1.(D4) Esse texto mostra:
A) a pesca em áreas proibidas.
B) as consequências da falta de chuva.
C) o problema da poluição dos rios.
D) os hábitos de pescadores profissionais.
Por que micro-organismos são importantes para as plantas?
Plantas e micro-organismos têm tudo a
ver. Prova disso é a relação entre a ação das bactérias e o desenvolvimento dos
vegetais. Preste atenção...
Para se desenvolver, as plantas
necessitam de alguns elementos químicos, como o nitrogênio. O nitrogênio é um
gás que os vegetais não conseguem captar sozinhos. As bactérias, por sua vez,
captam o nitrogênio do ar, o fixam no solo, tornando-o acessível às raízes das
plantas.
A bactéria Azospirillum brasilense é um desses
micro-organismos que é bom para as plantas. Ela fica na rizosfera, a região do
solo próxima da raiz dos vegetais, onde a atividade das bactérias é intensa. Por
que há muitas bactérias ali? Porque as raízes fornecem açúcares, aminoácidos,
hormônios e vitaminas – substâncias que alimentam esses micro-organismos.
Enquanto se nutre, a Azospirullium brasilense fixa o nitrogênio ainda mais:
produz hormônios, substância que ajuda no crescimento das plantas.
2.(D1) De acordo com esse texto,
o nitrogênio é um
A) aminoácido.
B) gás.
C) micro-organismo.
D) vegetal.
Insetos no cardápio
Você colocaria esses bichos no
seu prato?
Mosca,
barata, gafanhoto, abelha, besouro… Todos esses animais têm algo em comum: são
insetos. [...] O que muita gente nem desconfia é que eles podem servir de
alimento e são considerados deliciosos quitutes em vários países.
Não acredita? Pois saiba que até em algumas
regiões do Brasil muitas pessoas comem insetos. Portanto, troque a expressão de
nojo pela de curiosidade e embarque nessa leitura que deixaria muita gente pelo
mundo com água na boca!
O uso de insetos como alimento pelo
ser humano é um hábito antigo: na pré-história, já havia pessoas que se
alimentavam desses animais. Comer insetos, porém, não é algo que todo mundo
faz. Para certas culturas, como a de alguns países das Américas e da Europa,
comer insetos é visto como uma prática “primitiva” [...].
Além disso, há a ideia de que esses
animais sejam nocivos, nojentos e transmissores de doenças. Assim, as pessoas
tendem a menosprezá-los. Hoje em dia, porém, os insetos são consumidos em cerca
de 120 países, dos cinco continentes. [...].
Das centenas de milhares de espécies de
insetos já catalogadas pelos cientistas, mais de 1 200 são utilizadas como
alimento por cerca de três mil povos do planeta. Esses animais são consumidos
nos mais diferentes estágios de desenvolvimento: de algumas espécies, são comidos
os ovos; de outras, as larvas; de outras, o inseto adulto.
Mas o que os insetos têm de tão
especial para que alguém queira comê-los? Quando olhamos um gafanhoto, ele não
parece muito apetitoso. Porém, insetos como ele têm mais proteína do que
animais como o boi e a galinha. Para você ter uma ideia, 100 gramas de
formigas, por exemplo, têm o dobro de proteína de 100 gramas de carne de peixe,
frango ou boi. E a proteína é indispensável na alimentação humana!
Pesquisas indicam também que os insetos
oferecem ao nosso corpo a energia necessária para fazer as mais diversas
tarefas. Cem gramas de cupins, por exemplo, fornecem 561 calorias, quando um
ser humano precisa de cerca de 2 000 calorias diárias para viver. O tipo de
gordura presente nos insetos também faz bem à saúde.
Mas é bom deixar claro: nem todas as
espécies de insetos são apropriadas para o consumo humano. Várias devem ser
evitadas, pois trazem em seu corpo toxinas que extraem das plantas ou que
produzem por si só.
