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domingo, 28 de maio de 2017

FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO.

Leia:
dos quadrinhos muito gostei cascão do ( um conjunto de palavras)

 Gostei muito dos quadrinhos do Cascão ( uma frase)

Agora reescreva cada conjunto de palavras, organizando-o em frase.
a) vende na vermelha cachorro-quente Leo praia
________________________________________________________________
b) outros as nossas novelas em fazem países sucesso
________________________________________________________________
c) Bia muito aniversário da dançamos de festa na
______________________________________________________________
d) ecológicas ser reservas preservadas as precisam
________________________________________________________________


Pai não entende nada
- Um biquíni novo?
- É, pai.
- Você comprou um no ano passado!
- Não serve mais, pai. Eu cresci.
- Como não serve? No ano passado você tinha 14 anos, este ano tem 15. Não cresceu tanto assim.
- Não serve, pai.
- Está bem, está bem. Toma o dinheiro. Compra um biquíni maior.
- Maior não, pai. Menor.
Aquele pai, também, não entendia nada.

(VERÍSSIMO, Luís Fernando)


“Aquele pai, também, não entendia nada.”

a) Quantas palavras há nesse trecho?
______________________________________________________________________
b) Marque as alternativas corretas. Essas palavras:
( ) vêm organizadas em uma determinada sequência.
( ) estão desorganizadas.
( ) vêm isoladas, não estabelecendo relações entre si.
( ) mantêm relações de sintaxe e de sentido, concordando entre si.
( ) têm sentido completo, dentro do contexto.
( ) não têm sentido completo.
c) O trecho inicia com letra maiúscula ou minúscula? Que sinal de pontuação marca o seu final?
d) O trecho transmite uma mensagem? Qual?
________________________________________________________________________

Este conjunto de palavras – “Aquele pai, também, não entendia nada.” – é denominado frase.

Frase – é a palavra ou o conjunto organizado de palavras, com sentido completo,
que estabelece comunicação.

Leia e compare as frases.
I. “Um biquíni novo?”
II. “Você comprou um no ano passado!”
a) Sublinhe os verbos das frases.
b) O que você observou a respeito das frases em relação aos verbos?
__________________________________________________________________________

Em sintaxe, a frase com verbo é chamada período.

Período – é a frase que se organiza em torno de um ou mais verbos (ou locuções
verbais), constituindo-se, portanto, de uma ou mais orações.


Leia e compare as frases.

I. “— Como não serve?”    
a) Sublinhe o(s) verbo(s).
b) Como essa frase é chamada?
c) Nesse período:
( ) não há verbo.
( ) há 1 verbo.
( ) há 2 verbos.
( ) há 3 verbos.

II. “No ano passado você tinha 14 anos, este ano tem 15.”
a) Sublinhe o(s) verbo(s).
b) Como essa frase é chamada?
c) Nesse período:
( ) não há verbo.
( ) há 1 verbo.
( ) há 2 verbos.
( ) há 3 verbos.

Portanto, no período I, há apenas uma oração e no II, duas orações.

Oração – organiza-se em torno de um verbo ou de uma locução verbal, podendo
ou não ter sentido completo.

De acordo com o número de orações, o período classifica-se em:

Período         simples ‐ possui apenas uma oração (um verbo ou uma locução verbal)
Período                      composto ‐ possui duas ou mais orações (dois ou mais verbos)

Como não serve?”
1 frase com verbo
1 oração (1 verbo)
1 período simples

“No ano passado você tinha 14 ano, este ano tem 15.”
1 frase com verbo
2 orações (2 verbos)
1 período composto






Complete o quadro com frases do texto “Pai não entende nada”.

Tipos de frase
Frases do texto
Pontuação final
Declarativa afirmativa


Declarativa negativa


Interrogativa


Exclamativa


Imperativa



Relacione as colunas.
( a ) Saia agora mesmo!                                                 ( ) declarativa afirmativa
( b ) Você quer ir ao teatro?                                            ( ) declarativa negativa
( c ) Não poderei acompanhá-lo.                                    ( ) exclamativa
( d ) Como estou satisfeito com o meu presente!           ( ) interrogativa negativa
( e ) Gosto muito de vocês.                                             ( ) interrogativa
( f ) Você não participou da gincana?                              ( ) imperativa

Escreva nos parênteses PS para período simples e PC para período composto. Observe os
verbos e as locuções verbais destacados.
( ) O carro velho do vovô subia lentamente a ladeira íngreme.
( ) Não consegui montar o quebra-cabeça, pois faltavam peças.
( ) O guia da excursão explicava com detalhes as atrações turísticas, para que todos aproveitassem bem a viagem.
( ) Os novos celulares oferecem aos consumidores muitas vantagens.


Leia o texto com a entonação que julgar adequada.
O que me diz...
Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que
tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror!
Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão!
Que vida! Que coisa! Que talento! Que alívio! Que nada... [...]
Que fazer senão ir na onda? Lá isso... Quer dizer. Pois não. É mesmo. Nem por isso. Depende.
É possível. Antes isso. É claro. É lógico. É óbvio. É de lascar. Essa não! E daí? Sai
dessa. [...]
Carlos Drummond de Andrade.

Faça o que se pede:
a) Quantas frases nominais há no texto? Copie duas.
___________________________________________________________________________
b) Retire todas as frases verbais.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Das frases verbais, só uma constitui período composto. Copie-a e explique.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d) Pense em seu dia-a-dia e responda: qual tipo de frase faz com que o texto se torne mais
ágil, mais direto?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e) Portanto, em sua opinião, foi ocasional ou intencional a escolha por esse tipo de frase? Por que elas foram empregadas?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
f) O título do texto está adequado ao emprego desse tipo de frase? Por quê?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Responda:
a) Ao construir esse trecho do texto, o autor utilizou maior quantidade de:
( ) frases nominais ( ) frases verbais
b) Em sua opinião, o que sugere o uso desse tipo de frase? Que efeito causa no leitor?
_______________________________________________________________________-


LEIA:














a) Copie as orações desse período e sublinhe os verbos.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
b) Os verbos mantiveram-se em uma mesma oração? Explique.
___________________________________________________________________________

Leia a notícia.
Boa notícia
       A comunidade de pandas cresce na China graças a um programa de reprodução em cativeiro. O Japão também vem mostrando resultados para salvar esses animais da extinção. Em dezembro, Mei-Mei, uma panda de 7 anos do zoológico de Shirahama, deu o à luz Yuhin, de 17 centímetros e 190 gramas. Com o filhote, agora são sete pandas vivendo sob proteção no Japão.
São Paulo, O Globo

Agora sublinhe os verbos das frases retiradas do texto e complete o quadro adequadamente.
“A comunidade de pandas cresce na China graças a um programa de reprodução em cativeiro”

Pergunta
sim
Não
Justificativa..................................................................
É frase?



