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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

TEMA TESE ARGUMENTOS 7º ANO EAD TEORIA EXERCICIOS COM GABARITO

GABARITO NO FINAL 
HABILIDADES: (EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato. (EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), manifestando concordância ou discordância. (EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de recursos iconográficos, de pontuação etc.
INTRODUÇÃO AOS TEXTOS DE OPINIÃO: TEMA/TESE /ARGUMENTOS.
        Há muitas palavras que são sinônimas, porém não é adequado utiliza-las em qualquer contexto. Por exemplo, sinônimo de casa: residência, domicílio, habitação, lar, morada, moradia, vivenda.

1. Complete os espaços abaixo com os sinônimos para casa.
a) Fazemos entregas à_________________
b) O governo fez um projeto de ___________________
c) Vende-se uma______________
d) Toda criança precisa de um _________________

TEMA/ASSUNTO
Leia o texto a seguir.
2. Qual o assunto da tirinha.
a) preocupação
b) prova
c) estudo
d) passar

3. Qual a opinião de Charlie Brown sobre o assunto?
a) ele acha fácil passar na prova
b) ele acha difícil passar na prova
c) ele acha impossível passar na prova
d) ele está preocupado com a prova

4. Sobre os argumentos usados por Charlie Brown para defender sua opinião podemos afirmar que:
a) Ele faz uma comparação, ou seja, uma analogia.
b) Ele cita dados estatísticos (números) que provam que é impossível
c) Ele mostra que na história nunca uma pessoa passou em uma prova
d) Ele não apresenta um argumento que sustente sua opinião.

5. A leitura do texto permite inferir que:
a) As meninas são mais estudiosas que os meninos.
b) As crianças não gostam de estudar.
c) O Charlie Brown tentou estudar, mas achou o conteúdo muito fácil.
d) O Charlie Brown não tentou estudar, por isso acha que a prova será difícil.

DIFERENÇA ENTRE ASSUNTO E TEMA
         
        O assunto tem um significado mais amplo, mais genérico e pode ser desdobrado em temas.
         Observe, por exemplo: CidadaniaEcologiaTerrorismoHorário Político; todos são assuntos, não há delimitação.
        O tema é um recorte do assunto. Ele acarreta necessariamente um ponto de vista e dá margem à discussão. Não se esqueça de que nas redações são apresentados temas, portanto não fale da ideia geral, respeite o tema.

6. Na tirinha o assunto é uma prova.  Qual das alternativas abaixo NÃO poderia ser tema da tirinha.
a) A preocupação de alunos com as provas escolares.
b) O hábito de alunos não estudar para provas.
c) A impossibilidade de alguns alunos realizarem provas.
d) A prática de alunos fazer provas sem estudar.

7. Indique o assunto das manchetes de jornal abaixo com apenas uma palavra para cada alternativa?
a) “UFJF aprova ensino remoto emergencial na graduação”
b) “China concede primeira patente de vacina contra Covid-19 para CanSino, diz mídia estatal”
c) Domènec comemora primeira vitória: "Jogamos como o verdadeiro Flamengo do ano passado"

DIFERENÇA ENTRE ASSUNTO E TEMA: CONCLUSÃO
       Para produção de texto é essencial saber a diferença entre assunto e tema.
       Na interpretação de texto, geralmente as duas palavras são usadas como sinônimas.

PARTE II: TESE/OPINIÃO
O que é tese na redação?
       Na redação, a tese é a sua opinião, o seu ponto de vista sobre o tema proposto. Ela pode ser apresentada por meio de declarações afirmativas ou negativas.
       Essa palavrinha vem do grego “thesis”, que significa “proposição”. É aquilo que você vai expor e defender em sua redação através de bons argumentos, tentando convencer o leitor sobre seu ponto de vista.
       Você pode defender qualquer tese, desde que ela respeite os direitos humanos e a diversidade cultural.
        Porém, é importante ter em mente que a tese é um posicionamento crítico. Isso significa que você não deve se ater a ideias de senso comum. Demonstre autoria, seja crítico e reflexivo ao expor sua opinião.

8.Leia o cartum abaixo.


a) Qual a opinião do homem sobre os professores?
b) O homem apresentou algum argumento para fundamentar opinião?

