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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

FÁBULA - OS ANIMAIS E A PESTE 6 ANO

 

OS ANIMAIS E A PESTE

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Em certo ano terrível de peste entre os animais, o leão, mais apreensivo, consultou um macaco de barbas brancas. (INTELIGENCIA, RELIGIÃO)

— Esta peste é um castigo do céu – respondeu o macaco – e o remédio é aplacarmos a cólera divina sacrificando aos deuses um de nós.

— Qual? – perguntou o leão.

— O mais carregado de crimes.

O leão fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:

 

— Amigos! É fora de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu. Cometi grandes crimes, matei centenas de veados, devorei inúmeras ovelhas e até vários pastores. Ofereço-me, pois, para o sacrifício necessário ao bem comum.

A raposa adiantou-se e disse:

 

— Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa Majestade alegou constitui crime. São coisas que até que honram o nosso virtuosíssimo rei Leão.

Grandes aplausos abafaram as últimas palavras da bajuladora e o leão foi posto de lado como impróprio para o sacrifício.

 

Apresentou-se em seguida o tigre e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas a raposa mostra que também ele era um anjo de inocência.

E o mesmo aconteceu com todas as outras feras.

Nisto chega à vez do burro. Adianta-se o pobre animal e diz:

— A consciência só me acusa de haver comido uma folha de couve da horta do senhor vigário.

 

Os animais entreolharam-se. Era muito sério aquilo. A raposa toma a palavra:

— Eis amigos, o grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta, que é inútil prosseguirmos na investigação. A vítima a sacrificar-se aos deuses não pode ser outra porque não pode haver crime maior do que furtar a sacratíssima couve do senhor vigário.

Toda a bicharada concordou e o triste burro foi unanimemente eleito para o sacrifício. 

Moral: Aos poderosos, tudo se desculpa; aos miseráveis, nada se perdoa.

(Monteiro Lobato, Fábulas)

 

 

Aluno:____________________________________________Turma:____Data____

1) Qual é o título do texto?

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2) Quantos parágrafos há no texto?

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 3) Quais são os personagens da história?

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 4) Qual era o problema da floresta?

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 5) Qual foi a sugestão do leão para resolver o problema?

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6) Qual foi o primeiro animal a se oferecer e por quê? O que aconteceu?

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7) Qual foi o segundo animal a se oferecer e por quê? O que aconteceu?

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8) Qual foi o terceiro animal a se oferecer e por quê? O que aconteceu?

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9) Qual foi o ultimo animal a se oferecer e por quê? O que aconteceu?

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10) Explique, com suas palavras, a moral da história. Dê um exemplo de como essa moral da história pode se aplica hoje em dia.

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11) O que você achou do grau de dificuldade da atividade:

a) muito fácil        b) fácil      c) média)   d) difícil    e) muito difícil

CONTO - OS VIAJANTES E A BOLSA - 6 ANO

 

Os viajantes e a bolsa 6 ANO

          Os exaustos viajantes viajavam juntos, por uma estrada empoeirada. De repente, um dos homens avistou uma bolsa lotada de moedas à margem da estrada. Ele a apanhou e exclamou:

           - Que sortudo eu sou! Encontrei uma bolsa cheia. Ela é bem pesada e pode até estar cheia de ouro! Gastarei este dinheiro sabiamente!

           Seu companheiro retrucou:

           - Não diga! “Encontrei uma bolsa, que sortudo eu sou”. Em vez disso, diga “nós encontramos uma bolsa, que sortudos nós somos!”. Como amigos, temos que compartilhar igualmente as sortes e os azares da estrada.

           Consternado ao ouvir que teria que compartilhar seu achado, o primeiro homem respondeu:

           - Ah, não! Eu avistei a bolsa e ela é toda minha!

           Foi então que eles ouviram alguém gritando:

           - Pega ladrão!

           E, olhando ao redor, viram uma multidão de pessoas armadas com porretes correndo estrada abaixo, na direção deles.

