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sábado, 25 de fevereiro de 2017

CRONICA 6º ANO INTERPRETAÇÃO UM JOGO QUE É UMA VERGONHA

Um jogo que é uma vergonha
 

       Imagina um jogo deste jeito: o campo é de pedra bem pontuda e acontece num dia muito frio. Num time, os jogadores têm tênis e camisa de manga comprida e, no outro, os caras jogam descalços e só de calção.
      O time que tem tênis e camisa ganha fácil, dá aquela goleada! O outro fica a maior parte do tempo tomando cuidado pra não cortar os pés ou então esfregando o braço arrepiado de frio.
Times iguais.
      Pra mim, a diferença da vida entre nós, que temos escola e casa e as crianças que não têm é um jogo assim. Quem não tem, perde sempre.
Não acho que todo mundo que tem as coisas é culpado por causa dos outros que não têm, mas isso não quer dizer que a gente não possa fazer nada. Porque pode.
Porque, se a gente quiser jogar um jogo justo, pode exigir que os dois times sejam iguais, para começar. Casa e escola.
      Não acredito que as crianças de rua viveriam na rua se tivessem outro lugar melhor pra escolher. Se a gente não exigir que todo mundo tenha casa e escola, vai sempre ficar jogando esse jogo besta.
Ganhando de dez a zero de um time tão fácil, mas tão fácil, que não vai mais ter o gosto da vitória, vai ter só vergonha.

                                                                              Fernando Bonassi

Fonte:  (In Vida da gente – crônicas publicadas no Suplemento Folhinha de S. Paulo) - 07/02/97.

Aluno:................................................................................................F6.............17/08/2016

Atividade de interpretação. Vale 2 pontos.



1       -  O texto “1 jogo que é uma vergonha” é uma crônica. Foi escrito a partir de uma situação da vida real, com o objetivo de fazer uma crítica a essa situação. Se o autor teve esse objetivo ao escrever, que objetivo tem em relação ao leitor?

(   ) que aceite suas ideias.
(   ) que rejeite suas ideias.
(   ) que reflita sobre o assunto.
(   ) que se divirta com o assunto.

2 -  O trecho: “Num time, os jogadores têm tênis e camisa de manga comprida” e, no outro, os caras jogam descalços e só de calção”.

Significa que:

(  ) um time toma cuidado para não cortar os pés, o outro time sente muito calor.
(  ) um time têm tênis e o outro time tem camisa.
(  ) um time é formado por jogadores bem equipados, o outro time por jogadores mal equipados.
(  ) um time tem jogadores ganhadores, o outro têm jogadores que usam tênis e camisa comprida.

3 - Esta crônica, de fato, compara:

(  ) a vida de pessoas que têm escola e casa com a vida de crianças que não têm escola e casa.
(  ) vida de crianças que têm casa com a vida de crianças que têm escola.
(   ) crianças que são culpadas com crianças que são inocentes.
(   ) crianças que podem fazer tudo com crianças que não fazem nada.

4 -  Quando o autor diz:

“nós que temos escola e casa”
e “isto não quer dizer que a gente não possa fazer nada”,

As palavras “nós” e “a gente” ocupam o lugar:

(   ) do autor e de todos os leitores.
(   ) dos leitores que são conhecidos do autor.
(   ) dos ricos.
(   ) do leitor.

5 -  De acordo com o autor da crônica, diante da situação que é discutida:

(   ) “a gente” não pode fazer nada.
(   ) “a gente” pode fazer uma aposta.
(   ) “a gente” pode jogar.
(   )  “a gente” pode jogar um jogo justo.

6 - Quando o autor fala sobre “jogo justo”, ele quer dizer que:

(   ) as pessoas podem jogar mesmo sem saber.
(   ) as pessoas justas às vezes perdem.
(   ) as pessoas  jogam um jogo besta.;
(   ) as pessoas podem ajudar a fazer justiça.

7 -  O tema central da crônica é:

(   ) desigualdade.
(   ) miséria.
(   ) futebol.
(   ) crianças de rua.

