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sábado, 8 de maio de 2021

CONTO AFRICANO - TODOS VOCÊS - 6º ANO

 

CONTO AFRICANO - TODOS VOCÊS -  6º ANO

 

        Depois de formar a Terra, o Criador, todos os meses, realizava uma festa no céu para as aves, pois a mãe-terra ainda era jovem e não havia árvores frutíferas suficientes para alimentar a todas. Ele também aproveitava a ocasião para agradecer as aves pelos seus lindos cantos, dia e noite. Nesses tempos, a tartaruga vivia se queixando, pois fora criada com muito peso nas costas, suas pernas eram tão curtas que quase não conseguia se locomover e, ainda por cima, precisava andar muito atrás de comida. Todos os dias, queixava-se:

        — Se eu tivesse asas, tudo seria diferente... A minha vida seria mais fácil.

 Enquanto as aves, do alto das árvores, comiam frutas, a tartaruga, embaixo, lamentava a sua sorte, pois tinha que se contentar com os restos que caíam dos bicos delas.

        De tanto ouvirem as lamentações da tartaruga, as aves fizeram uma reunião e decidiram ajudá-la. Cada uma doou uma de suas penas para confeccionar o melhor par de asas para o pobre réptil e ensiná-lo a voar.

        A partir daquele dia, a vida da tartaruga mudou. Passou a fazer tudo que sempre havia desejado: voava de árvore em árvore, comendo as melhores frutas. Ela zombava dos animais que não tinham asas, pois não se considerava mais um réptil, mas uma ave. Deixou-se dominar pelo orgulho.

        Na véspera da viagem para o céu, as aves convidaram a tartaruga para a festa do Criador, reservada só para os animais que voavam.

        Egoísta e ingrata, a tartaruga ficou matutando um modo de comer o melhor da festa.

        Antes da viagem, ela disse às aves que o céu era um lugar especial e, portanto, deveriam entrar lá de um modo especial. Propôs que cada uma escolhesse um novo nome. As aves aceitaram e todas escolheram um novo nome, cada um mais bonito do que o outro. A tartaruga ficou por último e disse que seu novo nome era Todos Vocês. As aves acharam aquele nome muito estranho, mas ninguém se importou.

        Durante a viagem, a tartaruga fez questão que cada uma repetisse seu novo nome muitas vezes para que não se esquecessem. Chegando ao céu, todas assinaram o livro de presença com seu nome novo. Sentaram-se à mesa, o Criador agradeceu a todas pelos seus belos cantos e mostrou-lhes as iguarias preparadas para elas. Terminado o discurso, a tartaruga levantou e perguntou ao Criador para quem ele fizera todas aquelas delícias. Ele respondeu:

        — Para todos vocês!

        Nesse momento, a tartaruga lembrou as aves do seu novo nome: Todos Vocês; portanto, a mesa posta era só para ela. Que esperassem a vez delas.

        Ela comeu e bebeu, enquanto as aves só olhavam. Elas ficaram muito decepcionadas com a atitude da tartaruga.

        Quando chegou a hora de voltarem à Terra, cada uma delas tratou de pegar sua pena de volta e, num instante, a tartaruga ficou sem asas.

        Ao entrarem para limpar o salão, os empregados encontraram a tartaruga escondida e lançaram-na para a Terra; a queda foi tão forte que o seu casco duro e brilhante quebrou-se em pedaços.

        A formiga e seus filhotes acharam o casco da tartaruga todo quebrado e pensaram que o pobre animal estivesse morto. Então juntaram e emendaram o casco para construir um formigueiro.

        Passados alguns dias, a tartaruga se sentiu melhor, levantou-se e saiu andando.

        E foi assim que a tartaruga ganhou o casco emendado que tem até hoje.

 

UNU NILE – TODOS VOCÊS disponível em: SUNNY. Ulomma. A casa da beleza e outros contos. São Paulo: Paulinas, 2006, p. 23-28

 

01 – Como era a vida da tartaruga no início do conto? O que mudou?

      Vivia cansada e tinha muito trabalho para conseguir comida. Sua vida muda ao receber um par de asas.