           O homem que havia encontrado a bolsa gritou:

           - Estamos perdidos se eles encontrarem a bolsa conosco! Eles vão nos maltratar e nos responsabilizar pelo roubo!

           Seu companheiro respondeu:

           - Ah, não! Eles encontrarão a bolsa com você e maltratarão e responsabilizarão você pelo roubo. Você se recusou a compartilhar o ganho, agora você não deve compartilhar a dor.

Autor desconhecido

Questões

1) Qual é o título do texto?

R: O título do texto é Os viajantes e a bolsa.

2) Quantos parágrafos há no texto?

R: O texto tem 13 parágrafos.

3) Quais são os personagens principais da história?

R: Os personagens principais são os 2 viajantes.

4) Onde se passa a história?

R: A história se passa em uma estrada empoeirada.

5) O que um deles encontrou e que reação teve?

R: Ele encontrou uma bolsa lotada de moedas e ficou muito feliz.

6) O que retrucou seu companheiro?

R: O companheiro disse que eles deveriam compartilhar igualmente as sortes e os

azares.

7) O que aconteceu quando apareceram pessoas procurando a bolsa?

R: Eles apareceram gritando pega ladrão e o Viajante disse que eles estavam

perdidos, mas o companheiro disse que o responsável era o outro já que ele não

havia compartilhado.

8) O que você acha da reação do companheiro que não tinha a bolsa, no momento

em que as pessoas estavam chegando? Justifique sua resposta.

R: Resposta pessoal.

9) Se fosse você que tivesse encontrado a bolsa o que faria?

R: Resposta pessoal.

10) Faça uma ilustração da história:

RELATO PESSOAL - UMA TRAGÉDIA MAIOR QUE A MINHA

 

RELATO PESSOAL - UMA TRAGÉDIA MAIOR QUE A MINHA

   CONSUMISMO, DESIGUALDADE

         Quando eu tinha meus dez anos, manifestou-se em mim uma revolta íntima que me levaria por certo tempo a um perigoso complexo de inferioridade. É que não me conformava com a pobreza em que vivíamos, a ponto de magoar meus pais.

         Certa ocasião, nas vésperas do natal, papai comprou-me um par de sapatos, de qualidade inferior. Quando cheguei em casa, chorei amarguradamente, pois desejava um de melhor qualidade, como alguns dos meus companheiros e vizinhos, para apresentar-me na festinha da escola.

         Quando me acalmei, mamãe, que tinha procurado convencer-me de que não faria má figura, saiu comigo, levando embrulhado, sem que eu percebesse, o meu par de calçados velhos.

         Ia cumprir a promessa que fizera a uma amiga de levá-los ao seu filho, mais ou menos da minha idade, pois o pai dele estava desempregado.

         Antes que ela me dissesse qualquer coisa, compreendi que a tragédia do menino era bem maior do que a minha.

         De volta, carinhosamente, mamãe comentou aquela boa lição que se gravou de maneira indelével em minha alma e até hoje, nos momentos de dificuldade, me serve de estímulo...

        "A nossa desgraça, se avaliarmos bem, é sempre menor que a do nosso próximo..."

Relato de: B. Neves, Cidade de São Paulo – Brasil

 

1. Por que a personagem teve complexo de inferioridade?

R.: Porque era pobre.

 

2. “chorei amarguradamente, pois desejava um de melhor qualidade,” Mantendo o mesmo sentido, a palavra destacada pode ser trocada por:

a) logo

b) mas

c) porque

d) porém

 

3. O que significa COMPLEXO DE INFERIORIDADE?

R.: Se sentir inferior as outras pessoas por algum motivo ou situação.

 

4. Quais assuntos são abordados no texto:

a) desigualdade

b) consumismo

c) educação

d) política

 

5. Atualmente que o que seria um chinelo de qualidade inferior e qual seria o de qualidade superior?

R.: Inferior: Havaianas

      Superior: Kenner

 

6. A palavra INDELÉVEL no contextos significa:

a) carinhosamente

b) permanente

c) inelegível

d) sobrenatural

 

 

 

CONTO - UMA IDEIA TODA AZUL

UMA IDEIA TODA AZUL - MARINA COLASANTI

        Um dia o rei teve uma ideia. Era a primeira da vida toda e, tão maravilhado ficou com aquela ideia azul, que não quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com alegria, linda ideia dele toda azul.