3.(D2) Nesse texto, no trecho
“... eles podem servir...” (ℓ. 2), o termo em destaque refere-se à palavra
A) insetos.
B) países.
C) quitutes.
D) restaurantes.
Quem foi Miguel de Cervantes?
[...] Até se tornar famoso teve muitas
profissões, mas foi sempre pobre. Como soldado, guerreou na África e ficou
aprisionado em Argel, onde permaneceu por vários anos, até que alguns amigos
pagaram o seu resgate. De volta à Espanha, trabalhou nas cavalariças reais e
depois num cargo público na Marinha de Guerra.
Seu espírito irrequieto e o desprezo que sentia
pelos nobres dificultaram sua vida: não arranjava um emprego digno e nunca se
livrou da mais absoluta pobreza.
Só aos 58 anos conseguiu ser
reconhecido, quando publicou seu livro mais famoso: Dom Quixote.
Apesar do sucesso, Miguel de Cervantes
morreu pobre e pouco conhecido. Hoje o seu romance é uma das maiores
obras-primas da literatura universal.
4. Esse texto é exemplo de:
A) um resumo.
B) um verbete.
C) uma entrevista.
D) uma biografia.
O ônibus
O ônibus é um automóvel que ou a gente
pega ele ou ele pega a gente. Se a gente está dentro dele é muito engraçado ver
como ele vai passando bem justo nos buracos que ficam entre um carro e outro,
mas agora se a gente está na rua dá sempre a impressão de que ele vem em cima
da gente, e, às vezes, vem mesmo. Como o ônibus dá muita trombada eu acho que
as fábricas já fazem eles velhos, pois eu nunca vi nenhum novo. Os carros
grã-finos parecem que têm muito medo dos ônibus [...]. Eu acho que o ônibus é o
animal feroz das cidades.
5. (D14) Em qual trecho desse
texto há uma opinião do narrador?
A) “O ônibus é um automóvel que
ou a gente pega...”.
B) “Como o ônibus dá muita
trombada...”.
C) “... eu acho que as fábricas
já fazem eles velhos, pois eu nunca vi nenhum novo.”.
D) “... ele vai passando bem
justo nos buracos que ficam entre um carro e outro,...”.
6. (D4) De acordo com esse texto,
o ônibus é um meio de condução
A) ágil.
B) assustador.
C) engraçado.
D) sujo.
7. (D17) No trecho “Mas não jogou
só duas?”, o ponto de interrogação foi utilizado para
A) apresentar um deboche do
personagem.
B) destacar a incompreensão do
personagem.
C) realçar o interesse do
personagem na conversa.
D) revelar uma crítica do
personagem ao treinador.
Medo de dentista
Pinças, brocas, alicates, seringas e agulhas.
E ainda amálgamas e preparados de sabor ruim. À primeira vista, todos esses
instrumentos e materiais não parecem oferecer bons prenúncios. Talvez por isso,
ir ao dentista seja uma daquelas tarefas que, com prazer, deixaríamos de fazer,
se fosse possível. Se a maioria sente desconforto em algum nível ao programar
tratamentos odontológicos, para alguns a cadeira reclinada causa verdadeira
fobia. E, às vezes, o sofrimento começa antes mesmo de a pessoa entrar no
consultório. Mas o paciente não é o único a sofrer: o dentista enfrenta a
própria ansiedade e entre todas as profissões da área médica talvez seja a
menos “poética”: além de passar o dia todo com as mãos na boca dos outros, o
profissional ainda precisa ajudar os pacientes a superar seus pavores.
O medo de dentista é um fenômeno
conhecido há centenas de anos. As primeiras crônicas remontam à Idade Média,
quando o imaginário popular relegava ao “tiradentes” um papel inferior e mais
ambíguo que o de seus “colegas” médicos. Ele era, na maioria das vezes, um
ambulante em companhia de ilusionistas, malabaristas e músicos, percorria
feiras e mercados, de cidade em cidade, exibindo-se em palcos. Desse modo, o
público podia admirar a maestria do exercício de sua especialidade. De fato,
naquele tempo, havia motivos reais para ter medo do dentista. Mas hoje? A
ciência e a tecnologia para reduzir a dor evoluíram muito, bem como a
consciência a respeito da importância de manter uma relação de delicadeza e
confiança com os pacientes. Ainda assim, o medo antigo permanece.
