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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

CONTO A DESCOBERTA DA ESCRITA EXERCICIOS DE ESCRITA





A DESCOBERTA DA ESCRITA

        Tentava escrever e eles surgiam, levando todo o material. Confiscavam e sumiam. Sem satisfações, mas também sem recriminações. Não diziam nada, olhavam e recolham o que estava sobre a mesa.
        Tentou mudar de casa, não adiantou. Eles chegaram, apenas a caneta tocava o papel. Como se aquele toque tivesse a capacidade de emitir um sinal, perceptível somente por eles, como o infra som para um cachorro. Levaram todos os papéis. E, quando ele tentou comprar, as papelarias não venderam sema a requisição oficial. Nenhum tipo de papel, nada. Caderno, cada criança tinha direito a cotas estabelecidas. Desvio de cadernos era punido com degredo perpétuo. Rondou as padarias e descobriu que o pão era embrulhado em plásticos finos, transparentes. E, quando quis comprar um jornal, viu que as margens não eram brancas, vazias. Agora, havia nelas um chapado preto, para impedir que se escrevesse ali. Uma noite, altas horas, escreveu nas paredes. E pela manhã descobriu que eles tinham vindo e caiado sobre os escrito. Escreveu novamente. Caiaram, outra vez. Na terceira, derrubaram as paredes. Ele procurava desmontar caixas, aproveitar as áreas internas. Eles tinham pensado nisso, antes. As partes internas eram cheias de desenhos, ou com tintas escuras sobre as quais era impossível gravar alguma coisa. Experimentou panos brancos, algodão cru, cores leves como o amarelo, o azul claro. Eles também tinham pensado. As tintas manchavam o pano, borravam, as letras se confundiam.
        Eles não proibiam, prendiam ou censuravam. Pacientemente, vigiavam. Controlavam. Dia a dia, minuto, segundos Impediam que ele escrevesse. Sem dizer nada, simplesmente tomando: objetos, lápis, canetas, cotos de carvão, pincéis, estiletes de madeira, o que ele inventasse.
        Dois, cinco, doze anos se passaram. Ele experimentou fabricar papel, clandestinamente, em porões e barracos escondidos no campo. Eles descobriram, arrebentavam as máquinas, destruíam as matérias-primas.
        Ele tentou tudo: vidros, madeira, borracha, metais. Percebia, com o passar do tempo, que eles não eram os mesmos. Iam mudando, se revezando. Constantes, sempre incansáveis, silenciosos.
        Deixou o tempo correr. Fez que tinha desistido. Só pensava, escrevia dentro da própria cabeça tudo o que tinha. Esperou dois anos, cinco, doze. Quando achou que tinha sido esquecido, colocou o material num carro.
        Tomou estradas para o norte, regiões menos povoadas. Cruzou pantanais, sertões, desertos, montanhas. Calor, frio, umidade. Encontrou uma planície imensa, a perder de vista. Onde só havia pedras. Ficou ali. Com martelo e cinzel, começou a escrever. Gravando bem fundo nas pedras imensas os sinais. Ali podia trabalhar, sem parar.
        E o cinzel formava, lentamente, ás, bês, cês, dês, pês. Traços. Palavras, desenhos.
                       Ignácio de Loyola Brandão. O homem do furo na mão
                          & outras histórias. São Paulo: Ática, 1987. p. 29-30.
                                                                    (Série Rosa dos Ventos).

Interpretação:
1 – Ao ler o título, em que você pensou? Sua hipótese se confirmou após a leitura? Justifique o título do texto.
      Resposta pessoal do aluno. O título remete a um passado longínquo; provavelmente a expectativa dos alunos girará em torno das primeiras tentativas do homem de registrar sua fala.

2- Observe que, no primeiro período do texto, o autor refere-se a eles. O pronome pessoal é geralmente empregado no lugar de um nome que já é do conhecimento do leitor ou que será imediatamente citado. É o que ocorre nesse texto? Como você explica o emprego desse pronome?
      Não. O autor usa o pronome sem antecedente. Além de instigar o leitor (queremos, a todo custo, saber quem são eles), a indefinição do referente confere ao texto um caráter alegórico: Eles são os órgãos repressores.

3 – Como o texto é narrado em terceira pessoa, os verbos estão conjugados na terceira pessoa do singular, quando se referem às ações da personagem principal, e na terceira pessoa do plural. Estes últimos têm que tipo de sujeito? Qual a importância disso para o texto?
      Na maioria das vezes, os verbos aparecem sem o pronome, configurando um sujeito indeterminado. Esse recurso sintático faz aumentar o suspense, a curiosidade em torno do sujeito da ação.

4 – O texto apresenta uma progressão. De que maneira o autor a constrói?
      A progressão na narrativa é construída de várias maneiras: enumerando ações (e insucessos); com indicações temporais (muitos anos passaram) e com a informação de que eles iam se revezando, como passar do tempo.

