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sexta-feira, 14 de abril de 2017

TIRINHA MAFALDA INTERPRETAÇÃO 9º ANO RIO

1 – No primeiro quadrinho, por que o texto dentro do balão está entre aspas?
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2 – Repare que o formato do balão é diferente nos dois últimos quadrinhos. Explique porquê.
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3 – Qual o significado de “fazendo turismo dentro de mim” ?
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1 – Explique a mudança da expressão de Filipe a cada quadrinho.
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2 – No último quadrinho, Filipe se assusta com a possibilidade de não gostar de si mesmo. Que conectivo indica que isso é uma possibilidade?
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1 – Como Miguelito entendeu a afirmativa de Mafalda?
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2 – Como Miguelito entendeu a palavra “conhecer”?
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CANÇÃO METADE INTERPRETAÇÃO 9º ANO RIO

METADE
Oswaldo Montenegro

E que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
porque metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.
[...]
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
e que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
mas a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me
lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
porque metade de mim é plateia
e a outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.


1 – A letra da canção traz a voz do eu do texto anunciando desejos. Cite um verso que confirma essa afirmativa.
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2 – A estrutura do texto é marcada pela contraposição de “metades”, como em : “...porque metade de mim é o que eu grito /mas a outra metade é silêncio.”
a) Que palavra ajuda a construir essa relação de contraposição?
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b) Nestes versos, sublinhe as palavras ou expressões que também marcam essa contraposição: “...seja linda ainda que tristeza/que a mulher que amo seja pra sempre amada/mesmo que distante...”
3 - Que características pode-se perceber no eu do texto?
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4 - A que se refere o termo destacado em “[...] é preciso simplicidade pra fazê-la florescer [...]”
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5 – Sublinhe versos da letra da canção em que a linguagem é utilizada provocando o leitor para que associe ideias, vá além do sentido objetivo das palavras.

6 – Apesar da contraposição constante, o que salva o eu do texto?

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FÁBULA A FORMIGA BOA INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

A FORMIGA BOA

     Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
    Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
    A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
   Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu – tique, tique, tique...
   Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num chalinho de paina.
    – Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
    – Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
    A formiga olhou-a de alto a baixo.
    – E que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
    A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
    – Eu cantava, bem sabe...
    – Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
    – Isso mesmo, era eu...
    – Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou.
    Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
     A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

    LOBATO, Monteiro. Obra infantil completa – 3 – São Paulo, Brasiliense

Responda às questões sobre “A Formiga Boa”.

1. Explique o sentido das expressões destacadas, retiradas de trechos da
fábula, composta por Monteiro Lobato.
a – “Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.”
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b – “Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro.”
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2. Qual é o efeito de sentido de “tique, tique, tique...”, na última frase do segundo parágrafo.
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3. Você reparou que, nesta versão da fábula “A Cigarra e a Formiga”, há diálogo entre os personagens.
a - Quais são os personagens?
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b – Quais são as marcas linguísticas que comprovam a existência de diálogo no texto (Fique ligado!, página 44)?
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4. Monteiro Lobato utiliza-se das reticências para produzir sentidos. Identifique os sentidos produzidos por este sinal de pontuação em cada trecho:
a - “– Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...”
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b – “– Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?”
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c – “– Eu cantava, bem sabe...”
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d – “– Isso mesmo, era eu...”
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6. Vamos comparar os textos! Você observou que o desfecho da fábula de Esopo é diferente do lido em Monteiro
Lobato? Escreva a diferença observada nas linhas abaixo.
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FÁBULA O GATO VAIDOSO INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