        Brincaram até o rei adormecer encostado numa árvore.

        Foi acordar tateando a coroa e procurando a ideia, para perceber o perigo. Sozinha no seu sono, solta e tão bonita, a ideia poderia ter chamado a atenção de alguém. Bastaria esse alguém pegá-la e levá-la. É tão fácil roubar uma ideia! Quem jamais saberia que já tinha dono?

        Com a ideia escondida debaixo do manto, o rei voltou para o castelo. Esperou a noite. Quando todos os olhos se fecharam, ele saiu dos seus aposentos, atravessou salões, desceu escadas, subiu degraus, até chegar ao corredor das salas do tempo. Portas fechadas e o silêncio. Que sala escolher?

        Diante de cada porta o rei parava, pensava e seguia adiante. Até chegar à sala do sono. Abriu. Na sala acolchoada, os pés do rei afundavam até o tornozelo, o olhar se embaraçava em gases, cortinas e véus pendurados como teias. Sala de quase escuro, sempre igual. O rei deitou a ideia adormecida na cama de marfim, baixou o cortinado, saiu e trancou a porta.

        A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. E nunca mais mexeu nela.

        O tempo correu seus anos. Ideias o rei não teve mais, nem sentiu falta, tão ocupado estava em governar. Envelhecia sem perceber, diante dos educados espelhos reais que mentiam a verdade. Apenas sentia-se mais triste e mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos jardins.

        Só os ministros viam a velhice do rei. Quando a cabeça ficou toda branca, disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto.

        Posta a coroa sobre a almofada, o rei logo levou a mão à corrente.

        Ninguém mais se ocupa de mim – dizia, atravessando salões, descendo escadas a caminho da sala do tempo. Ninguém mais me olha – dizia. Agora, posso buscar minha linda ideia e guardá-la só para mim.

        Abriu a porta, levantou o cortinado.

        Na cama de marfim, a ideia dormia azul como naquele dia.

        Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma ideia menina. E linda. Mas o rei não era mais o rei daquele dia. Entre ele e a ideia estava todo o tempo passado lá fora, o tempo todo parado na sala do sono. Seus olhos não viam na ideia a mesma graça. Brincar não queria, nem rir. Que fazer com ela? Nunca mais saberiam estar juntos como naquele dia.

        Sentado na beira da cama o rei chorou suas duas últimas lágrimas, as que tinha guardado para a maior tristeza.

        Depois, baixou o cortinado e, deixando a ideia adormecida, fechou para sempre a porta.

        Moral: ideia não é para ficar adormecida, mas para ser realizada, sob pena de se perder.

 

                            Extraído da obra de mesmo nome, Editora Global.

 

Entendendo o conto: 6º ano

01 – Quais fatos no texto permitem classifica-lo como um conto?

      Os fatos são imaginários.

 

02 – No texto, o narrador conta a história do rei que um dia passou a não ter mais ideias. Por que é importante que as pessoas tenham ideias?

      Para tomar decisões e procurar soluções para os problemas.

 

03 – O rei sentiu-se feliz porque finalmente teve sua primeira ideia. Temeroso, o rei preferiu esconder sua ideia para que ninguém a roubasse. De que modo se pode roubar uma ideia de outra pessoa?

      Utilizando como se fosse sua, para benefícios ou se promover.

 

04 – O rei parecia não confiar em ninguém e imaginou que, por ser tão especial, sua ideia atrairia o interesse de qualquer um. O rei agiu bem ao ocultar a sua ideia?

      O rei deveria ter utilizado a ideia azul para ter uma vida mais feliz.

 

05 – Já envelhecido, o rei finalmente pensou na ideia toda azul que se encontrava adormecida. Por que ele só foi pensar na ideia nesse momento?