5 – No trecho: “Percebia, com o passar do tempo, que eles não eram os mesmos. Iam mudando, se revezando”, como se poderia explicar esse “revezamento”? A quem, concretamente, o autor estaria se referindo com esse texto? Procure estabelecer uma relação entre esses fatos e uma determinada época histórica vivida recentemente pelo povo brasileiro.
      O autor se refere aos representantes dos órgãos repressores. Provavelmente, com a mudança do governo, os funcionários (ou censores) mudam também. O autor, alegoricamente, refere-se ao período da ditadura militar, em que se institui a censura nos meios de comunicação, da qual ele mesmo foi vítima.

6 – Como você imagina que seja “escrever dentro da própria cabeça”? Você costuma fazer isso? A quem atinge, comais intensidade, a impossibilidade de escrever?
      Resposta pessoal do aluno.

7 – Esperar dois, cinco, 12 anos, até achar que tinha sido esquecido é um ato de resistência. O que, na sua opinião, manteve na personagem a vontade de escrever? Por que ele não desistiu se não tinha forças suficientes para enfrentar seus repressores?
      Nos períodos de grande repressão política, o movimento de resistência é o que impede a morte total da cultura de um povo. Com atividades divulgadas apenas em círculos fechados, ou lutando na clandestinidade para ver chegar o dia da liberdade de um regime autoritário, os pensadores, intelectuais, artistas, mestres jamais desistem de divulgar as ideias que julgam acertadas para seu povo. Fingir que desistiram é apenas uma estratégia de preservação.

8 – O que a escrita, tão ardentemente desejada pelo personagem, estaria simbolizando no texto? Nesse sentido, o que significaria “gravar bem fundo nas pedras”?
      A escrita simboliza a liberdade de expressão. “Gravar nas pedras” simbolizaria deixar suas ideias registradas para sempre Nesse sentido, entende-se o título do texto: a descoberta da escrita foi a concretização do desejo da personagem de poder expressar-se, escrever o que pensava e sentia: ele, finalmente, descobre uma maneira de escrever.

9 – Que processo de construção de período predomina no texto? Por que o autor o escolheu?
      Predomina o processo de coordenação. A sequência quase interminável de tentativas para “furar o cerco” é reproduzida com a enumeração das várias ações da personagem.

10 – Observe a extensão dos períodos. Qual teria sida a intensão do autor ao construí-los assim?
      O autor optou por períodos curtos, nos quais reproduz a ação da personagem e a reação dos opressores, alternadamente. Há um crescimento da violência no texto (arrebentavam as máquinas), o cerco vai se fechando até que a personagem decide fingir desistência de seus planos. A partir desse momento, os períodos se tornam ainda mais curtos, revelando apenas as atitudes da personagem.

11 – Observe também como foi construído o último parágrafo do texto e faça um comentário.

      O último parágrafo revela a concretização do sonho da personagem. O autor intensifica o processo de diminuição dos períodos e encerra o texto apenas com frases nominais.

CONTO MARAVILHOSO OS DOIS PEQUENOS E A BRUXA EXERCICIOS DE ESCRITA

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unespar-paranavai_port_pdp_aidia_luiza_pereira_sabino.pdf