CRONICA GALOCHAS 4 QUESTÕES

Fernando Sabino
            E como ontem estivesse chovendo, tive a infeliz idéia, ao sair à rua, de calçar um velho par de galochas. Já me desacostumara delas, e me sentia a carregar nos pés algo pesado, viscoso e desagradável, dando patadas no chão como um escafandrista de asfalto. Ainda assim, não deixaram de ser, em tempos de chuvas, a única proteção efetiva para o sapato.
            Mas quem disse que chovia? No centro da cidade um sol radioso varava as nuvens e caía sobre a rua, enchendo tudo de luz, fazendo evaporar as últimas poças de água que ainda pudessem justificar minhas galochas. E elas de súbito se tornaram para mim tão anacrônicas, como se eu estivesse de fraque, cartola e gravata plastrom.
            “É que não se usa galocha há mais de vinte anos”, advertia-me uma irônica voz interior. Desconsolado, parei e olhei em volta. Naquela festa de sol, em plena Esplanada do Castelo, quem é que iria estar de galocha, além de mim? Vi passar a meu lado os sapatos brancos de um homem pernosticamente vestido de branco. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, pensei. Saíra depois da chuva, certamente. Veio-me a desagradável impressão de que todo mundo reparava nas minhas galochas.
            Galochas – mas que coisa antiga, meu Deus do céu! – descobri de súbito: como não pensar nisso ao calçá-las? Artefatos de borracha – e concluí idiotamente: hoje em dia tudo é de matéria plástica, ninguém fala mais em capa de borracha – existirão galochas de plástico? Como fazem os pelintras de hoje para não molhar os pés nos dias de chuva?
No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi- me ver livre das galochas. Depois de acomodar-me, descalcei-as, procurando não chamar a atenção dos outros fregueses, deixei-as debaixo da mesa.
            Ao sair, porém, o garçom, solícito, me advertiu em voz alta, lá do fundo:
            — O senhor está esquecendo suas galochas!
            Humilhado, voltei para apanhá-las, e sem ligar mais para nada, saí com elas na mão.
            Agora estão lá, abandonadas numa das gavetas de minha mesa de trabalho, despojos de um mundo extinto. Um dia me serão úteis, quando eu for, como diz o poeta, suficientemente velho para merecê-las.
Fonte: Quadrante 2. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1963, p. 236-238.
Após a leitura do texto, explore oralmente com a turma, o que compreendeu do texto a partir da palavra “galocha”. Procure com a turma o significado desta palavra no dicionário e dialogue com os alunos sobre o seu uso em nosso dia a dia. Os alunos perceberão que galocha é uma espécie de calçado de borracha e que atualmente esta palavra não é tão utilizada.
 Agora, organize os alunos em duplas e solicite que façam um registro no caderno de Língua Portuguesa, como o sugerido abaixo:
Hoje lemos a crônica “Galocha” de Fernando Sabino.
Agora responda:

1 – A crônica mostra que a ideia de sair de galocha pelas ruas foi infeliz por duas razões. Quais são elas?
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2 – Explique com suas palavras o provérbio que o homem de galochas pensou:
"Nem tanto ao mar, nem tanto à terra".
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3 – Por que o homem de galochas se sentiu desconsolado?
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4 – Por que o homem de galochas se sentiu humilhado?
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CRONICA INTERPRETAÇÃO A ULTIMA CRONICA PROVA BRASIL DESCRITORES

A Última Crônica




A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer um flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num incidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e Estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno da mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho — um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno da mesa um pequeno ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você…”
Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo que lhe cai no colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
(Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979-1980.)


COMPREENSÃO TEXTUAL

01.  (D10) Que tipo de narrador o texto “A última crônica” apresenta? Justifique sua resposta.
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02. (D10) Retire do primeiro parágrafo as informações abaixo:
a) Quem entra no botequim? ___________________________________________________

b) Onde fica o botequim? ______________________________________________________

c) Em primeiro lugar, entra no botequim para quê?
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d) Na verdade, o que ele faz nesse lugar?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e) O que ele deseja?
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______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03. (D10) Sobre o trecho: “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade.”, responda:
a) Quem são esses “três esquivos”? ______________________________________________

b) Onde eles estão? ___________________________________________________________

c) Levante hipóteses a respeito do que eles estão fazendo ali.
___________________________________________________________________________
04. (D1) O que o pai pede ao garçom?
___________________________________________________________________________