 

02 – Que estratégia a tartaruga adota para que ocorra uma mudança em sua vida?

      Reclama todo o tempo da dificuldade que é sua vida. Faz-se de vítima do mundo.

 

03 – Qual foi a “jogada” da tartaruga para, chegando à festa, ter direito a desfrutar do banquete primeiro?

      Escolheu para si um nome que, provavelmente, seria a resposta que receberia para a pergunta que faria.

 

04 – Qual o sentimento das aves em relação à tartaruga?

      Decepção.

 

05 – No trecho “Egoísta e ingrata, a tartaruga ficou matutando um modo de comer o melhor da festa”, que palavras indicam a opinião do narrador sobre a tartaruga?

      Egoísta e ingrata.

 

06 – E você, o que pensa da atitude da tartaruga?

      Resposta Pessoal do aluno.

 

07 – Considerando a atitude da tartaruga, que outras palavras a descreveriam?

      Resposta pessoal do aluno.

 

08 – Releia o início do conto “Todos Vocês” e observe os verbos destacados nos primeiros parágrafo. Pra você em que tempo estão?

      Resposta pessoal do aluno.

 

09 – Você diria que essas ações aconteceram uma vez ou aconteciam sempre (por exemplo, aconteceu de as aves comerem fruta e de a tartaruga lamentar sua sorte só uma vez ou elas faziam isso sempre)?

      Aconteciam sempre.

 

10 – Agora destaque os verbos destacados no quarto parágrafo. Essas ações aconteciam sempre ou aconteceram só uma vez?

       Aconteceram só uma vez.

 

11 – Qual dos dois tempos verbais descreve a situação inicial do conto, caracterizando o cenário e as personagens e dizendo como era a vida deles? 

      Os destacados nos primeiros parágrafos (pretérito imperfeito).

 

12 – Qual dos dois tempos verbais indica uma ação pontual que situa o início da ação principal da história (seu problema)?

      Os destacados no quarto parágrafo (pretérito perfeito).

 

CRÔNICA - A PALAVRA - GABARITO

 

CRÔNICA - A PALAVRA

    Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta.

       Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.

        Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento – e depois esqueci.

       Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.

        Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven – o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro de ouro?

           Alguma coisa que eu disse distraído – talvez palavras de algum poeta antigo – foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.

 

A Palavra, Rubem Braga. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/11536/a-palavra acesso em 20/04/02021.

 

1. A frase que melhor expressa a ideia principal do texto é:

a) Por acaso, a palavra ajuda.

b) Pela palavra vivemos em voz alta.

c) Sem querer a palavra fere.

d) Sempre a palavra é perigosa.

e) Sempre a palavra é impiedosa.

 

2. O texto pode ser dividido em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão, e cada parte tem uma ideia principal que recebe um título. A introdução compreende o primeiro e segundo parágrafos; o título mais adequado a esse trecho é:

a) Uma palavra que faz bem.

b) Uma comparação.

c) Os efeitos das palavras.

d) Uma analogia.

e) Uma palavra que surpreende.

 

3. “Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas.” Sentir, numa pessoa, uma reticência de mágoas, significa que a pessoa:

a) confessa timidamente que foi magoada.

b) demonstra pouca mágoa sem dizer nada.

c) interrompe o que estava dizendo, magoada.

d) mantém-se constantemente calada.

e) mantém-se constantemente alerta.

 

4.  “Imprudente ofício é este...” O cronista, na citação acima, usa o adjetivo imprudente para qualificar seu ofício porque:

a) é obrigado a viver em voz alta.

b) pode ferir alguém.

c) tem de escrever muito.

d) pode ajudar alguém.

e) tem de conhecer inúmeras palavras.

 

5. No texto, o ofício de cronista é definido como um ofício “de viver em voz alta”. Isso significa que, para Rubem Braga, escrever crônicas é:

a) ser conhecido por todo mundo.

b) não conseguir esconder nada de ninguém.

c) contar aos outros suas experiências pessoais.

d) escrever tudo o que pensa e sente.

e) falar apenas das coisas do cotidiano.

