moça já não podia sair à rua

b) A moça não podia chegar a janela

c) A moça não podia ver seu corpo todo no espelho

d) a moça não podia viver confinada.

 4. “Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino FATAL: a extrema beleza.” A palavra FATAL nesse contexto permite inferir que:

a) os homens se matam por causa da beleza das mulheres.

b) as mulheres são oprimidas pelos homens.

c) as mulheres são oprimidas pelos padrões de beleza.

d) os homens aprisionam as mulheres.

5. Qual das alternativas apresenta o significado de PASMAVAM.

a) admiravam

b) emanavam

c) paravam

d) sonhavam

6. O texto apresenta um conflito, ou seja, um problema. Qual é o conflito do texto?

_______________________________________________________________

 

7. Qual fragmento do texto indica que Gertrudes morreu?

_______________________________________________________________

 

GABARITO:

1.B

2.C

3.D

4.C

5.A

6. A beleza de  Gertrudes.

7. um dia cerrou os olhos para sempre. 

PARTE 2

FOTE: https://www.tudosaladeaula.com/2022/06/atividade-os-elementos-da-narrativa-com-gabarito.html

 

1. Qual o elemento da narrativa é responsável em apresentar o conteúdo e a trama do texto?

a) Personagem.

b) Narrador.

c) Desfecho.

d) Enredo.

 

2. Localize no texto os seguintes elementos da narrativa:

 

a) Personagem principal (protagonista).

___________________________

 

 

 

b) Personagens (secundários).

___________________________

 

c) Foco narrativo (narrador observador ou personagem).

___________________________

 

d) Enredo (linear ou não linear).

___________________________

 

 

3. Escreva um trecho do texto que comprova o tipo de narrador no conto de Carlos Drummond.

___________________________

 

4. O narrador, ao caracterizar a personagem, descreve-a de forma física e psicologicamente. Assinale a alternativa cuja descrição é considerada psicológica.

a) “... este era o seu destino fatal: a extrema beleza...”

b) “... a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado...”

c) “E era feliz, sabendo-se incomparável.”

d) “A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo...”

 

5. Qual fato é responsável pelo conflito do texto?

a) Gertrudes não poder sair às ruas.

b) O fascínio da beleza de Gertrudes.

c) O confinamento da moça no salão.

d) A aprovação de uma lei pelo senado.

 

6. O que provocou a morte de Gertrudes?

a) A falta de ar puro.

b) A extrema beleza.

c) A beleza ter saído do corpo.

d) O suicídio do mordomo.

 

 

7. Localize no texto uma expressão que indica:

 

a) A situação inicial.

_________________________

 

b) O desfecho do conflito.

_________________________

 

c) A situação final.

_________________________

 

 

8. Quais ambientes foram escolhidos pelo autor que serviram de cenário para a narrativa?

_________________________

 

9. Enumere os acontecimentos abaixo pela ordem em que eles se sucedem na narrativa.

 

(   ) A proibição de Gertrudes em chegar à janela.

 

(   ) A beleza de Gertrudes fechada a sete chaves.

 

(   ) O espelho do banheiro partiu-se em mil estilhaços.

 

(   ) O engarrafamento monstro que durou uma semana.

 

(   ) O confinamento da moça em um salão sem ar puro.

 

(   ) A aprovação de uma lei de emergência pelo senado.

 

10. Sobre o texto, assinale a alternativa VERDADEIRA:

a) O texto se utiliza do discurso direto para apresentar as falas dos personagens.

b) A narrativa não apresenta o motivo que levou ao suicídio do mordomo da casa.

c) Apesar da morte de Gertrudes, sua beleza continuou viva, todavia, bem guardada.

d) A demora de Gertrudes em retomar para casa resultou em um engarrafamento de carros.

 

GABARITO

1D /

2.

a) Gertrudes,

b) Os condutores, a mãe e o mordomo,

c) Narrador observador,

d) Enredo linear. /

3. "Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa" (Professor, considere outras respostas). /

4C /

5B /

6A /

7.

a) " A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas.",

b) "O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão." ,

c) "O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves." /

8. A casa de Gertrudes, o banheiro, a rua, o salão e o jazido. /

9. (4),(6), (1), (2), (5), (3) /

10C

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CRÔNICA – PAI É PAI, MÃE É MÃE - HUMOR - PAPÉIS SOCIAIS

 

CRÔNICA – PAI É PAI, MÃE É MÃE -

 

            Domingo de manhã, o patriarca da família estava tranquilamente na sala lendo o jornal. Era um domingo muito bonito e ensolarado e a casa estava feliz e muito agitada.

