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segunda-feira, 1 de junho de 2020

TEXTO DE OPINIÃO A PICANHA E O UNIVERSO 9º ANO RIO18


TEXTO DE OPINIÃO A PICANHA E O UNIVERSO 9º ANO RIO18

A picanha e o Universo

         A ferramenta mais potente do mundo é essa massa gosmenta que fica entre as suas orelhas. Ela pesa o mesmo que uma picanha bovina, pode ser erguida com uma só mão, e ainda assim cabe um universo inteiro dentro dela. São 86 bilhões de neurônios, conectados entre si por 100 trilhões de sinapses, o que resulta num número infinito de caminhos diferentes para um impulso nervoso percorrer. Dessa infinitude emerge toda a espetacular diversidade humana.
       As pinturas rupestres de Lascaux, os textos sagrados das religiões antigas, os afrescos da Capela Sistina, as leis de Newton, as sinfonias de Beethoven, as canções dos Beatles, os toques de bola de Pelé, o design do Iphone, o roteiro de Breaking Bad – cada uma dessas maravilhas surgiu na escuridão de algum cérebro humano. Inteligência, memória, percepção, humor, amor, consciência, emoção, intuição. Cada uma das mais profundas capacidades que nos definem se origina ali.
       Ao longo da história, o cérebro humano desvendou os mais íntimos segredos da matéria, a lógica da vida, os confins do Universo, a bilhões de anos-luz daqui. É impressionante que um órgão de pouco mais de 1 quilo na cabeça de um primata sem pelos de um planeta da periferia de uma galáxia qualquer tenha compreendido tanto. Mas é impressionante também que falte tanto para o cérebro humano compreender do próprio cérebro humano. Nossa complexa máquina de entender coisas é complexa demais até para ela própria.  
     Aqui na SUPER nosso trabalho é alimentar o seu cérebro. Natural que, ao longo dos anos, tenhamos produzido dezenas de grandes reportagens sobre o próprio cérebro e suas capacidades. As mais marcantes entre elas estão nesta edição. Espero que o seu cérebro goste.

Denis Russo Burgierman DIRETOR DE REDAÇÃO Revista Superinteressante, edição 354 – Novembro de 2015.
1 – No primeiro parágrafo são dadas algumas pistas para que você entenda que o texto se refere ao cérebro humano. Indique uma dessas pistas:
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2 – Você percebeu que o primeiro parágrafo do texto se refere ao cérebro de um modo que pode até ser considerado negativo para depois mostrar que ele é mesmo “a ferramenta mais potente do mundo”, numa relação de oposição. Que expressão explicita essa relação?
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3 - Resuma, com suas palavras, a ideia principal do segundo parágrafo:
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4- No terceiro parágrafo, destaque a marca que revele uma opinião sobre um fato.
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5 – Ainda no terceiro parágrafo há dois fatos considerados impressionantes e contrapostos. Qual o conectivo que marca essa contraposição, essa relação de oposição?
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6 – Destaque dois trechos do texto em que você perceba a interlocução com o leitor:
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7 – Qual a finalidade desse texto? Explique citando um trecho.
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TEXTO DE OPINIÃO ESTAMOS MAIS INTELIGENTES RIO18


