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quinta-feira, 2 de setembro de 2021

CONTO: O PAÍS DOS DEDOS GORDOS

 

O país dos dedos gordos (Rubem Alves)

           Vivia num país distante e céu cor de anil, um povo pobre e feliz, que na sua pobreza tinha tempo e gosto para cantar, brincar, fazer versos e experimentar com aquelas artes e aquarelas ciências que faziam alegre o seu coração. Felizes também eram o rei e a rainha, amigos de todos e que esperavam, para completar sua felicidade, o nascimento de uma criança.

         Nasceu uma menina linda, mansa e fofa. Ah! Ela seria a mais bela, a mais feliz, a mais amada. E, para que nada lhe acontecesse, convidaram como madrinhas e padrinhos do batizado todas as fadas e magos do reino, que com seus encantamentos haveriam de envolver a criancinha com um círculo mágico protetor. Ignoraram, é claro, a bruxa malvada que vivia na floresta negra.

        Quando ela soube, pela leitura das colunas sociais, que havia sido desprezada, teve um acesso de cólera e jurou vingança.

        Mandou ao palácio seus corvos espiões: que verificassem se havia algum ponto vulnerável nos encantamentos que protegiam a princesinha. Voltaram desapontados: ” O corpo da princesa está fechado. Nada de sério lhe pode ser feito. Só existe um lugarzinho. Esqueceram-se do dedo ” seu vizinho”, da mão esquerda…”

         A bruxa deu uma gargalhada: ” Mais que suficiente. Jogarei uma praga que fará com que o rei e a rainha se arrependam pelo resto de sua vidas. Aquele dedinho vai engrossar, engrossar. E não haverá remédio que cure…”

          E assim foi. E a malvada ainda mandou dizer, por mensagem no bico de seus corvos-correio. O rei e a rainha foram tomados de grande aflição. Chamaram fadas e magos. Inutilmente bruxedo não se desfaz. Vieram médicos, cirurgiões plásticos, invocaram homeopatia, fizeram compressas de conferi, apelaram para o poder das pirâmides e a meditação transcendental. Em vão. Pobre princesinha. Seu dedinho virou dedão, grotesco e vermelhão. Não podia usar aquelas lindas luvas brancas. E nem os anéis reais. Também não podia tocar piano, violino ou violão. O dedão esbarrava e anota desafinava. Chorava a pobre princesinha, inconsolável pelo “seu vizinho”… quem quereria se casar com uma jovem de dedo-grosso?

         O rei, desesperado, chamou seus sábios e pediu conselho. Foi então, que um deles fez sensata ponderação! ” Alteza, se não é possível fazer que o dedo da princesinha fique igual aos dedos dos outros, é possível fazer que os dedos dos outros fiquem iguais ao dedo da princesinha. Ao final, o resultado será o mesmo. Ninguém terá vergonha”.

        O rei ficou encantado. E logo chamou os técnicos que foram encarregados de viabilizar a solução. O que se decidiu foi o seguinte: o rei promoverá, anualmente, um baile para qual todos os jovens do reino estão convidados. Infelizmente, nem todos poderão ser admitidos porque só há lugar para mil pares no salão de festas. Muitos serão os chamados, poucos os escolhidos. Mas estes serão regiamente recompensados: empregos públicos vitalícios. E um, dentre estes, será escolhido pela princesa, como marido, futuro rei. O critério para a admissão? Os mil que, dentre todos, tiverem os mais grossos “seu vizinho” da mão esquerda. Para que haja justiça, sem fraude, se colocarão orifícios eletrônicos no vestíbulo do palácio. Os moços enfiarão seus dedos, o computador dirá quantos pontos fizeram, se passaram ou não.

          E assim fez. Os arautos anunciaram a boa-nova. De repente o reino mudou. Todos compreenderam que o futuro passava pelos vestibulares, e que só havia uma única coisa que importava: a grossura do “seu vizinho” da mão esquerda. Cessou a antiga alegria inconsequente e descontraída. Os pais deixaram de prestar a tenção nos risos para prestar atenção no dedo. E se gabavam: “Menino de futuro promissor; veja só o dedo, tão jovem e tão grosso…” As escolas passaram por revoluções. Os estabelecimentos antiquados, preocupados com sorrisos, viram-se repentinamente sem alunos. “Alegria não engrossa dedo”, diziam os pais, categóricos, ao pagar sua última prestação. E as que progrediam eram aquelas que desde cedo introduziam as crianças na filosofia do dedo grosso. Música, literatura, brinquedos, as artes e as ciências que davam prazer foram todas aposentadas. O que importava era passar no vestibular e, no vestibular, só contava a grossura do dedo.