É período?



É oração



É período simples



É período composto?




“Com o filhote, agora são sete pandas vivendo sob proteção no Japão.”


Pergunta
sim
Não
Justificativa..................................................................
É frase?



É período?



É oração



É período simples



É período composto?





Sem repetir as frases do quadro (exercício 13), copie do texto Boa notícia:
a) um período simples e sublinhe o verbo (ou locução verbal).
________________________________________________________________________
b) um período composto e sublinhe os verbos (ou locuções verbais).
__________________________________________________________________________

Agora, copie cada oração do período composto, selecionado no item b , e sublinhe o verbo ou a locução verbal de cada uma.
__________________________________________________________________________

1. Leia:

Sociedade

O homem disse para o amigo:
— Breve irei a tua casa
e levarei minha mulher.

O amigo enfeitou a casa
e quando o homem chegou com a mulher,
soltou uma dúzia de foguetes.

O homem comeu e bebeu.
A mulher bebeu e cantou.
Os dois dançaram.
O amigo estava muito satisfeito.

Quando foi hora de sair,
o amigo disse para o homem:
— Breve irei a tua casa.
E apertou a mão dos dois.

No caminho o homem resmunga:
— Ora essa, era o que faltava.
E a mulher ajunta: — Que idiota.

— A casa é um ninho de pulgas.
— Reparaste o bife queimado?
O piano ruim e a comida pouca.

E todas as quintas-feiras
eles voltam à casa do amigo
que ainda não pôde retribuir a visita.

Carlos Drummond de Andrade,

Agora faça o que se pede.

a) As frases “— Que idiota!” e “O piano ruim e a comida pouca” são:
( ) frases nominais ( ) frases verbais

b) As frases acima podem ser orações?
( ) sim. ( ) não

c) Justifique sua resposta.
__________________________________________________________________

2. Responda:
a) A frase verbal “— Breve irei a tua casa / e levarei minha mulher.” é um:
( ) período simples ( ) período composto

b) A frase verbal acima possui:
( ) uma oração ( ) duas orações ( ) três orações




sábado, 27 de maio de 2017

PROVA BRASIL ES-PAEBES 8 QUESTÕES COM GABARITO E DESCRITORES

       Muito antes do celular

        Basta olhar com um pouquinho de atenção para o mundo à nossa volta e fica fácil perceber: as tecnologias de comunicação estão cada vez mais presentes em nossas vidas.
Telefones celulares com mil e uma funções, internet rápida, tablets, conexão sem fio...
Enviar e receber informações é o que está por trás de todas essas invenções.
      Cerca de 400 anos atrás, para uma mensagem sair de um lugar e chegar a outro, ela precisava ser escrita em um papel, que era transportado por um mensageiro do lugar onde a coisa aconteceu até o lugar onde estava a pessoa que seria informada sobre aquilo.
       Uma das maiores invenções humanas, o sistema de correios – surgido na Inglaterra
no final do século 17 – permitiu dividir os custos de todas as mensagens trocadas, pois o mesmo mensageiro podia entregar vários bilhetes. [...]
     No mesmo século, a invenção dos jornais tornou possível receber informações sobre muitas coisas diferentes, que haviam acontecido em lugares diversos. Todas eram transmitidas ao mesmo tempo, graças a uma central (o jornal) que recebia cartas de correspondentes em diversos lugares, o tempo todo.
     Só que, apesar desses dois grandes avanços na forma como as informações podiam ser compartilhadas, as mensagens ainda dependiam da velocidade dos meios de transporte para chegar ao seu destinatário, fosse uma pessoa ou um jornal.
       A saída inovadora e revolucionária para esse problema foi a invenção da telegrafi a (tele quer dizer “a distância”, e grafi a signifi ca “escrita”). Foram elaborados sistemas de semáforos em que letras são formadas por bandeirolas dispostas de maneiras específi cas. [...]
      A partir do final do século 18, na França, foram instaladas “linhas” de semáforos, capazes de transmitir mensagens ao longo de centenas de quilômetros. [...] Já em meados do século
19, a descoberta da indução eletromagnética permitiu ligar dois pontos muito distantes por um fio condutor de eletricidade, dando origem à telegrafi a por fi o. [...]
      Com o desenvolvimento desta tecnologia, foi possível deitar cabos no leito dos oceanos, conectando todo o mundo através do telégrafo. E esse foi o ponto de partida para o surgimento de meios de comunicação como telefone, rádio e TV. [...]

Qual é o assunto desse texto?
A) A evolução das tecnologias de comunicação.
B) A forma de funcionamento do telégrafo.
C) A importância das tecnologias de comunicação.
D) A invenção do sistema de correios.

   Leia o texto abaixo.

  A capital mineira tem Lourdes e Savassi, com suas ruas arborizadas, lojas de grife e cafés charmosos; a Pampulha, com obras de Oscar Niemeyer; restaurantes estrelados, que não deixam nada a desejar em relação a outras metrópoles [...]. Mas uma das melhores coisas de BH não está nos lugares. E sim nos moradores, que, com sua simpatia e o jeitim devagarim de falar, fazem questão de manter o clima de cidade do interior.

Nesse texto, a expressão “jeitim devagarim” foi utilizada para
A) destacar a passagem do tempo na capital mineira.
B) fazer uma crítica à linguagem formal.
C) ironizar as características das pessoas de BH.
D) representar a forma de falar dos mineiros.

