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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

CRASE A DISTÂCIA

Lea o texto com atenção.

1. Marque a alternativa mais adequada sobre uso da crase:
a) está totalmente correto;
b) está totalmente errado;
c) é facultativo
d) depende da bibliografia sugerida.

SUJEITO USO GÍRIAS

Disponível em: https://www.facebook.com/145462452697578/photos/a.224156311494858/333677963876025-acesso;23/09/2020

 1. “Uso girias de todos estados” O sujeito dessa oração é:

a) gírias
b) eu
c) estados
d) todos
 
2. A classificação do sujeito em “Uso girias de todos os estados” é
a) composto
b) oculto
c) simples
d) indeterminado
 
3. O uso de gírias é característica da linguagem:
a) formal ou padrão
b) informal ou coloquial
c) errada ou de analfabetos
d) erudita
 
4. marque a alternativa ERRADA.
a) “MASSA”, “MANO” a vírgula desse fragmento poderia ser substituída pela palavra E.
b) No texto há erro de acentuação na palavra gírias
c) A palavra GLOBALIZADA está no feminino em concordância com a autora do texto.
d) O uso de dois pontos (:) após a palavra como é obrigatório.

GABARITO
1 B
2 C
3 B
4 C

VERBETE 8º ANO PALAVRA

 

Texto 1 - Verbete

1. Leia o primeiro trecho em destaque no texto a seguir e responda: Que gênero textual você acha que vai ler?

2. Leia agora o segundo trecho em destaque, na página seguinte. Esse trecho se parece com o primei­ro? Você continua com a mesma opinião sobre o gênero textual?

 

Leia o texto integralmente e verifique suas hipóteses.

 

Palavra

      As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advér­bio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as pala­vras pela alma porque gostam de brincar com elas e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às coisas, fazer sentido. [...] A palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A palavra fogo quei­ma. A palavra faca corta. A palavra carro corre. A palavra palavra diz. O que quer. E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma mas são diferentes das pessoas em vários pontos.

 

 

      As palavras dizem o que querem, está dito, e pronto. As palavras são sinceras, as segundas in­tenções são sempre das pessoas. [...]

       As palavras também têm raízes, mas não se pa­recem com plantas, a não ser algumas delas, verde, caule, folha, gota. As células das palavras são as letras. Algumas são mais importantes do que as outras. As consoantes são um tanto insolentes. Roubam as vogais para construírem sílabas e obrigam a língua a dançar dentro da boca. A boca abre ou fe­cha quando a vogal manda. As palavras fechadas nem sempre são mais tímidas. A  palavra sem-vergonha está aí de prova. Prova é uma palavra difícil. Porta é uma palavra que fecha. Janela é uma palavra que abre. Entreaberto é uma palavra que vaza. Vigésimo é uma palavra bem alta. Carinho é uma palavra que falta. Miséria é uma palavra que sobra. A palavra óculos é séria. Cambalhota é uma palavra engraçada. A palavra lágrima é triste. A palavra catás­trofe é trágica. A palavra súbito é rápida. Demoradamente é uma palavra lenta. Espelho é uma palavra prata. Ótimo é uma palavra ótima. Queijo é uma palavra rato. Rato é uma palavra rua. Existem palavras frias como mármore. Existem palavras quentes como sangue. Existem palavras mangue. caranguejo. Existem palavras lusas, Alentejo. Existem palavras itálicas. ciao. Existem palavras grandes. anticonstitucional. Existem palavras pequenas, Microscópio, minúsculo, molé­cula, partícula, quinhão, grão, covardia. Existem palavras dia, feijoada, praia, boné, guarda-sol. Existem palavras bonitas. Madrugada. Existem palavras complicadas. Enigma, trigonometria, adolescente, casal. Existem palavras mágicas, shazarn, abracadabra, pirlimpimpim,  sim e não. Existem palavras que dispensam imagens, nunca. vazio, nada, escuridão. Existem palavras sozi­nhas, eu, um, apenas, sertão. Existem palavras plurais. mais, muito, coletivo, milhão. Existem palavras que são um palavrão. Existem palavras pesadas, chumbo, elefante, tonelada. Existem palavras doces, goiabada, marshmallow, quindim, bombom, Existem palavras que andam, au­tomóvel. Existem palavras imóveis, montanha. Existem palavras cariocas. Corcovado. Existem palavras completas, elas todas. Toda palavra tem a cara do seu significado. A palavra pela pala­vra tirando o seu significado fica estranha. Palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra não diz nada, é só letra e som.