       E foi assim que se criou uma nova filosofia da educação, e coisas novas, cursinhos que viam tudo pelo Ânglo e segundo o Objetivo de engrossar os dedos. Os preços eram exorbitantes. Os pais trabalhavam horas extras, as viúvas lavavam mais roupas: “Pai não mede sacrifício para o bem de seu filho…” E de noite rezavam ” Oh Deus, ajuda o meu filho para que ele tenha disciplina e se aplique pra que o seu dedo engrosse…”

        Mas, ano vai ano vem, a mesma coisa acontecia. Só mil entravam. Os que ficavam de fora se punham a olhar para seus dedos grossos. Aquele era o resultado de anos de disciplina e privações. Será que adiantou? E pensavam nas coisas perdidas, nunca mais. Dedo grosso, inútil, gordo de abstenções e sacrifícios. As coisas que davam prazer haviam sido abandonadas e , agora, estavam sem o baile e sem o prazer. A suspeita era de que haviam sido vítimas de uma grande burla… A cada ano que passava, aumentava o número de jovens tristes. Nunca entrariam no baile. E o pior: estavam aleijados. O mundo se havia transformado num gigantesco dedo grosso. Era como se um pedaço da vida lhe tivesse sido roubado, irremediavelmente. O passado não se recupera. Por todo o País, a nuvem de tristeza. Os técnicos sugeriram que , talvez, com técnicas mais eficientes, a qualidade do ensino poderia ser melhorada. Dedos mais grossos, talvez… O único problema é que o tamanho do salão de bailes continuava o mesmo.

        Lá dentro, a situação não era melhor. A princesinha não se decidia sobre o seu eleito: ” Pai, eles são tão chatos. Só sabem falar sobre dedos grossos. Preferiria um moço de dedo fino mas que fosse alegre e pudesse me alegrar…”

          O rei compreendeu, repentinamente, o tamanho de sua estupidez. Às vezes, o amor é cego e burro. Mandou seus arautos, de novo, País afora, dizendo que dali pra frente ninguém mais seria julgado pela grossura do dedo. O que importaria seria a alegria de viver. E, então, como que por encanto, o País acordou do seu feitiço. Ninguém mais procurava os cursinhos engrossa dedo, que tiveram de fechar suas portas. Os pais mudaram suas orações, pediam a Deus que fizessem alegres seus filhos, pararam de fiscalizar os seus dedos “seu vizinho”, e iam às escolas para saber das coisas belas e gostosas que ali se faziam. Os poemas voltaram a ser lidos, os moços brincavam com suas flautas e violões sem dores de consciência, e das ciências e artes se dedicavam àquelas que lhes davam prazer.

           O salão de festas continuou do mesmo tamanho. Mas sua sombra sinistra já não mais enfeitiçava os anos de juventude. Mesmo os que ficavam de fora continuavam a sorrir, porque sabiam que tinha valido a pena. O mundo ficara mais belo. O tempo não tinha sido perdido. O passado não tinha sido inútil. E o rei, olhando para a princesinha, feliz, cantarolava que o que importa é que cada um “da alegria seja aprendiz”.

        E os moços tocavam seus instrumentos e dedilhavam as cordas. E não havia dedos gordos que atrapalhassem.

 

Interpretando o texto:

1- Localize:

a) Personagens:

b) Local:

c) Espaço temporal:

d) Clímax (ponto alto da história):

 

2- Que feitiço a bruxa fez a princesinha? E porque a fez?

 

3- Você concorda com a atitude que o rei tomou? Por que?

 

4- Em uma primeira leitura do texto de Rubem Alves, podemos perceber que estamos lendo um conto de fadas. Porém, com mais atenção, percebemos que se trata de um retrato atual da nossa social. Que características ou eventos apresentados, nos fazem perceber isso?

 

5- Esse tipo de constrangimento, imposição relatado no texto, também pode ser encontrado no ambiente escolar. Você sabe por quê? Justifique.

 

6- Explique a frase do rei: “”Ás vezes o amor é cego e burro”.

 

7- Quando você se depara com alguém diferente de você, o que você faz? Tem a mesma atitude do rei?

 

8- Agora é com você!

Como percebemos acima, o conto de fadas pode retratar os problemas da sociedade atual. Você deverá escolher um conto de fadas conhecido (Branca de Neve, Cinderela, Chapeuzinho vermelho, três Porquinhos, entre outros), e com o uso dos personagens, reescrevê-lo retratando na história um dos problemas sociais abaixo listados. Seja criativo!

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- Disputa politica.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

PRODUÇÃO 7º ANO UM APÓLOGO A AGULHA E O NOVELO DE LÁ

 

 

A Agulha e o novelo de linha

Machado de Assis

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?

— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

Interpretando o texto:

 

1- “Era uma vez” é uma expressão muito encontrada em um gênero textual. Por que outra expressão de semelhante significado ela pode ser substituída? Normalmente que tipo de narrativa inicia-se com essa expressão?

 

2- A expressão “agulha não tem cabeça” na linguagem conotativa pode apresentar outras interpretações. Neste texto, como ela pode ser entendida?

 

3- De acordo com o texto, o que significa: “dar feição aos babados”?