O GATO VAIDOSO
     Moravam na mesma casa dois gatos iguaizinhos no pelo mas desiguais na sorte. Um, animado pela dona dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um passava a leite e dormia em colo. O outro por feliz sedava com as espinhas de peixe do lixo.
     Certa vez, cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo, dizendo:
     – Passa de largo, vagabundo! Não vês que és pobre e eu sou rico? Que és gato de cozinha e eu gato de salão. Respeita-me, pois, e passa de largo...
    – Alto lá, Senhor orgulhoso! Lembra-te que somos irmãos, criados no mesmo ninho.
     – Sou nobre, sou mais que tu!
     – Em que? Não mias como eu?
      – Mio.
     – Não tens rabo como eu?
     – Tenho.
     – Não caças rato como eu?
     – Caço.
     – Não comes rato como eu?
     – Como.
     – Logo, não passas dum simples gato igual a mim. Abaixa, pois, a crista desse orgulho idiota e lembra te que mais nobreza do que eu não tens – o que tens é apenas um bocado mais de sorte.
      Quantos homens não transformam em nobreza o que não passa de um bocado mais de sorte na vida!

1. O texto caracteriza os personagens, apresentando suas características. Retire do texto o parágrafo que apresenta a
diferença entre os dois personagens.
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2. Qual é o efeito de sentido das expressões destacadas:
a – Passa de largo, vagabundo!
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b – Respeita-me, pois, e passa de largo...
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c – Alto lá, Senhor orgulhoso!
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3. Qual é a mensagem que esta fábula transmite?
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4. Você concorda com a mensagem que a fábula transmite?

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FÁBULA A TROMBA DO ELEFANTE INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

A tromba do elefante

     Antigamente, Ajanaku, o elefante, tinha focinho curto como todos os animais.
     Não possuía a grande tromba que tem agora e que lhe é muito útil, servindo de braço e mão, além de nariz.
     Quando não tinha tromba, o elefante era muito curioso e gostava de saber tudo o que acontecia na floresta.
     Certo dia, encontrou um buraco entre as raízes de uma grande árvore e, curioso como era, enfiou o nariz nele para saber do que se tratava.
     Acontece que aquele buraco era a entrada da casa de uma cobra muito grande que, vendo aquele nariz fuçando sua casa, abocanhou-o, tentando engolir nosso pobre Ajanaku.
    Lamentando sua curiosidade, Ajanaku andava para trás, para não ser engolido pela cobra, que o puxava para dentro do buraco.
    – Socorro! – gritava Ajanaku desesperado, sentindo que não ia conseguir se livrar da grande cobra.
     Ouvindo seus gritos, muitos animais vieram em seu socorro e, segurando em seu rabo, puxaram com força, para livrá-lo da cobra.
     Não foi fácil, mas finalmente, conseguiram salvar nosso amigo, que, de tanto puxar teve seu nariz esticado e transformado na tromba que agora possui.
     No início, Ajanaku, envergonhado de sua nova e estranha aparência, ficou escondido dentro da floresta.
    Com o tempo, aprendeu a usar a tromba com muita habilidade, da forma como fazem todos os elefantes atualmente. Satisfeito, voltou ao convívio dos outros bichos.
     Um dia, o macaco, que gosta de imitar todo mundo, foi enfiar o nariz no buraco, para ver se criava uma tromba igual a do elefante. A cobra, que ainda morava no mesmo lugar, engoliu o macaco inteirinho, com muita facilidade.
     É por isso que, mesmo sentindo inveja, nenhum bicho nunca mais tentou imitar o elefante para ficar com uma tromba igual a dele.
Responda às questões sobre a fábula africana “A tromba do elefante”.

1 – Quais lições vocês identifica na leitura da fábula “A tromba do elefante”?
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2. Retire do texto a palavra que registra quando os fatos aconteceram?
Coordenadoria de Educação
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3. Explique como o elefante adquiriu a tromba que tem agora, de acordo com a fábula apresentada.
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4. Por que uma cobra enorme tentou engolir o pobre Ajanaku?
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5. Como Ajanaku conseguiu livrar-se da grande cobra?
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6. Qual o preço pago pela curiosidade do elefante?
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7. Que sentimento traduz o estado de Ajanaku, logo assim que adquiriu uma tromba? Este sentimento foi mantido, com o passar do tempo?
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8. O que aconteceu, quando o macaco decidiu imitar o elefante, para adquirir também uma tromba?
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9. Apresente as características que identificam o texto como uma fábula.