8. (D13) Esse texto apresenta,
predominantemente, a linguagem
A) informal.
B) padrão.
C) científica.
D) regional.
O segredo do baiacu
Entre as curiosas criaturas que habitam
o fundo do mar, tenho uma curiosidade especial pelo baiacu. Em um minuto, o
pequenino peixe está nadando tranquilamente e no outro… Puf! Enche-se de água,
assumindo uma forma bem maior e arredondada – o que funciona como uma bela
estratégia de proteção, já que dificulta que ele seja comido por predadores.
Mas como será que isso acontece?
Para descobrir, os biólogos Renata Mari,
do campus do Litoral Paulista da Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, e Matheus Rotundo, da Universidade Santa Cecilia, estudaram
duas espécies do peixe em São Vicente, São Paulo: o baiacu-de-espinho e o
baiacu-pintado. Eles descreveram o sistema digestório dos animais para entender
melhor sua já conhecida relação com o curioso mecanismo de defesa dos bichos.
“Nossas observações mostraram a
existência de um tipo de bolsinha na região final do esôfago desses peixes, que
pode ser enchida de água quando eles se sentem ameaçados, permitindo que
aumentem de tamanho”, explica.
Apesar de famoso, esse não é o único
mecanismo de defesa dos baiacus: algumas espécies possuem espinhos e até um
veneno bem tóxico. “Geralmente, quanto menor é a espécie, mais veneno o baiacu
tem, pois não consegue inflar tanto seu corpo e precisa se defender de outra
forma”, conta Renata.
Mesmo sendo venenoso, o baiacu faz parte
da alimentação humana e é, inclusive, uma iguaria muito requintada em algumas
culturas. Para comê-lo, é preciso limpar muito bem o peixe e retirar todo o
veneno. No entanto, Renata explica que, futuramente, pode ser que a substância
não seja descartada. “Já existem estudos que avaliam o uso do veneno como
analgésico e para controlar dependências químicas”, completa.
9. (D15) Nesse texto, no trecho
“Apesar de famoso, esse não é o único mecanismo de defesa dos baiacus:...” (ℓ.
14), a expressão em destaque estabelece uma relação de
A) causa.
B) comparação.
C) concessão.
D) conformidade.
A Estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia. [...]
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alto luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia
10. (D?) Nesse texto, os versos
“Vi uma estrela tão fria!/ Na minha vida vazia.” (v. 2 e 4) foram construídos com
A) comparação entre duas
situações.
B) ideias com sentidos
contrários.
C) palavras com sons finais
semelhantes.
D) palavras que indicam deboche.
11.(D5) Esse texto demonstra uma
crítica
A) à desvalorização da moeda.
B) à distribuição de renda no
país.
C) à poluição do meio ambiente.
D) ao desenvolvimento econômico.
E) ao lucro da exploração
ambiental.
Segredos do mar
Quando chega o verão, nós, humanos, nos
sentimos atraídos pelo mar. Multidões se reúnem nas praias buscando um contato
com as ondas que nos proporcionam prazer e descanso.
Porém, o caminhar do ser humano deixa
sua trilha fatal nas areias da praia.
Milhões de sacolas de nylon e plásticos de
todo o tipo são largados na costa, o vento e as marés se encarregam de
arrastá-los para o mar.
Uma sacola de nylon pode navegar várias
dezenas de anos sem se degradar. As tartarugas marinhas confundem-nas com as
medusas e as comem, afogando-se na tentativa de engoli-las.
Milhares de golfinhos também morrem
afogados...
Eles não têm capacidade para reconhecer
os lixos dos humanos, até porque, “tudo o que flutua no mar se come”.