05. (D11) No trecho “A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom.”, explique a ansiedade da mãe ao esperar a aprovação do garçom.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

06.  (D11) Por que o garçom não aprovaria o pedido do pai?
___________________________________________________________________________

07. (D9) Observe que ao descrever a cena que está diante dos olhos, o narrador-personagem questiona: “Por que não começa a comer?” Por quê? Levante hipóteses.
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08. (D10) Há no texto uma passagem que denota claramente a pobreza dos personagens. Qual? Comente-a.
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09. (D15) Que sentimentos o autor expressa para com a personagem-menina, ao usar os diminutivos - arrumadinha, negrinha, menininha, fitinha?
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10. (D13) Explique o que sentiu o narrador-personagem quando o pai sorri para ele.
“Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.”
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GABARITO
COMPREENSÃO TEXTUAL

01.  (D10) Que tipo de narrador o texto “A última crônica” apresenta? Justifique sua resposta.
R: Narrador-personagem. Porque o cronista conta um fato do qual ele participa e ainda podemos detectá-lo pelo maior número de verbos escritos em 1ª pessoa.

02. (D10) Retire do primeiro parágrafo as informações abaixo:
a) Quem entra no botequim? R: O cronista.
b) Onde fica o botequim? R: Na Gávea.
c) Em primeiro lugar, entra no botequim para quê? R: Para tomar um café junto ao balcão.
d) Na verdade, o que ele faz nesse lugar? R: Na verdade ele está adiando o momento de escrever.
e) O que ele deseja? R: Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um; recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida, do circunstancial, ao episódico; do acidental, torno simples espectador e lanço então um último olhar fora de si. 

03. (D10) Sobre o trecho: “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade.”, responda:
a) Quem são esses “três esquivos”? R: O pai, a mãe e a filha.
b) Onde eles estão? R: No botequim.
c) Levante hipóteses a respeito do que eles estão fazendo ali. R: Estão celebrando o aniversário da filha.

04. (D1) O que o pai pede ao garçom?
R: Aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.

05. (D11) No trecho “A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom.”, explique a ansiedade da mãe ao esperar a aprovação do garçom.
R: A mulher suspira, depois de ver o garçom se afastar para atendê-los, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali.

06.  (D11) Por que o garçom não aprovaria o pedido do pai?
R: Porque invés de comprar um pedaço de bolo poderia ter comprado um bolo inteiro.

07. (D9) Observe que ao descrever a cena que está diante dos olhos, o narrador-personagem questiona: “Por que não começa a comer?” Por quê? Levante hipóteses.
R: Devido ser o aniversário da filha, a mãe ainda vai retirar de sua bolsa as velinhas para colocá-las no bolo e o pai as acenderá, depois cantarão parabéns pra você, só então começa a comê-lo.

08. (D10) Há no texto uma passagem que denota claramente a pobreza dos personagens. Qual? Comente-a.
R: Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, a sua compostura de humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, os três compunham a tradicional família, célula da sociedade.
COMENTÁRIO – por ser uma família humilde, se comportavam simplesmente, gesticulando   e usando palavras de seu meio, e a maior presença de sua pobreza era denotada no fato da negrinha está toda arrumadinha, laço de fita no cabelo e vestida com uma roupa característica de pessoa pobre.

09. (D15) Que sentimentos o autor expressa para com a personagem-menina, ao usar os diminutivos - arrumadinha, negrinha, menininha, fitinha?
R: Comoção, gracejo e dó.

10. (D13) Explique o que sentiu o narrador-personagem quando o pai sorri para ele.
“Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.”
R: Ele se sentiu muito feliz e preferiu que a sua última crônica: fosse pura como aquele sorriso.   

DESCRITORES
Procedimentos de Leitura
D1 Localizar informações explícitas em um texto.