CONTO MARAVILHOSO

OS DOIS PEQUENOS E A BRUXA

Era uma vez uma mulher que tinha um filho e uma filha. Um dia a mãe mandou o filho buscar cinco réis de tremoços e depois disse para os dois:
- Meus dois filhinhos, até onde acharem as casquinhas de tremoços, vão andando pelo caminho afora, e em chegando ao mato lá me hão de encontrar apanhando lenha.
Os pequenos assim fizeram.
Depois da mãe sair, foram andando pelas castanhas de tremoços que ela ia deitando para o chão, mas não a encontraram.
Como já era noite, viram ao longe uma luz acesa. Foram caminhando para lá e viram uma velha a frigir bolos.
A velha era cega de um olho, e o pequeno foi pela banda do olho cego e furtou- lhe um bolo, porque estava com muita fome.
Ela, julgando que era o gato, disse:
-Sape, gato! Bula que não bula, que te importa a ti?
O pequeno disse para a irmã:
- Agora vai lá tu!
A pequena respondeu:
 - Não vou lá que eu pego- me a rir!
 O pequeno disse que ela havia de ir, e a irmã não teve mais remédio, e foi. Foi pelo lado do olho cego e tirou outro bolo.
A velha, que julgava outra vez que era o gato, disse:
- Sape, gato! Bula que não bula, que te importa a ti?
A pequena largou- se a rir.
A velha voltou- se, viu os dois pequenos e disse para eles:
_ Ai, sois vós, meus netinhos! Comei, comei para engordar.
Depois agarrou neles e meteu- os num caixão cheio de castanhas.
No outro dia chegou ao caixão e disse para eles:
- Deitai os vossos dedinhos, meus netinhos, que é para ver se estais gordinhos.
Os pequenos deitaram o rabo de um gato, que acharam dentro do caixão.
A velha disse então:
- Saí, meus netinhos, que já estão gordinhos.
Tirou- os para fora do caixão e disse- lhes para irem à linha com lenha.
Os pequenos foram para o mato por uma banda, e a velha foi por outra.
Quando chegaram a um certo lugar, encontraram uma fada.
A fada disse- lhes:
- Andais à lenha, meninos, para aquecer o forno, mas a velha quer assar- vos neles!
Depois contou que a velha havia de dizer para eles: Sentai-vos, meus netinhos, nesta pazinha, para vos ver balhar dentro do forno! E que eles lhe
haviam de dizer que se sentasse ela primeiro, para eles verem como era.
A fada foi- se embora.
Daí a pouco encontraram- se os pequenos com a velha do mato.
Apanharam a lenha toda que tinham cortado e foram para casa acender o forno.
Depois de acenderem o forno, a velha varreu- o muito bem varrido e depois
disse para eles:
- Sentai- vos, meus netinhos, nesta pazinha, para vos ver balhar dentro do forno!
Os pequenos responderam como a fada os tinha ensinado:
- Sentai- vos aqui primeiro, avozinha, nesta pazinha, para nós vos vermos balhar dentro do forno!
A velha, como queria assá-los, sentou- se na pá, e eles mal a viram sentada,
empurraram a pá para dentro do forno.
A bruxa deu um grande estouro e morreu queimada, e os pequenos ficaram
senhores da casa e de tudo quanto ela tinha.

Fonte:CONSIGLIERI, Pedroso. Contos populares portugueses. São Paulo: Landy,
2001.Coleção Tecendo Linguagens. Língua Portuguesa p. 142.

1. O conto narrado lembra outro conto. Que conto é esse?
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2. Estrutura do conto é formada por introdução, conflito, clímax e desfecho. Localize as informações abaixo.
a) Introdução.
Personagem............................................................................................
Lugar.......................................................................................................
Tempo.....................................................................................................
b) O conflito, problema que origina os outros acontecimentos.
............................................................................................................................................................................................................................................................
c) Clímax, ponto mais tenso da narrativa.
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d) Desfecho, conclusão da história.
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3. O conto maravilhoso recebe esse nome por apresentar coisas extraordinárias. O que há de fora do comum nesse conto?
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4. Descreva as personagens:
a) crianças
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b) bruxa
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5. O conto é narrado em 1º pessoa (narrador é um personagem que participa da história) ou 3º pessoa (o narrador só conta a história)?
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6. Relacione seguintes palavras balhar, frigir, tremoço com os significados abaixo:
Assar....................................
Sementes de uma determinada planta..........................................................
Fritar......................................................................