 

FALCÃO. Adriana Pequeno dicionário de palavras ao vento São Paulo Salamandra. 2013

 

 

POR DENTRO DO TEXTO

1.De acordo com o texto, gramáticos definem a palavra de um modo e poetas, de outro. Qual é essa diferença?

2.As definições apresentadas no texto correspondem às utilizadas em um dicionário? Que tipo de sig­nificado é atribuído as palavras no texto?

3.Em sua opinião, por que o texto:

a) considera pequenas as palavras microscópio, minúsculo. molécula, partícula, quinhão, grão e covardia?

b) afirma que shazam, abracadabra, pirlimpimpim, sim e não são palavras mágicas?

c) relaciona as palavras eu, um, apenas e sertão a palavras sozinhas?

 

4.No texto, a palavra madrugada é considerada bonita. Escreva sua percepção sobre as palavras a seguir.

a) abraço

b) casa

c) tristeza

d) desculpa

e) amanhã

f) mágica

 

5. Explique a seguinte afirmação do texto:

 

      A palavra pela pala­vra tirando o seu significado fica estranha. Palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra não diz nada, é só letra e som.

 

6. No texto, há uma série de repetições de palavras e expressões. Releia o trecho a seguir:

 

       Existem palavras doces. goiabada, marshmallow. quindim, bombom. Existem pala­vras que andam, automóvel. Existem palavras imóveis, montanha. Existem palavras cariocas, Corcovado. Existem palavras completas, elas todas. Toda palavra tem a cara do seu significado.

 

a) Que efeito foi produzido pela repetição da expressão Existem palavras? Com que intenção essa repetição pode ter sido utilizada?

b) É passivei considerar o texto "Palavra" um verbete poético? Justifique sua resposta.

 

c) O texto foi extraído de uma obra intitulada Pequeno dicionário de palavras ao vento. Que relação há entre esse titulo e o texto lido?

 

7. Leia algumas definições do verbete palavra:

palavra

substantivo feminino

1 unidade da língua escrita, situada entre dois espaços em branco, ou entre espaço em branco e sinal de pontuação.

2 gramática unidade pertencente a uma das grandes classes gramaticais. como substantivo, verbo, adjetivo, advérbio, numeral etc., não levando em conta as modificações que nela ocorrem nas línguas flexionais, e sim, somente, o significado; vocábulo

3 gramática mesmo que vocábulo (no sentido de 'unidade que se agrega) HOUAISS Corporativo: Grande Dicionário Disponível em <httpJ/www iah com br/sp/hcorporabvo php> Acesso em. 29 set. 2018

 

 

• Qual dessas definições corresponde ao primeiro trecho em destaque no texto?

 

8. Agora leia as definições que esse mesmo dicionário traz do verbete palavra, usado em sentido figurado:

 

Palavra

Substantivo feminino

10 sentido figurado compromisso verbal <sua palavra é digna de crédito>

11 sentido figurado autorização ou direito de falar <o promotor deu a palavra  á testemunha>

12 sentido figurado modo de falar < um locutor de palavra ágil>

HOUAISS Corporativo Grande Dicionário Disponível em. <httpJ /wv,,w iah.com.br/sp/hcorporativo php> Acesso em: 29 set 2018

 

          Considerando que o texto "Palavra" se constitui de um verbete poético e que a autora o emprega várias vezes em linguagem figurada, qual das acepções acima corresponde a esse verbete quando usado em linguagem figurada, no texto?

 

GABARITO

1. Os gramáticos entendem que a palavra pode ser classificada de acordo com sua forma e função. Já os poetas classificam as palavras pela alma, pois, para brincar com elas, precisam conhecer sua intimidade.