A tampa plástica de uma garrafa, de
maior consistência do que a sacola plástica, pode permanecer inalterada,
navegando nas águas do mar por mais de um século.
O Dr. James Ludwing, que estava estudando
a vida do albatroz na ilha de Midway, no Pacífico, a muitas milhas dos centros
povoados, fez uma descoberta espantosa.
Quando começou a recolher o conteúdo do
estômago de oito filhotes de albatrozes mortos, encontrou: 42 tampinhas
plásticas de garrafa, 18 acendedores e restos flutuantes que, em sua maioria,
eram pequenos pedaços de plástico. Esses filhotes haviam sido alimentados por
seus pais que não conseguiram fazer a distinção dos desperdícios no momento de
escolher o alimento.
A próxima vez em que você for à sua
praia preferida, talvez encontre na areia, lixo que outra pessoa ali deixou.
Não foi lixo deixado por você, porém, é SUA PRAIA, é o SEU MAR, é o SEU MUNDO e
você deve fazer algo por ele.
12. (D3) No trecho “... anos sem
se degradar.” (ℓ. 6), a palavra destacada possui o mesmo sentido de
A) atenuar.
B) decompor.
C) desprezar.
D) enfraquecer.
13. (D7) Qual é a tese defendida
pelo autor desse texto?
A) O ato de manter a praia limpa
é uma obrigação de toda sociedade.
B) O nylon pode navegar várias
dezenas de anos sem se degradar.
C) Os elementos flutuantes no mar
nem sempre são comestíveis.
D) Os golfinhos morrem afogados
devido ao lixo ingerido.
14. (D12) Esse texto tem a
finalidade de
A) divulgar as pesquisas
realizadas por Dr. James.
B) fazer o anúncio de uma
temporada de verão na praia.
C) informar os principais animais
que vivem nas praias.
D) relatar como os banhistas
poluem as águas.
E) sensibilizar o leitor para a
responsabilidade ambiental.
15. (D17) Nesse texto, o uso de
maiúsculas no trecho “... é SUA PRAIA, é o SEU MAR, é o SEU MUNDO...” (ℓ.
22-23) tem a intenção de
A) chamar a atenção do leitor.
B) comparar as atitudes dos
banhistas.
C) reafirmar a busca dos humanos
pelas ondas do mar no verão.
D) ressaltar a importância de
preservação das espécies marinhas.
16. (D11) Nesse texto, a
descoberta do Dr. James Ludwing foi considerada espantosa porque
A) as sacolas de nylon e plástico
são arrastadas para o mar pelo vento.
B) as tampinhas plásticas permanecem
no mar por mais de um século.
C) as tartarugas morrem afogadas
ao confundir sacolas com medusa.
D) os filhotes de albatrozes se
alimentavam do lixo humano.
E) os golfinhos morrem afogados
ao engolir sacolas plásticas.
Pela janela
Quando eu percebi que a Milena estava
olhando para mim, lá do outro lado da classe, virei o rosto para a lousa, onde
a professora acabava de escrever uma pergunta. Antes do recreio, a gente tinha
assistido A guerra do fogo e agora estávamos em grupos de quatro, fazendo um
trabalho sobre o filme.
A história se passava na Idade da Pedra,
não tinha falas, só grunhidos saindo das bocas dos homens das cavernas. [...]
Em torno da minha mesa estavam Geandré,
o Walter, o Duílio e eu. Estávamos sentados próximos à janela, de onde eu podia
ver os menores correndo, lá embaixo. [...] Olhei para Milena, bem rápido, ela
estava me olhando, de novo, mas virou o rosto, quando me viu.
No dia anterior, a Milena passou por
mim, na saída e, sem me olhar, pôs um papel dobrado na minha mão. De um lado
estava escrito “De Milena” e no outro “Para Rodrigo”. Eu coloquei o papel no
bolso e só tive coragem de ler quando cheguei em casa, depois de mais de uma
hora na perua, com ele queimando no meu bolso.
