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sexta-feira, 14 de abril de 2017

POEMA ESPELHO INTERPRETAÇÃO 9º ANO RIO

ESPELHO

Espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?
Se às vezes me estilhaço,
se às vezes viro mil,
se quero mudar o mundo,
se quero mudar o rosto,
se tenho sempre na boca
um gosto de água e de céu,
se às vezes sou tão só
quando me viro do avesso,
se às vezes anoiteço
em plena luz do sol
ou então amanheço
com vontade de voar,
espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?

MURRAY, Roseana. Recados do
Corpo e da Alma, São Paulo: FTD,

1 – Você percebeu que o primeiro verso do poema dialoga com outro texto? Qual?
Converse com seus colegas ou pesquise para descobrir.
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2 – O poema começa com uma dúvida, expressa em uma pergunta. Que palavra é utilizada repetidamente e ajuda a reforçar essa dúvida do eu lírico?
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3 – Indique um trecho do poema em que se perceba o uso figurado da linguagem:
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4 – A HIPÉRBOLE é a figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão, para causar um efeito expressivo. Indique uma hipérbole no texto:
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5 – Indique, no texto, o uso de ideias opostas. O que esse uso reforça?
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6– Qual o tema do texto?

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CRÔNICA PATCHWORK INTERPRETAÇÃO 9º ANO RIO

PATCHWORK

      Eu acho a maior graça nesses anúncios ou reportagens que segmentam as pessoas por estilo, para facilitar a escolha de presentes. Para o pai esportista, para a mãe que vive correndo, para o namorado poliglota, para a namorada hare krishna...
       E você, qual é seu estilo?
       O meu estilo é o clássico-esportivo-praiano-urbano-roqueiro-casual-elétrico-aventureiro-viajandão-racional-romântico-sensato-internacionalcultural-marombeiro-divertido-indiano-inglês-caseiro-diurno-ansioso-e-pacato. Seja qual for o presente que você me der, vai acertar na mosca.
      Qualquer estilo que a gente cultive é farsa. Impor um rótulo a si mesmo é o que de pior podemos fazer. A gente se acostuma a privilegiar um lado acentuado que temos – workaholic, por exemplo – e nos apresentarmos ao mundo como tal. Vale para outras “etiquetas”: surfista, rato de biblioteca, perua, seminarista. É atrás de uma dessas máscaras que você se esconde?
      Surfistas que ficam gatésimos de terno e gravata e guardam embaixo da cama pilhas de livros sobre filosofia. Ratas de biblioteca que passam a noite dançando funk com um grupo da pesada. Peruas que praticam natação quatro vezes por semana. Seminaristas que levam no braço uma tatuagem igual à da Angelina Jolie: que estilos são esses?
     É o estilo que eu mais adoro: faço-eu-mesmo. É o cara que não criou um estilo, ele é o estilo. Não há influência de revistas, modismos e tendências. Ele é o estilo-contradição, estilo-surpresa, estilo-sem-estilo. Acho que foi Aristóteles (olha eu fazendo o estilo intelectual) que disse que estilo não existe, que o estilo é uma emancipação do seu próprio ser.
       Ou você tem um estilo próprio, que forçosamente será múltiplo, como é a nossa alma verdadeira, ou você adota um estilo, e ele será monótono e nauseante. Estilo bom é estilo exclusivo, inclassificável. Ou você deixa ele nascer naturalmente em você ou passará ganhando os mesmos presentes a vida inteira.
       MEDEIROS, Martha. Montanha-russa: crônicas. Porto Alegre: L&PM, 2011.
1- No primeiro parágrafo, a cronista se dirige ao seu interlocutor. Em que trecho do texto isso aparece explicitamente?
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2- No segundo parágrafo, a cronista brinca com as palavras, criando uma super palavra com o uso do hífen. Qual o significado dessa palavra?
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3- Por que a cronista afirma que “Seja qual for o presente que você me der, vai acertar na mosca.”? (segundo parágrafo)
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4- Que palavra está relacionada a máscaras , no terceiro parágrafo?
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5- Qual a função das aspas na palavra “etiquetas”, no terceiro parágrafo?
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6- Que neologismo aparece no quarto parágrafo?
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7 - O último parágrafo do texto está construído com orações coordenadas alternativas. Que conectivo introduz a ideia contida nessas orações?
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Agora, responda: que relação existe entre o título da crônica e seu tema?
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TIRINHA MAFALDA INTERPRETAÇÃO 9º ANO RIO