2. Não. O texto explica o significado das palavras de maneira lúdica, alterando o sentido original ( encontrado nos dicionários) e estabelece alguma relação entre a palavra e outros significados: a linguagem figurada, a sonoridade, o conteúdo etc.

3a Resposta pessoal

 

3b Sugestão de resposta: As três pri­meiras palavras são encontradas no universo das narrativas de ficção dos contos maravilhosos e responsáveis por mágicas, encantamentos e transforma­ções. As outras duas, sim e não, dizem respeito às decisões de ação ou omissão do ser humano, que podem transformar ou não determinada realidade.

3c Sugestão de resposta: Porque essas palavras podem indicar solidão, distan­ciamento.

4. Resposta pessoal

5. A grafia e o som esvaziados de sentido deixam de cumprir a função de comunicar. Assim, a palavra ganha significado apenas no uso, no contexto.

6a  A repetição da expressão reforça e intensifica a ideia da existência de uma grande variedade de palavras.

6b Essa repetição foi utilizada como um recurso poético e contribui na construção da expressividade do texto.

6c A expressão palavra ao vento costuma ser utilizada para se referir às palavras que são ditas e esquecidas. No texto a expressão pode estar associada a fluidez e liberdade no uso das palavras, ou seja, a possibilidade de serem empregadas de varias formas, tanto em sentido denotativo como conotativo.

7. A definição 2

8. Nenhuma das opções.

 

BIBLIOGRAFIA:

OLIVEIRA, Tânia Amaral Tecendo Linguagens: língua portuguesa: 8º ano/ Tânia Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo.-5ªed. Barueri-SP-IBEP, 2018.pag.18

 

UM PASSARINHO : VINÍCIUS DE MORAES 8TEC.P16

 
5. Leia o poema abaixo:
A um passarinho
Rio de Janeiro. 1946
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
                                  
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!
 
MORAES. Virucius de. Poemas. sonetos e baladas São Paulo Edições Gavetas, 1946
 
a) Em sua opinião, que pensamento o autor quis expres­sar, quando, em dialogo com o passarinho, afirma:
 
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
 
 
b) Que inferências e possível fazer em relação ao uso dos nomes Anchieta e Assis nos dois versos finais da pri­meira estrofe?
 
GABARITO:
a) O poeta associa a arte de compor versos com a tristeza, ou seja, os poetas escrevem quando estão tristes.
b) Pode se inferir que ao usar no poema o nome Anchieta e associar esse nome a prosa, o poeta esteja fazendo referência ao Padre Jose de Anchieta um dos primeiros autores  da literatura brasileira e também quem escreveu a primeira gramática da língua tupi. Ao afirmar que não vem de Assis, pode estar fazendo referencia a cidade da Itália que tem esse nome e onde nasceu São Francisco de Assis, protetor dos animais, o que também justifica o diálogo com o passarinho e a ordem para que se afaste.
 
OLIVEIRA, Tânia Amaral Tecendo Linguagens: língua portuguesa: 8º ano/ Tânia Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo.-5ªed. Barueri-SP-IBEP, 2018.pag.16

O ENIGMA DA ESFINGE E O ORÁCULO DE DELFOS 8º ANO

 
O enigma da esfinge e o oráculo de Delfos
       A esfinge era um monstro mitológico, com cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Essa tradição mitológica originou-se no Egito e passou para a Grécia. Sua principal estátua ficava no templo de Apolo, no cha­mado oráculo de Delfos. "Esfinge" é uma pa­lavra do egípcio arcaico que significa apertar a garganta até sufocar ou mesmo asfixiar. Já "oráculo" é uma palavra em parte grega e em parte latina que significa profeta, adivinho.
       Delfos era um local sagrado onde Apolo, o deus da luz e das profecias, era consultado por meio da sua grande sacerdotisa, chama­da de Pítia ou Pitonisa, nome que quer dizer "aquela que vence a escuridão ... A esfinge era famosa por seus enigmas, mas todos tinham uma mesma finalidade: "Decifra-me ou te de­voro", ou seja, aquele que não os decifrasse era por ela devorado.
       Um desses enigmas, muito conhecido, era mais ou menos assim: "O que é, o que é? De manhã anda de quatro, ao meio-dia, sobre duas pernas. e, pela tarde. com três pernas ...”
 
