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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

SOPA DE MACARRÃO CEREJA INTERPRETAÇÃO 8º ANO

Sopa de macarrão

O filho olha emburrado o prato vazio,  o pai pergunta se não está com fome.
— Com fome eu tô, não to é com vontade de comer comida de velho.
Lá da cozinha a mãe diz que decretou ― De-cre-tei! — que ou ele come legumes e verduras, ou vai passar fome.
— Não quero filho meu engordando agora para ter problemas de saúde depois. Só quer batata frita e carne, carne e batata frita!
Ela vem com a travessa de bifes, o pai tira um, ela senta e tira o outro, o filho continua com o prato vazio.
— Nos Estados Unidos — continua ela — um jornalista passou um mês comendo só fastfood, engordou mais de seis quilos!
— E como é que ele agüentou um mês só comendo isso?! — perguntou o pai, o filho responde:
— Porque é gostoso! — E pega com nojo uma folhinha de alface, põe no prato e fica olhando como se fosse um bicho.
A mãe diz que é preciso ao menos experimentar para saber o que é ou não gostoso, e o pai diz que, quando era da idade dele, comia cenoura crua, pepino, manga verde com sal, comia até milho verde cru
— E devorava o cozido de legumes da sua avó! E essa alface? Pra comer, é preciso botar na boca..
O filho enfia a alface na boca, mastiga fazendo careta, pega um bife, a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta:
— Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo!
— Ele continua olhando o prato vazio, até que resmunga:
— Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim?
O pai diz que isso é da idade, o importante é ter saúde.
— E você, se continuar comendo só fritura, carne, doce e refrigerante, na nossa idade vai pesar mais de cem quilos!
— No Japão — resmunga ele — podia ser lutador de sumo e ganhar uma nota.
— E no Natal — cantarola a mãe — vai ser Papai Noel né? E Rei Momo no carnaval...
— Não tripudie — diz o pai. — Ele ainda vai comer de tudo. Quando eu era menino,detestava sopa. Aí um dia minha mãe fez sopa com macarrão de letrinhas, passei a gostar de sopa!
O filho pergunta o que é macarrão de letrinhas, o pai explica. Ele põe na boca uma rodela de tomate, o pai e a mãe trocam um vitorioso olhar. O pai faz uma voz doce:
— Está descobrindo que salada é gostoso, não está?
— Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que tomate também é nojento.
— Mas catchup você come não é? Pois é feito de tomate!
— E ele também não come ovo — emenda a mãe — mas come maionese, que é feita de ovo!
O filho continua olhando o prato vazio.
— Coma ao menos feijão com arroz — diz o pai.
Ele pega uma colher de feijão, outra de arroz dizendo que viu um filme onde num campo de concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver... Mastiga tristemente, até que o pai lhe bota o bife no prato de novo, mas a mãe retira novamente:
— Ou salada ou nada! Sem chantagem sentimental!
O pai come dolorosamente, a mãe come furiosamente, o filho olha o prato tristemente.
Depois a mãe retira a comida, ele continua olhando a mesa vazia. Na cozinha, o pai sussura para ela:
— Mas ele comeu duas folhas de alface, não pode comer dois pedaços de bife?!...
Ela diz que de jeito nenhum, desta vez é pra valer; então o pai vai ler o jornal, mas de passagem pelo filho, pergunta se ele não quer um sanduíche de bife — com salada, claro. Não, diz o filho, só quer saber de uma coisa da tal sopa de letras. O pai se anima:
— Pergunte, pergunte!
— Você podia escrever o que quisesse com as letras no prato?
— Claro! Por que, o que você quer escrever?
— Hambúrguer, maionese e catchup
É teimoso que nem o pai, diz a mãe. Teimoso é quem teima comigo, diz o pai. O filho vai para o quarto, só sai na hora da janta: sopa de macarrão. Então, vai escrevendo, e engolindo as palavras: escravidão, carrascos, nojo, e enfim escreve amor, o pai e mãe lacrimejam, mas ele explica:
— Ainda não acabei, tá faltando letra pra escrever: amo rosbife com batata frita...
Domingos Pellegrini – Crônica brasileira contemporânea. São Paulo:
Salamandra, 2005. P.210-3.
Estudo do texto