TEXTO DE OPINIÃO ESTAMOS MAIS INTELIGENTES RIO18

Estamos mais inteligentes
António Damásio
O neurocientista português afirma que o cérebro se adapta bem ao ritmo veloz das novas tecnologias digitais
       É inegável que os novos meios de comunicação facilitam a vida, ao acelerar os contatos e a colaboração entre pessoas de regiões e continentes distantes. No entanto, isso não se dá sem consequências para o cérebro. A internet, as mensagens instantâneas e o correio eletrônico obedecem a um tempo virtual, um tempo acelerado, descolado e diferente do tempo do mundo real. Ele se desenrola de forma muito mais lenta. É o tempo ao qual o cérebro se adaptou para desenvolver suas funções cognitivas ao longo da evolução da nossa espécie.
       Não é apenas a velocidade dos novos meios digitais que estimula e impacta o cérebro. A multiplicidade de tarefas que realizamos ao mesmo tempo graças aos meios digitais também cobra um preço das funções cognitivas. Para conseguir processar, analisar e responder de forma adequada à enorme quantidade de informações recebidas, o cérebro precisa se adaptar ao tempo acelerado do mundo virtual. E o cérebro consegue fazer isso, pois ele é muito maleável e adaptável às novas condições.
       Essa adaptação do cérebro a um acelerado mundo multitarefa é tão fácil e mais rápida quanto mais jovens somos. Não por acaso, as crianças e adolescentes que nasceram e cresceram fazendo uso das novas tecnologias têm mais facilidade para processar e fazer uso do volume crescente de informações da nossa civilização tecnológica.[...]
       A capacidade do cérebro das crianças e adolescentes para se adaptar a um mundo com múltiplas tarefas também tem um custo: a dificuldade de concentração. É comum ver adolescentes que conseguem realizar três, quatro, cinco tarefas ao mesmo tempo, como responder e-mail, enviar mensagens de texto e falar ao celular, mas apresentam dificuldade de concentração quando executam uma única tarefa, que exige maior grau de atenção, compreensão e reflexão, como ler um livro e interpretar um texto.
       Há estudiosos que se apressam em enxergar nessa dificuldade de concentração uma primeira evidência dos malefícios cognitivos da era da informação. Enxergam aí a raiz para o que consideram o efeito emburrecedor da internet sobre os adolescentes. É uma conclusão muito apressada. [...] Ainda é muito cedo para sabermos quais serão as alterações cerebrais e cognitivas que o atual dilúvio de informações acarretará no cérebro humano.
       [...] O ser humano nunca foi mais inteligente e criativo do que hoje. [...] Desde a evolução de nossa espécie, o cérebro vem sendo cada vez mais exigido e moldado para responder às mudanças ambientais e sociais.
       O ser humano da nossa civilização tecnológica é estimulado a desenvolver e usar funções cerebrais mais complexas e sofisticadas que as exigidas no passado [...]. Até o momento, graças à incrível capacidade de adaptação do nosso cérebro, o Homo sapiens tem conseguido responder às pressões do meio, sejam elas provenientes do mundo real ou do mundo virtual. Estamos ficando cada vez mais inteligentes – não o contrário. Nada indica que esse processo atingiu o seu limite. Não sabemos qual será esse limite nem se ele existe.
Adaptado de Revista Época. 31 de outubro de 2011.
1 - No trecho “Ele se desenrola de forma muito mais lenta”, do primeiro parágrafo, a que se refere a palavra em destaque?
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2 - De acordo com o primeiro parágrafo, que diferença há entre o tempo do mundo real e o do mundo virtual?
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3- Além da velocidade dos meios digitais, que outro aspecto das novas tecnologias estimula o cérebro?
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4- Que características tem o cérebro que permitem que ele acompanhe o tempo do mundo virtual?
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5- Transcreva do terceiro parágrafo o trecho que contém uma ideia de proporcionalidade, destacando os termos que indicam essa relação: ______________________________________________________________________________________________________________________________

6-Que facilidade e que dificuldade as crianças e adolescentes apresentam em relação ao uso das novas tecnologias?
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7- No trecho “Enxergam a raiz para o que consideram o efeito emburrecedor da internet sobre os adolescentes.”, a que se refere o termo em destaque?
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8- No quinto parágrafo, qual a opinião do autor sobre a conclusão a que chegaram os estudiosos sobre a dificuldade de concentração dos adolescentes?
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9- Ainda no quinto parágrafo, que termo é uma hipérbole, ou seja, uma figura de linguagem que expressa exagero?
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10- Transcreva do sexto parágrafo o trecho que contém uma ideia de comparação, destacando os termos que indicam essa relação:
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11- No trecho do último parágrafo “[...]. Até o momento, graças à incrível capacidade de adaptação do nosso cérebro, o Homo sapiens tem conseguido responder às pressões do meio, sejam elas provenientes do mundo real ou do mundo virtual.”,
a)que termo expressa uma circunstância temporal?
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b) o que tem feito o Homo sapiens conseguir responder às pressões do meio real ou do virtual?
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TEXTO DE OPINIÃO SELFIE É AGRESSÃO 9º ANO RIO18