SALIS. Viktor D. Mitologia viva aprendendo com os deuses a arte de viver e amar. São Paulo: Nova Alexandria, 2003.
 
1. Você consegue decifrar o enigma apresentado no ultimo paragrafo do texto?
2. Nesse contexto, qual era a importância das palavras que solucionavam os enigmas?
3. Ao conjunto de sentidos, exemplos e informações relativos a uma palavra, contidos numa entrada de dicionário, enciclopédia, glossário etc., damos o nome de verbete. Que características de verbete o texto lido apresenta?
 
GABARITO:
1. Homem: quando bebe, engatinha; quando adulto, anda sobre duas pernas; ao envelhecer, necessita da terceira perna, a bengala.
2. Essas palavras eram decisivas, tinham muito poder, pois aqueles que a descobriam decifravam os enigmas e salvavam a própria vida.
3. O texto traz um conjunto de informações e o significado de alguns elementos mitológicos (esfinge, oráculo, Delfos e Pítia), no formato de enciclopédia, seguindo um critério de apresentação temática.
 
BIBLIOGRAFIA:
OLIVEIRA, Tânia Amaral Tecendo Linguagens: língua portuguesa: 8º ano/ Tânia Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo.-5ªed. Barueri-SP-IBEP, 2018.pag.14

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

CRONICA A FUGA FERNANDO SABINO ATIVIDADE DE MARCAR X E TEORIA 6º ANO

      CRÔNICA – crono - tempo
       A crônica é um texto de caráter reflexivo. Fala de um acontecimento simples, sem significado relevante. É um texto subjetivo, pois apresenta a perspectiva do seu autor, o tom do discurso varia pode ser irônico, humorístico, polêmico etc. É um texto critico.
A linguagem
·         Informal/coloquial/oralidade/linguagem simples
·         Duplos sentidos
·         Jogos de palavras
·         Conotações; (linguagem figurada)
·         Ironia;
·         Registo de língua corrente;
·         Pontuação expressiva;
·         Emprego de recursos estilísticos.

 
A FUGA - FERNANDO SABINO
                           
   Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
   -- Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.
  Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
        -- Pois então para de empurrar a cadeira.
        -- Eu vou embora - foi a resposta.
        Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
        A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão:
        -- Viu um menino saindo desta casa? – gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
       -- Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele.
       Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, iam deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o botão, o pedaço de biscoito e - saíra de casa prevenido - uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à Avenida, como disposto a atirar-se diante do ônibus que surgia a distância.
        -- Meu filho, cuidado!
        O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o braço como a um animalzinho:
        -- Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito, comovido.
        -- Deixa eu descer, papai. Você está me machucando.
        Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
        -- Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai.
        -- Me larga. Eu quero ir embora.
        Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa.
        -- Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
        -- Fico, mas vou empurrar esta cadeira.  E o barulho recomeçou.
                           SABINO, Fernando. A vitória da infância. São Paulo, Ática, 1995. p. 43.
 
Entendendo a crônica:            
 
1. A linguagem coloquial ou informal é a que geralmente usamos no dia a dia nas conversas com amigos e familiares. A única alternativa que NÃO  apresenta linguagem informal é:
a) “O menino, assustado, arrepiou carreira.”
b) “fazendo um barulho infernal.”
c) “saíra de casa prevenido”
 
2. Marque a alternativa em que a linguagem está empregada em SENTIDO FIGURADO.
a) “os pneus cantaram no asfalto.”
b) “Correu até a esquina”
c) “De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino.”
 
3. Qual das alternativas abaixo NÃO é uma característica do gênero crônica presente na  crônica A Fuga?
a) Fala de um acontecimento simples, comum.
b) É um texto subjetivo, percebemos a posição do narrador
c) É um texto objetivo, o narrador não expressa sua opinião.
 