9. Leia o texto abaixo.
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você sabe do que eu estou falando)

a) Qual a opinião do autor sobre as receitas que só nossa mãe ou avó sabe fazer?
b) Ele apresentou argumentos para comprovar o que ele afirmou?
c) Retire do texto dois argumento utilizados pelo autor para confirmar sua afirmação (opinião).

10. Leia a tirinha de Alexandre Back.
a) Que texto o menino mostra para a menina no terceiro quadrinho?
b) De acordo com o contexto o que a menina está segurando.
c) Uma afirmação ou negação baseada em fatos, pesquisas é chamada de:
      (   ) tese       (   ) opinião
d) Uma afirmação ou negação sem fundamentos é chamada de:
      (   ) tese        (  ) opinião

TESE/OPINIÃO CONCLUSÃO:
Ao produzir um texto de opinião eu preciso provar o que afirmo ou nego, essa afirmação é chamada tese.
Em uma conversa com amigos eu não preciso provar com pesquisas, entrevistas ou fatos o que afirmo. Essa afirmação é uma opinião.

PARTE III ARGUMENTAÇÃO.

     O que é argumentar?

      Argumentar é uma ação verbal na qual se utiliza a palavra oral ou escrita para defender uma tese, ou seja, uma opinião, uma posição, um ponto de vista particular a respeito de determinado fato.
       Quem argumenta, como a própria palavra sugere, se vale de argumentos, que nada mais são que razões, verdades, fatos, virtudes e valores (éticos, estéticos, emocionais) tão amplamente reconhecidos que, justamente por isso, servem de alicerce para a tese defendida.
       Assim como num jogo, quem argumenta faz suas “jogadas” para se sair vencedor: entre outras coisas, afirma, nega, contesta, explica, promete, profetiza, critica, dá exemplos, ironiza. E todas essas jogadas estão a serviço da criação de um clima favorável à adesão do público às posições defendidas. A cada “lance”, o argumentador se esforça para comprovar que está indo pelo caminho certo; caso contrário, perderá credibilidade e será vencido.
       Um auditório é o conjunto dos que assistem a um debate, acompanham ou se interessam potencialmente pelo assunto em questão. Nos grandes debates, ele é o representante da opinião pública. Por isso mesmo, a função do auditório é frequentemente decisiva para o debate. Quando alguém escreve uma carta a um jornal, por exemplo, argumentando contra uma posição defendida em determinada matéria, está querendo convencer, antes de tudo, o conjunto dos leitores, ou seja, o auditório.
      Todo jogador desenvolve estratégias, isto é, um plano e um estilo próprios de ação verbal para, por meio deles, vencer o adversário. No jogo argumentativo, entretanto, é preciso convencer, ou seja, vencer com a ajuda de todos, que precisam aderir à tese.
Leia o texto abaixo.
Golfinho também é gente
        Apesar do título acima, esclareço logo que eu não acho que golfinhos sejam “humanos”.
       Mas podem ser “pessoas”. Se considerarmos uma pessoa como um ser autônomo e ciente de sua identidade, então, os golfinhos têm todo o direito de pleitear essa distinção.      Em um estudo que fiz em 2001 com minha colega Diana Reiss – Ph.D. em cognição e comportamento animal –, provamos que os golfinhos- nariz-de-garrafa reconhecem a si mesmos em espelhos. Essa é uma capacidade rara no mundo animal, um clube que, além de humanos, só havia admitido os chimpanzés-anãos. Pelo menos até onde a ciência sabia.
MARINO, Lori. Galileu: março, 2010.
11. Que dado cientifico comprova a tese do autor?

12. Marque a alternativa que NÃO apresenta um fato:
a) os golfinhos- nariz-de-garrafa reconhecem a si mesmos em espelhos.
b) os chimpanzés-anãos reconhecem a si mesmos em espelho
c) os golfinhos têm todo o direito de pleitear essa distinção
d) um estudo que fiz em 2001 com minha colega Diana Reiss – Ph.D.

13. A tese defendida pelo autor do texto é:
a) Golfinhos são humanos
b) Golfinho também é gente
c) Golfinhos podem ser pessoas
d) Os golfinhos tem direitos

14. O argumento que sustenta a tese de que os golfinhos podem ser pessoas é:
a) Os golfinhos reconhecem a si mesmos em espelhos.
b) Os golfinhos têm direito de reivindicar a classificação de pessoas.
c) Pelo menos até onde a ciência sabia.
d) Uma pessoa é um ser autônomo e ciente de sua identidade.