TEXTO DE OPINIÃO SELFIE É AGRESSÃO 9º ANO RIO18

Selfie é agressão permanente, diz Sebastião Salgado

       Quando abriu sua exposição “Genesis”, em Brasília, Sebastião Salgado se viu obrigado a sair no meio da vernissage. Aos 70 anos, um dos ícones da fotografia não conseguiu lidar com a profusão de selfies que tomou conta do evento.
      “Olha, é de uma agressividade”, disse à Folha, rindo. “Há seis meses eu abri uma exposição e as pessoas vinham conversar comigo, pediam um autógrafo, trocavam ideias. Agora acabou. Cada pessoa te agarra e quer tirar selfie”, desabafou.
      “Bota um telefone ali, é uma agressão permanente em cima de você.”
Salgado, que acabou se rendendo à fotografia digital no projeto por conta da dificuldade de passar com filmes nos aparelhos de raio-x dos aeroportos, diz não ter nada contra o fenômeno do Instagram ou a alteração de imagens com filtros de smatphone.
     “Eu não sei ligar um computador, não olho nada disso. Só estou recebendo o efeito negativo”, diz.
    Marina Klink, mulher do explorador Amyr Klink, que publicou uma selfie com Salgado em março deste ano em sua conta no Instagram, diz acreditar que essa prática “tem limites”.
    “Somos amigos de vários anos, então é diferente. Mas com o Amyr também vejo isso: não é só mais o autógrafo, todo mundo tem que tirar selfie com o celular e depois o amigo tira a foto com a câmera”, diz.[...]


1- Observe o título do texto. É um fato ou uma opinião?
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2- No primeiro parágrafo, destaque os elementos TEMPO e ESPAÇO. ______________________________________________________________________________________________________________________________
3- Retire do primeiro parágrafo uma causa e uma consequência:
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4- Na opinião de Sebastião Salgado, qual a diferença no comportamento das pessoas que visitavam uma exposição há alguns meses e as que a visitam atualmente?
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 5- Como Salgado defende sua opinião negativa sobre a selfie?
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6- Por que motivo Salgado se rendeu à fotografia digital?
______________________________________________________________________________________________________________________________7- Qual a opinião de Marina Klink a respeito das selfies?
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TEXTO DE OPINIÃO SELFIE 9º ANO RIO 18


TEXTO DE OPINIÃO SELFIE 9º ANO RIO 18

"Selfie" é nova maneira de expressão. E autopromoção

A mania é esticar o braço segurando o celular apontado para o rosto e espalhar a foto produzida nas redes. Há várias razões para isso

       Na última quarta-feira, o respeitabilíssimo Dicionário Oxford, o mais extenso da língua inglesa, anunciou que um novo verbete passaria a figurar em suas páginas: selfie, que reúne o substantivo self (eu, a própria pessoa) e o sufixo ie. Eis sua definição: "Fotografia que alguém tira de si mesmo, em geral com smartphone ou webcam, e carrega em uma rede social." Os responsáveis pelo Oxford informaram que o dicionário surgido no século XIX aceitou o novo verbete porque as citações a selfie cresceram 17.000% neste ano. [...]
O ingresso do termo no Oxford, no entanto, não é apenas fruto de uma estatística. É o reconhecimento de um fenômeno global. [...]
        O selfie não é invenção do mundo digital, é bom frisar (mas é igualmente importante reconhecer que a tecnologia transformou a prática). O primeiro registro reconhecido como tal data de 1839, assinado pelo fotógrafo Robert Cornelius. Os adolescentes também abraçaram a ideia muito antes do Instagram. Em 1914, Anastasia Nikolaevna, de 13 anos, filha do czar Nicolau II da Rússia, posou em frente a um espelho. Logo após o retrato, disse: "Foi muito difícil, minhas mãos tremiam." O próximo passo, é claro, foi compartilhar a imagem com os amigos. Sem acesso ao Facebook, usou cartas.
       O autorretrato é um gênero antigo.[...] Mas foi só no Renascimento que o gênero ganhou força, expandindo a capacidade de expressão artística. Munidos de espelhos de grande qualidade, que então se popularizavam, mestres usaram o autorretrato como caminho para o autoconhecimento: as criações intimistas revelaram vários estados de espírito[...]. Artistas como o alemão Dürer (1471-1528) e o holandês Rembrandt (1606-1669) foram pródigos na arte, retratando várias vezes o próprio rosto. Ao mesmo tempo que revelavam a si mesmos, construíam uma imagem pública.
       No mundo digital, a brincadeira se espalha à exaustão graças à mistura de dois ingredientes, hardware e software. "Os selfies ganharam relevância depois do lançamento das câmeras que transformaram smartphones com conexão à internet em máquinas fotográficas. E como todo hardware precisa de software, o Instagram teve papel indispensável", diz a psicóloga Luciana Nunes, mestre em saúde mental, diretora do Instituto Psicoinfo e estudiosa da relação entre tecnologia e comportamento. O Instagram tem números para sustentar a tese da especialista. Nos três anos de vida da rede de fotos, mais de 60 milhões de imagens publicadas no serviço carregam a hashtag selfie. [...]
       Na leitura da psicóloga brasileira, há três grupos bem definidos de autores de selfies. O primeiro é formado pelos exibicionistas. É gente que costuma parar diante do espelho do elevador ou da academia e exibir para a câmera, por exemplo, os resultados da malhação. O segundo reúne aquelas pessoas que querem apenas mostrar seu estado de espírito ─ felicidade ou tristeza ao acordar, ao encontrar um amigo etc. Por fim, tem o time que quer mostrar que está em algum lugar, parque ou shopping, por exemplo, desde que a paisagem não ganhe mais importância do que o autor.
       Majoritariamente, os selfies são produzidos por jovens com idades entre 13 e 24 anos. Nove em cada dez pessoas desse grupo postam os autorretratos, revelou o instituto americano Pew Internet Research em estudo realizado em maio com adolescentes americanos.[...]
       Tanta autoexposição pode ter um preço, dizem alguns psicólogos. "Selfie é uma nova maneira de expressão. Doses excessivas, contudo, podem ser nocivas a seus praticantes", diz Larry Rosen, professor de psicologia da Universidade da Califórnia e uma das autoridades quando o assunto é a relação entre homem e tecnologia. Rosen defende que o componente eminentemente narcisista do selfie pode induzir transtornos de personalidade, intensificando traços de agressividade e reclusão. [...]