       Do bonde ao automóvel

     Depois das primeiras locomotivas, veio o bonde, um veículo elétrico muito usado para o transporte público. No Brasil, o bonde foi muito comum nas principais cidades. Hoje, poucos ainda funcionam. O mais charmoso deles é o que vai até o alto do bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. É um passeio superlegal, experimente!
     Em 1863, surgiu o metrô. Foi uma revolução e tanto. Afinal, os vagões do metrô andavam por baixo da terra! Hoje, nas grandes cidades, o metrô é a melhor forma de transporte, porque não polui o ar e com ele você fica longe dos terríveis congestionamentos de trânsito.
      Mas, em matéria de transporte, o grande passo mesmo foi dado pelo alemão Karl Benz, que inventou o carro, em 1885. Mas era tão caro, tão caro, que só em 1908 as pessoas puderam começar a comprá-lo.

Nesse texto, a frase que apresenta uma opinião é:
A) “Depois das primeiras locomotivas, veio o bonde,...”. ( . 1)
B) “... o bonde foi muito comum nas principais cidades.”. ( . 2)
C) “É um passeio superlegal,...”. ( . 4)
D) “Em 1863, surgiu o metrô.”. ( . 5)


       Escolas americanas atrasam aula para manter jovem ligado

      Jilly dos Santos bem que tentava chegar à escola no horário. Programava o alarme de seu telefone para tocar três vezes sucessivas. Deixava de tomar o café da manhã.
      Maquiava-se às pressas já no carro, dirigido por seu pai irritado. Mas poucas vezes no ano passado conseguiu chegar ao seu colégio, o Rock Bridge High School, em Columbia, Missouri, antes do primeiro sinal, às 7h50.
      Então ela soube que as aulas iam começar ainda mais cedo, às 7h20. “Pensei: ‘Se isso acontecer, eu morro’”, lembrou a estudante de 17 anos. [...] Foi quando a adolescente com déficit de sono virou ativista do sono, decidida a convencer o conselho de ensino de uma verdade que conhecia desde o íntimo de seu corpo cansado: adolescentes são movidos por seu próprio desenvolvimento físico a se deitar tarde e acordar tarde.
      O movimento iniciado há quase 20 anos para fazer as aulas do ensino secundário começarem mais tarde vem ganhando força em comunidades como Columbia. Centenas  de escolas em todo o país vêm cedendo ao acúmulo de evidências dadas por pesquisas sobre o relógio biológico adolescente. [...]
      Novas evidências sugerem que o adiamento do início das aulas traz benefícios.
Pesquisadores na Universidade do Minnesota estudaram oito colégios em três Estados antes e depois da mudança.
     Resultados indicam que quanto mais tarde as aulas começam, melhor é o desempenho dos alunos em vários quesitos, incluindo saúde mental, índices de acidentes de carro, frequência escolar e, em alguns casos, aproveitamento e notas em provas padronizadas.
      Quando o cérebro se desenvolve e a atividade hormonal aumenta, adolescentes que dormem oito horas diárias regularmente podem aprender melhor e têm menos chances de se atrasar, envolver-se em brigas ou sofrer lesões esportivas. Dormir bem também pode moderar sua tendência a tomar decisões de modo impulsivo ou arriscado.
      Durante a puberdade, a melatonina, o hormônio “do sono”, é liberada mais tarde nos adolescentes, razão pela qual eles só sentem sono por volta das 23h. A sonolência pode ser adiada ainda mais pela luz azul estimulante dos aparelhos eletrônicos, que engana o cérebro, levando-o a continuar desperto, como que com a luz do dia, atrasando a liberação da melatonina e o adormecimento. O estudo do Minnesota observou que 88% dos alunos levavam seu celular para o quarto.
     Resistentes à mudança, muitos pais e alguns estudantes dizem que ela faz os treinos esportivos terminarem tarde, prejudica empregos de alunos que trabalham e reduz o tempo de que dispõem para fazer lição de casa. A resistência se deve, dizem estudiosos, ao ceticismo quanto ao caráter essencial do sono.

Sobre o sono dos adolescentes, o autor desse texto afi rma que
A) as escolas americanas atenderam às reivindicações de Jilly dos Santos.
B) as luzes dos aparelhos eletrônicos ajudam os adolescentes a dormir mais.
C) os adolescentes das escolas americanas se tornaram ativistas do sono.
D) os alunos têm melhor rendimento escolar quando acordam mais tarde.

       Sandy Island – a ilha que não existia e como ela foi parar no Google Earth

      No Google Earth, um ponto preto indicava a presença de uma ilha, no sul do Oceano Pacífico. Contudo, quando um grupo de pesquisadores australianos resolveu ir até lá, só encontrou água. O mistério de Sandy Island começou em 1876 e tem enganado navegadores até hoje. Mas como uma mentira dessas foi parar no sistema de mapas do Google?
      Um navio baleeiro chamado Velocity foi o primeiro a identificar a ilha, em 1876, conforme conta o Live Science. Ela então fez parte dos mapas da Marinha Inglesa, a partir de 1908, sendo incluída no banco de dados da World Vector Shoreline, sistema desenvolvido pela Marinha norte-americana e uma das bases do Google Maps. O problema é que Sandy
Island nunca existiu.
      Especula-se que o Velocity tenha visto não uma ilha, mas uma área de pedra-pome, uma rocha flutuante, de baixa densidade, formada por lava resfriada – o que é bastante provável, dada a existência de diversos vulcões na região. Assim, por um erro bobo, a falsa existência de Sandy Island foi perpetuada nos sistemas digitais, sendo uma das maiores farsas de todos os tempos.

A informação principal desse texto está presente no trecho:
A) “... um grupo de pesquisadores australianos resolveu ir até lá,...”. (ℓ. 2-3)
B) “Um navio baleeiro chamado Velocity foi o primeiro a identificar a ilha,...”. (ℓ. 6)
C) “O problema é que Sandy Island nunca existiu.”. (ℓ. 9-10)
D) “... uma rocha flutuante [...] formada por lava resfriada...”. (ℓ. 12)


       Por que tanta pressa?