Leia o texto.
Português popular
         O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua Portuguesa não fica atrás em popularidade. Segundo a coluna do jornalista Anselmo Góis, no jornal O Globo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções “linguísticas”: a chance de aprender a língua russa – por causa dos Jogos de Inverno em Sogi, que serão realizados em 2014 – e o português – haja vista a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016 com sede no Rio de Janeiro. Resultado: apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo. Em contrapartida, os outros 200 preferiram estudar a língua falada no Brasil. Nosso idioma vai muito bem, obrigado.
Língua Portuguesa, ano 4, n. 53, mar. 2010, p. 11.

15. Qual a tese defendida pelo autor?
a) O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua Portuguesa não fica atrás em popularidade.
b) O Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções “linguísticas”:
c) Apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo
d) Em contrapartida, os outros 200 preferiram estudar a língua falada no Brasil.

16. Nesse texto, qual é o argumento utilizado pelo autor para sustentar sua tese?
a) O Brasil anda mesmo em alta no mundo, e a Língua Portuguesa não fica atrás em popularidade.
b) O Comitê Olímpico Internacional (COI) ofereceu aos seus 300 funcionários duas opções ‘linguísticas.
c) Haja vista a proximidade dos Jogos Olímpicos de 2016 com sede no Rio de Janeiro.
d) Apenas 5 pessoas, em meio aos 300 funcionários do COI, escolheram estudar russo.

17. O argumento utilizado pelo autor para confirmar sua tese se baseia em:
a) Dados históricos
b) Dados estatísticos, (números).
c) Estudo científico
d) Citação de exemplos.

18. Leia a tira abaixo para responder as alternativas de a, b e c..
a) Qual argumento da mãe para convencer o menino a comer verduras e legumes?
b) Que argumento que a mãe uso para ela comer verduras e legumes.
c) Em que se baseia o humor presente na tirinha.

RESUMO.
O texto de opinião
 Possui um estrutura que deve ser seguida. A estrutura é a seguinte: fato, opinião, tese e argumento. Vamos entender o que cada um deles significa?
  • Fatos: é quando alguma coisa aconteceu.
Por exemplo: O vulcão Anak Krakatoa registrou duas erupções na noite de ontem e lançou uma coluna de cinzas que chegou a 500 metros de altura no céu da Indonésia.
  • Opinião: é algo em que você acredita. Não podemos contestar porque é algo totalmente pessoal.
Por exemplo: No Brasil não há vulcões, todos gostariam de morar aqui.
  • Tese: É o seu posicionamento em relação ao mundo, é aquilo que você defende e deseja convencer as pessoas (essas podem concordar ou não).
Por exemplo: a corrupção existe no Brasil, em grande parte, porque não há Justiça eficiente.
  • Argumentação: é a defesa da tese, construída com base em exemplos (fatos) e análises (conclusões que tiramos a partir da observação dos fatos), sempre com o objetivo de convencer o leitor da nossa tese.

BIBLIOGRAFIA:
MARINO, Lori. Galileu: março, 2010.
Língua Portuguesa, ano 4, n. 53, mar. 2010, p. 11.


GABARITO:
1.
a) Domicílio
b) Habitação
c) Casa
d) Lar
2. b
3. c
4. d
5. d
6. c
7.
a) Educação
b) Saúde
c) Esporte
8.
a) Professor deveria trabalhar por amor e não por dinheiro.
b) Não
9.
a) O prato é parte importante da cultura brasileira
b) Sim
c) Os cadernos de receita são registros culturais.
 Servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a gente nem sabia que tinha.
10.
a) Um “meme”.
b) Um texto de opinião.
c) Tese
d) Opinião
11. um estudo que fiz em 2001 com minha colega Diana Reiss – Ph.D
12. c
13. c
14. a
15. a
16. d
17. c
18.
a) Para ficar forte.
b) Pra emagrecer.
c) Na contradição dos argumentos.


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

PROVÉRBIOS E DITADOS POPULARES.