Ø   COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
1.    O texto apresenta uma família à mesa, na hora do almoço. Porém, há um conflito: o filho está com fome, mas não tem vontade de comer “comida de velho”.
a)    O que ele chama de “comida de velho”?
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b)    Qual a comida preferida dele?
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2.    Cada uma das personagens assume uma atitude diante do conflito, o que revela muito sobre elas. Leia o que dizem e caracterize-as com um dos adjetivos a seguir.
Conciliador(a)           inflexível           teimoso(a)            condescendente

a)    A mãe; “ – Não-senhor! Só com salada pra valer, arroz, feijão, tudo”
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b)    O pai: “— Não tripudie {...] Ele ainda vai comer de tudo.”
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c)    O filho: “Não, peguei tomate para tirar da boca o gosto nojento de alface, mas acabo de descobrir que tomate também é nojento.”
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3.    Releia este trecho, do início do texto:

Lá da cozinha a mãe diz que decretou ― De-cre-tei! — que ou ele come legumes e verduras, ou vai passar fome.
a)   O que o verbo  decretar  expressa nessa situação?
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b)    O emprego desse verbo nessa situação confirma ou nega sua resposta no item a da questão anterior? Por quê?
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4.    A mãe quer que o filho engorde e tenha problemas de saúde mais tarde. Para convencê-lo, ela usa de diferentes recursos, entre eles a informação, a ironia e a ação direta. Observe estes trechos:
·              “a mãe pula na cadeira, pega o bife de volta”
·            “E no Natal [...] vai ser papai Noel, NE? E rei Momo no carnaval...”
·            “um jornalista um m~es só comendo a tal fasy-food, engordou mais de seis quilos!”

Qual dos trechos exemplifica a tentativa de convencer:
a)      pela informação?
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b)      pela ironia?
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c)      pela ação direta?
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5.     Diante da pressão que recebe, o filho também se vale de diferentes recursos para convencer os pais. Observe estes argumentos:
·         “Se vocês sempre comeram tão bem, como é que acabaram barrigudos assim?”
·         “No Japão [...] podia ser lutador de sumo e ganhar uma nota.”
·         “Porque ele é gostoso!”
·         “num campo de concentração só comiam assim pouquinho, só o suficiente pra sobreviver...”

a)    Desses argumentos, qual é o único que tem relação direta com as preferências alimentares do menino?
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b)    Qual deles procura esvaziar o forte argumento da preocupação com a saúde?
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c)    Qual deles tenta provocar remorso nos pais?
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6.    O pai, por duas vezes, relembra hábitos alimentares de sua infância.
a)    Como eram esses hábitos? Com a finalidade ele os cria?
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b)    Um dos hábitos do pai atraia o interesse do menino. Qual foi ele? Por que o menino ficou interessado?
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7.    No jantar, os pais tentam novamente fazer o filho comer, oferecendo-lhe sopa de macarrão de letrinhas.
a)    Que mensagem o filho tenta transmitir aos pais com as palavras que escreve?
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b)    Qual é essa palavra?
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c)    Por que a contemplação dessa palavra provoca humor no final do texto?
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8.    O texto “Sopa de macarrão” é uma crônica humorística. Quase sempre, além de provocar o riso, o texto de humor também faz críticas. Que críticas o texto lido faz?

domingo, 26 de fevereiro de 2017

O TEXTO TEATRAL ESCRITO 1 CEREJA QUESTÕES 8º ANO



O texto teatral escrito I
1.       O texto apresenta um confronto de interesses entre |Jorge e o Sr. Souza, revelado pela conversa ao telefone.
a)      Como Souza se posiciona diante do problema?
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b)      Que argumento Jorge utiliza para tentar convencer Souza a mudar de ideia?
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c)       “Está bem, está bem. Já sei que falamos nesse assunto mas às vezes mesmo um homem tão decidido como você pode mudar de ideia”, diz Jorge em certo momento. Levante hipóteses: Pela reação de Jorge, o que você acha que Souza disse a ele?
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d)      Qual é a última proposta que Jorge faz a Souza?
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2.       O texto teatral tem semelhanças com o texto narrativo: apresenta fatos, personagens, tempo e lugar.
a)      Onde ocorre essa cena?
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b)      Qual é, aproximadamente, o tempo de duração desse cena?
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3.       Comparando a estrutura do texto teatral com a outros textos narrativos ficcionais, como, por exemplo, o conto, o mito e a fábula, observamos que o texto teatral se constrói de forma diferente.
a)      Há, no texto teatral, um narrador que conta a história?
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b)      De que maneira, então, tomamos conhecimento dela?
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4.       O diálogo entre os personagens constitui o elemento essencial do texto teatral. Numa fábula ou conto, a fala dos personagens aparece geralmente depois dos verbos como dizer, perguntar, afirmar,chamados dicendiNo texto teatral escrito, como é introduzida a fala dos personagens?
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5.       O texto teatral escrito apresenta alguns trechos em letras de tipo diferente, em geral, conhecido por itálico. Veja:

 “MÃE ( batendo os dentes) – É claro que não! Você não existe!
“MÃE – Isto é demais para mim. Acho que vou desmaiar. ( vai cair, o FANTASMA faz menção de a ajudar, ela grita) – Afaste-se de mim! Jorge obrigue-o a ir embora!”