      A primeira palavra que me vem em mente quando penso na vida moderna é dispersão.
      Existe uma competição constante pela nossa atenção entre os produtores de novas tecnologias, de comida, de roupas; há uma necessidade crescente de estarmos “ligados” com o que está acontecendo, e já não basta rádio e televisão; tem que ser pelo Facebook, pelo Twitter, pelo Google Plus e um bando de outras redes sociais. [...] Se esquecemos nosso celular em casa, é como se tivéssemos perdido um dedo ou outra parte do corpo. [...]. [...]   Sei que isso está parecendo papo de velho, atravancado com os avanços tecnológicos.
Mas não é nada disso; eu mesmo tenho todos os brinquedos tecnológicos que existem e os uso como todo mundo, com muito prazer. [...]
       Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais rápido. Essa é uma percepção psicológica da passagem do tempo, que nada tem a ver com a passagem física do tempo. A duração do dia muda muito lentamente, e muda no sentido inverso, aumentando e não diminuindo, devido à fricção gravitacional das marés causadas pela atração entre Terra, Lua e Sol. O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos, porque cada vez temos menos controle sobre ele. O ócio1  é algo [...] quase que pecaminoso [...].
       Olhar para o céu é algo que raramente fazemos, especialmente nas grandes cidades. [...]
Para resgatarmos nosso controle sobre o tempo, é necessário retornarmos à natureza, criarmos espaço para a contemplação das formas de vida, das árvores, das fl ores e animais; [...]

A ideia defendida pelo autor desse texto está relacionada à
A) ausência da natureza no ambiente urbano.
B) criação de espaços para observação da natureza.
C) competição entre produtores de tecnologias.
D) velocidade da passagem do tempo.


     É verdade que o açaí é uma das frutas mais calóricas que existem?

      Não é, não. Só para comparar, 100 gramas da fruta têm em média 65 calorias. É o mesmo que 100 gramas de manga ou de maçã, e bem menos que 100 gramas de banana (105 calorias), de abacate (162 calorias) ou do supercalórico tamarindo (230 calorias). Mas de onde vem a má fama do açaí? “O que torna o açaí consumido nas lanchonetes bastante calórico é a adição de outros ingredientes no preparo da polpa, como açúcar e xarope de guaraná”, explica o químico Hervé Rogez, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e autor do livro Sabor Açaí.
      O famoso açaí “na tigela”, popular na região Sudeste, é preparado justamente com essa polpa turbinada. E com uma agravante: muitas vezes, o açaí vem acompanhado de outras delícias, como banana e granola, que aumentam muito o total de calorias [...]. Mas não entre na neura de ficar contando calorias que nem louco. Vale a pena comer açaí de vez em quando, porque ele é supernutritivo. “Primeiro, o açaí tem ação antioxidante – ele é tão bom quanto o vinho para retardar o envelhecimento. Segundo, sua gordura é saudável, semelhante à do azeite de oliva, e faz bem ao sistema cardiovascular”, afirma a nutricionista
Cynthia Antonaccio [...]. Sem contar que a fruta é rica em fibras, manganês, cobre, cálcio, magnésio, proteínas e potássio.
       Uma última curiosidade sobre a fruta é que seu modo de consumo no Norte e Nordeste do país é bem diferente. Nessas regiões, suco de açaí é misturado à farinha de mandioca ou tapioca. O produto final é um mingau meio doce, que os nortistas adoram comer com peixe frito.

O termo em destaque no trecho “... não entre na neura...” (ℓ. 10-11) significa
A) algo que incomoda.
B) ideia fixa.
C) limitação.
D) mania de perseguição.




Mãe

De patins, de bicicleta,
de carro, moto, avião
nas asas da borboleta
e nos olhos do gavião
de barco, de velocípedes
a cavalo num trovão
nas cores do arco-íris
no rugido de um leão
na graça de um golfinho
e no germinar de um grão
teu nome eu trago, mãe,
na palma da minha mão

Pré-história

Mamãe vestida de rendas.
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém:
Cai no álbum de retratos.

Esses dois textos tratam
A) da lembrança das brincadeiras de criança.
B) da presença da mãe em todos os lugares.
C) do sentimento de perda do filho.
D) do sentimento do eu lírico com sua mãe

DESCRITORES E GABARITO
1.D6-A
2.D18-D
3.D14-C
4.D4-D
5.D9-C
6.D7-D
7.D3-B

8.D20-D

PROVA BRASIL 10 QUESTÕES GABARITO E DESCRITOERES 7º ANO AM-SADEM 2015

O Diário de Anne Frank
      Domingo, 14 de junho de 1942

       Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)  meu aniversário. Mas não me deixam levantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfregando-se em minhas pernas.
      Pouco depois das sete horas, fui ver papai e mamãe e, depois, fui à sala abrir meus
 resentes, e você foi o primeiro que vi, talvez um dos meus melhores presentes. [...] De papai e mamãe ganhei uma blusa azul, um jogo, uma garrafa de suco de uva [...] e uma carta da vó, que chegou na hora certa, mas, claro, isso foi só uma coincidência. [...]

1.De acordo com esse texto, a menina acordou cedo porque
A) a avó mandou uma carta.
B) a gata se esfregou na perna dela.
C) era o dia do aniversário dela.
D) foi comprar presente com os pais.

Máquinas voadoras
      O ser humano sempre admirou a capacidade de voo dos pássaros. Ao longo da história, há vários registros de tentativas de voo, sempre frustradas, mas que deixaram clara a busca do homem pela conquista dos ares. É até engraçado imaginar como eram essas tentativas, imagine só: usar um par de asas feitas de madeira e penas, imitando as asas dos pássaros que eram colocadas nos braços e a ideia é que se movimentassem como asas. Agora pode mesmo parecer engraçado, mas eles levavam muito a sério!
      O fato é que quem primeiro pensou em algum instrumento mais viável para voar, através de um estudo científico, foi Leonardo da Vinci, que criou um protótipo de avião no século XV.
     Outro fato marcante para a história da aviação foi a invenção dos planadores, por Otto
Lilienthal. [...]
      Entre essas máquinas voadoras maravilhosas, não podemos nos esquecer dos balões, que viraram “febre” em 1783, ano da primeira ascensão de um balão tripulado. O problema que logo ficou evidente é que não havia como controlá-los, e nem sempre eles desciam onde as pessoas queriam.
      Este problema foi solucionado somente cem anos depois, em 1898, quando o brasileiro
Alberto Santos Dumont construiu o primeiro balão semirrígido, chamado de dirigível. Tinha forma de charuto e seu motor era movido à gasolina. Os dirigíveis foram usados para fi ns comerciais por algum tempo, até que um de seus modelos mais famosos, o Zeppelin, pegou fogo ao pousar em um aeródromo dos EUA. Finalmente, o parente mais próximo do avião que conhecemos hoje foi aos ares pela primeira vez em 1906: era o 14 Bis, também criado por Santos Dumont. [...]

