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domingo, 26 de fevereiro de 2017

INTERPRETAÇÃO CABRAS EVITAM TRABALHO DE CRIANÇAS 6º ANO

Cabras evitam trabalho de crianças

Como três cabras e um bode podem tirar crianças do trabalho e evitar a fome?
Não é uma charada, mas um projeto social que entrega os animais por empréstimo, a famílias pobres de cidades próximas a Feira de Santana, no interior da Bahia, onde há seca e fome. O clima seco facilita a criação de cabras.
Com o  projeto Cabra-Escola, implantado nas cidades de Serrinha, Riachão do Jacuíbe, Ichu e Nova Fátima, todas localizadas no agreste baiano, as famílias vão começar a ganhar seu próprio dinheiro, vendendo leite e carne, sem explorar as crianças. Após trabalhar na lavoura, no corte, na confecção e na venda do sisal, as crianças de 5 a 15 anos começam a olhar para um futuro melhor.
Retiradas do trabalho com o sisal, onde se feriam frequentemente, elas ganham o  direito de manter os estudos, brincar e  não se preocupar em levar dinheiro para casa. O projeto Cabra-Escola ajuda cem famílias com filhos e sem dinheiro a sobreviver. Elas são cadastradas no MOC (Movimento de Organização Comunitária). As famílias cuidam dos animais em suas pequenas propriedades com  o objetivo de gerar renda (dinheiro).
Adaptado de Marcelo Bartolomei. Folhinha, Folha de S.Paulo, 26/10/2002, p. F6


1) O projeto Cabra-Escola tem por objetivo principal
(A) fazer com que as crianças comecem a  ganhar seu próprio dinheiro, vendendo o leite e a carne das cabras por elas criadas.
(B) entregar as cabras para famílias pobres de cidades próximas de Serrinha ,
Riachão do Jacuíbe, Ichu e  Nova Fátima do agreste baiano , onde há seca
e fome.
(C) retirar as crianças do trabalho com o sisal, mantendo-as na escola sem
perda da renda familiar, que passa a ser gerada com a criação de cabras.
(D) Efetuar o cadastro das famílias sem dinheiro para sobreviver, no MOC (Movimento de Organização Comunitária)

2) O tema principal dessa notícia é
(A) o trabalho das crianças de 5 a 15 anos na lavoura, no corte, na confecção e na
venda do sisal.
(B) a situação das famílias pobres de cidades próximas a Feira de Santana, no
interior da Bahia, onde há seca e fome.
(C) o fato de que as famílias de quatro municípios baianos não sabem cuidar das
cabras e nem como alimentá-las.
(D) o  projeto social que entrega animais para famílias gerarem renda
e manterem os filhos na escola.

Veja o passo a passo para uma caminhada saudável MARCOS DÁVILA da Folha de S.Paulo
- A hidratação deve ser feita antes, durante e após a caminhada.
- A desidratação causa uma diminuição de 30% no rendimento da pessoa.
- Gestantes e pessoas na terceira idade tem de tomar mais cuidado com a hidratação. Nesse caso, é essencial que o indivíduo leve uma garrafa de água para beber durante a caminhada.
- Não espere ficar com sede para beber água. A  sede já é o  primeiro sinal de
desidratação.
- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente água é o suficiente.
- Se a caminhada for ultrapassar os 60 minutos, a ingestão de bebidas isotônicas
ou de água de coco é recomendada. O sódio e o potássio contidos nessas bebidas diminuem o tempo de fadiga.
- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem ricas em fibras e terem carboidratos de baixo índice glicêmico, as frutas são o alimento mais recomendado
para antes da caminhada. Deixe o café da manhã, o almoço ou o jantar para
depois.
- Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol forte.
- Para uma caminhada simples, um calçado confortável é o suficiente. Também
é recomendado levar uma garrafa de água para se hidratar durante o percurso.
- Manter o abdômen rijo durante a caminhada ajuda a deixar a coluna ereta. Os ombros devem ficar paralelos ao horizonte.
- É preciso tomar cuidado ao ouvir música ao andar. A  distração pode causar
acidentes.
- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha bem a bermuda para caminhar, alguns trajes causam assaduras nas coxas.