 

6. “Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém.” A palavra destacada pode ser substituída no texto, por:

a) dia.

b) alguém.

c) outro.

d) palavra.

e) agora.

 

7.  “... e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven...” A mesma regra que justifica a acentuação da palavra melódica justifica a acentuação de:

a) máquina.

b) distraída.

c) espontânea.

d) canário.

e) alguém.

 

8.  “... e o canário COMEÇOU A CANTAR alegremente.” A forma verbal destacada expressa ideia de fato:

a) inacabado no momento em que é narrado.

b) passado anterior a outro também passado.

c) incerto, duvidoso.

d) supostamente concluído.

e) concluído.

01 – Assinale a alternativa correta que indica inferência em relação a crônica de Rubem Braga.

a)   Somente pessoas tristes é que despertam com melodias esquecidas dentro da alma de alguém.

b)   As palavras têm, às vezes, o poder de nos irritar em qualquer etapa da vida.

c)   As nossas remotas esperanças precisam de um sorriso de princesa que vive num reino muito distante.

d)   À semelhança da narrativa do autor, determinada palavra pode nos remeter ao passado e trazer momentos de alegria na vida.

e)   Pessoas que não sabem viver em voz alta são hostis e cheias de mágoas, por isso uma frase espontânea não lhe faz bem algum.

 

02 – O cronista qualifica seu ofício de “imprudente”. O ofício de cronista é imprudente porque:

a)   É obrigado a viver em voz alta.

b)   Tem de escrever muito.

c)   Pode ferir alguém.

d)   Pode ajudar alguém.

 

03 – Observe o seguinte fato ocorrido no texto: “Minha amiga assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven”. A consequência desse fato foi que:

a)   O autor ficou distraído.

b)   O cronista ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo.

c)   O canário começou a cantar alegremente.

d)   Uma princesa que estava triste, sorriu.

 

04 – Melodias é uma metáfora usada no texto para representar:

a)   Uma canção esquecida.

b)   Coisas boas, sonhos.

c)   Palavras espontâneas, amigas.

d)   Palavras de algum poeta antigo.

 

05 – A frase que expressa a ideia principal da crônica é:

a)   Sem querer, a palavra fere.

b)   Por acaso, a palavra ajuda.

c)   Pela palavra, vivemos em voz alta.

d)   Sempre a palavra é perigosa.

 

06 – Segundo o texto, sentir numa pessoa uma reticência de mágoas significa que a pessoa:

a)   Confessa timidamente que foi magoada.

b)   Demonstra mágoa sem dizer nada.

c)   Interrompe o que estava dizendo, magoada.

d)   Manifesta indiferença.

 

07 – Para o autor Rubem Braga, escrever crônicas é:

a)   Ser conhecido por todo mundo.

b)   Não conseguir esconder nada de ninguém.

c)   Contar aos outros suas experiências pessoais.

d)   Escrever tudo o que pensa e sente.

 

08 – Nos dois primeiros parágrafos, o cronista fala dos efeitos da palavra que tanto pode ferircomo ajudar.

a)   Gerar mágoas ou levar alguém a se reconciliar consigo mesmo.

b)   Levar alguém a sentir vontade de fazer algo bom.

c)   Gerar hostilidade em alguém.

d)   Gerar tristeza e revolta em alguém.

 

09 – “Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém”. As palavras sublinhadas no período acima exercem, respectivamente, a função sintática de:

a)   Sujeito – Objeto indireto.

b)   Sujeito – Objeto direto.

c)   Sujeito – complemento nominal.

d)   Adjunto adnominal – sujeito.

 

10 – “Minha amiga assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven”. O sujeito da oração acima é:

a)   Minha amiga.

b)   Beethoven.

c)   Uma pequena frase.

d)   Frase melódica.

 

11 – Imprudente ofício é este, de viver em voz alta. O ofício a que Rubem Braga se refere é o seu próprio, o de escritor. Para caracterizá-lo, além do adjetivo “imprudente”, ele recorre a uma metáfora: “Viver em voz alta”. O sentido dessa metáfora relativa ao ofício de escrever, pode ser entendido como:

a)   Superar conceitos antigos.

b)   Prestar atenção aos leitores.

c)   Criticar prováveis interlocutores.

d)   Tornar públicos seus pensamentos.