1 – No primeiro quadrinho, por que o texto dentro do balão está entre aspas?
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2 – Repare que o formato do balão é diferente nos dois últimos quadrinhos. Explique porquê.
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3 – Qual o significado de “fazendo turismo dentro de mim” ?
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1 – Explique a mudança da expressão de Filipe a cada quadrinho.
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2 – No último quadrinho, Filipe se assusta com a possibilidade de não gostar de si mesmo. Que conectivo indica que isso é uma possibilidade?
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1 – Como Miguelito entendeu a afirmativa de Mafalda?
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2 – Como Miguelito entendeu a palavra “conhecer”?
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CANÇÃO METADE INTERPRETAÇÃO 9º ANO RIO

METADE
Oswaldo Montenegro

E que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
porque metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.
[...]
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
e que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
mas a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me
lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
E a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
porque metade de mim é plateia
e a outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.


1 – A letra da canção traz a voz do eu do texto anunciando desejos. Cite um verso que confirma essa afirmativa.
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2 – A estrutura do texto é marcada pela contraposição de “metades”, como em : “...porque metade de mim é o que eu grito /mas a outra metade é silêncio.”
a) Que palavra ajuda a construir essa relação de contraposição?
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b) Nestes versos, sublinhe as palavras ou expressões que também marcam essa contraposição: “...seja linda ainda que tristeza/que a mulher que amo seja pra sempre amada/mesmo que distante...”
3 - Que características pode-se perceber no eu do texto?
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4 - A que se refere o termo destacado em “[...] é preciso simplicidade pra fazê-la florescer [...]”
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5 – Sublinhe versos da letra da canção em que a linguagem é utilizada provocando o leitor para que associe ideias, vá além do sentido objetivo das palavras.

6 – Apesar da contraposição constante, o que salva o eu do texto?

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FÁBULA A FORMIGA BOA INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

A FORMIGA BOA

     Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
    Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.
    A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.
   Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu – tique, tique, tique...
   Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num chalinho de paina.
    – Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
    – Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
    A formiga olhou-a de alto a baixo.
    – E que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
    A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
    – Eu cantava, bem sabe...
    – Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
    – Isso mesmo, era eu...
    – Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou.
    Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
     A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol.

    LOBATO, Monteiro. Obra infantil completa – 3 – São Paulo, Brasiliense

Responda às questões sobre “A Formiga Boa”.

1. Explique o sentido das expressões destacadas, retiradas de trechos da
fábula, composta por Monteiro Lobato.
a – “Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.”
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b – “Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro.”
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2. Qual é o efeito de sentido de “tique, tique, tique...”, na última frase do segundo parágrafo.
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3. Você reparou que, nesta versão da fábula “A Cigarra e a Formiga”, há diálogo entre os personagens.
a - Quais são os personagens?
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b – Quais são as marcas linguísticas que comprovam a existência de diálogo no texto (Fique ligado!, página 44)?
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4. Monteiro Lobato utiliza-se das reticências para produzir sentidos. Identifique os sentidos produzidos por este sinal de pontuação em cada trecho:
a - “– Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...”
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b – “– Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então quem cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?”
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c – “– Eu cantava, bem sabe...”
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d – “– Isso mesmo, era eu...”
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6. Vamos comparar os textos! Você observou que o desfecho da fábula de Esopo é diferente do lido em Monteiro
Lobato? Escreva a diferença observada nas linhas abaixo.
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FÁBULA O GATO VAIDOSO INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

