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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

UM PASSARINHO : VINÍCIUS DE MORAES 8TEC.P16

 
5. Leia o poema abaixo:
A um passarinho
Rio de Janeiro. 1946
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
                                  
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!
 
MORAES. Virucius de. Poemas. sonetos e baladas São Paulo Edições Gavetas, 1946
 
a) Em sua opinião, que pensamento o autor quis expres­sar, quando, em dialogo com o passarinho, afirma:
 
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
 
 
b) Que inferências e possível fazer em relação ao uso dos nomes Anchieta e Assis nos dois versos finais da pri­meira estrofe?
 
GABARITO:
a) O poeta associa a arte de compor versos com a tristeza, ou seja, os poetas escrevem quando estão tristes.
b) Pode se inferir que ao usar no poema o nome Anchieta e associar esse nome a prosa, o poeta esteja fazendo referência ao Padre Jose de Anchieta um dos primeiros autores  da literatura brasileira e também quem escreveu a primeira gramática da língua tupi. Ao afirmar que não vem de Assis, pode estar fazendo referencia a cidade da Itália que tem esse nome e onde nasceu São Francisco de Assis, protetor dos animais, o que também justifica o diálogo com o passarinho e a ordem para que se afaste.
 
OLIVEIRA, Tânia Amaral Tecendo Linguagens: língua portuguesa: 8º ano/ Tânia Amaral Oliveira, Lucy Aparecida Melo Araújo.-5ªed. Barueri-SP-IBEP, 2018.pag.16

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