2. De acordo com esse texto, Leonardo Da Vinci criou
A) o parente mais próximo do avião.
B) o protótipo de um avião.
C) os balões.
D) os planadores.

       A estranha passageira
      – O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de voo – e riu nervosinha, coitada.
      Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. [...]
      Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente. [...] Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive que realizar essa operação [...].
     Afinal estava ali pronta pra viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. [...] Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos para todos os lados.
      O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:
      – Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?
      Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.
     Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.
     Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janela para ver a paisagem) e gritou:
     – Puxa vida!!!!!
     Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:
    – Olha lá embaixo.
    Eu olhei. E ela acrescentou:
    – Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o pessoal lá embaixo até parece formiga.
    Suspirei e lasquei:
    – Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou voo

3. Em relação à experiência de viajar de avião pela primeira vez, a mulher estava
A) assustada.
B) desanimada.
C) insatisfeita.
D) irritada

      A forma mais usada no mundo é o “hahaha”, que simula o som produzido pela risada. Suas variações, como o “hehehe”, também são bastante disseminadas. Isso não impede que alguns países tenham sua própria versão, como jajaja (nações de língua espanhola), (Grécia) e wakaka (Indonésia), dependendo de como pronunciam o som de “R”. Em alguns lugares, é importante que a risada seja precedida de uma ou duas outras letras: “ahaha” na Itália, [...] por exemplo. Países de língua inglesa também usam o LOL, que significa “laughing out loud” (“rindo alto”). A sigla foi utilizada pela primeira vez nos anos 80.

4. Qual é o assunto desse texto?
A) Como a risada é escrita em várias línguas na internet.
B) A pronúncia do “R” na Indonésia.
C) A origem da expressão hahaha.
D) Quando as gírias virtuais foram usadas pela primeira vez.

     Você me faz um favor? Pois não!

     Outro dia, contou-me uma amiga que uma senhora norte-americana, procurando alugar apartamento em São Paulo, tinha entrado em contato telefônico com umas três ou quatro imobiliárias e que nenhuma delas quis atendê-la. Sendo inquirida sobre de onde tinha tirado essa conclusão, respondeu:
      Toda vez que telefonava e dizia: – “Vocês podem me alugar um apartamento”, a resposta era sempre a mesma: – “Pois não.” Aí, eu desisti.

5. O humor desse texto está
A) no pedido feito pela norte-americana.
B) na resposta dada pelas imobiliárias.
C) na vontade da norte-americana de alugar apartamento.
D) no entendimento da resposta pela norte-americana

      Muito antes do celular

     Basta olhar com um pouquinho de atenção para o mundo à nossa volta e fica fácil perceber: as tecnologias de comunicação estão cada vez mais presentes em nossas vidas.
     Telefones celulares com mil e uma funções, internet rápida, tablets, conexão sem fi o...      
      Enviar e receber informações é o que está por trás de todas essas invenções.
     Cerca de 400 anos atrás, para uma mensagem sair de um lugar e chegar a outro, ela precisava ser escrita em um papel, que era transportado por um mensageiro do lugar onde a coisa aconteceu até o lugar onde estava a pessoa que seria informada sobre aquilo.
      Uma das maiores invenções humanas, o sistema de correios – surgido na Inglaterra no final do século 17 – permitiu dividir os custos de todas as mensagens trocadas, pois o mesmo mensageiro podia entregar vários bilhetes. [...]
     No mesmo século, a invenção dos jornais tornou possível receber informações sobre muitas coisas diferentes, que haviam acontecido em lugares diversos. Todas eram transmitidas ao mesmo tempo, graças a uma central (o jornal) que recebia cartas de correspondentes em diversos lugares, o tempo todo.
     Só que, apesar desses dois grandes avanços na forma como as informações podiam ser compartilhadas, as mensagens ainda dependiam da velocidade dos meios de transporte para chegar ao seu destinatário, fosse uma pessoa ou um jornal.
      A saída inovadora e revolucionária para esse problema foi a invenção da telegrafia (tele quer dizer “a distância”, e grafi a signifi ca “escrita”). Foram elaborados sistemas de semáforos em que letras são formadas por bandeirolas dispostas de maneiras específi cas. [...]
     A partir do fi nal do século 18, na França, foram instaladas “linhas” de semáforos, capazes de transmitir mensagens ao longo de centenas de quilômetros. [...] Já em meados do século
19, a descoberta da indução eletromagnética permitiu ligar dois pontos muito distantes por um fi o condutor de eletricidade, dando origem à telegrafi a por fi o. [...]
      Com o desenvolvimento desta tecnologia, foi possível deitar cabos no leito dos oceanos, conectando todo o mundo através do telégrafo. E esse foi o ponto de partida para o surgimento de meios de comunicação como telefone, rádio e TV. [...]

6. Nesse texto, no trecho “... que haviam acontecido...” (ℓ. 12), o termo destacado retoma
A) coisas diferentes.
B) grandes avanços.
C) invenções humanas.
D) mensagens trocadas.