1 – Qual o motivo, a causa de o dicionário Oxford incluir o novo verbete selfie?
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2 – No trecho “O ingresso do termo no Oxford, no entanto, não é apenas fruto de uma estatística.” substitua o termo sublinhado por outro sem alterar o sentido.
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3 – No segundo parágrafo, indique um FATO e uma OPINIÃO.
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4 – No trecho “Sem acesso ao Facebook, usou cartas.”, se estabelece uma relação de causa e consequência. Explique.
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5 – No quarto parágrafo, qual a ideia defendida pela psicóloga Luciana Nunes? E qual o argumento usado para defendê-la?
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6 – Qual o sentido da palavra destacada no trecho: “Na leitura da psicóloga brasileira, há três grupos bem definidos de autores de selfies.”
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7 – Qual o sentido da palavra destacada no trecho “Tanta autoexposição pode ter um preço, dizem alguns psicólogos.”
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TEXTO DE OPINIÃO 9º ANO RIO18


TEXTO DE OPINIÃO 9º ANO RIO18

Viver mais e melhor
        A tecnologia está aí, cada vez mais presente e mais influente em nossas vidas. Celulares, computadores de mão, notebooks, aviões e mais uma infinidade de avanços que surgem a cada dia tornam a nossa existência muito mais prática e confortável.
        O problema é que não se pode ter tudo. Temos o celular, e perdemos por causa dele boa parte da nossa privacidade; colocamos nossa vida inteira nos nossos computadores de mão, e enlouquecemos quando eles quebram ou são roubados; andamos para lá e para cá com nossos moderníssimos notebooks, e ,com isso, trabalhamos mais do que nunca e abreviamos nossos momentos de lazer [...].
       Não há a menor dúvida de que a tecnologia tornou as distâncias mais curtas, assim como nos deu muito mais tempo. Hoje resolvemos todos os problemas de trabalho dentro das nossas casas, sem precisarmos ir ao escritório. Basta ligar o celular, abrir o notebook e pronto, tudo resolvido. Mas será que vale a pena transformarmos nossas casas em escritórios? Será que é esse o objetivo de toda essa tecnologia? Para que ganhamos mais tempo? Para gastá-lo com mais trabalho?
       A tecnologia nos dá a oportunidade de vivermos mais e melhor. Se soubermos usá-la a nosso favor, ela só contribuirá para a nossa qualidade de vida. O que não podemos é tornarmo-nos escravos dela. Vamos nos dar ao luxo de desligar os celulares nos finais de semana, de engavetarmos notebooks e computadores de mão fora do expediente de trabalho [...].
       A tecnologia é nossa amiga e parceira. Sabendo usá-la, viveremos muitos anos, o suficiente para ver outros avanços tecnológicos que nem sequer imaginamos e que tornarão a nossa vida cada vez mais longa.
PIMENTEL, Carlos. Redação descomplicada. São Paulo: Saraiva, 2008.
1- Observe que, nesse primeiro parágrafo, o assunto é apresentado. Qual é o assunto do texto?
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2- Perceba que o segundo parágrafo se constrói com uma sequência de ideias, estruturadas em paralelo e unidas pelo conectivo e. Indique, nessa estrutura, uma relação de causa e consequência.
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3- A partir da leitura do segundo parágrafo, podemos definir a tese defendida no texto. Escreva uma frase que delimite essa tese.
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4- Sublinhe a informação principal do segundo parágrafo.