Esses trechos, chamados rubricas, têm uma função especial. Qual é ela?

6.       Observe a linguagem empregada pelas personagens. Que tipo de variedade linguística predomina: uma variedade de acordo com a norma-padrão formal ou com a norma-padrão informal? Justifique.
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7.       Quando um texto teatral é lido, o leitor é o interlocutor da história vivida pelas personagens. Quando ele é encenado, quem é o interlocutor?
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8.       Troque de ideias com SOS colegas de grupo e, juntos concluam: quais as características do texto teatral escrito?

O MENINO INTERPRETAÇÃO CEREJA 8º ANO

O menino

        Vou fazer um apelo. É o caso de um menino desaparecido. 
       Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos. 
       É um menino normal, ou seja: subnutrido, desses milhares de meninos que não pediram pra nascer; ao contrário: nasceram pra pedir. 
       Calado demais pra sua idade, sofrido demais pra sua idade, com idade demais pra sua idade. É, como a maioria, um desses meninos de 11 anos que ainda não tiveram infância. 
       Parece ser menor carente, mas, se é, não sabe disso. Nunca esteve na Febem, portanto, não teve tempo de aprender a ser criança-problema. Anda descalço por amor à bola. 
       Suas roupas são de segunda mão, seus livros são de segunda mão e tem a desconfiança de que a sua própria história alguém já viveu antes. 
       Do amor não correspondido pela professora, descobriu que viver dói. Viveu cada verso de "Romeu e Julieta", sem nunca ter lido a história. 
       Foi Dom Quixote sem precisar de Cervantes e sabe, por intuição, que o mundo pode ser um inferno ou uma badalação, dependendo se ele é visto pelo Nelson Rodrigues ou pelo Gilberto Braga. 
       De seu, tinha uma árvore, um estilingue zero quilômetro e um pássaro preto que cantava no dedo e dormia em seu quarto. 
       Tímido até a ousadia, seus silêncios gritavam nos cantos da casa e seus prantos eram goteiras no telhado de sua alma. 
       Trajava, na ocasião em que desapareceu, uns olhos pretos muito assustados e eu não digo isso pra ser original: é que a primeira coisa que chama a atenção no menino são os grandes olhos, desproporcionais ao tamanho do rosto. 
       Mas usava calças curtas de caroá, suspensórios de elástico, camisa branca e um estranho boné que, embora seguro pelas orelhas, teimava em tombar pro nariz. 
       Foi visto pela última vez com uma pipa na mão, mas é de todo improvável que a pipa o tenha empinado. Se bem que, sonhador do jeito que ele é, não duvido nada.
       Sequestrado, não foi, porque é um menino que nasceu sem resgate. 
        Como vocês veem, é um menino comum, desses que desaparecem às dezenas todos os dias. 
       Mas se alguém souber de alguma notícia, me procure, por favor, porque... ou eu encontro de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim. 

(Chico Anysio. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/um-autorretrato-inedito-de-chico-anysio-4428439. Acesso em: 27/6/2014.) 

Glossário:
Caroá: tecido rústico. 
Dom Quixote: personagem da obra do escritor espanhol Miguel de Cervantes, caracterizada como sonhadora e delirante. 
Febem: sigla de Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor; hoje, Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente). 
Nelson Rodrigues: escritor e dramaturgo brasileiro. 
Gilberto Braga: autor de telenovelas brasileiro. 
Romeu e Julieta: peça teatral de William Shakespeare em que dois adolescentes são impedidos de viver o amor em razão da inimizade entre suas famílias. 