 

4- No gênero textual apresentado, pode-se discutir diversos sentimentos encontrados na atualidade, como orgulho, simplicidade, egoísmo, entre outros. Quais podemos encontrar no texto?

 

5- Depois de reler o texto atentamente, diga:

 

a) Que tipo de narrador o texto apresenta? Atente para possível mudança de foco narrativo. Justifique sua resposta.

b) Espaço temporal (quando):

c) Personagens:

d) Espaço físico (onde):

 

6- De acordo com o texto, quem era orgulhosa e por que o era?

 

7-O que você acha que significa “servir de agulha para muita linha ordinária”?

 

8- Na situação que estamos vivendo atualmente, você acredita que temos servido de agulha para muita linha ? Justifique.

9- No texto que lemos, percebemos claramente a discussão dos personagens em saber qual era o mais importante. Agora, você deverá escolher uma das opções de personagens abaixo, e parafrasear a história lida, onde cada um dá mais valor ao seu trabalho. Seja criativo!

O lápis e a borracha;

 

 

As mãos e os pés;

O garfo e a faca;

Os olhos e a boca;

 

Boa produção!

Parafrasear: Replicar, construir um texto na mesma ideia, sem copiar frases e pensamentos.


DEPOIS DE LER O TEXTO, FAÇA O QUE SE PEDE.

1-O QUE É UM APÓLOGO? CONSULTE O DICIONÁRIO. DE ACORDO COM O SIGNIFICADO DADO À PALAVRA, VOCÊ CONHECE ALGUM OUTRO APÓLOGO? QUAL?

      É uma narrativa alegórica para ocultar uma verdade, em que falam animais ou seres inanimados. A segunda resposta é pessoal.

 

2- RELACIONE AS COLUNAS, USE O DICIONÁRIO, SE NECESSÁRIO.

A- SUBALTERNO    (E) CÃO PERNALTO E ESGUIO PRÓPRIO   PARA A  CAÇA DE LEBRES, É O MAIS RÁPIDO DOS CÃES;

 

B- OBSCURO             (D) COSTURO;

 

C- ÍNFIMO                  (H) AQUELES QUE ABREM CAMINHO;

 

D- COSER                  (I)DE QUALIDADE MÉDIA OU INFERIOR, VULGAR, COMUM

 

E- GALGO                  (C) MUITO PEQUENO,INFERIOR, VULGAR,O MAIS  BAIXO DE TODOS;

 

F- MELANCOLIA        (A) SUBORDINADO, INFERIOR, SECUNDÁRIO;

 

G- ALTIVA                  (G) ORGULHOSO, ARROGANTE, VAIDOSO;

 

H- BATEDORES        (F) ABATIMENTO, DESÂNIMO, TRISTEZA;

 

I- ORDINÁRIA            (B)SOMBRIO, POUCO CONHECIDO, INDECIFRÁVEL.

 

3- “ERA UMA VEZ” PODE SER SUBSTITUÍDA POR QUAL OUTRA EXPRESSÃO DE SEMELHANTE SIGNIFICADO? NORMALMENTE QUE TIPO DE NARRATIVA INICIA-SE COM ESSA EXPRESSÃO?

      Pode ser substituída por “Um dia.”. É um conto.

 

4- A EXPRESSÃO “AGULHA NÃO TEM CABEÇA” NA LINGUAGEM CONOTATIVA PODE SER ENTENDIDA COMO:

      Não tem juízo.

 

5- DE ACORDO COM O TEXTO, O QUE SIGNIFICA: “DAR FEIÇÃO AOS BABADOS”?

      É dar crédito as fofocas.

 

6- QUAL O TEMA DISCUTIDO NO TEXTO? ASSINALE A(S) ALTERNATIVA(S) CORRETA(S).

(X) O ORGULHO; (X) A VAIDADE; (  ) A HUMILDADE;  (   ) A MODÉSTIA; (  ) A BONDADE;  (  ) A SIMPLICIDADE; (X) EGOÍSMO; (X) PREPOTÊNCIA.

 

7-  DEPOIS DE RELER O TEXTO ATENTAMENTE, DIGA:

A-    QUE TIPO DE NARRADOR O TEXTO APRESENTA? ATENTE PARA POSSÍVEL MUDANÇA DE FOCO NARRATIVO. JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA.

Narrador-personagem. O mesmo tempo que narra o texto ele é o personagem.

 

B-    ESPAÇO TEMPORAL (QUANDO):

Durante o dia.

 

C-   PERSONAGENS:

A agulha, a linha e o alfinete.

 

D-   ESPAÇO FÍSICO (ONDE):

Na casa da baronesa.

 

E-    FOI UTILIZADO O DISCURSO DIRETO? COMPROVE:

Sim. “Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”

 

8- DE ACORDO COM O TEXTO, QUEM ERA ORGULHOSA E POR QUE O ERA?

       Era a linha, porque ela é que estava no vestido da baronesa, que iria passear.