      Porque agora tinha tempo para pensar em si mesmo.

 

9º ano

1 – O texto fala de um acontecimento único: uma ideia. Acontecimento único é

comum, faz parte do cotidiano ou é incomum?

Durante nossa vida (ou mesmo nosso dia) muitos são os acontecimentos. Em se tratando de ideias também. Muitas são as que permeiam nosso dia-a-dia, porém nem todas são colocadas em prática. Com o Rei, no entanto, foi um grande acontecimento, o único de sua vida toda.

 

2 – Quantos momentos possui a narrativa de Marina Colassanti e qual a contradição entre eles?

No primeiro momento, o rei tem uma idéia, mas não tem tempo de dar tratamento a ela. No segundo momento, o objeto (ideia) continua lá, mas o ser (rei) em relação a ela não, pois agora que tem tempo, não tem mais ânimo (idade) para dela tratar.

 

3 – As afirmações e as ações são categóricas?

Não, elas são atenuadas por adjetivos. Exemplos: “Brincaram até o Rei adormecer encostado numa árvore” ; “O Rei deitou a ideia adormecida na cama de marfim...” ; “A chave prendeu no pescoço em grossa corrente” ; “...diante dos educados espelhos reais...” ; “Agora posso buscar minha linda idéia...” ; “...a idéia dormia azul como naquele dia.” ; “uma idéia menina”.

 

4 – As ações se repetem ou são únicas?

As ações são únicas, num crescente e leve evoluir. A história toda se passa rapidamente através da leitura, mas lentamente através do tempo (o Rei é jovem e chega à velhice).

 

5 – O tempo e o lugar são mutáveis ou a ação ocorre em tempo e lugar únicos?

O lugar da ação é o castelo (é um espaço mítico), seus arredores (jardins, gramados, árvore) e aposentos (salões, escadas, corredor, salas).

 

6 – Qual(is) é(são) a(s) figura(s) de linguagem presente(s) neste texto?

 

Sinestesia (mistura de sentidos – tato, visão, audição); Personificação (a idéia toma forma, pode ser tocada, o Rei a deita na cama); Comparação (cortinas e véus pendurados como teias).

 

7 – Observe que a autora utiliza muitos substantivos acompanhados de adjetivos, apresentando assim afetividade em relação aos elementos. Faça uma lista de, pelo menos, cinco casos em que esse recurso aparece:

Ideia azul; linda ideia; ideia escondida; ideia adormecida; portas fechadas; sala acolchoada; véus pendurados; cama de marfim; grossa corrente; educados espelhos reais.

8 – Os verbos empregados no texto são seguidos de complemento ou apenas marcam a ação?

A maioria dos verbos são seguidos de complemento. Ex.: Um dia o Rei teve uma idéia; não quis saber de contar aos ministros; foi acordar tateando a coroa e procurando a ideia, para perceber o perigo.

 

9 – Há momentos em que a autora intercala ações com pensamentos. Transcreva situações do texto que comprovem esta afirmação:

No quarto e no antepenúltimo parágrafos, a autora busca transmitir de forma indireta o pensamento da personagem.

 

 

    

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

CONTO - APRENDENDO COM OS ERROS- INTELIGÊNCIA

 

Aprendendo com os erros

O mestre, conduz seu aprendiz pela floresta. Embora mais velho, caminha com igualdade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.

O aprendiz reclama, levanta , cospe no chão e continua a acompanhar seu mestre.

Depois de longa caminhada, chegaram a um lugar sagrado. Sem parar, o mestre dá meia volta e começa a viagem de volta.

-Você não me ensinou nada hoje- diz o aprendiz.

-Ensinei sim, mas você parece que não aprende. Estou tentando te ensinar como se lida com os erros da vida.

- E como lidar com eles?

– Como deveria lidar como lida com os seus tombos. Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.

 

1)    Qual é o titulo do texto?

 R: O título do texto é “Aprendendo com os erros”.

2)    Quais são os personagens principais da história?