17. (D3) Nesse texto, a expressão
destacada em “... com ele queimando no meu bolso.” (ℓ. 13) tem o
sentido de
A) causar desconfiança.
B) despertar curiosidade.
C) esquentar.
D) incomodar.
18. (D13) No trecho “Antes do
recreio, a gente tinha assistido...” (ℓ. 2-3), a expressão destacada é característica
da linguagem
A) coloquial.
B) culta.
C) científica.
D) regional.
E) técnica.
Museu em Recife é eleito o melhor da América Latina
O Brasil tem dois museus entre os 25
melhores do mundo, de acordo com o ranking Travelers’ Choice Museums 2014
[...]. O Instituto Ricardo Brennand, de Recife, ficou em 17º lugar, duas casas
à frente do Louvre, de Paris. Já o Inhotim, de Brumadinho (Minas Gerais),
conquistou a 23º posição.
No primeiro lugar da seleção mundial,
está o Art Institute of Chicago, dos Estados Unidos, fundado em 1879, hoje com
quase 300 mil obras.
O ranking foi elaborado com base nas
avaliações feitas pelos mais de 280 milhões de usuários do site a respeito dos
509 museus classificados. Para chegar à lista final, foi usado um algoritmo que
relacionou o número e a qualidade de avaliações feitas durante um ano.
A versão da América do Sul do ranking
teve participação massiva dos museus brasileiros, com 12 representantes em 25.
[...]
19. (D1) De acordo com esse
texto, onde está localizado o melhor museu do mundo eleito em 2014?
A) Brumadinho.
B) Estados Unidos.
C) Paris.
D) Recife.
E) São Paulo
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores, e
elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou
escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara,
ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de
natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe
as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o
rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras
flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de
girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.
20. (10) O conflito dessa
narrativa se inicia com
A) a antipatia do girassol pelo
jardineiro.
B) a ausência de comentários das
outras flores.
C) a recusa do girassol em
voltar-se para a luz.
D) o diálogo do jardineiro com as
flores.
E) o relacionamento entre o
gerânio e o jardineiro.
21.(D2) Nesse texto, no trecho
“... escutando o que lhe confiava um gerânio.”, o pronome destacado
refere-se
A) ao jardineiro.
B) à cravina.
C) ao girassol.
D) à natureza.
22. (D5) A resposta dada pela
menina no segundo quadrinho indica que ela está
A) contrariada.
B) convicta.
C) decepcionada.
D) indiferente.
E) perplexa.
23. (D16) O humor desse texto
está centrado
A) na ênfase da menina ao
responder no segundo quadrinho.
B) na expressão do menino no
último quadrinho.
C) na interpretação feita pela
menina sobre a palavra acredita.
D) no fato de a menina achar os
duendes brincalhões.
E) no tema da pesquisa realizada
pelo menino.
Um grau a mais de
qualidade de vida
Graças à tecnologia, as cirurgias de
catarata têm hoje resultados altamente satisfatórios. Pacientes que já passaram
pela operação e ficaram com grau residual na visão podem “zerar” o problema com
uma nova técnica, que consiste na implantação de lentes especiais. Elas são
inseridas sobre as previamente existentes, que fazem o papel do cristalino
danificado. Trata-se de upgrade, eliminando a necessidade de óculos. “A
medicina foi em busca de uma solução apropriada para aqueles que implantaram
originalmente lentes monofocais e que agora gostariam de obter mais qualidade
de vida e independência do uso de óculos”, observa o oftalmologista Celso
Boianovsky, especialista em catarata. Pacientes com lentes multifocais
dispensam a correção.
24. (D12) O objetivo desse texto
é
A) dar uma informação.
B) descrever um experimento.
C) ensinar um procedimento.
D) fazer uma crítica.
E) relatar um fato.