 

9- “SILENCIOSA E ALTIVA” SÃO QUALIDADES ATRIBUÍDAS A QUEM?

       A linha.

 

10- HÁ, NO TEXTO, USO DE VOCATIVO? COMPROVE SUA RESPOSTA COM UM TRECHO DO TEXTO, CASO SUA RESPOSTA SEJA POSITIVA.

      Sim. “Anda, aprende, tola. Cansaste em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí fica na caixinha de costura.”

 

11- RETIRE DO TEXTO, A ONOMATOPEIA UTILIZADA PELO AUTOR E DIGA O QUE ELA ESTÁ REPRESENTANDO.

      “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano”. Que o serviço de costura tinha terminado aquele dia.

 

12- IDENTIFIQUE:

A-  A PERSONAGEM QUE JULGA O TRABALHO IMPORTANTE, POIS É NELE QUE ESTÁ O SENTIDO DE SUA VIDA:

A agulha.

 

B-  A PERSONAGEM CUJO INTERESSE É O RESULTADO DO TRABALHO, OS ELOGIOS, FESTAS, O GLAMOUR:

É a linha.

 

C-  PERSONAGEM QUE SE AUTO AFIRMA INTELIGENTE:

O alfinete.

 

13- QUEM DE FATO É POSSUIDOR DO FAZER, QUE COMANDA O PROCESSO DE PRODUÇÃO:

      (    ) A AGULHA; (   ) A LINHA; (X) A COSTUREIRA.

 

14- AGULHA, LINHA, BARONESA, COSTUREIRA: ESTABELEÇA TRAÇOS COMUNS ÀS PERSONAGENS MENCIONADAS.

      Resposta pessoal do aluno.

 

15- QUANTO AO “PROFESSOR DE MELANCOLIA”, PODEMOS CONCLUIR QUE ELE:

(X) ESTAVA SEMPRE SE DANDO MAL;

(X) QUE ERA FREQUENTEMENTE PASSADO PARA TRÁS;  

(X) SENTIA-SE INJUSTIÇADO; 

(   ) RECEBIA O RECONHECIMENTO QUE JULGAVA MERECER; 

(   ) ERA FELIZ PORQUE TINHA SEU TRABALHO VALORIZADO.

 

16- LINHA E AGULHA ERAM SEMELHANTES PORQUE:

(   ) AMBAS ERAM HUMILDES;

(X) AMBAS ERAM ORGULHOSAS;

(   ) AMBAS ERAM TRABALHADORAS; 

(X) AMBAS ERAM VAIDOSAS.

 

17- O QUE VOCÊ ACHA QUE SIGNIFICA “SERVIR DE AGULHA PARA MUITA LINHA ORDINÁRIA”?

      Resposta pessoal do aluno.

fonte;https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/09/um-apologo-machado-de-assis-com.html


PARA REFLETIR:

1) Qual o título do texto?

2) O que a agulha falou para o novelo de lã?

3) Porque houve discussão entre a linha e a agulha?

4) No texto qual o papel da agulha?

5) No texto qual o papel da linha?

6) O que aconteceu quando a agulha ficou nervosa?

7) O que o novelo falou para a agulha no final da história?

8) Qual a moral da história?

9) Pesquise no dicionário o significado da palavra coso/coser? Significado:

10) O que você achou da história?

fonte: https://www.soescola.com/2018/04/atividades-de-interpretacao-de-texto-a-agulha-e-a-linha.html

LENDA A LENDA DA VITÓRIA RÉGIA

 

 Professores de Língua Portuguesa

Rede Municipal de Ensino de Morro da Fumaça - SC

 A Lenda da Vitória-Régia

       Era uma noite de luar. As estrelas brilhavam no céu como diamantes. E a lua iluminava a terra com seus raios prateados. Um velho cacique, fumando seu cachimbo, contava às crianças as histórias maravilhosas de sua tribo. Ele era também feiticeiro e conhecia todos os mistérios da natureza. Um dos curumins que o ouviam, perguntou ao velho de onde vinham as estrelas que luziam no céu. E o cacique respondeu:

       - Eu as conheço todas. Cada estrela é uma índia que se casou com a lua. Não sabiam? A lua é um guerreiro belo e forte. Nas noites de luar, ele desce à terra para se casar com uma índia. Aquela estrela que estão vendo é Nacaíra, a índia mais formosa da tribo dos Maués. A outra é Janã, a flor mais graciosa da tribo dos Aruaques. A respeito disso, vou contar a vocês uma história que aconteceu há muitos anos, em nossa tribo. Prestem atenção.

      Havia entre nós uma índia jovem e bonita, chamada Naiá. Sabendo que a lua era um guerreiro belo e poderoso, Naiá por ele se apaixonou. Por isso recusou as propostas de casamento que lhe fizeram os jovens mais fortes e bravos de nossa tribo.