R: Os personagens são o mestre e o aprendiz.

3)    Onde se passa a história?

R: A história se passa em uma floresta.

4)    De acordo com a história qual é a diferença entre aprendiz e mestre?

R: A diferença é que um caminha pela floresta com igualdade e o aprendiz escorregava e caia a todo instante.

5)    Qual era a reação do aprendiz quando caia? O que isso mostrava sobre ele?

R: O aprendiz levanta-se e cospe no chão. Resposta pessoal.

6)    Qual foi a reação do aprendiz quando o mestre ao chegar ao local sagrado, resolveu voltar?

R: o aluno reclamou dizendo que o mestre não havia lhe ensinado nada.

7)    Explique com suas palavras, o que o mestre ensinou e de que maneira.

R: O mestre ensinou a como lidar e aprender com os erros. Ele usou a caminhada e os tombos para tentar ensinar o aprendiz.

8)    Em sua opinião, o que o aprendiz poderia ter feito de diferente para aprender a lição mais rápido?

R: Resposta pessoal (Ao invés de ficar reclamando dos tombos ele poderia ter prestado atenção ao que o fazia cair, para não cair novamente.)

9)    Explique com suas palavras, como podemos usar essa lição em nossas vidas?

R: Resposta pessoal.

 

CRÔNICA - APELO - MACHISMO

 

APELO

          Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

          Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.

          Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

Dalton Trevisan.

 

 

 

1. Qual o tema central do conto que você leu

a) Um homem que narra e descreve sua rotina após ser abandonado.

b) Um homem que narra e descreve sua sede de amar.

c) Um homem que narra e descreve a briga pelo sal no tomate.

d) Um homem que narra e descreve a primeira vez que o leite coalhou.

 

2. A narrativa do conto acontece em

a) 3ª pessoa narrador onisciente.

b) 2ª pessoa.

c) 1ª pessoa.

d) 3ª pessoa narrador observador.

 

 

 

3. O trecho abaixo que confirma que a narração do conto acima está em 1ª pessoa, narrador-personagem é

a) “(...) o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho (...)”

b) “(...) Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou(...)”

c) “(...) Uma hora da noite, eles se iam e eu ficava só. (...)”

d) “(...)Amanhã faz um mês(...)”

 

 

4.  Em “Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina.”, o narrador:

a) faz uma crítica à Senhora.

b) faz uma queixa à Senhora.

c) faz uma confissão à Senhora.

d) faz uma denúncia à senhora.

 

5.  No segmento “A notícia de sua perda veio aos poucos […]”, a expressão grifada poderia ser substituída por:

a) paulatinamente.

b) incessantemente.

c) esporadicamente.

d) rapidamente.

 

6. No fragmento “Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou.”, o termo “Senhora” desempenha a função de:

a) sujeito.

b) aposto.

c) vocativo.

d) objeto direto.

 

7. “[…] ninguém os guardou debaixo da escada.” (2º par.), o pronome destacado foi empregado para retomar:

a) jornais

b) escada

c) dias

d) amigos

 

 

 

 

8.  No período “Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham.”, a conjunção “e” tem valor:

a) aditivo.

b) alternativo.

c) adversativo.

d) conclusivo

 

 

 

9. Na parte “Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando.”, os dois-pontos introduzem um fragmento que:

a) explica o fato anterior.

b) contradiz o fato anterior.

c) complementa o fato anterior.

 

 

 

Questão 9 – O narrador encerra o texto com:

 

(     ) um apelo à senhora.

 

(     ) uma ordem à Senhora.

 

(     ) um conselho à Senhora.

 

 

Entendendo a crônica:

01 – A pessoa que escreve a carta chama-se remetente e a pessoa a quem se destina a carta chama-se destinatário.

No texto “Apelo”:

a)   Quem é o remetente?

É o narrador-personagem.

 

b)   Quem é o destinatário?

A Senhora.

 

02 – Qual é o tema dessa crônica?