CONTO CHUVA: A ABENSONHADA EXERCICIOS DE ESCRITA



CHUVA: A ABENSONHADA

            Estou sentado junto da janela olhando a chuva que cai há três dias. Que saudade me fazia o molhado tintintinar do chuvisco. A terra perfumegante semelha a mulher em véspera de carícia. Há quantos anos não chovia assim? De tanto durar, a seca foi emudecendo a nossa miséria. O céu olhava o sucessivo falecimento da terra, e em espelho, se via morrer. A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento?
            Agora, a chuva cai, cantarosa, abençoada. O chão, esse indigente indígena, vai ganhando variedades de belezas. Estou espreitando a rua como se estivesse à janela do meu inteiro país. Enquanto, lá fora, se repletam os charcos a velha Tristereza vai arrumando o quarto. Para Tia Tristereza a chuva não é assunto de clima mas recado dos espíritos. E a velha se atribui amplos sorrisos: desta vez é que eu envergarei o fato que ela tanto me insiste. Indumentária tão exibível e eu envergando mangas e gangas. Tristereza sacode em sua cabeça a minha teimosia: haverá razoável argumento para eu me apresentar assim tão descortinado, sem me sujeitar às devidas aparências? Ela não entende.
            Enquanto alisa os lençóis, vai puxando outros assuntos. A idosa senhora não tem dúvida: a chuva está a acontecer devido das rezas, cerimónias oferecidas aos antepassados. Em todo o Moçambique a guerra está parar. Sim, agora já as chuvas podem recomeçar. Todos estes anos, os deuses nos castigaram com a seca. Os mortos, mesmo os mais veteranos, já se ressequiam lá nas profundezas. Tristereza vai escovando o casaco que eu nunca hei-de-usar e profere suas certezas: 
            – Nossa terra estava cheia do sangue. Hoje, está ser limpa, faz conta é essa roupa que lavei. Mas nem agora, desculpe o favor, nem agora o senhor dá vez a este seu fato? 
            – Mas, Tia Tristereza: não está chover de mais?
De mais? Não, a chuva não esqueceu os modos de tombar, diz a velha. E me explica: a água sabe quantos grãos tem a areia. Para cada grão ela faz uma gota. Tal igual a mãe que tricota o agasalho de um ausente filho. Para Tristereza a natureza tem seus serviços, decorridos em simples modos como os dela. As chuvadas foram no justo tempo encomendadas: os deslocados que regressam a seus lugares já encontrarão o chão molhado, conforme o gosto das sementes. A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos.
Mas dentro de mim persiste uma desconfiança: esta chuva, minha tia, não será prolongadamente demasiada? Não será que à calamidade de estio se seguirá a punição das cheias?
Tristereza olha a encharcada paisagem e me mostra outros entendimentos meteorológicos que minha sabedoria não pode tocar. Um pano sempre se reconhece pelo avesso, ela costuma me dizer. Deus fez os brancos e os pretos para, nas costas de uns e outros, poder decifrar o Homem. E apontando as nuvens gordas me confessa:
– Lá em cima, senhor, há peixes e caranguejos. Sim, bichos que sempre acompanham a água.
            E adianta: tais bichezas sempre caem durante as tempestades.
            – Não acredita, senhor? Mesmo em minha casa já caíram.
            – Sim, finjo acreditar. E quais tipos de peixes?
            Negativo: tais peixes não podem receber nenhum nome. Seriam precisas sagradas palavras e essas não cabem em nossas humanas vozes. De novo, ela lonjeia seus olhos pela janela. Lá fora continua chovendo. O céu devolve o mar que nele se havia alojado em lentas migrações de azul. Mas parece que, desta feita, o céu entende invadir a inteira terra, juntar os rios, ombro a ombro. E volto a interrogar: não serão demasiadas águas, tombando em maligna bondade? A voz de Tristereza se repete em monotonia de chuva. E ela vai murmurrindo: o senhor, desculpe a minha boca, mas parece um bicho à procura da floresta. E acrescenta:
            – A chuva está limpar a areia. Os falecidos vão ficar satisfeitos. Agora, era bom respeito o senhor usar este fato. Para condizer com a festa de Moçambique ...
            Tristereza ainda me olha, em dúvida. Depois, resignada, pendura o casaco. A roupa parece suspirar. Minha teimosia ficou suspensa num cabide. Espreito a rua, riscos molhados de tristeza vão descendo pelos vidros. Por que motivo eu tanto procuro a evasão? E por que razão a velha tia se aceita interior, toda ela vestida de casa? Talvez por pertencer mais ao mundo, Tristereza não sinta, como eu, a atracção de sair. Ela acredita que acabou o tempo de sofrer, nossa terra se está lavando do passado. Eu tenho dúvidas, preciso olhar a rua. A janela: não é onde a casa sonha ser mundo?
            A velha acabou o serviço, se despede enquanto vai fechando as portas, com lentos vagares. Entrou uma tristeza na sua alma e eu sou o culpado. Reparo como as plantas despontam lá fora. O verde fala a língua de todas as cores. A Tia já dobrou as despedidas e está a sair quando eu a chamo:
            – Tristereza, tira o meu casaco.
Ela se ilumina de espanto. Enquanto despe o cabide, a chuva vai parando. Apenas uns restantes pingos vão tombando sobre o meu casaco. Tristereza me pede: não sacuda, essa aguinha dá sorte. E de braço dado, saímos os dois pisando charcos, em descuido de meninos que sabem do mundo a alegria de um infinito brinquedo.

(COUTO, Mia. Estórias abensonhadas. 7. ed. Lisboa: Caminho, 2003, p. 57-62)

1. Descreva as personagens do conto.
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2. Qual o assunto principal sobre o qual conversam?
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3. Elas têm a mesma opinião sobre o assunto? Justifique.
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4. As personagens estão alegres devido a chuva, mas também a outro fato. Que fato é esse?
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5. Neologismo se refere a criação de novas palavras. Quais palavras do texto são neologismos?
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6. Você conhece algum neologismo?
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POR DENTRO DO TEXTO

1.   Quem são as personagens do conto? Descreva-as.

   O narrador-personagem, provavelmente jovem, bastante pensativo e reflexivo, e tia Tristereza, que é idosa e mostra-se sábia e conhecedora das crenças do seu país.

2.   Em que lugar ocorre o diálogo entre essas personagens?

 Elas estão dentro de uma casa.

3.   Descreva o assunto sobre o qual as personagens conversam. Elas concordam sobre o assunto que está sendo tratado?

As personagens conversam sobre uma festa que ocorrerá em breve e sobre a chuva. Os dois não têm a mesma opinião: ela

acredita que a chuva é um recado dos espíritos e ele não. Ela quer que ele se vista bem para ir à festa de Moçambique, mas

ele não quer usar a roupa que ela lavou e preparou.