      Todas as noites, Naiá ía para a floresta e ficava admirando a lua com seus raios prateados. Às vezes ela saía correndo através da mata, para ver se conseguia alcançar a lua com seus braços. Mas esta continuava sempre afastada e indiferente, apesar dos esforços da índia para atingi-la.

      Uma noite, Naiá chegou à beira de um lago. Viu nele, refletida, a imagem da lua. Ficou radiante! Pensou que era o guerreiro branco que amava. E, para não perdê-lo, lançou-se nas águas profundas do lago. Coitada! Morreu afogada.

Então a lua, que não quisera fazer de Naiá uma estrela do céu, resolveu torná-la uma estrela das águas. Transformou o corpo da índia numa flor imensa e bela. Todas as noites, essa flor abre suas pétalas enormes, para que a lua ilumine sua corola rosada.

Sabem qual é essa flor? É a vitória-régia!

 

(SANTOS, Teobaldo Miranda dos. In: Lendas e mitos do Brasil. São Paulo, Nacional, 1975. P. 11-2.)

 

ATIVIDADES

 

1.Numere os fatos de 1 a 6, ordenando-os na ordem em que os mesmos ocorrem no texto.

( ) Naiá se apaixonou pela lua, pois era um guerreiro bonito e muito forte.

( ) Naiá, depois que morreu, foi transformada pela lua numa flor: a vitória-régia.

( ) Segundo o velho cacique, as estrelas eram as índias que haviam se casado com a lua.

( ) Naiá observou o reflexo da lua nas águas do lago e tentou tocá-la, mas morreu por afogamento.

( ) O velho cacique contava às crianças as histórias de sua tribo, já que era feiticeiro e conhecia muito bem a natureza.

( ) A lua continuava distante de Naiá e esta se esforçava para tentar alcançá-la.

 

2. A lenda tem por objetivo explicar o surgimento:

a. ( ) das estrelas.

b. ( ) da lua.

c. ( ) da tribo dos aruaques.

d. ( ) da vitória-régia.

 

3. Relacione o ser à característica a ele atribuída:

a. Lua ______ bravos

b. Cacique ______ bela

c. Índia Naiá ______ graciosa

d. Índia Nacaíra ______ velho

e. Jovens de nossa tribo ______ bonita

f. Índia Janã ______ forte

g. A flor vitória-régia ______ formosa

 

4. Agora responda de acordo com o texto:

a.Segundo o contador de histórias da tribo, o que seria a lua? E o que seriam as estrelas?

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_____________________________________________________________________

b. Por que Naiá recusou as propostas de casamento que lhe fizeram os jovens mais fortes e bravos da tribo?

_____________________________________________________________________

c. Por que Naiá se afogou?

_____________________________________________________________________

d. O que a lua fez para recompensar Naiá?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

 

5. Assinale com um X a resposta correta.

 

a. A finalidade desse texto é

( ) informar.

( ) narrar.

( ) orientar.

( ) anunciar.

 

b. O texto é narrado por um:

( ) narrador-observador.

( ) narrador-personagem.

( ) pela índia Naiá.

( ) pela índia Nacaíra.

 

c. Em qual frase há uma comparação entre um ser e outro?

( ) “E a lua iluminava a Terra [...].”

( ) “As estrelas brilhavam no céu como diamantes.”

( ) “Ele também era feiticeiro e conhecia todos os mistérios da natureza.”

( ) “Uma noite, Naiá chegou à beira de um lago.”

 

d. Qual citação comprova que o tempo na lenda é indeterminado (quando não se sabe exatamente a época de ocorrência dos fatos)?

( ) “E a lua iluminava a terra [...].”

( ) “As estrelas brilhavam no céu como diamantes.”

( ) “Ele também era feiticeiro e conhecia todos os mistérios da natureza.”

( ) “Era uma noite de luar.”

 

e. Releia: “Por isso recusou as propostas de casamento que lhe fizeram os jovens mais fortes e bravos de nossa tribo.”

Nesse contexto, a palavra em destaque tem o significado de:

( ) irritados.

( ) violentos.

( ) autoritários.

( ) valentes.

FÁBULA O SAPO E O BOI

     O sapo e o boi

       Há muito, muito tempo existiu um boi imponente. Um dia o boi estava dando seu passeio da tarde quando um pobre sapo, todo mal vestido, olhou para ele e ficou maravilhado. Cheio de inveja daquele boi que parecia o dono do mundo, o sapo chamou os amigos.

     – Olhem só o tamanho do sujeito! Até que ele é elegante, mas grande coisa; se eu quisesse também era.

     Dizendo isso o sapo começou a estufar a barriga e, em pouco tempo, já estava com o dobro do seu tamanho normal.

      – Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros sapos.

     – Não, ainda está longe! - responderam os amigos.

     O sapo se estufou mais um pouco e repetiu a pergunta.

     – Não – disseram de novo os outros sapos -, e é melhor você parar com isso porque senão vai acabar se machucando.

     Mas era tanta vontade do sapo de imitar o boi que ele continuou se estufando, estufando, estufando – até estourar.