Observe as imagens abaixo e correlacione os números aos ditados populares.
(     ) Não cutuque onça com vara curta.
(     ) Um balde de água fria.
(     ) Amigo da onça.
(     ) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
(     ) Pressa é inimiga da perfeição.
(     ) O que não mata engorda.
(     ) Filho de peixe, peixinho é.
(     ) Cada macaco no seu galho.
(     ) Nem tudo no caminho são flores.
(     ) Vingança é um prato que se come frio.
(     ) O pior cego é aquele que não vê.
(     ) Quem não tem cão, caça com gato.
(     ) Vão-se os anéis e ficam os dedos.
(     ) Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
(     ) Deus ajuda quem cedo madruga.
(     ) Cavalo dado não se olha os dentes.
(     ) Caiu na rede é peixe.
(     ) Não coloque a carroça na frente dos bois.
(     ) Mentira tem perna curta.
(     ) Cão que late não morde.
(     ) Em briga de marido e mulher, não se mete a colher.
(     ) Não tampe o sol com a peneira.
(     ) Tire seu cavalinho da chuva.
(     ) Diga com quem andas que direi quem tu és.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

INTERJEIÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS


Atividade: INTERJEIÇÕES

Interjeições: elas valem por frases.
       Interjeições são palavras e expressões usadas para traduzir emoções, sentimentos ou reações, como susto, satisfação, raiva, chamamento, encorajamento etc. Quando formadas por mais de uma palavra, são chamadas de locuções interjetivas. Veja, nesta tira, o emprego de uma interjeição.

Observe a tirinha.

      Ai! expressa dor e equivale a uma frase inteira, porque, nesse contexto, tem sentido completo.
      As interjeições e locuções interjetivas costumam vir acompanhadas pelo ponto de exclamaçãoOh!Força!Oi!Vamos lá!Pois não! etc.

1. Leia as duas frases abaixo:
I. Você fez a tarefa.
II. Você! Fez a tarefa.
a) Em qual das duas frases há expressão de espanto ou admiração?
b) O que permitiu você chegar a essa conclusão?

2) Indique o significado de cada  interjeição destacada  de acordo com o quadro abaixo:
ADMIRAÇÃO, ALÍVIO, DECEPÇÃO, ALEGRIA.
a) Oba! Feriado na terça!
b)  Nossa! Como você é dedicada!
c) Ufa! Terminamos o trabalho em tempo hábil.
d) Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!

3. Observe a expressão meu Deus na música e na tirinha.
Deus, meu Deus
Tudo está tão difícil pra mim
Deus, meu Deus
Muitos me perguntam onde Tu estás


a) Qual a diferença na pontuação usada nos dois textos para escrever essa expressão.
b) Em qual dos dois textos a expressão transmite a ideia de preocupação.
c) Na música a expressão foi empregada para se dirigir a alguém ou para expressar um sentimento?
d) Se colocássemos um ponto de exclamação após a expressão “meu Deus” na música, que ideia a expressão transmitiria?

4. Substitua as FRASES destacadas pelas interjeições: Psiu!  – Credo!  - Vamos!  - Atenção!
a) Esteja mais atento! Esta estrada é muito perigosa.
b) Fiquem quietos! A aula já começou.
c) Não aprovo! Sua atitude desagradou a todos. 
d) Você vai conseguir! Siga adiante, pois será um vencedor.

5. Observe as frases abaixo.
I. Puxa! Pensei que não viesse mais.
II. Puxa! Você é realmente um artista.
a) Qual das duas indica aborrecimento e qual indica admiração?
b) Para entender as interjeições é preciso compreender o contexto ou decorá-las?

Leia a tirinha abaixo.

6. No primeiro quadrinho a interjeição “Finalmente!” indica:
a) tristeza
b) alívio
c) decepção
d) preocupação

7. Além da interjeição que outro recurso foi usado pelo autor da tirinha para indicar como a personagem se sente?

Leia a tira.
8. No primeiro e terceiro quadrinho podemos entender que o personagem está:
a) desesperado
b) alegre
c) preocupado
d) triste.

9. Quais interjeições foram empregadas para transmitir esse sentimento?

Leia a tira.