4. A crônica A Fuga de Fernando Sabino é um texto:
a) descritivo – descreve um fato.
b) narrativo – narra um episódio do dia a dia.
c) dissertativo – defende um posicionamento, uma opinião.
 
5. A finalidade da crônica lida é:
a) provocar reflexões
b) informar um fato
c) convencer o interlocutor

GABARITO:
1C
2A
3B
4B
5A
 
BIBLIOGRAFIA:
SABINO, Fernando. A vitória da infância. São Paulo, Ática, 1995. p. 43

terça-feira, 15 de setembro de 2020

CRÔNICA O MELHOR AMIGO 6º ANO MARCAR X

 
Atividade 01 - GÊNERO TEXTUAL CRÔNICA-PARTE 01
 
Leia a crônica “O melhor amigo” do escritor Fernando Sabino.
 
      A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente à distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo deu uma corridinha na direção de seu quarto.
      - Meu filho? – gritou ela.
      - O que é? – respondeu, com ar mais natural que lhe foi possível.
      - Que é que está carregando aí?
      Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ganhar tempo:
      - Eu? Nada...
      - Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
      Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar, o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
      - Olha aí, mamãe: é um filhote...
      Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
      - Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
      - Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de ISSO. Insistiu ainda:
      - Deve estar com fome, olha a carinha que ele faz.
      - Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
      - Ah! Mamãe... – já compondo cara de choro.
     - Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.
      O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto emburrado: a gente também não tem nenhum direito nessa casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado dessa maneira!
      - Que diabo também, nessa casa tudo é proibido! – gritou lá do quarto, e ficou esperando a reação da mãe.
      - Dez minutos! – repetiu ela, com firmeza.
      - Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
      - Você não é todo mundo.
      - Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
      - Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a costura.
      - A senhora é ruim mesmo, não tem coração.
      - Sua alma, sua palma.
Conhecia bem a mãe, sabia que não havia apelo: tinha dez minutos para brincar, com seu novo amigo, e depois... Ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
      - Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
      - Ah, mamãe deixa! – choramingou ainda.
      - Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nessa vida...
      - E eu? Que bobagem é essa, você não tem a sua mãe?
      - Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
      - Deixa de conversa: obedece a sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa toda...
Meia hora depois, o menino voltava da rua, radiante:
      - Pronto, mamãe!
E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.
      - Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza de que ele dava – murmurou pensativo.
 
SABINO, Fernando, 1923-2004 A vitória da infância: seleção / Fernando Sabino. - 7.ed. - São Paulo : Ática, 2008. 168p. : - (Fernando Sabino)
 
1. Quanto tempo aproximadamente durou essa narrativa?
a) duas horas;
b) dois anos;
c) vinte anos.
 
2. O fato narrado se refere a algo:
a) fantástico;
b) inexplicável;
c) comum.
 
3. A finalidade da crônica “O melhor amigo” é:
a) Provocar sentimentos sobre amar os animais.
b) Provocar uma reflexão sobre amizade verdadeira.
c) Defender uma opinião sobre um assunto.
 
4. Marque a alternativa ERRADA.
a) O menino chorou, precisou até enxugar suas lágrimas.
b) As personagens não têm nome; são comuns, mãe, filho.
c) A linguagem do texto apresenta palavras simples, usadas no dia a dia.
 
5. “havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.” Intertextualidade é quando um texto faz referência a outro. Esse fragmento se refere à passagem bíblica em que:
a) Pedro negou conhecer seu amigo Jesus por três vezes.
b) Judas vendeu seu amigo Jesus por trinta moedas.
c) Madalena lavou os pés do seu amigo Jesus.
 
6. A crônica “O melhor amigo”:
a) Relata um fato que aconteceu com um menino, uma mãe e um cachorro.
b) Conta uma história fantástica sobre um menino, uma mãe e um cachorro.
c) Narra um episódio do cotidiano que pode ocorrer na vida de qualquer criança.

GABARITO:
1.A
2.C
3.B
4.A
5.B
6.C