Coerência e coesão no processamento do texto
D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
D10 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
D15 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

Variação linguística

D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

CRONICA INTERPRETAÇÃO 6º ANO O MELHOR AMIGO

O melhor amigo
 
      A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente à distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha na direção de seu quarto.
      - Meu filho? – gritou ela.
      - O que é? – respondeu, com ar mais natural que lhe foi possível.
      - Que é que está carregando aí?
      Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ganhar tempo:
      - Eu? Nada...
      - Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
      Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar, o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
      - Olha aí, mamãe: é um filhote...
      Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
      - Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
      - Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de ISSO. Insistiu ainda:
      - Deve estar com fome, olha a carinha que ele faz.
      - Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
      - Ah! Mamãe... – já compondo cara de choro.
     - Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.
      O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto emburrado: a gente também não tem nenhum direito nessa casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado dessa maneira!
      - Que diabo também, nessa casa tudo é proibido! – gritou lá do quarto, e ficou esperando a reação da mãe.
      - Dez minutos! – repetiu ela, com firmeza.
      - Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
      - Você não é todo mundo.
      - Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
      - Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a costura.
      - A senhora é ruim mesmo, não tem coração.
      - Sua alma, sua palma.
Conhecia bem a mãe, sabia que não havia apelo: tinha dez minutos para brincar, com seu novo amigo, e depois... Ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
      - Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
      - Ah, mamãe deixa! – choramingou ainda.
      - Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nessa vida...
      - E eu? Que bobagem é essa, você não tem a sua mãe?
      - Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
      - Deixa de conversa: obedece a sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa toda...
Meia hora depois, o menino voltava da rua, radiante:
      - Pronto, mamãe!
E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.
      - Eu devia ter pedido cinqüenta, tenho certeza de que ele dava – murmurou pensativo.

Fonte: “A Vitória da Infância” -  Fernando Sabino - Editora Ática








QUESTÕES:

1.Por que o menino pensou que a mãe não tinha visto o que ele carregava?

2.Copie do texto duas frases que o menino utilizou para emocionar sua mãe e assim convencê-la a ficar com o cachorrinho.

3.Quando o menino saiu de casa, sua mãe ficou preocupada por ter sido tão rigorosa e pensou que o fato de ter mandado o cachorro embora poderia trazer conseqüências mais graves, pois seu filho ficaria muito triste. Essas preocupações da mãe se confirmaram? Por quê?

4.Releia o título do texto:

O melhor amigo

Agora responda à seguinte questão: O autor do texto escolheu esse título porque:
a.    (   ) O cachorro é o melhor amigo do homem.
b.    (   ) O menino era o melhor amigo do cachorro.
c.    (   ) No final do texto percebe-se que o menino não era tão amigo assim do cachorro.
d.    (   ) O menino tinha muitos amigos.

5. Releia o trecho:

“Como poderia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça?”

Essa pergunta foi feita pelo filho para:

a.    (   ) A mãe.
b.    (   ) O leitor.
c.    (   ) Ele mesmo.
d.    (   ) O cachorro.

6. Releia o  trecho:

Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar, o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:

a. O que a palavra grifada significa?

b. Quem o filho queria comover?

7. Releia o trecho:

- Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
- Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a costura.
- A senhora é ruim mesmo, não tem coração.
- Sua alma, sua palma.

A expressão grifada significa que:

a. (   ) A escolha é do filho, mas se ele teimar em tomar essa atitude terá que se responsabilizar pelas conseqüências.
b. (   ) Examinando sua palma podemos saber como é sua alma.
c. (   ) A mãe pouco se importa com as atitudes do filho.
d. (   ) O filho levaria umas palmadas.

8.    Releia o trecho:

“E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez : havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros” .

Para que servem  os dois pontos ( : )  utilizados pelo autor do texto nesse trecho?
a.    (   )  Para que o leitor descanse enquanto lê.
b.    (   )  Para anunciar que, em seguida, algum personagem irá falar.
c.    (   )  Para não ter que usar sempre a vírgula.
d.    (   )  Para explicar ao leitor como o menino conseguira o dinheiro.