10. Retire do texto interjeições para indicar nojo, advertência e conclusão.


BIBLIOGRAFIAS:
ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. 6º ano — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.
https://www.letras.mus.br/bruna-karla/1538326/

domingo, 9 de agosto de 2020

TIPOS DE FRASES, ORAÇÃO E PERÍODO

Leia esta tirinha.
1. Que comportamentos em comum são apresentados nos cinco primeiros quadrinhos da tirinha?
2. De que modo os quadrinhos se relacionam com o “1o de abril”? Explique essa relação analisando um deles.
3. Em qual dos quadrinhos a fala não apresenta verbo?
4.A ausência de verbo nessa fala compromete a compreensão do sentido?
Por quê?
5. A primeira fala é formada por apenas um verbo, sem nenhum complemento.
O que garante a compreensão do sentido?

       Todas as falas dessa tirinha são frases, isto é, conjuntos de palavras organizadas de modo a fazer sentido em um contexto.
      As frases não apresentam uma estrutura fixa. Observe.

“Que bonitinho!”                                        “Pega!”
frase sem verbo                                frase formada apenas por verbo


“Meu cachorro comeu meu trabalho, professora.”
frase constituída em torno de um único verbo

“Falou que íamos passear na pracinha e me trouxe ao veterinário...”
frase constituída em torno de uma locução verbal e de um verbo

        Como você pôde perceber, a extensão das frases também varia muito, podendo apresentar uma única palavra ou constituir uma sequência bem longa.

        Frase é uma palavra ou um conjunto de palavras organizadas de acordo com as regras da língua e capazes de expressar um sentido completo em uma situação de comunicação.

Tipos de frase
Leia novamente algumas falas da tirinha para observar a entonação, isto é, a melodia da frase.

1. Qual dessas frases pressupõe uma pronúncia mais rápida?
2. Como você imagina a pronúncia da outra frase?
3. Diferencie a intenção do falante nas duas falas.
4. Que critérios você empregou para distinguir a entonação das frases?
 Releia agora esta outra fala.
5. A maneira de pronunciar a frase é diferente daquela usada nas anteriores? Por quê?

       Nas falas, a maneira como dizemos as frases, associada ao contexto, permite a nosso interlocutor compreender as intenções e os sentimentos que envolvem a comunicação. Na escrita, essa função é expressa pela pontuação.
      A pontuação ajuda a diferenciar os quatro tipos de frase. Veja.
• Frase declarativa – relata fato ou apresenta ideia ou informação de maneira afirmativa ou negativa; costuma ser finalizada por ponto final.
Fizemos o trabalho antes do prazo previsto.
Não posso me responsabilizar pela entrega do relatório.
• Frase imperativa – apresenta ordem, pedido ou sugestão; é finalizada por ponto final ou ponto de exclamação.
Envie o conto para o blog da turma, por favor.
Silêncio!
• Frase exclamativa – traduz sentimento (surpresa, admiração, tristeza etc.) de maneira expressiva; é encerrada por ponto de exclamação.
Que jogo incrível!
Fiquei arrasado com essa história!
• Frase interrogativa – expressa pergunta ou questionamento; é encerrada por ponto de interrogação, quando a pergunta é direta, ou por ponto final, quando é indireta.
Onde estão nossas mochilas?
Diga-me onde estão nossas mochilas.

Interjeições: elas valem por frases
Interjeições são sons, palavras e expressões usadas para traduzir emoções ou reações, como susto, satisfação, raiva, chamamento, encorajamento etc. Quando formadas por mais de uma palavra, são chamadas de locuções interjetivas. Veja, nesta tira, o emprego de uma interjeição.


      Ai! expressa dor e equivale a uma frase inteira, porque, nesse contexto, tem sentido completo.
      As interjeições e locuções interjetivas costumam vir acompanhadas pelo ponto de exclamação: Oh!, Força!, Oi!, Vamos lá!, Pois não! etc.

Tipos de frase NA PRÁTICA
1. O ponto final, o ponto de exclamação e o ponto de interrogação foram retirados do texto e substituídos por números. Anote os números no caderno e ponha a pontuação adequada ao lado de cada um.