5- No terceiro parágrafo:  
a) Indique um argumento utilizado para defender os benefícios da tecnologia.

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b) Qual o objetivo do uso das perguntas nesse parágrafo?
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c) Qual a relação estabelecida pelo “mas” (linha 5)?
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6- A quem se referem os termos sublinhados no quarto parágrafo?
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7- Esse parágrafo (5.º) é a conclusão do texto, portanto deve retomar a tese. Que trecho cumpre essa função?
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TEXTO DE OPINIÃO BENDITA JUVENTUDE 9º ANO RIO18


Bendita juventude
Rosely Sayão, colunista da Folha
       Ser jovem neste mundo é bem difícil porque há muita competição. A juventude deixou de ser uma etapa da vida para se transformar em um estilo de viver que independe da idade. Ser jovem está na moda, veja só. E é por isso que quem é jovem de verdade sofre para encontrar linguagens que expressem com maior precisão o que eles precisam tanto comunicar ao mundo: quem são.
       Até o final da infância ainda são os pais que definem quem são seus filhos, que dirigem seus passos, decidem suas roupas. Mesmo hoje, quando muitas crianças escolhem suas roupas, são os pais, com suas expectativas, que estão por trás dessas escolhas.
       Terminada essa fase, os mais novos criam coragem e querem dizer que são diferentes. E a moda é um excelente recurso para que eles comecem a construção da própria identidade, se reconheçam e busquem reconhecimento social tanto com seus pares quanto com os adultos em geral.
       E aí se defrontam com algumas dificuldades, muitas delas ainda não reconhecidas. A primeira é como ser diferente no mundo do consumo.
       Eles gostam mesmo do estilo que criam, das roupas que vestem, da maneira como as combinam? As roupas exprimem o que eles realmente gostariam de ser ou, sem mesmo perceber, eles são definidos por elas?
        É claro que os jovens passarão por um período de experimentação que é um ensaio do que eles serão. Mas esse ensaio precisa ter conexão direta com o que virá depois.
        A segunda dificuldade que enfrentam é que, na tentativa de serem diferentes dos adultos que os definiam até então, tudo o que conseguem é a semelhança. Também, com tantos jovens de idades tão variadas habitando esse mundo, como ser diferente de todos eles?
       Procurando bem, dá para ver que, nos detalhes, eles conseguem mostrar quem são. Bendita juventude que consegue quebrar a homogeneidade!

1- Pode-se dizer que já no título do texto é expressa uma opinião. Que opinião é essa e qual o recurso utilizado para expressá-la?
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2- No primeiro parágrafo, está definida a tese que será defendida no texto. Explique essa tese com suas palavras.
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3- Ainda no primeiro parágrafo, indique uma palavra ou expressão que seja marca de aproximação com o leitor.
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4- Segundo o texto, para que serve a moda para o jovem?
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5- No quarto parágrafo, a ligação das ideias ocorre com o recurso da substituição de um termo. Além disso, uma palavra também fica subentendida. Que termos se referem a “algumas dificuldades”? E que palavra fica subentendida?
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6- Retire do texto uma opinião.
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7- Nos dois últimos parágrafos, são reafirmadas ideias da introdução do texto e acrescentadas outras, para concluir. Sublinhe os trechos que comprovam essa afirmativa