 

12 – Alguma coisa que eu disse distraído – talvez palavras de algum poeta antigo – foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. O cronista revela que sua fala ou escrita pode conter algo escrito por “algum poeta antigo”. Ao fazer essa revelação, o cronista se refere ao seguinte recurso:

a)   Polissemia.

b)   Pressuposição.

c)   Exemplificação.

d)   Intertextualidade.

 

13 – O episódio do canário traz uma contribuição importante para o sentido do texto, ao estabelecer uma analogia entre a palavra do escritor e a música assobiada pela amiga. A inserção desse episódio no texto reforça a seguinte ideia:

a)   A intolerância leva o artista ao isolamento.

b)   A arte atinge as pessoas de modo inesperado.

c)   A solidão é remediada com soluções artísticas.

d)   A profissão envolve o artista com conflitos desnecessários.

 

14 – O final do texto revela uma reflexão do escritor acerca do poder da sua escrita, a partir da menção a uma princesa e a um povo. Essa menção sugere, principalmente, que o escritor deseja que suas palavras tenham o poder de:

a)   Desfazer as ilusões antigas.

b)   Permear as classe sociais.

c)   Ajudar as pessoas discriminadas.

d)   Abolir as hierarquias tradicionais.

 

 

CONTO PEQUENO – AS DUAS MULHERES E O CÉU 6º ANO

 

CONTO PEQUENO – AS DUAS MULHERES E O CÉU 6º ANO

 

       No começo dos tempos, a distância entre o céu e a terra era bem pequena: não passava da altura de uma girafa.

      Certo dia, numa aldeia africana, duas mulheres estavam com os seus pilões amassando grãos de trigo. As duas não paravam de falar. Era uma fofoca atrás da outra. Uma delas, empolgando-se muito com o falatório, levantou o pilão tão alto que fez um furo no céu.

       – Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – gritou o céu.

       Tão animadas com a conversa estavam as duas mulheres, que não ouviram o grito.

      Acontece que não parou por aí. O espaço celeste começava a ganhar furos e mais furos porque as duas mulheres, de tão empolgadas com a conversa, não perceberam que seus pilões rasgavam o céu, que continuava a gritar.

     Lá em cima, o tapete azulado chorou, berrou e nada adiantou. Finalmente, tomou uma decisão:

      – Assim não dá mais, vou me afastar da terra o máximo que puder.

      Subiu, subiu o mais alto que pôde. Quando chegou lá no topo do mundo, sossegou:

     – Aqui está bom. Ninguém mais vai conseguir me furar.

      Todos os furos que as duas mulheres fizeram nunca mais foram fechados. Os africanos dizem que esses furos podem ser vistos diariamente durante a noite: são as estrelas do céu.

(BRENMAN, Ilan. As narrativas preferidas de um contador de histórias. Difusão Cultural do Livro, 2005.)

 

1. Essa história, de origem africana, é um conto etiológico. Esses textos procuram dar uma explicação para a origem das coisas e dos seres. Pensando nisso, podemos afirmar que o texto As duas mulheres e o céu é um conto etiológico porque explica:

a) a razão de as girafas terem o pescoço comprido.

b) como surgiu o continente africano.

c) o surgimento dos planetas.

d) como surgiram as estrelas do céu.

e) a razão de o céu ter a cor azulada.

 

        De modo geral, os contos têm, em sua organização, uma estrutura narrativa bem marcada: a situação inicial, o desenvolvimento e a situação final. Veja:

      Na situação inicial, costuma-se descrever uma situação de equilíbrio, de tranquilidade. Pode-se apresentar também o lugar e o tempo (mesmo vagos) em que se passa a história.

 

     No desenvolvimento, as ações se desenrolam, surge um problema na história e muitas coisas acontecem a partir disso.

 

      Na situação final, o conflito começa a ser resolvido e apresenta-se o desfecho da história.