Por que alguns mosquitos
são transmissores de doenças?
      Zika, chikungunya e dengue (1) Três doenças, um mosquito transmissor: Aedes aegypti (2) Trata-se de um inseto superpoderoso (3) Nada disso (4) Ele apenas tem as características necessárias para conservar no seu organismo os vírus que causam essas doenças e acaba por transmiti-los quando pica as pessoas (5) Vamos entender a razão pela qual alguns mosquitos transmitem certas doenças (6)
       Para começar, precisamos ter em mente que a vida dos vírus que causam essas doenças não é fácil (7) Quando o mosquito transmissor se alimenta do sangue de uma pessoa com dengue, por exemplo, ele adquire o vírus que chega ao seu estômago (8) Dentro do mosquito, o vírus precisa driblar as defesas do organismo do inseto para sobreviver e alcançar sua glândula salivar (9) Quando o vírus alcança essa glândula, o mosquito está pronto para transmiti-lo na próxima picada (10)
[...]
Tamara NuNes de Lima Camar. Por que alguns mosquitos são transmissores de doenças? Ciência Hoje das Crianças, ed. 275, jan./fev. 2016. p. 12.
2 Leia a reportagem a seguir.
Você tem medo de aranhas?
Elas são a brincadeira favorita nas Filipinas
       Achar aranhas é difícil. É preciso entrar no meio do mato e até subir em árvores para encontrar os aracnídeos certos.
        Quando finalmente as crianças encontram dois desses animais, de patas longas e abdômen saltado e arredondado, elas colocam os bichos em um graveto e esperam que a luta comece. Um avança sobre o outro, e a batalha só acaba quando um dos dois despenca do pequeno galho.
       Essa é a brincadeira favorita de meninos e meninas da cidade de Tacloban, nas Filipinas. [...]
        No Brasil, há diversas brincadeiras tradicionais nas mais diferentes regiões do país – aparentemente, nenhuma com aranhas. [...]
Você tem medo de aranhas? Elas são a brincadeira favorita nas Filipinas. Folhinha. Disponível em: . Acesso em: 14 jun. 2018.

a) Assim como no texto da atividade 1, o título deste texto é uma frase interrogativa. Qual é o efeito de títulos assim sobre o interlocutor?
b) “Achar aranhas é difícil”. Que diferença seria notada caso o ponto final dessa frase fosse trocado por ponto de exclamação?
c) Qual é a função da segunda frase do texto em relação à primeira: contradizer a afirmação, comprová-la ou exemplificá-la?
d) Compare esse texto com o da atividade 1. Que tipo de frase predomina?
Por que frases assim costumam ser maioria nos textos expositivos?
e) Os dois textos foram publicados em sites voltados principalmente para crianças. Cite uma característica que os aproxime desse público.
f) A brincadeira com aranhas envolve uma dificuldade. Que expressão indica que nem todas as aranhas servem para esta brincadeira?
g) Qual palavra mostra que encontrar duas aranhas do tipo necessário não é fácil?
a) Como a personagem se sente ao acordar? O que provoca essa sensação?
b) Por que, no segundo quadrinho, esse sentimento é abandonado?
c) Observe as notas musicais desenhadas na lateral direita do primeiro quadrinho. Explique o que elas representam e por que foram desenhadas nessa posição.
d) O uso de reticências no final das frases das legendas sugere uma continuação. A fala da personagem completa essas frases de forma coerente? Explique sua resposta.
e) Os pontos de interrogação e exclamação são típicos de dois tipos diferentes de frase. Quais são eles?
f) O que a presença de um ponto de exclamação sugere na pergunta do segundo quadrinho?


Oração e período
1. O que o leitor provavelmente imagina quando lê o primeiro quadrinho?
2.  O humor se constrói pela quebra de expectativa. O que levou, de fato, o personagem do primeiro quadrinho a dizer aquela frase?
3. Por que as três falas da tira podem ser consideradas frases?
4. Essas três frases são de um único tipo. Qual? O que explica essa predominância?
5. Quais são as formas verbais ou locuções verbais presentes em cada fala?

      Além da classificação das frases em tipos, que considera o objetivo e a entonação, existe uma classificação que leva em conta sua estrutura. Acompanhe a análise das
falas da tira.

“Sem exceção!”
Classifica-se como frase nominal, porque não apresenta verbo.

“Avestruz não pode voar!”
Classifica-se como oração, porque apresenta um único verbo; no caso, uma locução verbal. Também é chamada de período simples.