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CONTO A PRINCESA ROSA CHOQUE INTERPRETAÇÃO 6º ano rio

A PRINCESA ROSA CHOQUE
Béatrice Garel e Muzo

       Do alto da torre de seu castelo, a princesa Rosa-Choque sonhava com o príncipe encantado.
      – Como vou encontrá-lo? – perguntou ela, suspirando. – A Bela Adormecida, a Cinderela, a Branca de Neve, todas elas se casaram com o príncipe de seus sonhos. O que elas fizeram?
Rosa Choque foi perguntar à sua fada-madrinha. E ela lhe respondeu num tom misterioso:
      – Tudo o que posso lhe dizer é que antigamente os príncipes apareciam para salvar as princesas que corriam perigo.
      A princesa pensou, pensou...
      – Tenho uma ideia! – exclamou ela. – Vou pedir ao velho dragão, que mora no meio da floresta, para me sequestrar. Assim, vou correr perigo!
      Rosa-Choque foi imediatamente encontrar o dragão e lhe contou o que desejava. O dragão respirou fundo:
      – Ah! Estou velho e cansado demais para sequestrar você. Mas se me der um tablete de chocolate, talvez eu consiga lançar uma chama ou duas.
       – Combinado! – disse Rosa Choque.
      O dragão rugiu e com muito esforço lançou uma chama.
      – É tudo o que posso fazer – disse ele.
      – Socorro! Socorro! – gritou a princesa.
      Não demorou muito e se ouviu um barulho bem alto de alguém gritando.
      E surgiu um cavaleiro fantástico com sua brilhante armadura.
      Mas, assim que o príncipe tirou seu capacete, Rosa Choque só faltou desmaiar: o príncipe tinha cara de sapo, era horrível de feio.
      – Linda princesa, salvei você das garras do dragão. Quer casar comigo?
     Então a princesa se lembrou das histórias que lia quando era criança.
      “Um beijinho e tudo fica resolvido!”

MUZO & GAREL, Béatrice. A princesa Rosa-Choque. São Paulo, Escala Educacional, 2006.

1. Comparando os trechos “– A Bela Adormecida, a Cinderela, a Branca de Neve, todas elas se casaram com o príncipe de seus sonhos. O que elas fizeram?” e “– Tudo o que posso lhe dizer é que antigamente os príncipes apareciam para salvar as princesas que corriam perigo.”, percebemos que a princesa Rosa Choque não conviveu com a Bela Adormecida, a Cinderela ou a Branca de Neve. Como então, a personagem conhece a história de princesas que “se casaram com o príncipe de seus sonhos”? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
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2. No quinto parágrafo “ A princesa pensou, pensou...”, qual é o efeito de sentido da repetição do verbo “pensou”  e a utilização das reticências?
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3. Qual foi a estratégia utilizada pela princesa Rosa-Choque para “correr perigo”?
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4. No trecho “E surgiu um cavaleiro fantástico com sua brilhante armadura.”, há um par de
SUBSTANTIVO/ADJETIVO e um par ADJETIVO/SUBSTANTIVO. Identifique-os.
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5. Um príncipe aproxima-se para resgatar a princesa Rosa Choque. Como ele é caracterizado no texto, após a retirada do capacete?
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6. Em que a princesa se inspirou para acreditar “Um beijinho e fica tudo resolvido!”?
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7. Identifique na narrativa:
a – personagens
b– tempo da narrativa
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c – espaço em que se passa a narrativa
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d– narrador
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8. No trecho “– Como vou encontrá-lo? – perguntou ela, suspirando.”, as palavras destacadas substituem que termos já mencionados?