2. A partir dessas informações, assinale a alternativa que traz a correta correspondência de cada uma das partes ao texto.

A)

Situação inicial: parágrafos 1 e 2

Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 3 a 6.

Situação final: parágrafos 7 a 10.

 

B)

Situação inicial: parágrafo 1

Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 2 a 8.

Situação final: parágrafos 9 e 10.

C)

Situação inicial: parágrafo 1

Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 2 a 6.

Situação final: parágrafos 7 a 10.

 

Situação inicial: parágrafo 1. O trecho apresenta o tempo em que se passa a história e descreve uma situação de equilíbrio e tranquilidade.

Desenvolvimento da história e apresentação do conflito: parágrafos 2 a 6. Surge o conflito da narrativa e a partir daí as ações se desenrolam.

Situação final: parágrafos 7 a 10. O conflito se encaminha para uma solução e há o desfecho da narrativa.

 

3. Releia este trecho do texto:

“Lá em cima, o tapete azulado chorou, berrou e nada adiantou. Finalmente, tomou uma decisão:

 – Assim não dá mais, vou me afastar da terra o máximo que puder.

 Subiu, subiu o mais alto que pôde. Quando chegou lá no topo do mundo, sossegou.”

 

      Imagine que não apenas o céu (o “tapete azulado”) mas também a lua tivessem tomado essa decisão. Nesse caso, como deveria ser escrito o trecho em destaque no quadro? Assinale a resposta certa.

A) Lá em cima, o tapete azulado e a lua choraram, berraram e nada adiantaram. Finalmente, tomou uma decisão:

 – Assim não dá mais, vamos nos afastar da terra o máximo que pudermos.

 Subiu, subiu o mais alto que pôde. Quando chegaram lá no topo do mundo, sossegaram.

 

B) Lá em cima, o tapete azulado e a lua choraram, berraram e nada adiantou.

Finalmente, tomaram uma decisão:

 – Assim não dá mais, vamos nos afastar da terra o máximo que pudermos.

 Subiram, subiram o mais alto que puderam. Quando chegaram lá no topo do mundo, sossegaram.

 

C) Lá em cima, o tapete azulado e a lua choraram, berraram e nada adiantou.

Finalmente, tomaram uma decisão:

 – Assim não dá mais, vamos nos afastar da terra o máximo que pudermos.

 Subiram, subiram o mais alto que puderam. Quando chegaram lá no topo do mundo, sossegou.

 

POEMA - GENTE TEM SOBRENOME – TOQUINHO-

 

GENTE TEM SOBRENOME – TOQUINHO-

Ouvir Gente Tem Sobrenome

Não encontrámos nada.

Todas as coisas têm nome

Casa, janela e jardim

Coisas não têm sobrenome

Mas a gente sim

 

Todas as flores têm nome

Rosa, camélia e jasmim

Flores não têm sobrenome

Mas a gente sim

 

O Chico é Buarque, Caetano é Veloso

O Ari foi Barroso também

E tem os que são Jorge, tem o Jorge Amado

Tem outro que é o Jorge Ben

 

Quem tem apelido, Dedé, Zacarias

Mussum e a Fafá de Belém

Tem sempre um nome e depois do nome

Tem sobrenome também

 

Todo brinquedo tem nome

Bola, boneca e patins

Brinquedos não têm sobrenome

Mas a gente sim

 

Coisas gostosas têm nome

Bolo, mingau e pudim

Doces não têm sobrenome

Mas a gente sim

 

Renato é Aragão, o que faz confusão

Carlitos é o Charles Chaplin

E tem o Vinícius, que era de Moraes

E o Tom Brasileiro é Jobim

 

Quem tem apelido, Zico, Maguila

Xuxa, Pelé e He-man

Tem sempre um nome e depois do nome

Tem sobrenome também

TOQUINHO. Gente tem sobrenome. Disponível em: https://www.letras.mus.br/toquinho/87252/  acesso em:20/04/2021.

 

1) O que mais chamou sua atenção ao ler o texto?

 

2) Os objetos, flores e as coisas têm sobrenome? Por quê?