A _ Responda:

1 – Quem são os personagens desta crônica?
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2 – Em que lugar se passa a história?
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3 – Como o menino resolveu agir para convencer a mãe a ficar com o filhote?
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4– Copie, do texto, os trechos em que a mãe demonstra seu desprezo pelo animalzinho.
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REPORTAGEM CEREJA 9º ANO pag. 17 DESCRITOR 13 E 04 O DISCURSO CITADO NOS TEXTOS JORNALISTICOS

     As questões de 1 a 7 se referem ao DESCRITOR 13. Identificar MARCAS LINGUÍSTICAS que evidenciam o LOCUTOR  e o INTERLOCUTOR.
·        Variação linguística, tipos de variação, níveis de variação;
·        (faixa etária, classe social)
·        Discurso direto e indireto;
·        pontuação
·        Registro formal, informal;
·        Eu lírico;
·        Narrador;
·        Remetente – destinatário;



Segundo o ortopedista Mateus Saito, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP, a 'WhatsAppinite' é mais comum do que se imagina e o número de pessoas atingidas cresce diariamente.
       "Muitos profissionais tentam transformar o smartphone num escritório portátil, mas esses aparelhos não estão adaptados a um uso tão constante e repetido."
       Saito ressalta que uma das formas de evitar problemas é utilizar smartphones e tablets para consumir informação e não para produzir textos longos.
        "A interface desses aparelhos ainda precisa melhorar. Não dá para substituir um computador quando se quer saúde para as mãos."
       O fisioterapeuta Rodrigo Peres diz que, para usuários constantes de        dispositivos móveis, é importante fortalecer os músculos.
        "Exercícios localizados e fisioterapia ajudam a reduzir as dores."
        Outras dicas são alternar as posições de uso e usar compressas geladas para amenizar o processo inflamatório.
       O reumatologista José Ribamar Moreno, especialista em dor, recomenda que, caso seja necessário teclar por mais de 45 minutos, sejam feitos intervalos de 15 minutos. Segundo ele, há fatores que podem gerar mais risco de desenvolver tendinite.
       "Gravidez, obesidade, estresse, tabagismo e sedentarismo são fatores de risco. É importante não somar fatores."



1. Há, no trecho, outras vozes além dá do jornalista que noticia o fato. De quem são essas outras vozes?
...................................................................................................................................................
2. As vozes de outras pessoas podem ser reproduzidas de duas formas: pelo discurso direto e pelo discurso indireto. Observe os cinco primeiros parágrafos do trecho lido.
a) Em qual (is) deles a fala do especialista Mateus Saito é reproduzida integralmente?
....................................................................................................................................................
b) Que sinal de pontuação foi utilizado para demarcar a fala do especialista?
....................................................................................................................................................
3.No 1º parágrafo do trecho, foi empregada uma palavra que reforça a ideia de que a informação é do especialista e não do jornalista. Qual é essa palavra?
....................................................................................................................................................
4. Que palavra, empregada no 3º parágrafo, é utilizada para acrescentar mais informações?
...................................................................................................................................................
5. Os procedimentos utilizados para introduzir a fala do médico Mateus Saito também são utilizados para introduzir as falas do fisioterapeuta Rodrigo Peres e do reumatologista  José Ribamar Moreno? Explique.
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6. Levante hipóteses: Por que o jornalista optou pelo procedimento de intercalar o discurso direto e o indireto para reproduzir a fala de pessoas entrevistadas?
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7. Todo discurso é produzido numa situação específica e envolve aspectos como: quem está falando, com quem, com que finalidade, em que lugar, em que momento etc. Os jornais geralmente assumem um compromisso com a verdade e, por isso, se propõe a relatar os fatos de modo imparcial, isto é, da forma como aconteceram, sem distorcê-los
a) No trecho da reportagem lido, predomina no discurso da jornalista a 1ª ou a 3ª.pessoa? Justifique sua resposta.
............................................................................................................................................
b) Com base no que você observou ao responder as questões anteriores, conclua: Que meios a imprensa utiliza para citar de modo fiel o discurso das pessoas?
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 EXERCÍCIOS DESCRITOR 4