     Moral: Seja sempre você mesmo.

Fabulas de Esopo. São Paulo: Companhia das letrinhas,1994.

 

Interpretando o texto

      Com certeza você já leu e ouviu muitas fábulas e sabe que uma fábula não é uma narrativa qualquer. Ela tem um jeito bem próprio de ser escrita.

     A fábula é uma narrativa de caráter ficcional, ou seja, foi inventada por alguém. Os animais, que são personagens, possuem características humanas, como a ganância, a preguiça, a inveja, a sabedoria, etc. Na fábula que você leu, os personagens eram animais, e você viu ainda que o sapo era invejoso. Por meio dessas características, as personagens movimentam-se e a história se desenrola. No final da narrativa há uma moral, ou seja, um tipo de ensinamento. Na fábula que você leu, aprendemos uma lição: “Devemos ser nós mesmos”, senão a gente pode se dar mal.

Além disso, a linguagem é simples, objetiva e direta, e pode haver diálogos.

 

ATIVIDADES

1. Com muita atenção, responda as perguntas a seguir de acordo com o texto O sapo e o boi”.

 

                a. Por que o sapo tentou estufar sua barriga ao máximo?

 

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                b. A quem o sapo tentava imitar?

 

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                c. Que sentimento o sapo teve em relação ao boi?

 

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                d. Retire do texto, o trecho que mostra a inveja que o sapo sentia do boi?

 

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                e. Os amigos do sapo eram realmente seus amigos? O que você acha? Dê sua opinião.

 

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                f. O sapo agiu corretamente ou foi inconsequente? Por quê?

 

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                g. Apesar das advertências dos amigos, o sapo continuou a se estufar. Diante dessa atitude, que característica você daria ao sapo?

 

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       h. A moral do texto é: “Seja sempre você mesmo.” Você concorda com esse ensinamento? Por quê?

                i. O que você pensa sobre as pessoas que vivem insatisfeitas consigo mesmas? O que diria a elas?

 

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2. Marque com um X a resposta certa.

 

a. Releia: “Há muito, muito tempo existiu um boi imponente.”

A palavra em destaque na frase acima tem o sentido de:

( ) humilde, manso.

( ) gentil, formoso.

( ) mal educado, cruel.

( ) que se impõe, demonstra autoridade.

 

b. O sapo resolveu ficar parecido com o boi porque:

( ) admirava o boi.

( ) rejeitava o boi.

( ) invejava o boi.

( ) todas estão erradas.

 

b. A expressão " dono do mundo " quer dizer que:

( ) o boi era admirável.

( ) o boi era poderoso.

( ) o boi era forte.

( ) todas estão corretas.

 

c. O adjetivo ‘’pobre’’ dado ao sapo, significa que:

( ) ele não tinha muitas condições financeiras.

( ) ele era insignificante.

( ) ele era invejoso.

( ) todas estão corretas.

 

d. A linguagem formal é uma linguagem mais elaborada, mais culta, diferente daquela linguagem que utilizamos no dia a dia numa conversa descontraída. Qual citação abaixo apresenta um exemplo de linguagem formal?

( ) “Há muito, muito tempo existiu um boi imponente.”

( ) “[...]parecia o dono do mundo, [...].

( ) “[...] mas grande coisa; se eu quisesse também era.”

( ) “[...] continuou se estufando, estufando, estufando [...].”

 

e. Em qual citação aparece um exemplo de comparação?

( ) “Um dia o boi estava dando seu passeio da tarde [...].”

( ) “[...]olhou para ele e ficou maravilhado.”

( ) “[...] o sapo chamou os amigos.”

( ) “– Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros sapos.”

 

Professores de Língua Portuguesa

Rede Municipal de Ensino de Morro da Fumaça - SC

DIÁRIO 6º ANO TEORIA

 

DIÁRIO 6º ANO TEORIA

 AUTOR: Professores de Língua Portuguesa

Rede Municipal de Ensino de Morro da Fumaça




      Nesse gênero textual há o registro de ideias e opiniões sobre a realidade que cerca o escritor, com a expressão de sentimentos.

Dentre as características deste gênero estão:

·            A linguagem informal (pode até utilizar gírias);

·            Tem o próprio escritor como destinatário, ou seja, o diário é escrito para si mesmo;

·            Aponta acontecimentos importantes do dia a dia;

·            Caráter subjetivo (demonstração de sentimentos e opiniões);

·            Tem como objetivo guardar lembranças e desabafar;

·            Sinceridade de quem escreve (o emissor, no caso);

·            Pode ser escrito com frases curtas ou longas;

·            As páginas costumam ser datadas;

·            Pode ser real ou fictício (“inventado”);

·            Pode conter ou não assinatura pessoal;

·            Linguagem empregada na 1ª pessoa (“Eu acho, Eu acordei, Eu não fui...”), com verbos no passado;

·            Pode ou não ser dirigido a alguém;

·            Pode ou não se tornar público, podendo ficar em segredo para quem o escreve.