Mal-estar de um
anjo
Ao sair do edifício, o inesperado
me tomou. O que antes fora apenas chuva na vidraça, abafado de cortina e
aconchego, era na rua a tempestade e a noite. Tudo isso se fizera enquanto eu
descera pelo elevador? Dilúvio carioca, sem refúgio possível. Copacabana com
água entrando pelas lojas rasas e fechadas, águas grossas de lama até o meio da
perna, o pé tateando para encontrar calçadas invisíveis.
Até movimento de maré já tinha, onde se
juntasse o bastante de água começava a atuar a secreta influência da Lua: já
havia fluxo e refluxo da maré. E o pior era o temor ancestral gravado na carne:
estou sem abrigo, o mundo me expulsou para o próprio mundo, e eu que só caibo
numa casa e nunca mais terei casa na vida, esse vestido ensopado sou eu, os
cabelos escorridos nunca secarão, e sei que não serei dos escolhidos para a
Arca, pois já selecionaram o melhor casal de minha espécie.
25. (D14) Nesse texto, há uma
opinião do narrador em:
A) “Ao sair do edifício, o
inesperado me tomou.”. (ℓ. 1)
B) “O que antes fora apenas chuva
na vidraça,...” (ℓ. 1)
C) “Copacabana com água entrando
pelas lojas rasas...”. (ℓ. 3-4)
D) “... águas grossas de lama até
o meio da perna,...”. (ℓ. 4-5)
E) “E o pior era o temor
ancestral gravado na carne:...”. (ℓ. 7-8)
Mito grego de amor
entre Eros e Psiquê é recontado em livro infantil
Há muito tempo, um escritor latino
chamado Apuleio escreveu sobre o amor entre uma bela mortal chamada Psiquê e
Eros, o deus do amor. Ao longo dos anos, a narrativa já foi encenada no teatro,
já foi transformada em esculturas e pinturas. Em 2010, ano em que comemora 30
anos de carreira, a escritora e ilustradora mineira Angela Lago, colocou a
história dentro das páginas de um livro infantil que acaba de lançar.
No livro, tudo começa porque Psiquê, uma
princesa tão linda, “que é impossível pintar ou descrever”, era admirada por
pessoas de todo o mundo. Muitos vinham de longe apenas para vê-la. Um dia,
Afrodite, a deusa da beleza, teve ciúmes da menina tão bela e mandou que seu
filho Eros, o deus do amor, fizesse com que Psiquê se apaixonasse pelo mais
terrível dos seres. Mas assim que Eros vê a bela menina, sabem o que acontece?
Ele se apaixona por ela e a partir daí muitas coisas vão acontecer para que
eles possam ficar juntos.
Logo na primeira página do livro, o
convite à leitura é irrecusável: “Essa história é de encantamento. Traz vida
longa e boa sorte a todos que a escutam ou a leem”. Depois dessa deliciosa
profecia, o que fazer senão caminhar página a página? A viagem vale a pena.
26. (D10) Nesse texto, em relação
à história de Eros e Psiquê, o clímax da narrativa ocorre quando
A) a deusa Afrodite fica
enciumada da beleza de Psiquê.
B) a fama da beleza de Psiquê se
espalha por todo o mundo.
C) a princesa Psiquê e Eros
conseguem eternizar seu amor.
D) Eros fica apaixonado ao ver
pela primeira vez a princesa Psiquê.
E) Eros tenta fazer a princesa se
apaixonar por um ser horrendo.
27. (D17) No trecho “‘Essa
história é de encantamento. Traz vida longa e boa sorte a todos que a escutam ou
a leem’” (ℓ. 12-13), o uso das aspas marca
A) um diálogo direto com o
leitor.
B) um reforço de uma opinião.
C) uma citação literal de um
trecho do livro.
D) uma crítica ao enredo da obra.
E) uma ironia em relação ao tipo
de história.
28. (D20) Uma abordagem comum a
esses dois textos refere-se
A) à destruição do cerrado para
aumentar áreas de plantação.
B) à falta de perspectiva quanto
ao futuro das próximas gerações.