Paguei a passagem, tenho passaporte, tomei as vacinas!”
Classifica-se como período composto, porque é formado por mais de uma oração

        Quando o período composto apresenta orações separadas por vírgulas e sem conectivos para uni-las, é chamado de período composto por coordenação.
As orações podem ser constituídas por uma ou duas unidades. O predicado é a unidade que contém o verbo e seus complementos e é obrigatório em qualquer oração. O sujeito é a unidade que contém o ser ou objeto sobre o qual o verbo declara algo e nem sempre está presente. Veja.

Avestruz não pode voar!”     
Sujeito     predicado

 (eu) Paguei a passagem.
           Predicado
O sujeito existe e está implícito na
desinência do verbo.


Chovia demais naquele instante
          Predicado
Não há um sujeito ao qual se possa atribuir o processo verbal.







Oração e período NA PRÁTICA
1. No trecho a seguir, escrito pela autora paulista Fanny Abramovich, uma narradora conta como foi sua agitada juventude a uma amiga que reencontra após muitos anos. Leia uma das páginas de diário que compõem o texto.

Voltas e voltas
1º de janeiro de 1968
       Que noite! Que festa!!! De arromba!!!
        Um grande réveillon! A mais fantástica e linda passagem de ano-novo que já vivi. Se todo o ano de 1968 for assim, não pararei nem um minuto.
De me mexer, de falar, de vibrar, de compartilhar. De viver gostosamente.
Dum jeito mais solto. Vibrante. Tomara que tudo aconteça nesse ritmo e nesse entusiasmo. Se for mesmo assim, não pararei em nenhum segundo.
       Feliz ano-novo! Feliz 1968!!
Fanny abramovich. As voltas do meu coração. 19. ed.
São Paulo: Atual, 2003. p. 21. (Entre Linhas).


a) Que experiência é contada nessa página de diário?
b) No texto alternam-se dois tipos de frase. Quais são eles?
c) O que explica a alternância desses dois tipos?
d) Observe o uso do ponto de exclamação. O que é sugerido pela repetição desse sinal no final de uma frase?
e) Releia o primeiro parágrafo do texto. Como se classificam as frases quanto à estrutura? Justifique.
f) Transcreva as demais frases com essa mesma classificação.
g) Como se classifica, quanto à estrutura, o fragmento “Se todo o ano de 1968 for assim, não pararei nem um minuto”? Justifique.
h) As frases do texto são curtas e fragmentadas. Algumas delas, muitas vezes, complementam frases anteriores. Por que essa linguagem não é inadequada no gênero diário?

Leia esta tirinha com os personagens Charlie Brown e Snoopy.


Charles M. sChulz. Peanuts completo: 1957-1958. Trad. Alexandre Boide. Porto Alegre: L&PM, 2014. p. 167.
a) O que fez Snoopy ficar irritado com Charlie Brown?
b) Que expressão revela que a ação irritante não é uma novidade?
c) Você conclui que o garoto entendeu o motivo de o cachorro ter gritado? Explique.
d) Qual das falas da tira é uma frase nominal? Justifique sua resposta.
e) Anote no caderno os dois períodos abaixo. Sublinhe os verbos ou locuções verbais e, em seguida, divida as orações com uma barra (/).
I. “Se ele me chamar de ‘cara peluda’ mais uma vez, eu vou gritar!”
II. “Nunca tinha ouvido um cachorro gritar...”
f) As orações do período I estão relacionadas pela palavra se. Que sentido é expresso por ela: causa, hipótese, tempo ou consequência?
g) Reescreva o período II de modo que ele se transforme em um período simples.

 GABARITO:
1. Nos cinco primeiros quadrinhos, aparecem comportamentos que envolvem mentira ou enganação.
2. Os quadrinhos representam situações em que uma mentira foi ou está sendo dito, o que se relaciona ao dia 1o de abril. Análise dos quadrinhos: 1o e 2o: o garoto finge ter lançado a bolinha para o cão, que a procura inutilmente; 3o: o cão reclama porque seu dono o enganou com a proposta de um passeio e o levou ao veterinário; 4o: o garoto justifica a ausência de um trabalho escolar dizendo que o cachorro o comeu; 5o: um cachorro considerado feio é elogiado por sua “beleza”.
3. No quinto quadrinho.
4. Não. O contexto é suficiente para que se compreenda o sentido da fala.
5. O contexto completa a fala: o complemento do verbo é a bolinha que aparece na mão do personagem.