 

Vejamos agora, alguns tipos de diários:

 I.          Diário pessoal

O diário pessoal é composto por relatos íntimos que devem ser lido, apenas pelo

(a) próprio (a) autor (a). Apresenta uma linguagem simples, coloquial e familiar, sem preocupações literárias, tem como exemplo ‘’O diário de Anne Frank’’

 II.         Diário de ficção (não é real, histórias da imaginação)

Trata-se de uma obra literária com o formato de anotações pessoais, na qual o (a) autor (a) registra as suas emoções e vivências cotidianas, um exemplo é ‘’Diário de um Banana’’ que conta com vários volumes.

 

Estrutura do gênero textual diário:

 

Local e Data

A data é parte essencial de um diário.

Vocativo

Geralmente é iniciado com “Meu querido diário”, uma vez que não é escrito para uma pessoa específica. Mas pode utilizar qualquer outra saudação. Exemplos: Olá, amigo! E

aí, brother! Bom dia, cara! Oi, meu amigo!

Desenvolvimento

É a parte na qual as informações serão detalhadamente registradas.

Despedida e Assinatura

Para finalizar, há a presença de uma despedida e a assinatura, que serve para declarar o (a) autor (a) do texto.

Exemplo de diário

“Domingo, 14 de junho de 1942

Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)

Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.”

(O Diário de Anne Frank)

 

Veja o exemplo de uma página de diário fictício.

 

Morro da Fumaça, SC, 09/03/2020. (LOCAL E DATA)

Olá, meu brother!  (CUMPRIMENTANDO O DIÁRIO)

Hoje é sábado!

      (INÍCIO) Dormi até tarde. Estava chovendo mesmo. Aquele barulho de chuva caindo no telhado é uma delícia. Quem não gosta?

      O problema foi que, ao acordar, senti que meu corpo doía um pouquinho. Devo ter dormido de mal jeito. Mas não deu em nada...

      Nem deu tempo de tomar café. Bem, já era quase meio dia e nem tinha me dado conta. A mãe gritou que o almoço estava na mesa. Nem tirei o pijama, e com ele fiquei o dia inteiro. Também sair de casa nem dá. Tenho medo do tal coronavírus... e eu não sou doido de me arriscar!

     Depois do almoço, fui para a Netflix. Escolhi um filme bacana para assistir à tarde. Pensa que consegui? Que nada! Na metade do filme estava dormindo de novo. Eita!

      Aí, não demorou muito para anoitecer. Agora o dia vai logo embora. Perdi o sono, por isso tentei me distrair escrevendo em você. Acho que vou lá na cozinha ver se tem algo de bom na geladeira para comer.

     Até amanhã, diário! (DESPEDIDA)

     Um abraço do Felipe (ASSINATURA)

 

1.     Agora é sua vez! Seguindo a estrutura vista no quadro acima, escreva uma página de diário, relatando fatos marcantes ou diferentes que você vivenciou recentemente. Ou relatando fatos passados, como o nascimento de um irmão, um encontro inesperado, o primeiro dia de aula, uma surpresa, a alegria de ganhar um animal de estimação, uma viagem ou passeio inesquecível.

Ø  Fale dos sentimentos, das emoções ou das surpresas que os fatos lhe causaram. Procure fazer comentários, opinar ou desabafar, se for o caso;

Ø  Escreva na 1°pessoa e, se quiser, adote uma linguagem espontânea e informal;

Ø  Se quiser ilustre sua página de diário com desenhos, fotos e colagens.

Ø  Observe com detalhes o exemplo da página de diário fictício citada acima e você se sairá MUITO BEM em sua produção!

 

CONTOS POPULARES: POR QUE O MORCEGO VOA À NOITE?

 AUTORIA: ARIANE MIRANDA E KEYLA AMORIM

O QUE SÃO CONTOS POPULARES?

         Também conhecido como conto tradicional, é um texto narrativo, geralmente curto, criado e enriquecido pela imaginação popular e que procura deleitar, entreter ou educar o ouvinte. A sua origem perdeu-se no tempo. Ninguém é dono e senhor dos contos populares. Por isso, cada povo e cada geração contam-nos à sua maneira, às vezes corrigindo e acrescentando um ou outro pormenor no enredo, daí o provérbio: “Quem conta um conto acrescenta um ponto”. Por isso, através deles o povo transmite os seus saberes, os seus valores, as suas crenças, ou seja, a sua cultura. E mesmo os que não têm mensagens culturais explícitas no seu conteúdo continuam a valer pela capacidade que têm de criar uma boa relação entre quem fala e quem ouve.

 

Texto disponível em: http://www.trasosmontes.com/alexandreparafita/content/view/14/31/

(in Alexandre Parafita “Histórias de arte e manhas”, Texto Editores, Lisboa, 2005, p. 30 E 40)

 

       Leia o Conto Popular africano abaixo recontado pelo autor Rogério Andrade Barbosa.