      Apelo de Dalton Trevisan. A crônica tematiza a solidão de um homem em razão da separação da mulher. O leitor toma conhecimento do rompimento pelo relato o narrador-personagem.

 

 

03 – De que gênero o autor se apropria para construir o texto?

      O autor se apropria do gênero carta. O narrador-personagem se dirige à "Senhora" somo se estivesse lhe escrevendo uma carta, por meio da qual dá notícias a respeito de como ficou sua vida sem ela.

 

04 – Na frase “a pilha de jornais ali no chão ninguém os guardou debaixo da escada”, o pronome oblíquo os, se refere ao que?

      Refere-se a pilha de jornais.

 

05 – Identifique o narrador e o seu interlocutor.

      O narrador é alguém que se dirige à "Senhora", a mulher com quem ele vivia.

 

06 – Que sentimentos do narrador podem ser percebidos em relação à interlocutora?

      Inicialmente, ele tem um sentimento de liberdade. À medida que o tempo passa e a casa fica desorganizada ele sente falta da mulher, que desempenhava o papel de mãe e dona de casa, pois o narrador sente mais falta da mulher-objeto do que da amante ou companheira.

 

07 – Que imagem de mulher o narrador constrói por meio do relato?

 

      A imagem de uma mãe e dona de casa, pois relata as privações sofridas por ele e pelo restante da família com a ausência dela.

 

08 – Toda carta possui um determinado objetivo. Qual o objetivo desta carta?

      Reclamar da falta que a mulher está fazendo e pedindo para que ela volte.

 

09 – Como você interpreta as duas últimas frases do texto?

    "Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor".

      Pode-se inferir que há na residência outras pessoas (além de um canário e de violetas) que estão desamparados, com a ausência da mulher. É importante ressaltar que essas frases, marcam uma ruptura em relação aos sentimentos expressos anteriormente, pois o narrador declaradamente expressa sentir falta das qualidades afetiva da Senhora, e não só da dona de casa.

 

10 – Explique o uso da inicial maiúscula em "Senhora".

      Trata-se, possivelmente, de uma deferência respeitosa à mulher. Por outro lado pode revelar, subjetivamente, uma atitude machista (arcaica), no sentido de que ela é colocada como uma "Senhora ou Rainha do Lar".

CONTO - A CANOA - EJA - TRABALHO

 A Canoa

 Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessavaas pessoas de um lado para o outro.

Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:

- Companheiro, você entende de leis?

-Não, respondeu o barqueiro.

E o advogado, compadecido: – É uma pena, você perdeu metade da vida.

-A professora, muito social, entra na conversa:

-Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?

-Também não, respondeu o barqueiro.

-Que pena! Condói-se a mesma – Você perdeu metade de sua vida!

Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.

O barqueiro, preocupado, pergunta :

-Vocês sabem nadar?

-Não !!!! Responderam o advogado e a professora, rapidamente.

-Então…disse o barqueiro…é uma pena – VOCÊS PERDERAM TODA A VIDA !!!!!

MORAL DA HISTÓRIA:

” NÃO HÁ SABER MAIOR OU MENOR “.

” HÁ SABERES DIFERENTES”.

- Pense nisso e valorize todas as pessoas com as quais tenha contato -

CADA UMA DELAS TEM ALGO DE DIFERENTE A NOS ENSINAR.

 

Paulo Freire

Frases:

Ninguém é melhor do que ninguém.

Ter estudo é ter mais oportunidades, mas não me torna melhor do que os outros.

Muitos que estudaram se acham muito importantes, mas todos são importantes.

Ninguém sabe tudo, mas todo mundo sabe alguma coisa.

Não existe saber mais ou saber menos, existem saberes diferentes.

 

1. Qual das frases você acha mais interessante?

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2. Escreva algumas coisas que você sabe fazer.

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3. Escreva algumas coisas que você tem vontade de aprender.

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4. Como você pode valorizar o que você faz?

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5. Quem deve dizer quanto vale o seu trabalho? Por quê?

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6. O que você deve fazer diante de uma situação em que a pessoa não valoriza seu trabalho?

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