Os textos jornalísticos, geralmente, buscam a imparcialidade. Contudo, uma leitura mais atenta deles possibilita muitas vezes identificar uma posição implícita ou explicita do jornal sobre o fato noticiado. Troque ideia com os colegas e identifique nos títulos a seguir elementos que permitem notar a posição do jornal ( crítica, elogioso, irônica, etc.) em relação ao fato.
a) Lana Del Rey soa falsa, mas funciona (Folha de S. Paulo).
.......................................................................................................................................................b) Diretor supera clichês ao falar de vidas comuns no Nordeste (Folha de S. Paulo).
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c) Argentina se aproxima de calote da dívida (Folha de S. Paulo).
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d) De folga, secretário da Bahia vai de carro oficial para jogo (Folha de S. Paulo).
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e) Maduro chama ex-aliado de “tresloucado” após sofrer críticas (Folha de S. Paulo).
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f) Ator de Lost acerta em série de aventura para publico nerd (Folha de S. Paulo).
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g)  Em Nova Jersey, praia de nudismo tem clima “família” (Folha de S. Paulo).
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h) Criação de vagas desacelera, no pior maio em 22 anos (Folha de S. Paulo).
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

REPORTAGEM 9º ANO TECLAR DEMAIS CEREJA PROVA BRASIL DESCRITORES 10 QUESTÕES MARCAR X COM GABARITO

Teclar demais no celular pode causar "WhatsAppinite"

Uma mulher de 34 anos recebeu o diagnóstico de 'WhatsAppinite', inflamação nos polegares e punhos pelo uso excessivo do smartphone e do aplicativo de mensagens de texto WhatsApp. O caso foi descrito na revista de medicina "The Lancet" por uma médica da Espanha.
A paciente chegou ao hospital com fortes dores nas mãos e relatou que, na véspera de Natal, ficou trabalhando, por isso no dia seguinte passou cerca de seis horas trocando mensagens de boas festas.
O movimento contínuo e repetitivo com os polegares causou a 'WhatsAppinite'. O tratamento prescrito foi abstinência total do telefone, além de anti-inflamatórios.
A inflamação nos músculos da região da mão e antebraços pelo uso de dispositivos tecnológicos não é nova. Na década de 1990, médicos relataram a 'Nintendinite', ou 'Nintendo thumb', diagnosticada em usuários constantes de videogames. Nos anos 2000, veio a 'BlackBerry thumb' e a 'Tendinite de SMS', que ocorriam nos donos dos primeiros celulares.
Segundo o ortopedista Mateus Saito, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP, a 'WhatsAppinite' é mais comum do que se imagina e o número de pessoas atingidas cresce diariamente.
"Muitos profissionais tentam transformar o smartphone num escritório portátil, mas esses aparelhos não estão adaptados a um uso tão constante e repetido."
Saito ressalta que uma das formas de evitar problemas é utilizar smartphones e tablets para consumir informação e não para produzir textos longos.
"A interface desses aparelhos ainda precisa melhorar. Não dá para substituir um computador quando se quer saúde para as mãos."
O fisioterapeuta Rodrigo Peres diz que, para usuários constantes de dispositivos móveis, é importante fortalecer os músculos.
"Exercícios localizados e fisioterapia ajudam a reduzir as dores."
Outras dicas são alternar as posições de uso e usar compressas geladas para amenizar o processo inflamatório.
O reumatologista José Ribamar Moreno, especialista em dor, recomenda que, caso seja necessário teclar por mais de 45 minutos, sejam feitos intervalos de 15 minutos. Segundo ele, há fatores que podem gerar mais risco de desenvolver tendinite.
"Gravidez, obesidade, estresse, tabagismo e sedentarismo são fatores de risco. É importante não somar fatores."
O médico ainda ressalta a importância do diagnóstico de "WhatsAppinite", que ligou a dor ao uso de um dispositivo específico.
"O interessante do diagnóstico é que a autora conseguiu fazer a relação direta do uso no WhatsApp e do quadro que apareceu logo em seguida. Foram seis horas diretas de uso do app, um fator que desencadeou a tendinite."

Apesar do problema, a paciente diagnosticada com "WhatsAppinite" não cumpriu a indicação médica e voltou a enviar mensagens pelo aplicativo na véspera de Ano Novo.

1-D1.  A inflamação nos polegares causada pelo uso excessivo do smartphone e do whatsApp  recebe o nome de:
a) Nitendinite;
b) Nitendo thumb;
c) Tendinite de SMS;
d) WhatsAppinite.

2-D2. “A interface desses aparelhos ainda precisa melhorar” O termo em destaque se referea:
a) Smartphones e tablets;
b) Computadores;
c) Celulares;
d) Tablets.

3-D3. Na palavra WhatsAppinite o sufixo “ite” indica inflamação.  Em qual palavra essa terminação “ite” NÃO indica inflamação?
a) Gastrite;
b) Bronquite;
c) Apetite;
d) Sinusite.

4-D6. O tema do texto é:
a) Uso do celular
b) WhatsAppinite
c) Aplicativos de mensagens
d) prevenção de doenças

5-D11. São fatores que podem causar WhatsAppinite:
a) Fortes dores nas mãos;
b) Movimento contínuo e repetitivo com os polegares;
c) Inflamação nos polegares e punhos;
d) Abstinência total do telefone.

6-D14. Um fato presente no texto é:
a) WhatsAppinite é mais comum do que se imagina;
b) A interface desses aparelhos precisa melhorar:
c) O caso foi descrito na revista de medicina “The Lancet”;
d) Não dá para substituir o computador quando se quer ter saúde nas mãos.


7-D12. O objetivo da reportagem é:
a) descrever ações e explicar;
b) narrar um acontecimento e argumentar;
d) orientar procedimentos e convencer;
d) informar e comentar.

8-d17. "Exercícios localizados e fisioterapia ajudam a reduzir as dores." Nesse fragmento do texto as aspas foram usadas para:
a) Indicar uma citação;
b) Indicar humor;
c) indicar ironia:
d) indicar a opinião do autor do texto.

9-D21. Sobre a WhatsAppinite  Mateus Saito e Rodrigo Peres :
a) Dão dicas para evitar os problemas;
b) Ressaltam a importância do diagnóstico;
c) Discordam que seja um problema;
d) Recomendam abstinência total.

10-D15. “Segundo o ortopedista Mateus Saito” A palavra grifada no fragmento do texto indica:
a) Causa
b) Conformidade
c) Tempo
d) Oposição

GABARITO

01

d) WhatsAppinite.

02

a) Smartphones e tablets;

03

c) Apetite;

04

b) WhatsAppinite

05  

b) Movimento contínuo e repetitivo com os polegares;

06

a) WhatsAppinite é mais comum do que se imagina;

07

b) narrar um acontecimento e argumentar;

08  

a) Indicar uma citação;

09

a) Dão dicas para evitar os problemas;

10

b) Conformidade

 

REPORTAGEM 9º ANO CEREJA TECLAR DEMAIS...TEXTO E QUESTÕES DO LIVRO

Teclar demais no celular pode causar "WhatsAppinite"

Uma mulher de 34 anos recebeu o diagnóstico de 'WhatsAppinite', inflamação nos polegares e punhos pelo uso excessivo do smartphone e do aplicativo de mensagens de texto WhatsApp. O caso foi descrito na revista de medicina "The Lancet" por uma médica da Espanha.
A paciente chegou ao hospital com fortes dores nas mãos e relatou que, na véspera de Natal, ficou trabalhando, por isso no dia seguinte passou cerca de seis horas trocando mensagens de boas festas.
O movimento contínuo e repetitivo com os polegares causou a 'WhatsAppinite'. O tratamento prescrito foi abstinência total do telefone, além de anti-inflamatórios.
A inflamação nos músculos da região da mão e antebraços pelo uso de dispositivos tecnológicos não é nova. Na década de 1990, médicos relataram a 'Nintendinite', ou 'Nintendo thumb', diagnosticada em usuários constantes de videogames. Nos anos 2000, veio a 'BlackBerry thumb' e a 'Tendinite de SMS', que ocorriam nos donos dos primeiros celulares.
Segundo o ortopedista Mateus Saito, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP, a 'WhatsAppinite' é mais comum do que se imagina e o número de pessoas atingidas cresce diariamente.
"Muitos profissionais tentam transformar o smartphone num escritório portátil, mas esses aparelhos não estão adaptados a um uso tão constante e repetido."
Saito ressalta que uma das formas de evitar problemas é utilizar smartphones e tablets para consumir informação e não para produzir textos longos.
"A interface desses aparelhos ainda precisa melhorar. Não dá para substituir um computador quando se quer saúde para as mãos."
O fisioterapeuta Rodrigo Peres diz que, para usuários constantes de dispositivos móveis, é importante fortalecer os músculos.
"Exercícios localizados e fisioterapia ajudam a reduzir as dores."
Outras dicas são alternar as posições de uso e usar compressas geladas para amenizar o processo inflamatório.
O reumatologista José Ribamar Moreno, especialista em dor, recomenda que, caso seja necessário teclar por mais de 45 minutos, sejam feitos intervalos de 15 minutos. Segundo ele, há fatores que podem gerar mais risco de desenvolver tendinite.
"Gravidez, obesidade, estresse, tabagismo e sedentarismo são fatores de risco. É importante não somar fatores."
O médico ainda ressalta a importância do diagnóstico de "WhatsAppinite", que ligou a dor ao uso de um dispositivo específico.
"O interessante do diagnóstico é que a autora conseguiu fazer a relação direta do uso no WhatsApp e do quadro que apareceu logo em seguida. Foram seis horas diretas de uso do app, um fator que desencadeou a tendinite."
Apesar do problema, a paciente diagnosticada com "WhatsAppinite" não cumpriu a indicação médica e voltou a enviar mensagens pelo aplicativo na véspera de Ano Novo.
RESPONDA:
1. Como a notícia, a reportagem também é um gênero jornalístico.
a) Em que a reportagem difere da notícia?
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b) Em que veículos aparecem as reportagens?
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2. Como vimos anteriormente, entre os gêneros jornalísticos existem os que visam a informação e os que visão ao comentário. Tomando por base a reportagem em estudo, responda: A que visa o gênero reportagem?
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3. A reportagem lida tem por assunto o uso do smartphone e do whatsapp, um aplicativo de mensagens de texto.
a) Segundo o texto, quais são as consequências do uso excessivo desses recursos tecnológicos?
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b) O que leva à doença?
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c) Qual o tratamento recomendado?
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4) Para enriquecer a abordagem do assunto, a reportagem cita a opinião de especialistas que oferecem dicas sobre como evitar a doença. Que dicas dá:
a) O ortopedista Mateus Saito?
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b) O fisioterapeuta Rodrigo Peres?
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c) O reumatologista José Ribamar Moreno?
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5. Observe os infográficos que ilustram o texto principal da reportagem em estudo. Que papel eles têm?
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6. Os textos jornalísticos apresentam, de modo geral, uma linguagem impessoal. Entretanto, nas reportagens, os jornalistas as vezes deixam transparecer sua opinião sobre o assunto de que tratam. Isso ocorre na reportagem em questão?
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7. Uma reportagem é constituída de vários textos, nos quais normalmente são apresentados fatos, opiniões, tabelas e mapas relacionados ao assunto principal. Entre as informações a seguir, indique aquela que corresponde ao modo como as informações chegam ao leitor na reportagem em estudo.
a) De forma impessoal, com simplicidade e objetividade, porém com a exposição de opiniões pessoais.
b) As opiniões dos entrevistados são citadas diretamente, porém subordinadas ao ponto de vista da equipe de reportagem, que busca imparcialidade.
c) O texto, em seu todo, é constituído apenas do texto principal, de responsabilidade da equipe de reportagem, sem utilização de outro tipos de texto.

8.  Observe a linguagem empregada na reportagem em estudo.
a) Indique, no caderno, o item em que ela é caracterizada de maneira apropriada:
·           Subjetiva e com o emprego de palavra de uso não corrente na língua
·           Clara, objetiva, direta, tendendo a impessoalidade e acessível a maioria dos leitores.
·           Coloquial e com emprego de gírias.
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b) Que variedades linguísticas é utilizada?
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c) Nas formas verbais, que tempo predomina? E que pessoa?
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9. Reúna-se com seus colegas de grupo e, juntos, concluam: Quais as características de uma reportagem?
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