            Entre uma notícia aqui, uma reportagem ali, as folhas do periódico frequentemente se agitavam porque sempre passava alguém correndo... O pessoal realmente estava muito animado.

            - Mãe, você viu a minha blusa branca? Já secou as minhas meias? Perguntou a menina do meio.

            - Manhê! Olha aqui o Daniel. Ele não me deixa jogar o vídeo game. Reclamou um dos garotos menores.

            - Ô mãe! Deu pra senhora pegar aquele meu documento? A senhora vai fazer batata frita hoje? Perguntou o garoto mais velho.

            Ele começou a pensar:

            Puxa vida! Ser pai é algo meio ingrato. A gente faz de tudo para agradar os filhos, mas parece que a gente é invisível. Parece até que, para os filhos, a gente nem existe. Eles só têm olhos para a mãe. Isso de certa forma é uma coisa muito chata. Enquanto o pai ainda pensava sobre esses complexos assuntos familiares a menina mais velha o chamou:

             - Pai?

            Imediatamente ele pensou:

            Seu exagerado! Onde já se viu! Depois de velho deu pra ficar ai todo cheio de sensibilidades e achando que ninguém gosta de você... Que ninguém precisa mais de você... Era só o que faltava! Desse jeito vou acabar virando um velho rabugento e que só sabe reclamar...

            - Pai!...Paiêêêê!...Acorda pai!...Tô falando com você. Disse novamente a menina.

            - Oi, filha? Você me chamou? Perguntou todo feliz o genitor, que, agora, por causa do inesperado chamado da moça, já não estava assim tão triste.

            - Pai!...Você sabe onde está a mãe? Perguntou a simpática garota.

 

Edilson Rodrigues Silva: https://recantodacronica.blogspot.com/2012/05/o-pai-e-pai-paca-e-paca-historias.html

 

 

 

1. Quando aconteceu o evento narrado?

__________________________________________

 

2. Quanto tempo aproximadamente durou esse evento narrado?

__________________________________________

 

3. O que havia deixado o pai triste?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

4. O humor presente no texto ocorre de que forma?

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

5. De acordo com o texto, qual o significado das palavras patriarca e genitor?

_______________________

 

6. Observe a linguagem do narrador e a linguagem da menina:

Narrador: Domingo de manhã, o patriarca da família estava...

Menina: - Pai!...Paiêêêê!...Acorda pai!...Tô falando com você.

Qual das duas linguagens apresenta características da linguagem informal?

_______________________________________________

 

7. No texto há referência sobre qual assunto?

a) A violência doméstica.

b) Os papéis sociais de mãe e pai

c) a desigualdade social

d) a velhice

 

GABARITO;

1. Domingo de manhã.

2. Aproximadamente uma hora.

3. Ele estava se achando sem importância.

4. O pai fica feliz quando a filha o chama, mas ela pergunta se ele sabe onde está a mãe.

5. Pai

6. A linguagem da menina.

7. B

 

 

 

Dramatização

https://www.youtube.com/watch?v=n1-NEDTTqtg

 

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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

MINICONTO - DEUS SABE O QUE FAZ - VILELA

 

Deus sabe o que faz – Luiz Vilela

 

          Deus sabe o que faz e por isso a criança nasceu cega, mas Deus sabe o que faz e ela cresceu forte e sadia, não teve coqueluche nem bronquite como os outros filhos.

          O mais velho, aos vinte e poucos anos já vivia na pinga, cometeu um crime e foi parar na cadeia.

          A menina cresceu, virou moça, casou, traiu o marido, separou, virou prostituta.

          O cego tinha o ouvido bom e aprendeu a tocar violão e aos quinze anos já tocava violão como ninguém, um verdadeiro artista, porque Deus sabe o que faz.

         E para tudo nesse mundo há uma compensação, e assim enquanto o irmão estava na cadeia e a irmã no bordel, o cego foi ganhando nome e dinheiro com seu violão e seu ouvido, que era melhor do que o ouvido de qualquer pessoa normal.

         E os pais, que eram pobres e às vezes não tinham nem o que comer, tinham agora dinheiro bastante para se darem ao luxo de comprar um rádio, onde escutaram transmitido da cidade vizinha o programa do Mozart do violão, como o batizara o chefe da banda de música local que, tão logo conheceu o rapaz, tornou-se seu empresário, deixando a banda para revelar aos quatro cantos do mundo o maior gênio do violão de todos os tempos.

         Até que um dia sumiu para os quatro cantos do mundo com o dinheiro das apresentações, mas Deus sabe o que faz, e se o empresário fugiu, uma linda moça se apaixonou pelo rapaz e prometeu fazer a felicidade dele para o resto da vida.