 4.Transcreva em seu caderno apenas a alternativa que melhor exprime a opinião da personagem Tristereza sobre a chuva.

a) A chuva era um castigo dos deuses, assim como o período de estio que o povo havia enfrentado.

 b) A chuva serviria para limpar o povo de qualquer pecado e excesso que houvesse cometido durante o período de guerra.

c) A chuva estava lavando a terra do triste passado de guerra.

 

5. Releia este trecho:

A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento?

a)   A alegria que as personagens experimentam refere-se somente à chuva que cai após o período de seca?

Não. Na verdade, elas estão alegres porque a guerra está no fim.

b)   Comprove sua resposta ao item anterior com um trecho do terceiro parágrafo. Transcreva-o em  seu caderno.

“Em todo o Moçambique a guerra está parar”.

 6.  Releia este outro trecho:

A Paz tem outros governos que não passam pela vontade dos políticos.

• Em seu caderno, explique seu significado.

De acordo com o trecho, a paz não depende da vontade dos políticos, mas é influenciada por outras razões. No conto, a paz é atribuída à chegada da chuva, ou seja, à ocorrência de um fenômeno da natureza.

 TEXTO E CONSTRUÇÃO

 1.   Em sua opinião, que característica mais se destaca no texto? Por quê?

Resposta pessoal. Professor, espera-se que os alunos citem o uso criativo da linguagem e a presença de muitas palavras diferentes das que estamos acostumados.

2.Releia o título e o primeiro parágrafo do conto:

 Chuva: a abensonhada

 Estou sentado junto da janela olhando a chuva que cai há três dias. Que saudade me fazia o molhado tintintinar do chuvisco. A terra perfumegante semelha a mulher em véspera de carícia. Há quantos anos não chovia assim? De tanto durar, a seca foi emudecendo a nossa miséria. O céu olhava o sucessivo falecimento da terra, e em espelho, se via morrer. A gente se indaguava: será que ainda podemos recomeçar, será que a alegria ainda tem cabimento?

 a)   As palavras destacadas podem ser localizadas no dicionário?

 Não.

b)   Observando o contexto, é possível definir o significado de “tintintinar”. Explique qual é ele.

     Barulho intermitente do chuvisco caindo, provavelmente batendo em alguma superfície metálica.

 c)   E quanto à palavra “indaguava”, por que também é possível defini-la? Explique.

É muito próxima de outra palavra que usamos: “indagava”, que significa “perguntava/ questionava”. Professor, incentive os alunos a perceberem que há uma junção entre o termo “indagar” com a palavra “aguar”, em uma provável tentativa de se referir à água da chuva.

 d)   As palavras “abensonhada” e “perfumegante” também são criações do autor. Observe-as e indique a partir de que outras palavras foram formadas.

Abensonhada – formada por meio da junção de duas palavras:

“abençoada” e “sonhada”.

Perfumegante – formada por meio da junção de duas palavras: “perfumada” e “fumegante”.

 e)   Agora, explique o significado de “abensonhada” e “perfumegante”, no contexto em que foram utilizadas.

Abensonhada – a chuva era abençoada e sonhada (desejada) porque o período de seca fora muito longo.

Perfumegante – a terra seca e quente da estiagem, ao ser molhada pela chuva, libera um vapor como o odor agradável de um perfume.

3. No texto de Mia Couto, há outras palavras formadas pela junção de termos existentes, como: “cantarosa”, “Tristereza” e “murmurrindo”. Explique como se deu a formação nesses exemplos.

Cantarosa – chuva que “canta” e que é “maravilhosa”, “gostosa” etc.

Tristereza – fusão de “triste” com “Tereza”, provavelmente definindo uma característica marcante da personagem.

Murmurrindo – rindo em murmúrio, rindo e falando

CONTO O VAGABUNDO NA ESPLANADA 9º ANO TECENDO P.16


"O Vagabundo na Esplanada."