C) à ganância dos plantadores de
cana-de-açúcar.
D) às espécies nativas do cerrado
ameaçadas de extinção.
E) às pesquisas sobre o impacto
do cultivo da cana-de-açúcar.
29. (D19) No Texto 1, o recurso
utilizado no trecho “Aí não brotou mais nada./ Aliás, brotou coisa melhor:/ Soja,
verdinha, verdinha/ Que beleza, diziam.” (v. 8-11) é
A) aproximação de sons.
B) comparação de ideias.
C) exagero.
D) ironia.
E) personificação.
Bater na madeira
Esse costume vem de tempos bem
antigos. Entre os celtas, consistia em bater no tronco de uma árvore para
afugentar o azar, com base no fato de que os raios caem frequentemente sobre as
árvores, sinal de que elas seriam a morada terrestre dos deuses. A pessoa
estaria mantendo contato com o deus e lhe pedindo ajuda.
Na mesma linha, os druidas batiam na
madeira para espantar os maus espíritos. Já na Roma Antiga, batia-se na madeira
da mesa das refeições, considerada sagrada, para invocar os deuses protetores
da família e do lar.
Historicamente, a árvore preferida para
neutralizar o mau agouro era o carvalho, venerado por sua força, imponência e
longevidade. Ele teria poderes sobrenaturais por suportar a força dos raios.
Acreditava-se que nele vivia o deus dos relâmpagos. Bater no carvalho era,
portanto, um ato para afastar perigos e riscos diversos.
O pessoal do Íbis, de Pernambuco,
considerado o pior time do mundo, andou batendo na madeira durante anos tentando
dar um xô para o azar, mas nem assim adiantou. Continuou sofrendo goleadas até
ser brindado com o vexaminoso título que hoje o identifica no futebol. Só
restou a lembrança de, inutilmente, bater tanto na madeira.
30. (D14)Qual é o trecho desse
texto que apresenta uma opinião do autor?
A) “... consistia em bater no
tronco de uma árvore para afugentar o azar,...”. ( . 1-2)
B) “... os druidas batiam na
madeira para espantar os maus espíritos.”. ( . 5)
C) “... batia-se na madeira da
mesa das refeições, considerada sagrada,...”. ( . 6)
D) “... a árvore preferida para
neutralizar o mau agouro era o carvalho,...”. ( . 8)
E) “... até ser brindado com o
vexaminoso título que hoje o identifica...”. ( . 14)
31. (D13) No trecho “... dar um xô para o azar,...” ( . 13), a
palavra destacada é própria da linguagem
A) coloquial.
B) formal.
C) literária.
D) regional.
E) técnica.
Um grau a mais de
qualidade de vida
Graças à tecnologia, as cirurgias de
catarata têm hoje resultados altamente satisfatórios. Pacientes que já passaram
pela operação e ficaram com grau residual na visão podem “zerar” o problema com
uma nova técnica, que consiste na implantação de lentes especiais. Elas são
inseridas sobre as previamente existentes, que fazem o papel do cristalino
danificado. Trata-se de upgrade, eliminando a necessidade de óculos. “A
medicina foi em busca de uma solução apropriada para aqueles que implantaram
originalmente lentes monofocais e que agora gostariam de obter mais qualidade
de vida e independência do uso de óculos”, observa o oftalmologista Celso
Boianovsky, especialista em catarata. Pacientes com lentes multifocais
dispensam a correção.
32. (D6) O assunto abordado nesse
texto é
A) a qualidade de vida de
pacientes que fazem tratamento oftalmológico.
B) a utilização de lentes
especiais para a correção da visão.
C) o grau residual na visão de
pacientes que passaram por cirurgia.
D) os problemas da implantação de
lentes monofocais em pacientes.
E) os resultados obtidos pelas
novas cirurgias de catarata.
33. (D21) Nesses dois textos, as
opiniões emitidas pelos professores são
A) complementares.
B) divergentes.
C) iguais.
D) inconsistentes.