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CONTO O PRÍNCIPE DESENCANTADO INTERPRETAÇÃO 6º ano rio

O PRÍNCIPE DESENCANTADO

O primeiro beijo foi dado por um príncipe em uma princesa que estava dormindo encantada havia cem anos. Assim que foi beijada, ela acordou e começou a falar:
PRINCESA – Muito obrigada, querido príncipe. Você por acaso é solteiro?
PRÍNCIPE – Sim, minha querida princesa.
PRINCESA – Então nós temos que nos casar, já! Você me beijou, e foi na boca, afinal de contas não fica bem, não é mesmo?
PRÍNCIPE – É... querida princesa.
PRINCESA – Você tem um castelo, é claro.
PRÍNCIPE – Tenho... princesa.
PRINCESA – E quantos quartos tem o seu castelo, posso saber?
PRÍNCIPE – Trinta e seis.
PRINCESA – Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas... Deixa eu pensar quantas amas eu vou ter que contratar... Umas quarenta eu acho que dá!
PRÍNCIPE – Tantas assim?
PRINCESA – Ora, meu caro, você não espera que eu vá gastar as minhas unhas varrendo, lavando e passando, não é?
PRÍNCIPE – Mas quarenta amas!
PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e... jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platina!
PRÍNCIPE – Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...
PRINCESA – Não me venha com desculpas esfarrapadas! Eu estava aqui dormindo e você veio e me beijou e agora vai querer que eu ande aí como uma gata borralheira? Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!
Tanto a princesa falou que o príncipe se arrependeu de ter ido lá e beijado. Então teve uma ideia. Esperou a princesa ficar distraída, se jogou sobre ela e deu outro beijo, bem forte. A princesa caiu imediatamente em sono profundo, e dizem que até hoje está lá, adormecida. Parece que a notícia se espalhou, e os príncipes passam
correndo pela frente do castelo onde ela dorme, assobiando e olhando para o outro lado.
            SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos – histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1989.

1. Que episódio da narrativa fez a princesa acordar?
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2. Transcreva o trecho da narrativa que explicita quanto tempo a princesa ficou adormecida, até que um príncipe
viesse beijá-la.
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3. Que argumentos a princesa usa para pressionar o príncipe a se casar com ela.
Coordenadoria de Educação
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4. Como o príncipe reagiu quando a princesa revelou que precisaria contratar umas quarenta amas?
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5. Quais foram as exigências da princesa ao ser beijada?
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6. O que o príncipe quis dizer com “Mas eu não sou o rei das Arábias, sou apenas um príncipe...”?
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7. Qual é o efeito de sentido da repetição da palavra “não” na fala da princesa “Não, não e não, e outra vez não e mais uma vez não!”? Compare esta reação com a da princesa do conto “Bela Adormecida”?
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8. Qual foi o recurso utilizado pelo príncipe para se livrar da princesa?
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9. No desfecho da narrativa ficamos sabendo que os príncipes passam correndo pela frente do castelo onde a
princesa dorme, assobiando e olhando para o outro lado. Por que os príncipes assumiram esta atitude?
Coordenadoria de Educação
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10. Você observou que este texto difere dos apresentados até agora, quanto à estrutura? Justifique a sua
resposta.
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11. O texto é organizado em diálogos. Que marcas linguísticas comprovam esta afirmação. Caso tenha
dúvidas, volte ao Fique Ligado da página 44.
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12. Qual é o efeito de sentido das reticências na frase
a – “É... querida princesa.”
b – Tenho... princesa.
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13. No trecho “Só? Pequeno, hein! Mas não faz mal, depois a gente faz umas reformas...”, a fala da princesa revela características muito diferentes da “princesa tradicional”. Que palavras e expressões confirmam esta afirmativa? Por quê?
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Coordenadoria de Educação
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14. No título do texto de Flávio de Souza, aponte o SUBSTANTIVO e o ADJETIVO.
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15. De que forma o título “O Príncipe Desencantado” reforça a crítica existente em torno da figura tradicional do
príncipe?
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16. Destaque os SUBSTANTIVOS da fala da princesa. Mostre qual a função deles no texto.
PRINCESA – Ah, eu não quero nem saber. Eu não pedi para ninguém vir aqui me beijar, e já vou avisando que quero umas roupas novas, as minhas devem estar fora de moda, afinal passaram-se cem anos, não é mesmo? E quero uma carruagem de marfim, sapatinhos de cristal e... e...jóias, é claro! Eu quero anéis, pulseiras, colares, tiaras, coroas, cetros, pedras preciosas, semipreciosas, pepitas de ouro e discos de platinas!
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