       A surpresa, de mistura com um indefinido receio e o imediato desejo de mais acautelada perspectiva de observação, levava os transeuntes a afastarem-se de esguelha para os lados do passeio.
        Pela clareira que se abria, o vagabundo, de mãos nos bolsos das calças, vinha, despreocupadamente, avenida abaixo.
       Cerca de cinquenta anos, atarracado, magro, tudo nele era limpo, mas velho e cheio de remendos. Sobre a esburacada camisola interior, o casaco, puído nos cotovelos e demasiado grande, caía-lhe dos ombros em largas pregas, que ondulavam atrás das costas ao ritmo lento da passada. Desfiadas nos joelhos, muito curtas, as calças deixavam à mostra as canelas, nuas, finas de osso e nervo, saídas como duas ripas dos sapatos cambados. Caído para a nuca, copa achatada, aba às ondas, o chapéu semelhava uma auréola alvacenta.
       Apesar de tudo isso, o rosto largo e anguloso do homem, de onde uns olhos azuis-claros irradiavam como que um sorriso de luminosa ironia e compreensivo perdão, erguia-se, intacto e distante, numa serena dignidade.
       Era assim, ao que se via, o seu natural comportamento de caminhar pela cidade.
       Alheado, mas condescendente, seguia pelo centro do passeio com a distraída segurança de um milionário que obviamente se está nas tintas para quem passa. Não só por educação mas também pelo simples motivo de ter mais e melhor em que pensar.
       O que não sucedia aos transeuntes. Os quais, incrédulos ao primeiro relance, se desviavam, oblíquos, deambulante causa do seu espanto. E à vista do que lhes parecia um homem livre de sujeições, senhor de si próprio em qualquer circunstância e lugar, logo, por contraste, lhes ocorriam todos os problemas, todos os compadrios, todas as obrigações que os enrodilhavam. E sempre submersos de prepotências, sempre humilhados e sempre a fingir que nada disso lhes acontecia.
       Num instante, embora se desconhecessem, aliava-os a unânime má vontade contra quem tão vincadamente os afrontava em plena rua. Pronta, a vingança surgia. Falavam dos sapatos cambados, do fato de remendos, do ridículo chapéu. Consolava-os imaginar os frios, as chuvas e as fomes que o homem havia de sofrer. No entanto, alguém disse:
       - Vê-se com cada sujeito.
        Um senhor vestido de escuro, de pasta negra e luzidia, colocada ostensivamente ao alto e bem segura sobre o braço arqueado, murmurou azedamente:
       - Que benefício trará tal criatura à sociedade?
      - Devia ser proibido que indivíduos destes andassem pela cidade.
       E assim, resmungando, se dispersavam, cada um às suas obrigações, aos seus problemas. Sem dar por tal, o homem seguia adiante.
        Junto dos Restauradores, a esplanada atraiu-lhe a atenção. De cabeça inclinada para trás, pálpebras baixas, catou pelos bolsos umas tantas moedas, que pôs na palma da mão. Com o dedo esticado, separou-as, contando-as conscienciosamente. Aguardou o sinal de passagem, e saiu da sombra dos prédios para o Sol da tarde quente de Verão.
 A meio da esplanada havia uma mesa livre. Com o à vontade de um frequentador habitual, o homem sentou-se.
      Após acomodar-se o melhor que o feitio da cadeira de ferro consentia, tirou os pés dos sapatos, espalmou-os contra a frescura do empedrado, sob o toldo. As rugas abriram-lhe no rosto curtido pelas soalheiras um sorriso de bem-estar.
       Mas o fato e os modos da sua chegada haviam despertado nos ocupantes da esplanada, mulheres e homens, uma turbulência de expressões desaprovadoras. Ao desassossego de semelhante atrevimento sucedera a indignação. Ausente, o homem entregava-se ao prazer de refrescar os pés cansados, quando um inesperado golpe de vento ergueu do chão a folha inteira de um jornal, e enrolou-lha nas canelas. O homem apanhou-a, abriu-a. Estendeu as pernas, cruzou um pé sobre o outro.
Céptico, mas curioso, pôs-se a ler.
       O facto, de si tão discreto, pareceu constituir a máxima ofensa para os presentes. Franzidos, empertigaram-se, circunvagando os olhos, como se gritassem:
 «Pois, não há um empregado que venha expulsar daqui este tipo!»  Nas caras, descompostas pelo desorbitado melindre, havia o que quer que fosse de recalcada, hedionda raiva contra o homem mal vestido e tranquilo, que lia o jornal na esplanada.
      Um rapaz aproximou-se. Casaco branco, bandeja sob o braço, muito senhor do seu dever. Mas, ao reparar no rosto do homem, tartamudeou:
     - Não pode...
      E calou-se. O homem olhava-o com atenta benevolência.
     - Disse?
     - É reservado o direito de admissão - tornou o rapaz, hesitando. - Está além escrito.
      Depois de ler o dístico, o homem, com a placidez de quem, por mera distracção, se dispõe a aprender mais um dos confusos costumes da cidade, perguntou:
     - Que direito vem a ser esse?
     - Bem...- volveu o empregado. - A gerência não admite... Não podem vir aqui certas pessoas.
     - E é a mim que vem dizer isso?
      O homem estava deveras surpreendido. Encolhendo os ombros, como quem se presta a um sacrifício, deu uma mirada pelas caras dos circunstantes.
O azul-claro dos olhos embaciou-se-lhe.
     -Talvez que a gerência tenha razão -concluiu ele, em tom baixo e magoado. - Aqui para nós, também me não parecem lá grande coisa.
    O empregado nem podia falar.
    Conciliador, já a preparar-se para continuar a leitura do jornal, o homem colocou as moedas sobre a mesa, e pediu, delicadamente:
      -Traga-me uma cerveja fresca, se faz favor. E diga à gerência que os deixe ficar. Por mim, não me importo.