 

3) E o apelido? Você acha certo? O que significa para você?

 

4) Na sua opinião, o sobrenome significa ..............................

 

5) Você conhece o significado do seu nome? Qual é?

 

6) Quem escolheu o seu nome? Por quê?

 

7) Se você pudesse, mudaria seu nome? Qual seria?

 

8) Destaque do texto os sobrenomes existentes.

 

9) No texto que você leu aparecem alguns apelidos. Quais?

 

10) Retire do poema todos os nomes. Por que eles são escritos com

letra maiúsculas?

POEMA – IDENTIDADE – PEDRO BANDEIRA – 6º ANO GABARITO

 

POEMA – IDENTIDADE – PEDRO BANDEIRA – 6º ANO

Às vezes nem eu mesmo

sei quem sou.

às vezes sou.

"o meu queridinho",

às vezes sou

"moleque malcriado".

Para mim

tem vezes que eu sou rei,

herói voador,

caubói lutador,

jogador campeão.

às vezes sou pulga,

sou mosca também,

que voa e se esconde

de medo e vergonha.

Às vezes eu sou Hércules,

Sansão vencedor,

peito de aço

goleador!

Mas o que importa

o que pensam de mim

Eu sou quem sou,

eu sou eu,

sou assim,

sou menino.

Pedro Bandeira. Cavalgando o arco-íris. São Paulo, Moderna, 1993. Disponível em: https://frases.tube/230618_identidade-br-as-vezes-nem-eu-mesmo-br-sei-quem-sou-br-as acesso em: 20/04/2021.


1) Por que o menino diz: “Às vezes nem eu mesmo sei quem sou”?

 

2) O que você acha que o menino quis dizer com os versos:

“Às vezes sou pulga, (...)

Às vezes eu sou Hércules”?

 

3) Procure saber sobre esses personagens e suas façanhas.

a) Quem é Hércules?

b) Quem é Sansão?

 

4) Por que o autor afirma que Sansão é um vencedor?

 

5) Leia os versos abaixo:

“Para mim

tem vezes que sou rei,

herói voador,

caubói lutador,”

Exemplifique algumas situações vivenciadas por você que o fizeram

sentir-se um herói, um caubói, um rei.

 

6) Quem poderia ter dito as seguintes expressões ao menino: “O meu queridinho” e “moleque malcriado”? Como você chegou a essa conclusão?

 

7) Qual o sexo e a idade aproximada do narrador do poema? Justifique sua resposta.

 

8) O narrador vive um conflito de identidade, ou seja, às vezes não sabe quem é. Na sua opinião, é comum alguém ter essa dúvida? Por quê?

 

9) Ao observar um colega ou mesmo você, que outros conflitos você considera comuns nessa faixa de idade?

 

10) Como você reage ao receber esses tratamentos:

“meu queridinho” ou “moleque malcriado”?

 

11) Pesquise o significado da palavra identidade.

 

12) A palavra identidade foi usada no texto, em que sentido?

ATIVIDADE 02

1.Responda:

a)Qual é o seu nome? Resposta pessoal

 

b)Qual é o nome da sua escola? Resposta pessoal

 

c)Qual é o nome do seu/sua professor(a)? Resposta pessoal

 

d)Qual é o nome da sua cidade? Resposta pessoal

 

e)Qual é o  nome da sua mãe? Resposta pessoal

 

f)Qual é o nome do seu pai? Resposta pessoal

 

g)Você tem irmãos? Quantos e qual é os nomes deles? Resposta pessoal

 

2.Quem escreveu o texto “Identidade”?

Pedro Bandeira.

 

3.Retire do texto 04 palavras que possuem sons parecidos.

voador/lutador/vencedor/goleador

4.Ao sentir medo ou vergonha, o menino gostaria de ser o quê?

Pulga ou mosca.

 

5.Em qual momento do dia  o menino é rei, herói voador, caubói lutador e jogador campeão?

No momento em que ele está brincando.

 

6.O menino diz não se importar com o que pensam dele. Por quê?

Por que ele é ele mesmo um menino.

 

7.E você se importa com o que as pessoas pensam de você?