       O craque sem idade

      Quando acabou a etapa inicial do jogo Brasil x Paraguai, o placar acusava um lírico, um platônico 0 x 0. Ora, o empate é o pior resultado do mundo. [...] Acresce o seguinte: de todos os empates o mais exasperante é o de 0 x 0. [...]
     Súbito, o alto-falante do estádio se põe a anunciar as duas substituições brasileiras: entravam Zizinho e Walter. Foi uma transfiguração. Ninguém ligou para Walter, que é um craque, sim, mas sem a tradição, sem a legenda, sem a pompa de um Ziza. O nome que crepitou, que encheu, que inundou todo o espaço acústico do Maracanã foi o do comandante banguense. Imediatamente, cada torcedor tratou de enxugar, no lábio, a baba da impotência, do despeito e da frustração. O placar permanecia empacado no 0 x 0. Mas já nos sentíamos atravessados pela certeza profética da vitória. Os nossos tórax arriados encheram-se de um ar heroico, estufaram-se como nos anúncios de fortificante.
      Eis a verdade: a partir do momento em que se anunciou Zizinho, a partida estava automática e fatalmente ganha. Portanto, público, juiz, bandeirinhas e os dois times podiam ter se retirado, podiam ter ido para casa. Pois bem: veio o jogo. Ora, o primeiro tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha. Nenhum gol, nada. Mas a presença de
Zizinho, por si só, dinamizou a etapa complementar, deu-lhe caráter, deu-lhe alma, infundiu-lhe dramatismo. Por outro lado, verificamos ainda uma vez o seguinte: a bola tem um instinto clarividente e infalível que a faz encontrar e acompanhar o verdadeiro craque.
       Foi o que aconteceu: a pelota não largou Zizinho, a pelota o farejava e seguia com uma fidelidade de cadelinha ao seu dono. [...]
      No fim de certo tempo, tínhamos a ilusão de que só Zizinho jogava. Deixara de ser um espetáculo de 22 homens, mais o juiz e os bandeirinhas. Zizinho triturava os outros ou, ainda, Zizinho afundava os outros numa sombra irremediável. Eis o fato: a partida foi um show pessoal e intransferível.
     E, no entanto, a convocação do formidável jogador suscitara escrúpulos e debates acadêmicos. Tinha contra si a idade, não sei se 32, 34, 35 anos. Geralmente, o jogador de 34 anos está gagá para o futebol, está babando de velhice esportiva. Mas o caso de Zizinho mostra o seguinte: o tempo é uma convenção que não existe [...] para o craque. [...] Do mesmo modo, que importa a nós tenha Zizinho dezessete ou trezentos anos, se ele decide as partidas? Se a bola o reconhece e prefere?
No jogo Brasil x Paraguai, ele ganhou a partida antes de aparecer, antes de molhar a camisa, pelo alto-falante, no intervalo. Em último caso, poderá jogar de casa, pelo telefone.

7.No trecho “Ora, o primeiro tempo caracterizara-se por uma esterilidade bonitinha.” (ℓ. 14 15), o uso do diminutivo no termo em destaque sugere:
A) admiração.
B) deboche.
C) suavidade.
D) tamanho.

       Caixa que vira árvore
     A caixa de papelão, quem diria, também virou semente. Pelo menos é isso que pretende o cientista americano Paul Stamets que criou uma linha de embalagens que, depois de usada, se transforma em árvore. Para isso, basta enterrar a caixa no solo e regar. A germinação é garantida por meio de sementes e aditivos impregnados nas paredes da embalagem. A venda foi limitada aos EUA e ao Canadá para evitar a exportação de espécies florestais invasoras.

8. A finalidade desse texto é
A) divulgar uma campanha ambiental.
B) fazer propaganda de um produto.
C) dar uma informação.
D) ensinar uma tarefa.

     Não estresse: você tem mais tempo do que pensa

      Um novo livro ensina a usá-lo bem – sem estresse nem ansiedade Se seu dia está curto demais para tantas tarefas, há uma solução simples, embora de aplicação difícil: mude-se para Vênus. Lá, o dia dura 243 vezes a duração do dia na Terra [...]. Imagine só. Daria para trabalhar, pegar um cineminha, encontrar os amigos, cuidar do cachorro, tirar uma soneca depois do almoço [...]. Deve ser por isso que nunca se viu um venusiano reclamar de estresse. Diante das 5 832 horas do dia de Vênus, é compreensível que os terráqueos se queixem tanto de seus dias de 24 horas. Segundo a escritora americana Laura Vanderkam, porém, reclamamos de barriga cheia. Seu livro 168 hours. You have more time than you think (168 horas. Você tem mais tempo do que pensa), ainda não lançado no Brasil, tornou-se best-seller defendendo duas teses incomuns em obras sobre organização do tempo. A primeira é que somos bem menos ocupados do que imaginamos. A segunda é que a melhor maneira de aproveitar bem o tempo é não se preocupar tanto assim com ele.
     Nossa vida é tão corrida que livros sobre como administrar o tempo se tornaram um gênero à parte nos últimos anos [...]. Em geral, eles partem de uma premissa: o dia é curto para tantas tarefas. A melhor maneira de lidar com isso, segundo eles, é preenchê-lo [...].

      De forma rigorosa, cumprindo todas as tarefas de trabalho sem procrastinar e planejando o tempo restante para aproveitar cada segundo com a família [...] ou praticando esportes. [...]




9. A informação principal do Texto 1 está no trecho:
A) “Se seu dia está curto demais para tantas tarefas, há uma solução simples, embora de aplicação difícil: mude-se para Vênus.”. (ℓ. 1-2)
B) “... o dia dura 243 vezes a duração do dia na Terra...”. (ℓ. 2)
C) “... nunca se viu um venusiano reclamar de estresse.”. (ℓ. 4-5)
D) “Seu livro 168 hours [...] tornou-se best-seller defendendo duas teses incomuns em obras sobre organização do tempo. ”. (ℓ. 7-10)


       Minha gente

      Quando vim, nessa viagem, ficar uns tempos na fazenda do meu tio Emílio, não era a primeira vez. Já sabia que das moitas de beira de estrada trafegam para a roupa da gente umas bolas de centenas de carrapatinhos, de dispersão rápida, picadas mil malditas e difícil catação; que a fruta mal madura da cagaiteira, comida com sol quente, tonteia [...]; que uma cilha bem apertada poupa dissabor na caminhada; que parar à sombra da aroeirinha é ficar com o corpo empipocado de coceira vermelha; que, quando um cavalo começa a parecer mais comprido, é que o arreio está saindo para trás, com o respectivo cavaleiro; e, assim, longe outras coisas. Mas muitas mais outras eu ainda tinha que aprender. [...]