Manuel da Fonseca in Tempo de Solidão. (1985)


Responda:
1. Qual o gênero textual?
a) crônica
b) fábula
c) conto
d) texto de opinião
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2. Qual a tipologia textual predominante?
a) descrição
b) injunção
c) dissertação
d) narração
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       Cerca de cinquenta anos, atarracado, magro, tudo nele era limpo, mas velho e cheio de remendos. Sobre a esburacada camisola interior, o casaco, puído nos cotovelos e demasiado grande, caía-lhe dos ombros em largas pregas, que ondulavam atrás das costas ao ritmo lento da passada. Desfiadas nos joelhos, muito curtas, as calças deixavam à mostra as canelas, nuas, finas de osso e nervo, saídas como duas ripas dos sapatos cambados. Caído para a nuca, copa achatada, aba às ondas, o chapéu semelhava uma auréola alvacenta.
       Apesar de tudo isso, o rosto largo e anguloso do homem, de onde uns olhos azuis-claros irradiavam como que um sorriso de luminosa ironia e compreensivo perdão, erguia-se, intacto e distante, numa serena dignidade.

3.  Qual a tipologia textual predominante?
a) descrição
b) injunção
c) dissertação
d) narração

4. Os elementos de uma narrativa são: enredo, narrador, personagem, espaço e tempo. Responda;
a) em que espaço acontece a história.
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b) quanto tempo durou esses acontecimentos?
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5. A estrutura de uma narrativa apresenta introdução, complicação, clímax e desfecho. A complicação é o surgimento de um problema. Que problema foi esse?
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6. O conto é narrado em 1ª ou 3ª pessoa? Destaque do texto elementos que justifiquem o foco narrativo indicado.
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7. Qual o tipo de linguagem predominante?
a) formal
b) informal
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8. Justifique.
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9. Qual o personagem principal?
...............................................................................................................................
10. Qual os personagens secundários?
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11. Qual o tema abordado no conto?
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12. Leia o fragmento abaixo:

"Alheado, mas condescendente, seguia pelo centro do passeio com a distraída segurança de um milionário que obviamente se está nas tintas para quem passa. Não só por educação mas também pelo simples motivo de ter mais e melhor em que pensar.
       O que não sucedia aos transeuntes. Os quais, incrédulos ao primeiro relance, se desviavam, oblíquos, deambulante causa do seu espanto"

a) Qual a posição do personagem a respeito de quem o cercava?
...............................................................................................................................b) Qual a posição dos transeuntes/
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13. Retire um fragmento que comprove o preconceito dos que passavam em relação ao personagem.
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14.Relacione as palavras destacadas no texto com os significados.
Quase branco.................................................................................
Gasto de forma desigual...............................................................................
Que caminha sem direção.....................................................................
Letreiro..........................................................................
Embaçar................................................................................
Envolver.....................................................................................
Terreno plano.............................................................................
Despreocupado.........................................................................
Vergonha................................................................

Exposição ao sol.......................................................................



POR DENTRO DO TEXTO  PÁGINA 18

1.         Em quanto tempo você acha que a história se desenvolve? Justifique sua resposta.

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2.         Qual e o ambiente em que a história acontece?

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3.         Como podemos caracterizar o narrador de "O vagabundo na esplanada"? Justifique sua resposta.

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4.         Identifique o conflito do conto "O vagabundo na esplanada" e explique de que maneira ele foi solucionado. Você pode transcrever trechos do texto para justificar sua resposta.

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5.         Releia o trecho a seguir.

 

       Alheado. mas condescendente. seguia pelo centro do passeio com a distraída segurança de um milionário que obviamente se está nas tintas para quem passa. Não só por educação. mas também pelo simples motivo de ter mais e melhor em que pensar.

      O que não sucedia aos transeuntes. Os quais. incrédulos ao primeiro relance. se desviavam. oblíquos. da deambulante causa do seu espanto. [ ... ]

 

a)_ O que esse trecho revela a respeito do personagem?

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b)         É possível afirmar que há ironia quando o narrador diz que o personagem tinha "mais e melhor em que pensar". Por quê?

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6.         No que diz respeito à descrição que o narrador faz dos transeuntes, transcreva o trecho que revela o preconceito destes em relação ao personagem.

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7.         Releia este outro trecho.

 

A meio da esplanada havia uma mesa livre. Com o ã vontade de um frequentador habitual, o homem sentou-se.

 

a)         O que o comportamento do personagem revela sobre o modo como ele mesmo se via?

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b)         A expressão "a vontade" é geralmente empregada como a ojunto adverbial. Qual é a novidade quanto ao uso dessa expressão nesse texto?

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8.         No desfecho do conto, acontece a inclusão ou a exclusão do personagem? Quem é responsável por isso?