Resposta pessoal

 

8.E você, o que gostaria de ser quando sente medo ou vergonha? Por quê?

R. pessoal


sexta-feira, 7 de maio de 2021

ARTIGO CONCEITO E SEMÂNTICA - SIGNIFICADOS

 ARTIGO DEFINIDO CONCEITO, TEORIA e SEMÂNTICA (significados).

       Conceito: Artigo é a palavra variável em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) que precede o substantivo, determinando-o de modo preciso ou vago, indicando-lhe o gênero e o número.

 

·         GÊNERO e NÚMERO

ARTIGOS DEFINIDOS

 

ARTIGOS INDEFINIDOS

 

SINGULAR

PLURAL

 

 

SINGULAR

PLURAL

MASCULINO

O

OS

 

MASCULINO

UM

UNS

FEMININO

A

AS

 

FEMININO

UMA

UMAS

 

1. Complete os espaços com artigos.

a) Guarde ........canetas.

b) Pegue ...........lápis.

c) Comprei............sandália nova.

d) Sujei..........tênis.

e) ............Lucas estuda muito.

f) Você conhece .........Mia Couto?

g) .......Dominique fez aniversário.

 

CONCEITO: O artigo é usado principalmente para indicar o gênero e o número do substantivo. Quando não conhecemos o número ou o gênero de uma palavra em um texto é o artigo que nos indica de forma clara.

 

·         ESPECIFICAR / NÃO ESPECIFICAR: o uso do artigo especifica um substantivo e a sua ausência o torna o substantivo vago, comum.

Ø  O réu foi acusado do roubo.

O artigo definido o expressa que o réu foi acusado de um roubo específico, conhecido pelos interlocutores.

O réu foi acusado de um roubo.

O emprego do artigo indefinido um indica que houve um roubo qualquer, sobre o qual não há mais informações.

 O réu foi acusado de roubo. 

A ausência de artigo, por sua vez, torna a acusação mais vaga ainda, ao não especificar o objeto da acusação.

 Leia a tirinha.







  2. Quais são os artigos presentes no terceiro quadrinho?

...................................................................................

3. No contexto da tirinha, que diferença de sentido há nas expressões:

a) O amigo. ...................................................................................................

b) Um amigo. .................................................................................................

4. Que palavras o quadrinista utilizou para mudar o sentido do substantivo amigo?

..........................................................................................................................................

  •       CONJUNTO /INDIVIDUAL: a repetição do artigo reforça a individualidade, dá ênfase em cada item de uma série.  Quando usamos só um artigo damos ênfase no conjunto.

Ø  Os murros, as bofetadas e os pontapés lesionaram a vítima.

A repetição do artigo marca expressivamente cada termo, individualizando as brutalidades sofridas pela vítima.

Ø  Os murros, bofetadas e pontapés lesionaram a vítima.

 

A não repetição enfatiza o conjunto das brutalidades a que foi submetida  a  vítima, e  o  substantivo  murros  precedido  do  artigo  assume, estilisticamente, mais relevância no texto. 

 Leia a tirinha.







5. Quais os artigos presentes na tirinha?

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6. “Um ladrão de cavalos entrou no rancho...” nesse fragmente retirado do primeiro quadrinho o personagem sabe quem é o ladrão? Justifique de acordo com nossos estudos sobre os artigos.

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7. “Mas levou AS ferraduras, AS selas e A alfafa!” Por que no segundo quadrinho o cavalo repetiu os artigos.

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8. Mas levou ferraduras, selas e alfafa!  Se a fala do cavalo tivesse sido dessa forma teria o mesmo sentido? Que sentido teria?

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·         OUTROS SIGNIFICADOS

Ø  O réu foi visto com a mulher

Pressupõe-se que o réu é casado.

Ø  O réu foi visto com uma mulher.

 Pressupõe-se que o réu estava com uma mulher que não era a dele.

Leia a tirinha



  9. Quais os artigos presentes na tirinha?

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10. Na tirinha acima, qual a diferença de sentido entre:

a) um cachorro: .................................................................................................

b) o cachorro: ...................................................................................................