TIPOS DE FRASE
1. A primeira.
2. Resposta pessoal. Sugestão: o ritmo é mais lento, com a pronúncia de cada sílaba bem marcada e um provável alongamento da sílaba tônica.
3. Na primeira, o falante dá uma ordem; na segunda, faz um elogio, portanto revela um sentimento ou uma impressão sobre o animal.
4. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos indiquem o contexto em que as frases estão inseridas e o próprio balão de fala.
5. Sim. Nesse caso, a pronúncia deve se adequar a uma declaração.

1. A pontuação do texto original da revista é esta: (1) e (2) = ponto final; (3) = ponto de interrogação; (4) = ponto de exclamação; (5) = ponto final; (6) = ponto de interrogação; (7) = ponto de exclamação; (8), (9) e (10) = ponto final. Contudo, os números (4), (6) e (7) podem ser substituídos por ponto final.
2.
a) As frases interrogativas convidam o leitor a pensar a respeito do tema, convidando-o a ler o texto.
b) O texto enfatizaria a dificuldade de realização da ação citada (encontrar aranhas).
c) Comprová-la.
d) Predominam as frases declarativas, porque servem para relatar fatos ou apresentar informações.
e) A linguagem simples, com vocabulário acessível, os temas abordados etc.
f) A expressão os aracnídeos certos. Alerte os alunos para o fato de que brincar com aranhas é perigoso, além de ser crueldade colocar os animais em disputas.
g) Finalmente

3a. A personagem se sente feliz, sensação promovida pelo clima agradável e pela possibilidade de ouvir o canto dos pássaros e sentir o aroma das flores.
3b. Porque a personagem percebe que não sabe onde está seu celular.
3c. As notas musicais representam o canto dos pássaros e foram desenhadas nessa posição para sugerir que o som está entrando pela janela.
3e. O ponto de interrogação aparece no final das frases interrogativas, e o de exclamação, no das exclamativas.
3d. Não. A fala quebra a expectativa ao transformar o que parecia ser uma reflexão sobre a vida em uma preocupação banal.
3f. Sugere que a pergunta traduz também um sentimento; no caso, o medo de ter perdido o celular.

1. O leitor imagina que o personagem está fazendo uma declaração sobre a capacidade ou não de o avestruz voar como as demais
2. O personagem estava contestando um avestruz que desejava voar de avião. aves.
3. Porque apresentam sentido completo.
4. São frases exclamativas. Essa predominância é explicada pelo fato de os
dois personagens estarem discutindo.
5. 1ª fala: pode voar (locução); 2a fala: paguei, tenho, tomei; 3a fala: não há verbo nem locução verbal.
Oração período
2ª.A narradora conta como passou o reveillon de 1968.
2b. frases declarativas e frases exclamativas.
2c. As frases declarativas contam o que aconteceu e a opinião da narradora sobre suas experiências; as exclamativas expressam suas sensações de maneira mais viva, emotiva.
2d. Uma fala mais emocional e enfática.
2e.São frases nominais porque não apresentam verbos.
2f. “Um grande réveillon!”, “Dum jeito mais solto”, “Vibrante”, “Feliz ano-novo!” e “Feliz 1968!!”.
2g. Trata-se de um período composto, porque é formado por duas orações (organizadas em torno das formas verbais for e pararei).
2h. O gênero diário traz a expressão de vivências e sentimentos, constituindo uma comunicação informal e íntima, por isso aceitam-se construções que pareçam seguir o ritmo do pensamento e se mostram mais espontâneas.


1a. O fato de Charlie Brown tê-lo chamado de “cara peluda”.
1b.Mais uma vez.
1c. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que a fala revela que o garoto apenas estranhou o fato de o cachorro ter gritado, sem apresentar nenhuma interpretação desse gesto.
1d. “Bom dia, cara peluda!” é uma frase nominal, porque não apresenta verbo.
1e-I. “Se ele me chamar de ‘cara peluda’ mais uma vez, / eu vou gritar!” 1e-II. “Nunca tinha ouvido / um cachorro gritar...”
1f. Hipótese.
1g. Nunca tinha ouvido o grito de um cachorro.
BIBLIOGRAFIA:
ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. 6º ano — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.