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9. Transcreva a afirmativa que caracteriza adequadamente o conto "O vagabundo na esplanada".

a)         Narrativa longa, em prosa, com muitos capítulos. Em cada capítulo, surgem personagens secundários que giram em torno de um personagem principal.

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b)         Narrativa breve. em prosa. Apresenta linguagem em que estão condensadas a força da expressão e a pluralidade de significados. Permite que o leitor faça a propia interpretação dos fatos narrados.

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c)         Texto poético, do tipo geralmente publicado em jornais e revistas. Mistura linguagem verbal e visual e conta uma historia real, cotidiana.

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LINGUAGEM DO TEXTO pág. 19

1. Releia a descrição do personagem.

       Cerca de cinquenta anos. atarracado. magro. tudo nele era limpo. Mas velho e cheio de remendos. Sobre a esburacada camisola interior. o casaco puído nos cotovelos e demasiado grande caía-lhe dos ombros em largas pregas. que ondulavam atrás das costas ao ritmo lento da passada. Desfiadas nos joelhos. muito curtas. as calças deixavam à mostra as canelas. nuas. finas de osso e nervo. saídas como duas ripas dos sapatos cambados. Caído para a nuca. copa achatada, aba às ondas. o chapéu semelhava uma auréola alvacenta.

       Apesar de tudo isso. o rosto largo e anguloso do homem. de onde os olhos azuis-claros irradiavam como que um sorriso de luminosa ironia e compreensivo perdão. erguia-se. in­tacto e distante. numa serena dignidade.

 

a) Pesquise as palavras desconhecidas do trecho e anote seu significado.

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b)O trecho que você releu é predominantemente narrativo, descritivo ou argumentativo?

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c) A que classe gramatical pertencem as palavras destacadas?

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d) Pelas vestes que usa, por sua aparência, o vagabundo passa uma imagem negativa para as pessoas que o veem. O conto confirma ou contradiz essa imagem que as pessoas fazem dele?

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e) Transcreva expressões ou frases do trecho que constroem uma imagem de dignidade e superio­ridade do vagabundo.

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Nos contos, o jogo de oposição de ideias e imagens pode construir sindicados originais.  Veia o caso do vagabundo desse conto apresenta-se miserável, mas também digno, superior as condições que manifestam sua miséria.  Assim, pela descrição dos aspectos físicos e psicológicos do personagem, o conto constrói um Jogo de opostos, fundamental para o sentido da historia.

 

2. O texto foi escrito por um autor português e traz palavras e construções que causam certo estra­nhamento por serem grafadas de modo diferente ou, ate mesmo, por não serem habituais na língua portuguesa falada no Brasil. Transcreva algumas dessas palavras ou expressões.

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Pág. 20

 

3.         Um dos recursos mais encantadores dos contos é a maneira como o autor constrói imagens empregando o sentido figurado. Interprete os trechos a seguir, retirados do conto de Manuel da Fonseca.

a)         "As rugas abriram-lhe no rosto curtido pelas soalheiras um sorriso de bem-estar."

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b)         "Mas o fato e os modos da sua chegada haviam despertado nos ocupantes da esplanada, mulheres e homens. uma turbulência de expressões desaprovadoras."

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c)         "O azul-claro dos olhos embaciou-se lhe.··

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TROCANDO IDEIAS

1. O conto "O vagabundo na esplanada" foi escrito por um autor português. Você acha que um autor brasileiro poderia ter narrado uma situação semelhante? Justifique sua resposta.

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2.         O que mais chamou sua atenção no conto?

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3.         Você já presenciou alguma situação de discriminação social? O que achou disso? Concorda, discorda ou concorda parcialmente? Justifique.

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Entendendo o conto: RESPONDA EM SEU CADERNO.

01 – O que gerou o conflito (problema) da narrativa?

02 – Qual é o enredo ou conflito da narrativa?

      Quando o homem pede a …..

03 – Que palavras do texto pode substituir a expressão “parar repentinamente”?

04 – Qual a causa ou motivo que levou o homem a se esconder para não debitar a dívida?

      05 – Qual é o cenário onde esta história se passa?

06 – Copie um trecho do texto que expresse ideia de humor.

07 – Copie do texto um trecho referente ao tempo cronológico.

08 – Quais são os personagens principais do texto?

09 – Quais são os personagens secundários?

10 – Com que finalidade o cronista nos propõe este conto?

11 – De que maneira o autor se expressa para finalizar sua história?

12 – A narrativa desta conto está em que pessoa verbal?

13 – Quais os tempos verbais predominantes nesta conto?

14 – O homem saiu do apartamento com qual objetivo e como ele estava?

15 – Qual o efeito cômico que o autor explora nesta situação corriqueira?

16 – Dividindo-se a narrativa em três partes, descreva com uma frase:

1 – A situação inicial: 

2 – O conflito (problema): 

3 – A resolução final: