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sexta-feira, 1 de março de 2024

O ASSALTO VERISSIMO PROVA BRASIL DESCRITORES PARTE II

 

Aluno:______________________________________________________turma:____data___

O ASSALTO  (LUIS FERNANDO VERISSIMO)

          Quando a empregada entrou no elevador, o garoto entrou atrás. Devia ter uns dezesseis anos, dezessete anos. Preto. Desceram no mesmo andar. A empregada com o coração batendo. O corredor estava escuro e a empregada sentiu que o garoto a seguia. Botou a chave na fechadura da porta de serviço, já em pânico. Com a porta aberta virou-se de repente e gritou para o garoto:

          – Não me bate!

          – Senhora?

          – Faça o que quiser, mas não me bate!

          – Não senhora, eu… A dona da casa veio ver o que estava havendo. Viu o garoto na porta e o rosto apavorado da empregada e recuou, até pressionar as costas na geladeira.

          – Você está armado?

          – Eu? Não.

          A empregada, que ainda não largara o pacote de compras, aconselhou a patroa sem tirar os olhos do garoto:

          – É melhor não fazer nada, madame. O melhor é não gritar.

          – Eu não vou fazer nada, juro! – disse a patroa, quase aos prantos. – Você pode entrar. Pode fazer o que quiser. Não precisa usar de violência.

          O garoto olhou de uma mulher para a outra. Apalermado. Perguntou:

           – Aqui é o 712?

          – O que você quiser. Entre. Ninguém vai reagir.

          O garoto hesitou, depois deu um passo para dentro da cozinha. A empregada e a patroa recuaram ainda mais. A patroa esgueirou-se pela parede até chegar à porta que dava para a saleta de almoço. Disse:

          – Eu não tenho dinheiro, mas meu marido deve ter. Ele está em casa. Vou chamá-lo. Ele lhe dará tudo.

          O garoto também estava com os olhos arregalados. Perguntou de novo:

          – Este é o 712? Me disseram que era para pegar umas garrafas no 712.

          A mulher chamou com voz trêmula:

          – Henrique!

          O marido apareceu na porta do gabinete. Viu o rosto da mulher, o rosto da empregada e o garoto e entendeu tudo. Chegou à hora, pensou. Sempre me indaguei como me comportaria no caso de um assalto. Chegou a hora de tirar a prova.

          – O que você quer? – perguntou, dando-se conta em seguida do ridículo da pergunta. Mas sua voz estava firme.

          – Eu disse que você tinha dinheiro – falou a mulher.

          – Faço um trato com você – disse o marido ao garoto – dou tudo de valor que tenho em casa, contanto que você não toque em ninguém.

E se as crianças chegarem de repente? Pensou a mulher. Meu Deus, o que esse bandido vai fazer com as minhas crianças? O garoto gaguejou:

          – Eu… eu… é aqui que tem umas garrafas para pegar?  (...)

          – Não é para agradar, mas eu compreendo você. Você é uma vítima do sistema. Deve estar pensando: “Esse burguês cheio da nota está querendo me conversar”, mas não é isso não. Sempre me senti culpado por viver bem no meio de tanta miséria. Pode perguntar para minha mulher. Eu não vivo dizendo que tenho casa. Não somos ricos. Somos, com alguma boa vontade, da classe média alta. Você tem razão. Qualquer dia também começamos a assaltar para poder comer. Tem que mudar o sistema. Tome.

          O garoto pegou o dinheiro meio sem jeito.

          – Olhe, eu só vim pegar as garrafas…

          – Sônia, busque as suas joias. Ou melhor, vamos todos buscar as joias. Os quatros foram para a suíte do casal. O garoto atrás. No caminho ele sussurrou para a empregada:

          – Aqui é o 712? Me disseram para pegar umas garrafas…

          – Nós não temos mais nada, confie em mim. Também somos vítimas do sistema. Estamos do seu lado. Por favor, vá embora! (O analista de Bagé. Porto Alegre, L& PM, 1981.)

(D6) - 1. O texto O ASSALTO  é uma crônica. Marque a alternativa que indica qual o TEMA do texto.

a) desigualdade social

b) violência contra mulher

c) preconceito

d) miséria

(D1) - 2. De acordo com o texto a única afirmação correta é:

a) o corredor estava iluminado.

b) o nome do garoto era Henrique

c) as crianças chegaram de repente

d) O garoto só tinha ido pegar umas garrafas

(D16) - 3. Há presença de HUMOR na alternativa;

a) o que esse bandido vai fazer com as minhas crianças?

b) Esse burguês cheio da nota está querendo me conversar

c) Qualquer dia também começamos a assaltar para poder comer

d) Pode perguntar para minha mulher

(D2) - 4. No fragmento "Ele está em casa. Vou chamá-lo. Ele lhe dará tudo." o pronome pessoal do caso reto destacado se refere a:

a) menino

b) marido

c) empregada

d) dinheiro

(D3) - 5. ". A patroa esgueirou-se pela parede até chegar à porta: " A palavra em destaque nesse fragmento só NÃO pode ser trocada por:

a) afastou-se

b) evadiu-se

c) retirou-se

d) admirou-se

(D4) - 6. De acordo com o texto só NÃO podemos INFERIR que:

a) a empregada tinha preconceito

b) a mulher era preconceituosa

c) o menino era preconceituoso.

d) o homem era preconceito

(D14) - 7. O fragmento do texto em que NÃO há OPINIÃO é;

a) " Devia ter uns dezesseis anos,"

b) " perguntou, dando-se conta em seguida do ridículo da pergunta. "

c) " Você é uma vítima do sistema. "

d) " No caminho ele sussurrou para a empregada "

(D17) - 8.  "Esse burguês cheio da nota está querendo me conversar" o emprego de ASPAS nesse fragmento se justifica por:

a) indicar nome de uma obra literária

b) indicar o que o menino poderia estar pensando

c) indicar a presença de estrangeirismos

d) indicar a presença de neologismos.

(D12) - 9. A alternativa que indica uma FINALIDADE desse texto é:

a) refletir sobre a concentração de pobreza

b) refletir sobre a concentração de riqueza

c) refletir sobre o consumismo

d) refletir sobre o racismo

(D11) - 10. A alternativa que apresenta uma circunstância de TEMPO é :

a) Quando a empregada entrou no elevador

b) é aqui que tem umas garrafas para pegar? 

c) Ele está em casa

d) Desceram no mesmo andar

(D17) 11. “– Não me bate!” O ponto de exclamação nesse fragmento indica:

a) dúvida

b) espanto

c) medo

d) alegria

(D10) - 12. Qual das alternativas não apresenta uma personagem da crônica O Assalto?

a) Luis Fernando Veríssimo

b) Henrique

c) Sônia

d) a empregada

(D2) – 13. A palavra que não se refere a dona da casa é:

a) Sônia

b) senhora

c) empregada

d) mulher

 (D1) - 14. De acordo com o número do apartamento 712 podemos afirmar que o andar do prédio era:

a) era o décimo segundo

b) era o primeiro

c) era o segundo

d) era o sétimo

GABARITO

1. C

2. D

3. C

4. B

5. D

6. C

7. D

8. B

9. D

10.A

11. C

12. A

13. C

14. A
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Sugestões ou correções, postar nos comentários!

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

CALEIDOSCÓPIO - ALEXANDRA LEVY - ATIVIDADE

 

1. EU

 

          Meu nome é Clara. Tenho quase 14 anos. Tenho muitas dúvidas e algumas certezas. Minha maior certeza é: vou morrer algum dia.

Minha maior dúvida é: será que sou normal?

 

2. JORGE

 

          Você pode estar achando minha dúvida esquisita, mas não é, e vou explicar por quê.

          Minha dúvida tem um nome: Jorge.

          Jorge é meu primo. Ele é um menino muito legal e eu gosto muito dele. Quando Jorge nasceu, aconteceu alguma coisa que eu nunca entendi direito, apesar de minha mãe já ter me explicado mais de mil vezes.

          Ele nasceu com algum negócio no coração, os médicos fizeram sei lá o quê e o cérebro dele ficou um tempo sem oxigênio.

          O coração ficou perfeito, mas o cérebro não...

          Meu primo parece um menino igual aos outros, faz coisas que os outros também fazem, mas ele é diferente.

          Nunca consegui descobrir se ele sabe disso. Se sabe que é diferente.

          Ele vai vivendo a vida e nunca ninguém toca nesse assunto.

          É por isso que me pergunto: será que eu também sou diferente?

          E se quando eu nasci aconteceu alguma coisa que deixou o meu cérebro diferente? Ninguém iria me contar, certo? Nem falar sobre isso, como fazem com o Jorge. Como vou saber?

 

          3. CONFISSÕES

 

           Ás vezes, meu primo faz algumas coisas esquisitas.

          Outro dia, ele ficou repetindo uma história várias vezes, sem parar.

          Todos ouviam com atenção e acho que ele nem percebeu que aquilo estava ficando estranho.

          Mas a vovó também faz isso, conta as mesmas histórias várias vezes, e ela me parece bem normal.

          Eu não fico repetindo as coisas, pelo menos acho que não. De qualquer maneira, já decidi o que vou fazer.

          Vou contar algumas passagens da minha vida, prometo que vou tentar ser o mais sincera possível e, depois você vai me dizer se sou normal ou não.

          Conto com sua sinceridade também.

 

4. CATÁSTROFE

 

 Vou começar com uma catástrofe que é para você já ir sentindo o drama de ter uma ideia bem clara de alguns absurdos que eu faço.

          Era o dia do meu aniversário, eu ia fazer 13 anos e dar uma festa para comemorar.

          Estava apavorada, com medo de que não viesse ninguém. Eu realmente não queria passar pelo mesmo sufoco que a Denise. A festa dela foi um desastre. Até apareceram alguns gatos pingados, mas nem chegaram a esquentar o sofá. Mal entraram, logo saíram. Não adiantou nem mesmo a Denise ficar oferecendo coisas. Ela tinha preparado umas comidas deliciosas. Nem quiseram esperar chegar mais gente. Sei porque eu estava lá. E ela fez questão de colocar um milhão de fotos minhas no instagram, Em várias posições, para parecer que tinha mais gente. Claro que a Ana Paula não foi. Se ela tivesse ido, aposto que a festa bombaria e tenho certeza de que a Denise não ia se dar ao trabalho de colocar nenhuma foto minha no insta.

          Depois de muito investigar na escola, descobri que bastante gente viria a minha festa, o que me deixou um pouco mais tranqüila, mas não muito, porque as pessoas sempre podem mudar de ideia.

          Fui até o salão de beleza fazer as unhas e escova no cabelo. Chegando lá, não tinha nenhuma manicure disponível, então me sentei no sofá, peguei uma revista e esperei minha vez.

          Qual não foi minha surpresa quando, após vinte minutos de espera, vejo a Ana Paula entrar no salão, conversar com a recepcionista e ser atendida na mesma hora.

          Ela nem sentou no sofá.

          Só para ajudar a entender a situação, preciso contar que a Ana Paula é a menina mai bonita da escola. Mentira, ela é a menina mais bonita do mundo.

          Fiquei sentada ali, revoltada, indignada, vendo aquela magrela estonteante passar reto por mim e se sentar na cadeira da manicure que eu estava esperando vagar.

          Pensei em fazer um escândalo, mas me segurei.

          Depois, pensei em reclamar educadamente, mas também desisti, pois achei que, se eu falasse alguma coisa, ela poderia mudar de ideia e decidir não ir a minha festa.

          Nenhuma festa é sucesso se a Ana Paula não for, então achei melhor ficar quieta...

          Eu até poderia faltar na minha festa e provavelmente ninguém iria perceber, mas ela tinha que ir.

          Então, fiquei ali, esperando feito uma panaca, roendo as minhas pobres unhas.

          O pior de tudo é que depois que a Ana Paula foi embora, sem nem olhar para mim, eu me sentei na cadeira da manicure e pedi para passar o mesmo esmalte que ela, no restinho de unha que sobrou!

 

 

 

1. Faça uma descrição curta de quem é você semelhante a que a personagem fez.

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2. Assinale a alternativa ERRADA sobre Jorge.:

a) Jorge é igual aos outros meninos.

b) faz coisa que os outros meninos fazem

c) é primo da narradora.

d) nasceu com um problema no coração.

 

3. Qual das frases abaixo NÃO indica uma dúvida da narradora?

 

 

a) Ele vai vivendo a vida e nunca ninguém toca nesse assunto.

b) será que eu também sou diferente?

c) E se quando eu nasci aconteceu alguma coisa que deixou o meu cérebro diferente?

d) Ninguém iria me contar, certo?

 

4. No texto a palavra confissões se refere:

a) Ao primo fazer algumas coisas esquisitas.

b) À vovó contar uma história várias vezes.

c) Às passagens sobre a vida da menina que ela irá contar.

d) Ao fato do menino não perceber que estava estranho ele ficar contando a mesma história.

 

 

5. A catástrofe a que a menina se refere é o fato de :

a) O fracasso da festa da Denise, pois não foi quase ninguém.

b) A Ana Paula ter sido atendida primeiro na manicure.

c) A Ana Paula não ter falado com ela.

d) A Denise ter colocado um milhão de fotos dela no instagram.

 

6. “Então, fiquei ali, esperando feito uma panaca, roendo as minhas pobres unhas.” O adjetivo pobres nesse fragmento significa:

a) sem recursos

b) sem dinheiro

c) coitado

d) pequeno

 

7. Marque a alternativa que não apresenta um EXAGERO.

a) ele ficou repetindo uma história várias vezes

b) apesar de minha mãe já ter me explicado mais de mil vezes.

c) Vou começar com uma catástrofe que é para você já ir sentindo o drama

d) Mentira, ela é a menina mais bonita do mundo.

 

8. “Até apareceram alguns gatos pingados, mas nem chegaram a esquentar o sofá.” De acordo com o fragmento:

a) vieram poucas pessoas, mas demoraram.

b) vieram muitas pessoas e foram embora rápido.

c) vieram poucas pessoas e foram, embora rápido

d) vieram muitas pessoas e demoraram a ir embora.

 

9. “O coração ficou perfeito, mas o cérebro não...” Os três pontos nessa frase indicam a omissão da palavra:

a) ficou

b) mudou

c) pensou

d) bateu

 

10. Em qual das alternativas abaixo  NÃO    palavra que indique a conversa da narradora com o leitor?

a) Você pode estar achando minha dúvida esquisita

b) Conto com sua sinceridade também.

c) Vou começar com uma catástrofe que é para você já ir sentindo o drama

d) Ele é um menino muito legal e eu gosto muito dele.

MIRÍADE - AUTORRETRATO - RENATA BUENO - ATIVIDADES

 

MIRÍADE

          Hoje o espelho me diz: preto e branco; ainda ontem eu era furta-cor, amanhã serei azul-céu? Não sou hoje a pessoa que fui ontem, nem amanhã serei igual à pessoa que sou hoje, é fato. O que me acontecer num dia e noutro, susto ou alegria, é pincelada nova na imagem. Estranha crença, essa, de acreditar nos retratos dos documentos de identidade. Uma única foto, o que sabe da gente? Somos apenas as características apreendidas num clique?

        

         AUTORRETRATO ajuda a compreender a multiplicidade de EUS que toda a gente carrega. Em rico processo de composição com papeis, tecidos, palavras e outras referências, Renata Bueno explora o campo dos retratos que os artistas fazem de si, ao longo dos tempos. Dialoga com as muitas pessoas que somos, na trilha de exemplos passados, Picasso, Mario de Andrade, Frida kahlo. A autora, artista plural e talentosa, amiga de representar rostos, joga com aquilo que faz de cada ser um ente original, entregue ao dinamismo da vida. Em experiências que vão ajudar leitores e leitoras de todas as idades a se reconhecerem também plurais e diferentes, e usando a técnica de cortar o papel com as mãos, Renata retira partes da realidade à volta, ou bem lá de dentro de histórias e sentimentos, e os traz para os retratos de si mesma, nos quais se mostra a necessária interlocução com o outro. Como a vida só está pronta quando acaba, autorretrato muda e transmuda : saber de si é inesgotável.  

 

 Nilma Lacerda- escritora, pesquisadora e professora

 

1. Você sabe o que é um autorretrato? Comente.

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2. De acordo com o início segundo parágrafo, qual a finalidade do autorretrato?

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3. “Não sou hoje a pessoa que fui ontem, nem amanhã serei igual à pessoa que sou hoje, é fato.” O que a autora do texto quer dizer com essa frase?

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4. Agora registre abaixo seus gostos, medos e sonhos.

a) O que mais gosto de fazer é

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b) Minha diversão preferida é

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c) O programa de televisão de que mais gosto é

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d) Minha comida predileta é

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e) Meus amigos mais queridos são

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f) Eu não gosto de

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g) Tenho medo de

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h) Meu sonho é

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i) Eu adoro

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5. A palavra azul-céu (azul da cor do céu) na língua portuguesa é invariável, não tem plural. Qual das palavras abaixo não tem plural pelo mesmo motivo.

a) Saia vermelho-sangue.

b) Tecido amarelo-limão.

c) Causa verde-musgo

d) Cabelo castanho-escuro.

 

6. Qual das palavras abaixo não apresenta um antônimo?

a) branco/preto

b) hoje/ontem

c) susto/alegria

d) plural/singular

 Assinale a alternativa em que a palavra foi empregada em sentido real, literal.

 

 

7. Hoje o espelho me diz: preto e branco; ainda ontem eu era furta-cor, amanhã serei azul-céu? O fragmento destacado indica uma;

a) certeza

b) dúvida

c) ordem

d) pedido

 

8. O primeiro parágrafo é uma citação (fala) de:

a) Renata Bueno

b) Nilma Lacerda

c) Mario de Andrade

d) Frida kahlo

 

9. O título do texto Miríade só NÃO significa:

a) dez mil

b) multidão

c) infinidade

d) apenas um

 

10. “Como a vida só está pronta quando acaba” Esse fragmento indica que

a) A vida nunca muda.

b) Na vida é muito ruim morrer.

c) Na vida seus pais sempre te amarão.

d) A vida muda constantemente.

ATIVIDADES SOBRE O MESMO ASSUNTO:

https://professordiorges.blogspot.com/2022/09/auto-retrato.html

https://professordiorges.blogspot.com/2019/05/texto-o-menino-cereja-pag-13.html




 

 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

CONTEXTO OU COTEXTO

CONTEXTO / COTEXTO



 1. CONTEXTO – BIFE = PEDAÇO GRANDE DA CUTÍCULA. LEVA EM CONTA O ESPAÇO, AS PESSOAS ENVOLVIDAS, A SITUAÇÃO, 

2. COTEXTO – BIFE = CARNE = NÃO LEVA EM CONTA O ESPAÇO, AS PESSOAS ENVOLVIDAS, A SITUAÇÃO,









1. CONTEXTO – TOCA BAIXO, DESGRAÇADO = BAIXAR O VOLUME

2. COTEXTO – TOCA BAIXO, DESGRAÇADO = TOCAR O INSTRUMENTO CHAMADO DE BAIXO.

 









 1. CONTEXTO = DE GATO EU NÃO GOSTO = NÃO GOSTO DE CARNE DE GATO.

 2. COTEXTO = DE GATO EU NÃO GOSTO = NÃO GOSTO DE GATOS= ANIMAL.

CONTEXTO OU COTEXTO

1. CONTEXTO = ENVOLVE O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS DENTRO DE UM ESPAÇO, TEMPO, TIPO PESSOAS ENVOLVIDAS, ...

 2. COTEXTO = ENVOLVE A POLISSEMIA , PLURAL, POSIÇÃO DO ADJETIVO:

A) A NOTÍCIA CORRE = ESPALHA

B) O ATLETA CORRE =  LOCOMOVE

C) O TEMPO CORRE = PASSA RÁPIDO

OBSERVE QUE OS FRAGMENTOS A,B,C, FORAM ANALISADOS FORA DE UM CONTEXTO. FOI OBSERVADO SÓ O COTEXTO.

 

CONCLUSÃO: 

CONTEXTO = RELAÇÃO DENTRO DE UM TEXTO: INFLUENCIADA PELO ESPAÇO, AS PERSONAGENS, DENTRO DE UMA SITUAÇÃO COMUNICATIVA.

COTEXTO = RELAÇÃO DENTRO DE UM FRASE OU TEXTO = FORA DO CONTEXTO. SEM LEVAR EM CONTA   AS PERSONAGENS, O ESPAÇO, O TEMPO.


SE EU DISSER "A CASA ESTÁ SUJA"  DIANTE DE MINHA EMPREGADA O CONTEXTO LEVARÁ ELA A ENTENDER QUE É PARA ELA  LIMPAR. 

SE ELA OBSERVAR SÓ A FRASE, "A CASA ESTÁ SUJA" SÓ O COTEXTO, ELA NÃO ENTENDERÁ QUE É PARA LIMPAR.

SUGESTÕES, CORREÇÕES OU DÚVIDAS, POSTAR NOS COMENTÁRIOS.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

A FÁBULA DA CORRUPÇÃO – ASSUNTO CORRUPÇÃO

 

A FÁBULA DA CORRUPÇÃO – ASSUNTO CORRUPÇÃO

INÍCIO DO VÍDEO 17 SEGUNDOS

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 https://www.youtube.com/watch?v=a8423f6Aw1A&t=256s

          João era um bom homem, e um honesto comerciante. E, na estrada onde vivia, passavam muitos viajantes.

          Tirava o seu sustento de um pequeno mercadinho, e com esse negócio prosperava devagarinho. João era dono de um cão, bom companheiro, e que afugentava qualquer ladrão. Também tinha um gato, muito esperto e ótimo caçador de ratos. Mas mesmo com a vigilância do gato de João, sempre sumia um pedaço de queijo, ou um naco de pão.

          Apesar da harmonia entre todos os moradores, nada podia evitar os pequenos furtos dos roedores. Ah, e já ia me esquecendo do jumento que servia de montaria, quando João buscava mantimentos. Antes de cada viagem, João sempre pedia que o cão e o gato cuidassem daquela humilde moradia, pois todos eles sabiam que dependiam do armazém. E os bichos prometiam que ficaria tudo bem.

          Um dia caiu de uma carroça, um ratão que vinha da cidade, e se juntou aos outros ratos, sem fazer amizade. Foi logo reclamando da pouca comida, e dizendo que a toca era fria e fedida. Os ratos botaram a culpa no gato miserável, por não terem mais comida, nem uma toca confortável. Eles acharam que aquele ratão forasteiro sabia das coisas por conhecer o mundo inteiro, mas o ratão mentia pra parecer importante. Ele só conhecia os esgotos da cidade grande.

          O ratão tinha um truque que chamava de “jeitinho”. Disse que, com ele, conseguia tudo rapidinho. Então, saiu da toca e foi conversar com o gato. Todos ficaram admirados com a bravura daquele ato. Até o gato ficou surpreso quando viu o ratão, que chamou o felino pra perto, fazendo um gesto com a mão. O gato, desconfiado, quis saber a intenção do bicho. O ratão, na orelha do gato, falou, num cochicho: “Você cuida de uma comida que não é sua, seu tonto. Então porque não fazemos um acordo, e pronto”.

          O ratão voltou com muita comida pra dentro da toca. Os ratos comeram tudo, antes de saberem qual foi a troca. Depois da festa, o ratão disse qual era o trato. Eles teriam mais comida, sempre que desse um ratinho ao gato. É o preço, disse o ratão. E se seguiu uma enorme discussão. Um dos ratos ficou muito bravo e disse que não aceitava aquele conchavo. Não era justo, não era ético. Não era direito. Pro seu azar, só ele pensava daquele jeito. Foi jogado porta afora e, rapidamente, engolido.

          Assim, o acordo entre as partes foi cumprido. O chefe dos ratos agora era o ratão. Pois foi dele a ideia da combinação. O gato ficou orgulhoso da sua malandragem. E foi até a casa do cão pra contar vantagem, mas o cão quis tirar proveito da situação, e propôs um acordo pra não contar nada pro patrão. Ele estava cansado de sempre comer choriço, e achava que merecia mais pelo seus serviços. Como nunca entrava na casa, só vigiava do lado de fora, mandou o gato trazer comida para ele a partir de agora. Só que pra isso, o gato teria que roubar do João e, pra não ser desmascarado, fez a vontade do cão.

          Quando João voltou da sua jornada, não percebeu a nova rotina da bicharada. Os ratos iam até a dispensa pegar comida, sem preocupação. O gato ganhava um rato, e levava escondido o lanche do cão. João ficou espantado com a rapidez com acabaram os alimentos, e teve de ir até a cidade pegar mais mantimentos.

          Enquanto isso, os ratos se mudaram para perto do fogão. E o gato passou a ganhar dois ratos no novo acordo com o ratão. O cão, quando soube, não quis ficar para trás, e pediu para aumentar sua parte um pouco mais. João não era muito inteligente, mas percebeu que tinha algo diferente. As mercadorias foram acabando, mesmo sem ter muita gente comprando. E toda vez que voltava de viagem, sempre tinha um erro na sua contagem. Por isso, ia a cidade mais vezes do que gostaria, e, levando menos dinheiro, trazia menos mercadoria.

          Foi perdendo clientes por deixar o mercadinho fechado, ou quando estava aberto, o que queriam já tinha acabado. Quanto mais os ratos comiam, mais a toca esvaziava. O gato queria mais ratos, porque o combinado já não bastava. O cão, por sua vez, comia mais do que podia, e passou a desejar uma coisa que só aos homens pertencia. Chamou o gato e pediu, bem faceiro, o que nenhum animal queria: dinheiro.

          O gato não gostou daquilo, mas ficou com medo do cão, e passou a roubar o caixa, bem embaixo do nariz do João. O cão não sabia direito pra que o dinheiro servia. Então, ele enterrava tudo o que o gato trazia. João foi ficando mais pobre e desgostoso da vida. Perdeu noites de sono, mas não achava saída. Decidiu vender a casa, e pegar a estrada, conseguiu quitar as dívidas, hum, mas ficou sem nada.  Sem poder sustentar os bichos, abandonou o cão e o gato, que ficaram pra trás junto com o ratão, o último rato.  João subiu no jumento e seguiu viagem. Era o único bicho sem custo, pois só comia pastagem.

          Os três, sem saber pra onde iam, ficaram ao relento. Mas o gato era o único que sentia algum arrependimento. O ratão partiu primeiro se embrenhando no mato. O cão lembrou do dinheiro e disse adeus ao gato. Com o que guardou, achou que não passaria fome ou frio. Só que quando chegou no esconderijo, o buraco estava vazio. Como não tinha dono, o cão foi pego pela carrocinha, e o gato aprendeu a dividir comida na casa de uma velhinha. O ratão, em outro armazém, foi botar em prática seu plano, mas encontrou um gato honesto, e virou almoço do bichano.

          João abriu outro negócio, com novos animais de estimação. Como ele conseguiu dinheiro? O jumento tem uma explicação: na estrada, assim que partiram, o jumento falou baixinho que viu tudo o que os bichos aprontaram, mas não quis meter o focinho. Agora estava arrependido de ter ficado calado, e queria mostrar pro João, onde o dinheiro estava enterrado. Não era muito o que o cão escondeu, mas João não teve medo de começar de novo. Só teria mais cuidado da próxima vez, e aconselhava isso ao povo.

 

1. Quais os personagens?

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2. Quais as características dos personagens abaixo NO INÍCIO DO TEXTO?:

a) João:

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b) Cão;

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c) Gato;

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3. Qual a situação inicial?

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4. Qual o conflito que surge?

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5. O que o ratão falou no ouvido do gato?

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6. Qual foi o acordo feito entre o rato e o gato?

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7. Por que o gato fez o que o cão pediu?

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8. Por que João perdeu os clientes?

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9. Por que João abandonou o gato e o cão?

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10. O que aconteceu com o ratão quando chegou a outro armazém?

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11. Qual o assunto da fábula?

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12. O que representa cada uma das personagens da fábula?

a) JOÃO –

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b) O GATO –

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) O CÃO –

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d) O BURRO –

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e) O RATÃO –

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

HAICAIS – MEIO DIA - GABARITO

 

HAICAIS – MEIO DIA - GABARITO

 

Leia os haicais

 

Meio-dia e as sombras somem.

Eis uma escondida

Embaixo do homem

FERNANDES, Millôr. Hai-kais. Porto Alegre: L&PM, 2011

 

 

Olho, alarmado;

E se a vida for

Do outro lado?

FERNANDES, Millôr. Hai-kais. Porto Alegre: L&PM, 2011

 

Em nosso universo

Breve, passa, com pressa! e

Graça, a borboleta. ISSA.

 

In: PIGNATARI, Décio (org.). 31 poetas, 214 poemas: do Rigveda e Safo a Apollinaire. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 78.

 

 

 

 

1. Releia o haicai de Issa, poeta japonês.

 

a) Quantos versos o poema apresenta?

Três versos.

b) Quantas sílabas poéticas há em cada verso?

O primeiro e o terceiro versos têm cinco sílabas cada um; o segundo verso tem sete sílabas

c) Qual é o número total de sílabas poéticas do poema?

O poema tem desessete sílabas

 

2. Que característica formal do haicai de Issa também está presente  nos haicais do brasileiro Millôr Fernandes?

A organização em três versos.

3. Geralmente, os haicais têm como temática a natureza ou o passar  do tempo.

a) Qual(is) dos haicais aborda(m) essa temática?

O haicai de Issa e o primeiro haicai de Millôr Fernandes

 

b) Qual é o tema do(s) outro(s) haicai(s)?

Uma reflexão sobre a realidade: até que ponto a realidade em que vivemos é a única verdade ou a única realidade?

 

4. Mesmo sendo muito breves, os haicais costumam ter grande carga  poética, pois apresentam em poucas palavras observações sutis e  reflexões profundas sobre a vida e o mundo.

a) O que o haicai de Issa descreve poeticamente?

Uma borboleta.

b) No primeiro haicai de Millôr Fernandes, o que o eu lírico observa

ao meio-dia?

O eu lírico observa a ausencia de sombras como se elas tivessem se escondido embaixo das pessoas.

5. A respeito da linguagem do haicai, responda:

a) Ela é objetiva ou subjetiva?

Objetiva

b) Ela normalmente apresenta rimas, ritmo e outras sonoridades?

Não. Pode haver o uso desses recursos, mas não é uma norma.

c) Ela apresenta imagens?

Sim normalmente ela apresenta uma imagem marcante, que sintetiza a ideia básica do haicai, como a imagem da borboleta passando cheia de graça pelo universo

6. Observe que nenhum dos haicais lidos apresenta título. Que efeito de  sentido esse procedimento provoca no poema?

O título normalmente acrescenta e orienta os sentidos de um texto. A falta dele concentra toda a significação do texto nos três versos curtos do haicai.

 

7. O termo haicai é formado pelas palavras hai (brincadeira, gracejo)  e cai (harmonia, realização), tendo, assim, o sentido de poema  bem-humorado ou divertido. Na sua opinião, os haicais lidos são  divertidos? Por quê?

Respostas pessoais

 

8. No 7º ano, você provavelmente estudou as características básicas dos poemas em geral. Agora, junte-se a alguns colegas para resumir  as características específicas do haicai. Para isso, copiem o quadro  a seguir no caderno e respondam às questões de acordo com  o que perceberam dos poemas estudados ou de outros textos  conhecidos.

a) Quem são os interlocutores do haicai?

O eu lírico e os leitores que apreciam poesia em geral ou, ainda, toda a sociedade. Também é possível considerar que poemas em geral podem ser feitos sem um interlocutor específico, pois o poeta pode escrever para si mesmo, como forma de expressar suas emoções.

 

b) Qual é o objetivo desses textos?

Entreter, promover emoções e reflexões, entre outras possibilidades.

 

c) Por onde o haicai circula?

Em livros, revistas, jornais, sites e blogues da internet. Também podem ser expostos em locais variados, como museus, estações de trem e metrô, instalações urbanas, painéis, etc.

 

d) Como o haicai se estrutura?

O haicai clássico apresenta três versos: o primeiro e o terceiro com cinco sílabas poéticas, e o segundo verso, com sete sílabas poéticas. Em geral não apresenta título.

 

e) Quais são os temas mais frequentes no haicai?

Temas ligados à natureza e à reflexão filosófica, como a passagem do tempo.

 

f) Como é a linguagem do haicai?

Objetiva e sintética. Não é obrigatório o emprego de rimas e ritmo, mas frequentemente apresenta imagens ricas.

O PRESENTE DE CAUÃ - GABARITO

 

O PRESENTE DE CAUÃ

 

          O presente de Cau‹ Em 16 de junho, um dos novos tesouros da família Pereira comemora outonos de vida. Quatro em 2013.

          — Irmã, de que o Cauã precisa?

          — Como criança perde roupa rápido!

          — Cauã, o que você quer ganhar de aniversário?

          — O Sonic vem na minha festa. O Homem-Aranha e o Homem de Ferro vão trazer ele.

          A tia-dinda, professora da família, obviamente dá livros. Mas o que eu queria mesmo era dar um mun[1]do. O mundo.

          Um mundo sem mazelas de qualquer ordem. Sem drogas, concretas e abstratas. Sem politicagem, po[1]litiquices, corrupção. Sem violência, que toda ela é sem razão. Sem pobreza monetária e de espírito. Sem poluição sonora, visual, ambiental. Sem descumprimento dos deveres. Sem hipocrisia.

          Um mundo com benesses. Com amor absoluto, sem precisar de adjunto ou complemento. Com boa educação — familiar e escolar. Com consciência da diversidade (étnica, sexual, religiosa...), pois é, enfim e apenas, o que iguala um ser humano a outro (Tirem as vendas, por favor, senhoras e senhores!). Com ga[1]rantia de direitos. Com respeito.

          Utopia — ingênua, piegas, podem dizer! —, pois “mundo sem” e “mundo com” coexistem, se alternam, evoluem, recrudescem.

          Então, se toda moeda tem duas faces (bendito maniqueísta clichê), que Cauã seja amoroso, consciente e respeitoso, para contribuir com o “lado bom”, mas forte e corajoso para lutar contra o “lado ruim” (perdoe Yoda, mas não posso, por razões melanínicas, usar “lado negro da força”, não no “seu” sentido!!).

          E que eu, querido sobrinho, não lhe deseje apenas um futuro, mas comemore seu presente. Do indica[1]tivo. E também no gerúndio.

CATITA. Not’cias da incerteza. São Paulo: Desconcertos, 2021.

 

 

 

 

 

1. A narradora diz que um membro da família Pereira “está comemorando outonos de vida”. O que  esta expressão significa?

Que alguém está fazendo aniversário.

 

 

2. A narradora, tia do menino Cauã, diz que não gostaria de dar um mundo para ele, mas, sim, o mundo. O que você acha que ela quis dizer com isso?

Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: Que ela gostaria de dar para ele

 

3. A autora diz que não pode usar a expressão “o lado negro da força” por razões melan’nicas.  O que significa esse termo? E qual seria a razão para não usar a expressão?

O termo melanínico refere-se à melanina, à pigmentação da pele humana. A razão para não usar a expressão “lado negro da força” é por ela apresentar uma conotação preconceituosa ao relacionar a palavra negro a algo ruim.