10. Nesse texto, no trecho “... trafegam para a roupa da gente...”, a palavra destacada tem o sentido de:
A) espalhar.
B) grudar.
C) subir.
D) transferir

GABARITO E DESCRITORES
1.D11-C
2.D1-B
3.D4-A
4.D6-A
5.D16-D
6.D2-A
7.D19-B
8.D12-C
9.D9-D
10.D3-D

sexta-feira, 26 de maio de 2017

PROVA BRASIL SEAPE2016 10 QUESTÕES PORTUGUÊS GABARITO E DESCRITORES






1. Esse texto mostra
A) a pesca em áreas proibidas.
B) as consequências da falta de chuva.
C) o problema da poluição dos rios.
D) os hábitos de pescadores profissionais.

Por que micro-organismos são importantes para as plantas?

       Plantas e micro-organismos têm tudo a ver. Prova disso é a relação entre a ação das bactérias e o desenvolvimento dos vegetais. Preste atenção... Para se desenvolver, as plantas necessitam de alguns elementos químicos, como o nitrogênio. O nitrogênio é um gás que os vegetais não conseguem captar sozinhos. As bactérias, por sua vez, captam o nitrogênio do ar, o fixam no solo, tornando-o acessível às raízes das plantas.
       A bactéria Azospirillum brasilense é um desses micro-organismos que é bom para as plantas. Ela fica na rizosfera, a região do solo próxima da raiz dos vegetais, onde a atividade das bactérias é intensa. Por que há muitas bactérias ali? Porque as raízes fornecem açúcares, aminoácidos, hormônios e vitaminas – substâncias que alimentam esses micro-organismos.
      Enquanto se nutre, a Azospirullium brasilense fixa o nitrogênio ainda mais: produz hormônios, substância que ajuda no crescimento das plantas.

2. De acordo com esse texto, o nitrogênio é um
A) aminoácido.
B) gás.
C) micro-organismo.

D) vegetal.




3.Nesse texto, no trecho “Encaixe a travessa (5) no varal...”, a palavra “encaixe” foi usada para
A) dar uma orientação.
B) fazer um convite.
C) indicar um desejo.
D) marcar uma ordem.










4.O humor desse texto está no fato de a personagem
A) esperar passar o Natal para apresentar uma dúvida.
B) gostar de falar sozinha.
C) preocupar-se com o presente de Natal um ano antes.
D) ter dificuldade para dormir.

Árvores de livros
      Fim de férias em Paraty. Viemos com a família inteira para a Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty. A avó estava interessada nas mesas da tenda dos autores, mas nós viajamos ansiosos para ver as árvores de livros. Explico: Na praça da Matriz, existe uma porção de árvores de sombra gostosa e larga, onde o pessoal da Flipinha, a parte infantil da festa, resolveu pendurar nos galhos vários livros para quem quisesse ler. Embaixo de cada uma das árvores, tinha um tapetão para deitar, ler ou ouvir histórias.
      Se existe uma situação ideal nessa vida para a leitura, é essa aí que eu descrevi acima.
Escolhemos uma árvore de acordo com a proporção de sol para sombra, um livro (pegamos“O Saci”, do Monteiro Lobato) e nos jogamos.
      Ao longo de dois dias, li “O Saci” inteiro para o Benjamim. Começávamos de manhã.
Pausa para o sorvete. Voltávamos para a mesma árvore. Depois do almoço, rolava uma mudança de árvore estratégica, para pegar o melhor sol.
       Confesso que dava um sono danado. Embora aquele lugar fosse perfeito para tirar uma soneca, os mediadores não deixavam – se deixassem, é capaz que todos os marmanjos da cidade se aboletassem por ali.
      No fim do dia, começava a esfriar, então voltávamos para casa. Acabou que nem acompanhamos a programação oficial da Flip. Ficamos ali na praça mesmo, lendo e aproveitando o sol. Acho que, de todos os anos, essa foi a nossa melhor Flipinha!

5.Nesse texto, no trecho “... e nos jogamos.” (ℓ. 10), o termo em destaque significa
A) divertir-se.
B) ir em busca de algo.
C) prestar atenção em algo.
D) treinar.

Uma vida melhor que a encomenda

[...] Domingo passado, comentei sobre o documentário Eu Maior, em que Rubem
Alves também participou [...]. Entre outras coisas, ele contou que certa vez um garoto se aproximou dele para perguntar como havia planejado sua vida para chegar onde chegou, qual foi a fórmula do sucesso. Rubem Alves respondeu que chegou onde chegou porque tudo que havia planejado deu errado.
       Planejar serve para colocar a pessoa em movimento. Se não houver um objetivo, um desejo qualquer, ela acabará esperando sentada que alguma grande oportunidade caia do céu, possivelmente por merecimento cósmico.
     É preciso querer alguma coisa – já alcançar é facultativo, explico por quê.
     Uma vez determinado o rumo a seguir, entra a melhor parte: abrir-se para os acidentes de percurso. Você que sonha em ser um Rubem Alves, é possível que já tenha começado a escrever num blog (parabéns, pôs-se em ação). No entanto, esses escritos podem conduzi-lo a um caminho que não estava nos planos. Dependendo do conteúdo, seus posts podem levá-lo a um convite para lecionar no interior, [...] a estagiar com um tio engenheiro, a fazer doce pra fora, a pegar a estrada com um amigo e acabar na Costa
      Rica, onde conhecerá a mulher da sua vida e com ela abrirá uma pousada, transformando-se num empresário do ramo da hotelaria.
     Não é assim que as coisas acontecem, emendando uma circunstância na outra?
     A vida está repleta de exemplos de arquiteta que virou estilista, [...] estudante de Letras que virou maquiadora, publicitário que virou chef de cozinha, professor que virou dono de pet shop, economista que virou fotógrafo. Tem até gente que almejava ser economista, virou economista, fez uma bela carreira como economista e morreu economista. A vida é surpreendente.
      Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos, João Ubaldo também se formou em Direito, mas nem chegou a exercer o ofício, e Rubem Alves teve até restaurante. Tudo que dá errado pode dar muito certo. A vida joga os dados, dá as cartas, gira a roleta: a nós, cabe apenas continuar apostando.