1. O texto é construído como se fosse um anúncio de busca de pessoa desaparecida. 
a) Em que trecho isso fica explícito? 
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b) Em geral, o que caracteriza um texto desse tipo? 
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2. No texto em estudo: 
a) Quais são as características do menino? 
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b) Como se trajava? Faça um levantamento do que o menino usava como vestuário. 
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c) O que fazia quando foi visto pela última vez? 
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d) Deduza: Qual era a condição social do menino? 
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3. O texto faz outras caracterizações do menino, além das físicas. 
a) Que elementos dizem respeito: 
·         - ao mundo infantil do menino? 
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·         - ao romantismo precoce?
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·         - à concepção do mundo? 
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b) Referindo-se ao menino, o narrador diz: "sonhador do jeito que ele é". Qual personagem citada no texto também é um sonhador? 
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4.Observe essas referências feitas ao menino; “é brasileiro”, “desses milhares de meninos”, “como a maioria”, “que desaparecem as dezenas”, “ sua própria história alguém já viveu antes”.
a) As palavras e expressões destacadas nesses trechos singularizam a figura do menino desaparecido, facilitando seu reconhecimento?
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b) Que efeito esse tipo de referência ao menino produz no leitor?
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5. O narrador também faz referências ao menino utilizando expressões como estas: "subnutrido", "nasceram pra pedir", "ainda não tiveram infância", "sem resgate". Que visão da infância se depreende desses trechos: feliz, bem-cuidada ou desprotegida e carente? 
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6.  Aos poucos, vai ficando claro o tema do texto e sua verdadeira intencionalidade.  
a) Qual é o tema do texto ?
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b) Apesar de o texto abordar um grave problema da realidade brasileira, ele não perde o humor. Explique como se constrói o humor nestes trechos: 

"pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos" 
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"com idade demais pra sua idade" 
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"é de todo improvável que a pipa o tenha empinado"
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7. No último parágrafo há uma revelação importante para o desfecho do texto. 
a) Qual é a revelação? 
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b) Nesse sentido, o menino procurado se perdeu no espaço ou no tempo? Explique. 
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8. O narrador aponta todas as carências do menino que ele foi, mas, no final do texto, diz: "ou eu encontro de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim". 
a) Interprete: Por que o narrador deseja encontrar o menino que ele foi? 
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b) O desaparecimento do menino deve ser visto como um fato concreto ou ele pode representar um desaparecimento no sentido figurado? Explique. 
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9. O texto "O menino" contém humor e lirismo. Contudo, além de provocar o riso e a emoção, ele também cumpre outra finalidade. Qual é ela?
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Gabarito:

1. 
a) “Vou fazer um apelo. É o caso de um menino desaparecido.”
b) A identificação da pessoa desaparecida, seguida da descrição dela, incluindo-se: vestuário e traços físicos e psicológicos. 

2.
a) Tem 11 anos, 30 quilos, é brasileiro, olhos pretos de tamanho desproporcional ao tamanho do rosto.
b) Estava descalço, usava roupas de segunda mão, calças curtas de caróa, suspensórios de elástico, camisa branca, boné. 
c) Tinha uma pipa na mão.
d) Era um menino pobre.

3.
a) 
árvore, estilingue, pássaro preto, pipa, bola.
o amor pela professora não correspondido.
a ideia de que o mundo pode ser um lugar de sofrimento ou um lugar de prazeres (inferno ou badalação). 

b) Dom quixote. 

4. a) não elas correspondem a informações genéricas que situam o menino em um grupo amplo, coletivo.
b) Produz um estranhamento inicial, seguido pelo reconhecimento de que a situação de um garoto (estar perdido sem família ou sem orientação) diz respeito a parte significativa da infância do país

5. Trata-se de uma visão de infância marcada pela carência, “desaparecida” tanto no espaço quanto na visão das autoridades e das famílias, responsáveis pelo bem-estar das crianças. 

6. 
a) O tema do texto é a pouca atenção que se dá á infância no Brasil, pois há no país grande número de crianças pobres, desnutridas, se escola e sem receber os cuidados necessários. 

b) 
- (Primeiro trecho) O paralelismo de termos quantificáveis (anos, quilos) é quebrado por um termo não quantificável: brasileiro.

-  (Segundo trecho) Não é possível alguém ter uma idade diferente da que tem na realidade.

- (Terceiro trecho) Inversão de expectativa: a ideia de a pipa empinar o menino, e não o inverso. 

7.
a) A de que o menino procurado é o menino que o narrador do texto foi um dia e que ele perdeu.
b) O menino se perdeu no tempo, mas ficou no passado do narrador.

8.
a) Sugerimos abrir uma discussão com a classe. Entre outras possibilidades, parece que a infância sofrida foi a base de tudo oque o narrador se tornou. Reencontrar-se com o passado é uma forma de reafirmar seus próprios caminhos e confirmar sua identidade. 
b) Ele pode representar um desaparecimento no sentido figurado, pois o menino pode ter desaparecido dentro do adulto que o narrador se tornou.


9. A finalidade de fazer uma crítica ao descaso com que as crianças são tratadas por certas famílias e pelas autoridades.