CONTO NO CAMINHO INEXISTENTE MARINA COLASANTI 9º ANO RIO18


CONTO NO CAMINHO INEXISTENTE 9º ANO RIO18

No caminho inexistente
       Ia a filha muda guiando o pai cego quando, depois de muito caminhar, chegaram ao deserto. E sentindo o pai a areia nas sandálias, acreditou ter chegado ao mar e alegrou-se.
       O mar estava para sempre gravado na sua memória, disse ele à filha que nunca o havia visto. E contou como podiam ser altas as ondas, e obedientes ao vento. E como, coroadas de espuma, faziam e desfaziam seu penteado. O mar, contou ainda, ocupa nossos olhos por inteiro e, se o vemos nascer, o fim não vemos. O mar sempre se move e sempre está parado. O mar, à noite, veste-se de lua. O mar pareceu duas vezes belo à menina, pelo que era e pelas palavras do pai. Olhou à sua frente, viu as altas dunas e chamou-as ondas no seu coração. Elas obedeciam ao vento e no alto entregavam-lhe seus cabelos para que os desmanchasse com dedos ligeiros.
       Sentaram-se os dois, o pai olhando no escuro o mar que guardava na memória, a filha deixando que o mar de luz sem fim ocupasse todo o espaço do seu olhar. Parado diante dela, ainda assim se movia. E quando a noite chegou, vestiu o cetim que a lua lhe entregara. Dormiram ali os dois, pai e filha, deitados na areia, sonhando com o que haviam visto. E ao amanhecer seguiram caminho, afastando-se do deserto.
       Andaram, que o mundo é vasto. Até que um dia, numa curva do caminho, desembocaram na praia.
       O velho, sentindo a areia nas sandálias, alegrou-se, certo de ter chegado ao deserto, talvez o mesmo deserto que atravessara quando jovem.
       Sentaram. O deserto, disse o pai à menina, é filho dileto do sol. E a menina olhando à frente, viu os raios deitando na superfície, partindo-se, rejuntando-se, mosaico de sol, e sorriu. Os pés afundam no deserto, acrescentou o pai, e ele acaricia nossos tornozelos. A menina soltou sua mão da dele e foi molhar os pés, deixando que a água lhe acariciasse os tornozelos. O deserto, disse ainda o pai, é plano como um lençol ao vento, sem montanhas, ondeando nas costas das dunas. A menina correu o olhar pela linha do horizonte que nenhuma montanha interrompia, viu as ondas, e em seu coração chamou-as dunas.
       No deserto, disse ainda o pai à filha tentando explicar o mundo sobre o qual não podia fazer perguntas, anda-se sempre em frente porque não há caminhos, e a pegada do pé direito já se apaga quando o pé esquerdo pisa adiante.
       Levantaram-se, caminhando. E porque o velho pisava seguro no deserto da sua lembrança, e porque a menina pisava tranquila no deserto que lhe havia sido entregue pelo pai, seguiram adiante serenos por cima da água que lhes acolhia os pés acarinhando os tornozelos, enquanto suas pegadas se apagavam no caminho inexistente.

COLASANTI, Marina. 23 histórias de um viajante. São Paulo: Editora Global, 2005.

1- Quais os personagens do conto?
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2- Por que o pai acreditou ter chegado ao mar?
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3- A quem se refere o pronome destacado no trecho: “O mar estava para sempre gravado na sua memória, disse ele à filha que nunca o havia visto.”
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4- Como o pai descreve o mar no segundo parágrafo?
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5- No segundo parágrafo, o pai atribui ao vento uma característica humana ─ o que chamamos de personificação . Transcreva esse trecho:
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6- A que se refere o termo “ mar de luz”, no terceiro parágrafo?
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7- Que características do mar e do deserto se repetem no segundo e no terceiro parágrafos?
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8- No sexto parágrafo há uma comparação. Transcreva-a e marque o termo que explicita essa comparação.
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9- A escolha de cada palavra é fundamental na construção de um texto, podendo reforçar diferentes ideias ─ um tom agressivo, afetuoso, tenso... No conto, destaque palavras e/ou expressões que colaboram para construir um tom afetuoso.
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10- Pode-se dizer que pai e filha estavam nos mesmos lugares, juntos, em todo o texto, mas o ponto de vista de cada um sobre esses espaços era diferente? Explique.
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