6. Nesse texto, o trecho que marca uma opinião é:
A) “Domingo passado, comentei sobre o documentário...”. (ℓ. 1)
B) “Você que sonha em ser...”. (ℓ. 11)
C) “A vida é surpreendente.”. (ℓ. 22-23)
D) “Ariano Suassuna largou a advocacia aos 27 anos,...”. (ℓ. 24)

Insetos no cardápio

Você colocaria esses bichos no seu prato?

       Mosca, barata, gafanhoto, abelha, besouro… Todos esses animais têm algo em comum: são insetos. [...] O que muita gente nem desconfia é que eles podem servir de alimento e são considerados deliciosos quitutes em vários países.
      Não acredita? Pois saiba que até em algumas regiões do Brasil muitas pessoas comem insetos. Portanto, troque a expressão de nojo pela de curiosidade e embarque nessa leitura que deixaria muita gente pelo mundo com água na boca!
      O uso de insetos como alimento pelo ser humano é um hábito antigo: na pré-história, já havia pessoas que se alimentavam desses animais. Comer insetos, porém, não é algo que todo mundo faz. Para certas culturas, como a de alguns países das Américas e da Europa, comer insetos é visto como uma prática “primitiva” [...].
       Além disso, há a ideia de que esses animais sejam nocivos, nojentos e transmissores de doenças. Assim, as pessoas tendem a menosprezá-los. Hoje em dia, porém, os insetos são consumidos em cerca de 120 países, dos cinco continentes. [...].
        Das centenas de milhares de espécies de insetos já catalogadas pelos cientistas, mais de 1 200 são utilizadas como alimento por cerca de três mil povos do planeta. Esses animais são consumidos nos mais diferentes estágios de desenvolvimento: de algumas espécies, são comidos os ovos; de outras, as larvas; de outras, o inseto adulto.
       Mas o que os insetos têm de tão especial para que alguém queira comê-los? Quando olhamos um gafanhoto, ele não parece muito apetitoso. Porém, insetos como ele têm mais proteína do que animais como o boi e a galinha. Para você ter uma ideia, 100 gramas de formigas, por exemplo, têm o dobro de proteína de 100 gramas de carne de peixe, frango ou boi. E a proteína é indispensável na alimentação humana!
      Pesquisas indicam também que os insetos oferecem ao nosso corpo a energia necessária para fazer as mais diversas tarefas. Cem gramas de cupins, por exemplo, fornecem 561 calorias, quando um ser humano precisa de cerca de 2 000 calorias diárias para viver. O tipo de gordura presente nos insetos também faz bem à saúde.
     Mas é bom deixar claro: nem todas as espécies de insetos são apropriadas para o consumo humano. Várias devem ser evitadas, pois trazem em seu corpo toxinas que extraem das plantas ou que produzem por si só

7. Nesse texto, no trecho “Não acredita?” (ℓ. 4), o ponto de interrogação foi usado para
A) apresentar uma dúvida do autor do texto.
B) destacar um deboche.
C) direcionar um questionamento ao leitor.
D) reforçar um argumento.

Biblioteca Britânica e o Google vão digitalizar 250 mil livros de acervo

       A Biblioteca Britânica e o Google anunciaram nesta semana uma parceria para digitalizar 250 mil livros do acervo da biblioteca. Os artigos que serão digitalizados não possuem restrições relativas a direitos autorais. Os títulos abrangem um total de 40 milhões de páginas datadas de 1700 a 1870. Entre os primeiros itens a serem digitalizados estão panfletos feministas a respeito da rainha Maria Antonieta, de 1791, um documento sobre o primeiro submarino movido por um motor de combustão, de 1858, e um texto que oferece um relato detalhado de um hipopótamo empalhado do príncipe de Orange, de 1775. Uma vez digitalizados, os textos poderão ser consultados na íntegra, baixados e lidos por meio do programa Google Books.

8. A linguagem usada nesse texto é
A) científica.
B) formal.
C) jurídica.
D) literária.

Borboletas enfrentam problema na cidade

      As cidades são lugares cinzentos, barulhentos e poluídos. Mas elas também têm seus encantos. Um dos mais coloridos animais, as borboletas, alegram os ares das cidades, voando e fazendo malabarismos. Apesar de viverem melhor em ambientes naturais, como florestas e campos, as borboletas também são encontradas nas cidades.
      Costuma-se dizer que “onde há plantas, há borboletas”, porque, na maioria das vezes, as herbívoras aparecem em todos os lugares onde existe alimento.  Por isso, é importante que as praças, as ruas e os jardins das cidades tenham flores e árvores que, além de alegrar o homem, dão casa e comida para os animais, permitindo que convivam com a sociedade urbana.
       Apesar disso, as borboletas brasileiras enfrentam um problema nas cidades: a maior parte das plantas presentes nas ruas, usadas para arborização, é “estrangeira”, ou seja, foi trazida de outras regiões. E, em geral, essas plantas “estrangeiras” não fazem parte do cardápio natural das nossas borboletas.
      Desse modo, os melhores lugares para encontrarmos borboletas nas cidades são terrenos baldios, encostas de morros, quintais e parques com vegetação nativa brasileira.

9. No trecho “Apesar de viverem melhor em ambientes naturais, como florestas e campos,...” (ℓ. 4),
a conjunção em destaque transmite ideia de
A) concessão.
B) conclusão.
C) condição.
D) causa.

Cartas do meu avô

A tarde cai, por demais
Erma, úmida e silente...
A chuva, em gotas glaciais,
Chora monotonamente.

E enquanto anoitece, vou
Lendo sossegado e só,
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó.

Enternecido sorrio
Do fervor desses carinhos:
É que os conheci velhinhos,
Quando o fogo era já frio. [...]

10. Nos versos “A chuva, em gotas glaciais,/ Chora monotonamente.” (v. 3-4), a expressão em destaque sugere
A) arrependimento.
B) continuidade.
C) mistério.
D) solidão



GABARITO
1.D5 - C
2. D1 –B
3. D19 – A
4. D16 –C
5. D 3 – A
6. D 14 – C
7. D 17 – C
8. D 13 – B
9.  D 15 – A
10. D 03 – B