3) A finalidade do texto é
(A) fazer propaganda de um projeto do governo para a boa saúde.
(B) instruir o leitor para que ele faça uma boa caminhada.
(C) enfatizar os benefícios de uma boa caminhada.
(D) convidar o leitor à prática de exercícios de musculação.

4) O texto se destina a:

(A) todas as pessoas que têm mais de 60 anos.
(B) todas as mulheres que estão grávidas.
(C) todos os que adotam a prática de caminhada.
(D) todos os que têm problemas cardiovasculares.

5) As primeiras recomendações feitas para uma boa caminhada salientam a importância
(A) do ritmo de caminhada de cada pessoa.
(B) de não caminhar ou praticar atividade física em jejum.
(C) de não se hidratar com bebidas isotônicas.
(D) da hidratação em uma caminhada.

























6) Qual é a temática em questão?
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7) Na nossa sociedade também é normal que os homens se atrasem para o jantar? Quais os possíveis motivos?
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8) O que revela a fala de Eddie?  
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9) Qual a contradição entre a fala de Hagar “... na minha casa mando eu” e o segundo quadro?
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10) Associando a linguagem verbal à não verbal,ou seja, todo o contexto. Quem realmente manda na casa do viking.
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INTERPRETAÇÃO AMOR COM AMOR SE PAGA

Amor com amor se paga ( José Elias) 520
                      - Joãozinho, quem descobriu a América?
                       Joãozinho pensou, pensou e não  saía ideia nenhuma.
                       - Quem descobriu a América, menino?         
                    - ? ! ...
                       - Então você não sabe, Joãozinho? Que vergonha! Quem foi? Responda?
                       Joãozinho ficou corado. Precisava arrumar uma resposta e ela não vinha.
                       - Quem descobriu o Brasil foi Pedro Álvares Cabral...
                       - Não perguntei o Brasil. Perguntei  A-MÉ-RI-CA!
                       - E o Brasil não fica na América?
                       - Fica. Por quê?
                       - Então, ele descobriu o Brasil. Depois saiu de navio por aí e descobriu o resto da América.
                       A professora não sabia se ficava brava ou se ria. A classe ria e Joãozinho ouvia os risos muito humilhado.
                       - Uma vergonha não saber quem descobriu a América! Já falei mil vezes que foi Colombo. Qualquer menino do primeiro ano sabe, e você no quarto!!...
                       Chegando em casa, Joãozinho ainda estava humilhado. Ainda ouvia os risos dos colegas e a bronca da professora. Começou a estudar, mas não queria os livros de classe, não. Queria um livro mais difícil, que  mostrasse quem descobriu os outros países do mundo todo.                 No outro dia, na escola, no auge da aula, perguntou à professora:
                       - Dona Diva, quem descobriu o Chile?
                       A professora continuou dando aula, fingindo que não tinha ouvido a pergunta.
                       Joãozinho levantou a mão bem alto e repetiu mais alto ainda a pergunta. Vendo que não poderia mais fingir-se de surda, a professora falou:
                       - Menino, nós estamos falando de substantivo e você vem com o Chile. Ainda se fosse para saber o tipo de substantivo... mas não, você está é querendo mudar de assunto para matar aula!
        - Desculpe, Dona Diva. Eu não estou querendo matar aula.
      
   Só quero saber quem descobriu o Chile.
                       - O Chile é um país latino-americano. Todos vocês sabem que ... Cristóvão Colombo descobriu a América e ...
                       - Que Cristóvão Colombo descobriu a América a gente já sabe. Ontem mesmo a Senhora falou. Eu estou querendo saber quem descobriu o Chile..
                       A professora sentiu-se acuada, sem saber a resposta. Ficou acanhada de dizer que não sabia. Percebeu que no dia anterior tinha errado, quando humilhou a Joãozinho. Começou um sermão, em vez de dizer que não sabia.
                       - Uma professora não tem obrigação de saber tudo. Vocês sabem que o pensamento humano, as descobertas, datas, dados históricos e matérias científicas e artísticas são muitas. Não estou lembrando agora, francamente. Não estou me lembrando quem descobriu o Chile. Não sei, mas me deu um branco! Que cabeça a minha!... Outro dia mesmo dei esta matéria no colégio. Vocês sabem que leciono também no colégio, não sabem?
                       - Não dá para lembrar quem descobriu o Chile, Dona Diva?           
                       - Francamente não dá. Mas amanhã mesmo eu falo para você, Joãozinho. Vou ver num livro de história das Américas. Amanhã, sem falta...
                       Joãozinho tentou segurar a língua, mas não deu.
                       - Que vergonha, a Senhora não saber que foi Diego de Almagro que, em 1535, descobriu o Chile! Uma professora de colégio... até eu, um menino de quarta série, sei. A Senhora, tão culta!...       




   INTERPRETAÇÃO

1.Quais são as personagens do texto?
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2. A história foi narrada em 1ª ou em 3ª pessoa? Justifique com um trecho do texto.
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3. Onde e quando aconteceram os fatos narrados?
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4.Como você acha que é a personagem principal fisicamente?
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5.Conte de forma resumida a história.
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6.Qual foi a situação constrangedora que a professora colocou Joãozinho?
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7. Na sua opinião é mais importante decorarmos o nome dos descobridores, datas e horários ou sabermos como o descobrimento se efetuou, em qual época e por quê?
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8. Como o menino sentiu-se ante os risos da turma?
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9.O eu ele resolveu fazer?
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10.Você acha que é comum acontecer com você o que aconteceu com o Joãozinho? Por quê?
 Justifique o título do texto.
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11.Dê outro título para a história.
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12. Como a professora resolveu safar-se da pergunta?
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13. Qual foi o sermão que o Joãozinho deu para a professora?
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14. Você acha justa a atitude do menino para com a professora? Por quê? 

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INTERPRETAÇÃO COMO A ZEBRA FICOU LISTRADA 6º ANO

COMO A ZEBRA FICOU LISTRADA

            Há muito tempo atrás, mas há muito tempo mesmo, tanto que nem poeira ou lembrança existem mais, a terra era bem jovem e tudo estava por ser feito. Naqueles tempos, muitos animais tinham aparência bem diferente da que conhecemos hoje em dia. A zebra, por exemplo, era branca como a neve que  cobre o topo das montanhas e o babuíno tinha pelos que lhe cobriam o corpo inteiro, da cabeça até o rabo. A brilhante zebra branca era por demais vaidosa e costumava passar horas e mais horas admirando o belo reflexo no espelho d’água de rios e lagos.
           - Como sou bonita! – costumava dizer, toda cheia de si, sacudindo orgulhosamente a cabeça e balançando o rabo.
            Um dia, ao avistar um babuíno muito feio na outra margem do rio, pôs-se a dizer:
            - Olhe como sou bonita, macaco feio! Zombava cruelmente do pobre babuíno, a voz e a maldade ecoando em todas as direções e indo muito além das montanhas ecoando em todas as direções e indo muito além das montanhas.
            - Zebra imbecil! – reagiu o babuíno, raivoso, erguendo a cabeça e cravejando os olhos flamejantes.
            - Você pode ser mais bonita e certamente o é, mas eu sou bem mais forte!
            Dito isso, a desafiou para um duelo. Na noite seguinte, sob a luz de uma grande fogueira, toda a tribo Zulu veio assistir à briga da zebra com o babuíno.
            Este, muito esperto, cercara antecipadamente a fogueira com pedras. Usando de toda a sua habilidade, já que a beleza não põe mesa e inteligência é joia rara, ferramenta para as grandes construções da vida, rapidamente conseguiu encurralar a zebra cada vez mais perto do fogo.
            Quando  já se encontravam bem próximos, a zebra descuidou-se, tropeçou nas pedras e caiu de costas sobre as toras incandescentes da fogueira.
            Da dor à surpresa não se passou muito tempo e logo a zebra corria de um lado para o outro, gritando, saltando e escoiceando feito louca, o fogo e a fumaça desprendendo-se do rabo, a pele branquinha marcada por grandes listras negras feitas pela madeira queimada.
            A pobre zebra relinchava e a dor era tamanha que lá pelas tantas, entre coices e relinchos mais e mais furiosos e incontroláveis, acabou acertando o babuíno no traseiro.
           Nossa, ela bateu com tanta força que até hoje, onde atingiu, não nasce mais pelo, você nunca viu?
            É por isso, que a zebra tem listras negras e o babuíno possui o traseiro rosado e sem pelo até os dias de hoje.                                                                                 
Adaptado por Júlio Emílio Braz
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1) O texto diz que “há muito tempo atrás, mas há muito tempo mesmo”, a zebra era diferente de como ela é hoje. Descreva-a:
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2) Nesse tempo, qual era a principal característica da zebra?
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3) O macaco tinha muito orgulho de uma característica sua. Qual?
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4) Quem fez o desafio para o duelo e por quê?
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5) Por que o babuíno cercou a fogueira com pedras?
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6) Por que a pele da zebra, que era branquinha, ficou marcada por grandes listras negras?
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7) O que fez a zebra para se vingar do babuíno? Você concorda com este tipo de atitude? Comente:
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 Como você explica as expressões:
8) A beleza não põe mesa:
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9) inteligência é joia rara:
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10) Crie um outro título para o texto.

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INTERPRETAÇÃO A VIDA DO HOMEM

A vida do Homem
Xavier Marques
Deus criou o homem e disse-lhe:
— Vai, serás o senhor da terra e o animal superior. Grandes trabalhos e surpresas te esperaram, mas de tudo triunfarás, se fizeres a tua parte. A tua felicidade depende muito do teu querer. Viverás 30 anos.
O homem ouviu e calou-se.
Deus criou o burro e disse-lhe:
— Vais viver como escravo do homem, conduzi-lo e a todos os fardos que te puserem às costas.
Serás bastante discreto e paciente para suportar, além da pesada carga, as privações que te forem impostas durante as viagens. Viverás 50 anos.
— Escravidão, cargas, privações e viver 50 anos… É muito, Senhor. Bastam-me 30.
Deus criou o cão e disse-lhe:
— Vais ser o companheiro do homem, de quem guardarás sempre alerta a porta, servindo-o com inteira obediência, ainda que não recebas mais do que um osso para matar a fome. Sofrerás açoites, mas, humilde e fiel, tens que lamber a mão que te castiga. Viverás 30 anos.
O cão pensou e refugou:
— Vigiar dia e noite, açoitado, padecer fome e viver 30 anos… Não, Senhor, quero apenas 10.
Deus criou o macaco e disse-lhe:
— Vai, o teu ofício é alegrar o homem, saltando de galho em galho, ou atado a um cepo, procurarás, imitando-o o bom humor. Viverás 50 anos.
O macaco pestanejou e pediu:
— Senhor, é demasiado para tão indigno mister. Basta-me viver trinta anos.
Tomando, então, a palavra, disse o homem:
— Vinte anos que o burro não quis, vinte que o cão enjeitou, vinte que o macaco recusa, dai-me os, Senhor, que trinta anos é muito pouco para o rei dos animais.
— Queres? Respondeu o Criador. Viverás, assim noventa anos, mas com uma condição. Cumprirás, em tua vida, não só o teu destino, mas também o do burro, o do cão e o do macaco.
E assim o homem vive. Até os vinte, forte, corajoso, resistente, arrasta perigos e estorvos, luta com resolução, vence e dorme. É HOMEM. Dos trinta aos cinquenta, tem família e trabalha sem repouso para sustentá-la. Cria os filhos, afadiga-se para educá-los e garantir-lhes o futuro. Sobre ele se acumulam os encargos. É BURRO.
Dos cinquenta aos setenta, está de sentinela à família. Dedicado e dócil, seu dever é defendê-la, mas já não pode, contudo, fazer valer a sua vontade. Contrariado, humilha-se e obedece. É CÃO.
Dos setenta aos noventa, sem força, curvo, trôpego e enrugado, vegeta a um canto, inútil e ridículo.
Faz rir com sua gula, sua caduquice e sua própria rabugice. Sabe que não o tomam a sério, mas se resigna e tem gosto em ser palhaço das crianças. É o MACACO.
Assinale a alternativa correta:
1. O homem foi colocado na terra como:
(a) escravo das coisas
(b) dominador de tudo
(c) submisso aos irracionais
(d) indiferente a tudo e a todos
2. Segundo as palavras divinas, a felicidade do homem se encontra
(a) no amor
(b) na riqueza
(c) na vontade
(d) no poder
3. A função especifica do burro, conforme o texto, é:
(a) viver 50 anos e ter força
(b) pastar pelos campos e ter força
(c) servir ao homem e ter paciência
(d) vagar pelos campos e os viver 50 anos
4. A virtude principal do burro está:
(a) na sua força
(b) na sua paciência
(c) nos seus 50 anos
(d) nas suas viagens
5. O cão, entretanto, já é conhecido como:
(a) o guarda-noturno das cidades
(b) o animal astuto e feroz
(c) o amigo e companheiro fiel do homem
(d) o protetor das crianças peraltas
6. Segundo o texto, o que caracteriza o burro, o cão, o macaco e o homem são, respectivamente:
(a) dominador, ridículo, guarda e paciente
(b) fiel, obediente, servo e amigo
(c) asno, vira-lata, macaquices e irracional
(d) paciente, fiel, palhaço e egoísta
7. Todavia, a incumbência reservada ao macaco era de:
(a) dar assistência moral ao homem
(b) divertir as pessoas
(c) dominar os outros animais
(d) aplicar a justiça na terra
8. O homem julgou-se prejudicado em relação ao tempo de sua vida, comparando-a com os outros animais, porque:
(a) tinha inveja do burro, do cão e do macaco
(b) não podia ser feliz somente com trinta anos de vida
(c) duvidava das palavras de Deus
(d) era o rei dos animais
9. Segundo o texto, Deus deu ao homem o tempo de vida que os animais rejeitaram:
(a) em virtude do valor do homem
(b) para subordinar o homem à Sua vontade
(c) em respeito à vontade do próprio homem
(d) porque disso dependeria o poder do homem
10. Os noventa anos de vida que o homem recebera de Deus, encerram, na conclusão do texto, uma realidade:
(a) insofismável
(b) possível
(c) mentirosa
(d) humorística


Respostas: 
1- B
2- C
3- C
4- B
5- C
6- D
7- B
8- D
9- C
10- B


INTERPRETAÇÃO A RECOMPENSA

A RECOMPENSA
          Josias usava a abusava da solicitude da mulher. Costumava levar uma pá de clientes para jantar, em sua casa, e com eles chegava em cima da hora, sem que Isaura os esperasse. Uma noite apareceu com três.
       Enquanto bebericavam, Isaura vasculhou a geladeira e constatou que a carne e a sobremesa estava “no aro”. Chamou os filhos e recomendou:
          – Escutem aqui: o pai trouxe os amigos dele para jantar, a carne está no fim, não vai chegar para todos nós; por isso, quando a mãe oferecer bife à milanesa para vocês, não aceitem. Vejam bem: vocês não vão querer carne, mesmo que a mãe insista. Certo?
          – Certo, sim senhora.
         Achando que fora bem explícita para aquelas cuquinhas de sete, seis e quatro anos, reforçou o prato com um encorpado molho parmesão e serviu o jantar.
          A recusa dos pequerruchos era tão veemente que…
- Josias, não sei o que está havendo com essas crianças; na certa andam lambiscando por aí…
Correu tudo muito bem, Isaura relaxou o seu estado interior… e lembrou-se da sobremesa.
Era o pudim de que os meninos mais gostavam e com o problema gravíssimo da carne, a pobre se esquecera do outro.
          À hora de servi-lo, encarou os filhos: olhinhos arregalados e sorridentes, esperavam o doce, o prêmio de bom comportamento e obediência. Dominou o pequeno pânico incipiente, juntou os sobrolhos e disse com firmeza:
          – Vocês digam boa-noite e subam já, já, para o quarto; é um castigo; quem não come carne não ganha sobremesa…

Lourdes Strozzi. Aspas, parênteses e reticências. Curitiba, 1977.






1. No texto, a palavra bebericavam significa:
a. (   ) molhavam os lábios sem beber.
b. (   ) bebiam de pouquinho em pouquinho.
c. (   ) engoliam a bebida num só gole.

2. Identifique, no texto, as palavras que tenham os significados abaixo:
a) clara, visível, expressa
b) forte, enérgico, vigoroso
c) terror, medo incontrolável

3. Josias costumava levar clientes para jantar em sua casa e…
a. (   ) trazia comida pronta
b. (   ) nunca avisava Isaura
c. (   ) sempre avisava a esposa
d. (   ) raramente avisava Isaura

4. Isaura fez um acordo com os filhos. Qual foi esse acordo?
5. Por que Isaura propôs esse acordo?
6. Tudo correu bem até que surgiu outro problema. Qual foi esse problema?
7. Os meninos sofreram um castigo por culpa:
a. (   ) de Josias, que levou três clientes para jantar e não avisou a esposa.
b. (   ) de Isaura, que conhecia o costume de Josias e não se preparou.
c. (   ) deles mesmos, pois não conseguiram cumprir o acordo feito.
d. (   ) dos três clientes de Josias, que chegaram sem ter avisado.
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Gabarito
1. Alternativa B
2. a) explícita        b) veemente       c) pânico
3. Alternativa B
4. Eles deviam recusar o bife à milanesa.
5. Porque a carne era insuficiente para todos.
6. A sobremesa de que os meninos mais gostavam também era insuficiente para todos.
7. Alternativa A.


INTERPRETAÇÃO FABULA A RAPOSA E A CEGONHA

A RAPOSA E A CEGONHA
          Um dia a raposa convidou a cegonha para jantar. Querendo pregar uma peça na outra, serviu sopa num prato raso. Claro que a raposa tomou toda a sua sopa sem o menor problema, mas a pobre cegonha, com seu bico comprido, mal pôde tomar uma gota. O resultado foi que a cegonha voltou para casa morrendo de fome.
A raposa fingiu que estava preocupada, perguntou se a sopa não estava do gosto da cegonha, mas a cegonha não disse nada. Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte.
Assim que chegou, a raposa se sentou lambendo os beiços de fome, curiosa para ver as delícias que a outra ia servir. O jantar veio para a mesa numa jarra alta, de gargalo estreito, onde a cegonha podia beber sem o menor problema. A raposa, amoladíssima, só teve uma saída: lamber as gotinhas de sopa que escorriam pelo lado de fora da jarra.
Ela aprendeu muito bem a lição. Enquanto ia andando para casa, faminta, pensava: “Não posso reclamar da cegonha. Ela me tratou mal, mas fui grosseira com ela primeiro.”
MORAL DA HISTÓRIA: trate os outros tal como deseja ser tratado.
(Fábulas de Esopo. Tradução de Heloísa Jahn, São Paulo, Companhia das Letrinhas, 1994)
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1. O objetivo da raposa, ao convidar a cegonha para jantar, era:
a. (   ) fazer as pazes, porque elas haviam brigado
b. (   ) ser gentil com a cegonha
c. (   ) fazer uma brincadeira de mau gosto
d. (   ) comer a cegonha, pois as raposas são caçadoras de aves
2. A cegonha:
a. (   ) gostou do jantar
b. (   ) não conseguiu tomar a sopa
c. (   ) não compareceu ao jantar
d. (   ) não tomou a sopa, mas comeu outras comidas
3. No trecho: “Quando foi embora, agradeceu muito a gentileza da raposa e disse que fazia questão de retribuir o jantar no dia seguinte.”  A palavra em destaque significa, nesse contexto, que:
a. (   ) a cegonha demonstrou ser gentil com a raposa, convidando-a para outro jantar.
b. (   ) a cegonha convidou a raposa para jantar porque queria despedir-se, pois ia viajar
c. (   ) a cegonha repetiu o convite e a brincadeira de mau gosto
d. (   ) a cegonha ficou zangada e não quis mais falar com a raposa
4. A frase: “Trate os outros tal como deseja ser tratado”  pode ser substituída por:
a. (   ) Boa romaria faz quem na sua casa fica em paz.
b. (   ) Quem tudo quer, tudo perde.
c. (   ) Na casa do ferreiro, o espeto é de pau.
d. (   ) Não faça aos outros aquilo que não quer que lhe façam.
5. A palavra “bulling” é inglesa e quer dizer fazer troça, humilhar, constranger, fazer brincadeira de mau gosto. Na sua opinião, a raposa praticou o “bulling”? Justifique sua resposta.


INTERPRETAÇÃO A PISCINA 2

          Era uma esplêndida residência, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina. Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem.
          Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça. De vez em quando surgia sobre a grade a carinha de uma criança, olhos grandes e atentos, espiando o jardim. Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham e ficavam olhando.
          Naquela manhã de sábado ele tomava seu gim-tônica no terraço, e a mulher um banho de sol, estirada, de maiô à beira da piscina, quando perceberam que alguém os observava pelo portão entreaberto.
          Era um ser encardido, cujos mulambos em forma de saia não bastavam para defini-la como mulher. Segurava uma lata na mão, e estava parada, à espreita, silenciosa como um bicho. Por um instante as duas mu-lheres se olharam, separadas pela piscina.
          De súbito, pareceu à dona da casa que a estranha criatura se esgueirava, portão adentro, sem tirar os olhos dela. Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo e viu com terror que ela se aproximava lentamente: já transpusera o gramado, atingia a piscina, agachava-se junto à borda de a-zulejo, sempre a olhá-la, em desafio e agora colhia água com a lata. Depois, sem uma palavra iniciou uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça – e em pouco sumia-se pelo portão.
          Lá no terraço, o marido, fascinado, assistiu a toda a cena. Não durou mais de um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate.
          Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.
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Vocabulário
Gim-tônica: bebida que consiste na mistura de gim, aguardente feita de cereais, com água tônica e limão.
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I – Nas questões 1 a 7, marque a alternativa que é sinônimo da palavra ou expressão em negrito:
1. “Era um ser encardido…”
a. (   ) encarnado       b. (   ) feio        c. (   ) velho      d. (   ) sujo
2. “… estava parada, à espreita, silenciosa como um bicho.”
a. (   ) esperando    b. (   ) observando    c. (   ) rindo     d. (   ) pensando
3. “… já transpusera o gramado…”
a. (   ) ganhara     b. (   ) desviara     c. (   ) ultrapassara     d. (   ) contornara
4. “… sempre a olhá-la, em desafio…”
a. (   ) desconfiada    b. (   ) temerosa   c. (   ) indiferente   d. (   ) provocante
5. “… iniciou uma cautelosa retirada…”
a. (   ) rápida     b. (   ) prudente       c. (   ) temerosa       d. (   ) vagarosa
6. “Lá no terraço, o marido, fascinado, assistiu a toda a cena.”
a. (   ) deslumbrado   b. (   ) temeroso   c. (   ) entusiasmado   d. (   ) furioso
7. “Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.”
a. (   ) duplicidade   b. (   ) vacilação  c. (   ) determinação   d. (   ) convicção

II – Marque a alternativa correta de acordo com o texto.
8. No 1º parágrafo podemos perceber que a esplêndida residência situava-se:
a. (   ) num lugar desabitado
b. (   ) próximo à encosta de um morro onde se alastrava uma favela
c. (   ) num bairro onde só havia residências luxuosas.
d. (   ) dentro da favela
9. No início do 2º parágrafo temos: “Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça.” Disto podemos concluir que:
a. (   ) as mulheres vendiam água.
b. (   ) as mulheres gostavam de desfilar com latas na cabeça
c. (   ) na favela não havia água
d. (   ) não havia água encanada na cidade
10. Ao ver a mulher da favela entrar em seu jardim, a dona da casa ficou:
a. (   ) indiferente      b. (   ) furiosa     c. (   ) aterrorizada     d. (   ) alegre
11. Por que casa foi vendida?
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Gabarito
1. d       2. B      3. C       4. D       5. B       6. A       7. B     8. B     9. C    10. C

11. A casa foi vendida porque o incidente fez com que seus donos passassem a temer os ha-bitantes da favela. Aquela pequena e rápida invasão poderia significar o início de uma série de invasões maiores.