         E assim, enquanto os dois, casados e morando numa modesta casinha, viviam felizes, a irmã, que era perfeita e bonita, envelhecia prematuramente no bordel e o irmão, que era perfeito e bonitão, saíra da cadeia, não achara emprego e vivia ao léu.

         Até que conheceu a mulher do cego e se apaixonou loucamente por ela.

         O cego tocava na maior altura para não ouvir os beijos dos dois na sala – até que as cordas rebentaram, até que ele rebentou o ouvido com um tiro.                                                    

 

Adaptado de: VILELA, Luiz. Tremor de terra. Rio de Janeiro: Publifolha, 2003.

 

 

 

1. O fragmento que revela ironia no texto é:

a) O cego tinha o ouvido bom.

b) Deus sabe o que faz.

c) Um verdadeiro artista.

d) Ela cresceu forte e sadia.

 

2. Assinale a alternativa ERRADA.

a) O cego era chamado de Mozart do violão.

b) O empresário fugiu com o dinheiro do cego.

c) O cego tocava na banda de música local.

d) O cego vivia feliz com a sua esposa.

 

 

3. Quais as características físicas dos personagens abaixo:

a) a irmã

__________________________________________

b) o irmão

__________________________________________

c) o cego

__________________________________________

 

4. Quais as características comportamentais podemos atribuir aos personagens abaixo:

a) a irmã

__________________________________________

b) o irmão

__________________________________________

c) o cego

__________________________________________

 

 

5. De acordo com o texto quais doenças os outros filhos tiveram?

_______________________________________________________________

 

6. Que objeto foi usado para mostrar de maneira figurada que o cego não suportava mais a traição?

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GABARITO

1. B

2. C

3.

a) Perfeita e bonita.

b) Perfeito e bonito.

c) Forte e sadio

 

4.

a) Infiel, preguiçosa...

b) Assassino, bêbado, falso...

c) Bom, paciente...

 

5. Coqueluche e bronquite

6. As cordas do violam rebentaram.

 

 

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MINICONTO – GATO PRETO – ASSUNTO: SUPERSTIÇÃO

 

MINICONTO – GATO PRETO – ASSUNTO SUPERSTIÇÃO

 

           Era um gato mais preto que carvão. Esse era seu problema, ter nascido preto. Gatinho carinhoso gostava quando o dono acariciava sua cabeça.

          Nesse Natal decidiu visitar a vizinhança. Um ignorante o seguiu jogando-lhe pedras. O gato corria, o ignorante agachou-se e pegou uma pedra grande, o gato saltou. Ruído de vidros quebrados, acertou um carro de polícia. Da janela, o gato e o dono olhavam o homem enquanto era algemado. O ignorante gritou:

          _ Já dizia minha mãe “gato preto dá azar.”

         O dono do gato escutou e gritou:

          _ Então mantenha-se longe desta casa!

         E o gato apoiando o dono:

         _ Miau, miau, miau.

https://www.bonde.com.br/blogs/bondinho-dos-livros/gato-preto-miniconto-de-isabel-furini--235328.html

 

 

 

1. O melhor significado para a palavra IGNORANTE NO TEXTO é:

a) aquele que é rude ou mal-educado; estúpido, grosseiro.

b) aquele que é ingênuo ou que não tem malícia; crédulo, tolo.

c) aquele que não tem conhecimento, instrução ou cultura; bronco.

d) aquele que não tem conhecimentos ou prática de determinada matéria

 

2. Confirme sua resposta com um fragmento do texto.

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3. O assunto PRINCIPAL do texto é:

a) A violência.

b) A superstição.

c) O natal.

d) O gato.

 

4. Confirme sua resposta com um fragmento do texto.

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5. Que pontuação foi usada pelo narrador para marcar a fala:  

a) do homem ignorante

__________________________________

b) da mãe do homem ignorante.

__________________________________

 

6. Que verbo foi usado pelo narrador para anunciar a fala do:

a) do homem ignorante

__________________________________

b) da mãe do homem ignorante.

__________________________________

 

7. Além do assunto principal, assinale outros assuntos secundários abordados no texto.

(A) violência contra os animais

(B) violência policial

(C) ignorância

 

8. Qual dos fragmentos apresenta HUMOR no texto?

a) Era um gato mais preto que carvão.

b) Já dizia minha mãe “gato preto dá azar.”

c) Nesse Natal decidiu visitar a vizinhança.

d) o gato saltou.

 

GABARITO;

1. B

 

2. _ Já dizia minha mãe “gato preto dá azar.”

 

3. B

 

4. Esse era seu problema, ter nascido preto.

 

5.

a) Dois pontos e travessão.

b) Aspas.

 

6.

a) Gritou.

b) Dizia.

 

7. A, C.

 

8. B

 

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