O GATO VAIDOSO
     Moravam na mesma casa dois gatos iguaizinhos no pelo mas desiguais na sorte. Um, animado pela dona dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um passava a leite e dormia em colo. O outro por feliz sedava com as espinhas de peixe do lixo.
     Certa vez, cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo, dizendo:
     – Passa de largo, vagabundo! Não vês que és pobre e eu sou rico? Que és gato de cozinha e eu gato de salão. Respeita-me, pois, e passa de largo...
    – Alto lá, Senhor orgulhoso! Lembra-te que somos irmãos, criados no mesmo ninho.
     – Sou nobre, sou mais que tu!
     – Em que? Não mias como eu?
      – Mio.
     – Não tens rabo como eu?
     – Tenho.
     – Não caças rato como eu?
     – Caço.
     – Não comes rato como eu?
     – Como.
     – Logo, não passas dum simples gato igual a mim. Abaixa, pois, a crista desse orgulho idiota e lembra te que mais nobreza do que eu não tens – o que tens é apenas um bocado mais de sorte.
      Quantos homens não transformam em nobreza o que não passa de um bocado mais de sorte na vida!

1. O texto caracteriza os personagens, apresentando suas características. Retire do texto o parágrafo que apresenta a
diferença entre os dois personagens.
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2. Qual é o efeito de sentido das expressões destacadas:
a – Passa de largo, vagabundo!
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b – Respeita-me, pois, e passa de largo...
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c – Alto lá, Senhor orgulhoso!
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3. Qual é a mensagem que esta fábula transmite?
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4. Você concorda com a mensagem que a fábula transmite?

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FÁBULA A TROMBA DO ELEFANTE INTERPRETAÇÃO 6º ANO RIO

A tromba do elefante

     Antigamente, Ajanaku, o elefante, tinha focinho curto como todos os animais.
     Não possuía a grande tromba que tem agora e que lhe é muito útil, servindo de braço e mão, além de nariz.
     Quando não tinha tromba, o elefante era muito curioso e gostava de saber tudo o que acontecia na floresta.
     Certo dia, encontrou um buraco entre as raízes de uma grande árvore e, curioso como era, enfiou o nariz nele para saber do que se tratava.
     Acontece que aquele buraco era a entrada da casa de uma cobra muito grande que, vendo aquele nariz fuçando sua casa, abocanhou-o, tentando engolir nosso pobre Ajanaku.
    Lamentando sua curiosidade, Ajanaku andava para trás, para não ser engolido pela cobra, que o puxava para dentro do buraco.
    – Socorro! – gritava Ajanaku desesperado, sentindo que não ia conseguir se livrar da grande cobra.
     Ouvindo seus gritos, muitos animais vieram em seu socorro e, segurando em seu rabo, puxaram com força, para livrá-lo da cobra.
     Não foi fácil, mas finalmente, conseguiram salvar nosso amigo, que, de tanto puxar teve seu nariz esticado e transformado na tromba que agora possui.
     No início, Ajanaku, envergonhado de sua nova e estranha aparência, ficou escondido dentro da floresta.
    Com o tempo, aprendeu a usar a tromba com muita habilidade, da forma como fazem todos os elefantes atualmente. Satisfeito, voltou ao convívio dos outros bichos.
     Um dia, o macaco, que gosta de imitar todo mundo, foi enfiar o nariz no buraco, para ver se criava uma tromba igual a do elefante. A cobra, que ainda morava no mesmo lugar, engoliu o macaco inteirinho, com muita facilidade.
     É por isso que, mesmo sentindo inveja, nenhum bicho nunca mais tentou imitar o elefante para ficar com uma tromba igual a dele.
Responda às questões sobre a fábula africana “A tromba do elefante”.

1 – Quais lições vocês identifica na leitura da fábula “A tromba do elefante”?
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2. Retire do texto a palavra que registra quando os fatos aconteceram?
Coordenadoria de Educação
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3. Explique como o elefante adquiriu a tromba que tem agora, de acordo com a fábula apresentada.
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4. Por que uma cobra enorme tentou engolir o pobre Ajanaku?
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5. Como Ajanaku conseguiu livrar-se da grande cobra?
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6. Qual o preço pago pela curiosidade do elefante?
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7. Que sentimento traduz o estado de Ajanaku, logo assim que adquiriu uma tromba? Este sentimento foi mantido, com o passar do tempo?
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8. O que aconteceu, quando o macaco decidiu imitar o elefante, para adquirir também uma tromba?
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9. Apresente as características que identificam o texto como uma fábula.

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