Por que será que o morcego só voa de noite?

      Há muito e muito tempo houve uma tremenda guerra entre as aves e o restante dos animais que povoam as florestas, savanas e montanhas africanas. Naquela época, o morcego, esse estranho bicho, de corpo semelhante ao do rato, mas provido de poderosas asas, levava uma vida mansa voando de dia entre as enormes e frondosas árvores à caça de insetos e frutas. Uma tarde, (...) foi despertado pelos trinados aflitos de um passarinho: - Atenção, todas as aves! Foi declarada a guerra aos quadrúpedes. Todos que têm asas e sabem voar devem se unir na luta contra os bichos que andam no chão. O morcego ainda estava se refazendo do susto, quando uma hiena passou correndo e uivando aos quatro ventos para convocar a todos para a grande guerra. - E agora? Eu não sou uma coisa nem outra. Indeciso, não sabendo a quem apoiar, o morcego resolveu aguardar o resultado da luta: - Eu é que não sou bobo. Vou me apresentar ao lado que estiver vencendo – decidiu.

      Dias depois, escondido entre as folhagens, viu um bando de animais fugindo em carreira desabalada, perseguidos por uma multidão de aves que distribuíam bicadas a torto e a direito. Os donos de asas estavam vencendo a batalha e, por isso, ele voou para se juntar às tropas aladas. Uma águia gigantesca, ao ver aquele rato com asas, perguntou: - O que você está fazendo aqui? - Não está vendo que sou um dos seus? Veja! – disse o morcego abrindo as asas. – Vim o mais rápido que pude para me alistar – mentiu. - Oh, queira me desculpar! – falou a desconfiada águia. – Seja bem-vindo à nossa vitoriosa esquadrilha. Na manhã seguinte, os animais terrestres, reforçados por uma manada de elefantes, reiniciaram a luta e derrotaram as aves, espalhando penas para tudo quanto era lado. O morcego, na mesma hora, fechou as asas e foi correndo se unir ao exército vencedor. - Quem é você? – rosnou um leão. - Um bicho de quatro patas como Vossa Majestade – respondeu o farsante, exibindo os dentinhos afiados. - E essas asas? – interrogou um dos elefantes. – Deve ser um espião. Fora daqui! – berrou o paquiderme, erguendo a poderosa tromba num gesto ameaçador. O morcego, rejeitado pelos dois lados, não teve outra solução e passou a viver isolado de todo mundo, escondido durante o dia em cavernas e lugares escuros. É por isso que até hoje ele só voa de noite.

 

INTERPRETANDO

QUESTÃO 01

Responda o que se pede abaixo.

a) Qual é o título do texto?

 

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b) Quem é o autor? Quem é o personagem principal?

 

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c) Quais são os outros personagens que participam deste conto popular?

 

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d) Em qual lugar essa narrativa acontece?

 

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QUESTÃO 02

O que houve entre as aves e os outros animais da floresta?

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QUESTÃO 03

Por que o morcego ficou indeciso, sem saber de qual lado ficar durante a guerra?

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QUESTÃO 04

De qual forma o morcego resolveu participar da guerra?

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QUESTÃO 05

QUADRÚPEDES são animais de:

( ) quatro olhos ( ) quatro patas ( ) quatro orelhas

QUESTÃO 06

Quem venceu a guerra? Por que o morcego não foi aceito entre os vencedores?

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QUESTÃO 07

Segundo o texto, por que os morcegos só voam à noite?

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ELEMENTOS DA NARRATIVA

Um texto narrativo se propõe a narrar um acontecimento entre um período de tempo e espaço. Para isto, a história conta com uma situação inicial, o conflito, o clímax e seu desfecho. Veja:

§ A situação inicial de uma história é a parte em que se apresentam os dados básicos da história, como local, tempo e personagens. Além disso, é feito um panorama geral sobre onde a história começa.

§ O conflito, como o nome indica, trata do momento em que as possíveis complicações e entraves da história se iniciam.

 

§ O clímax é o ponto auge do conflito, sendo muitas vezes o momento em que os personagens se deparam com algo de difícil solução.

 

§ O desfecho se trata do fim do conflito. Após o clímax, os personagens agem de determinada forma que acabam solucionando o conflito. É possível que aqui sejam relatadas algumas consequências do conflito.

 

Informações disponíveis em: https://brainly.com.br/tarefa/2377274#readmore

 

ANALISANDO

QUESTÃO 01

Descreva a Situação Inicial do Conto Popular “Por que será que o morcego só voa de noite?”.

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QUESTÃO 02

Qual foi a Complicação ou Conflito encontrado no Conto Popular “Por que será que o morcego só voa de noite?”?

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QUESTÃO 03

Qual é o Clímax do Conto Popular Por que será que o morcego só voa de noite?”?

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QUESTÃO 04

Qual foi o Desfecho ou Resolução Final do Conto Popular Por que será que o morcego só voa de noite?”?

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