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segunda-feira, 30 de março de 2020

BIOGRAFIA TEORIA EXERCÍCIOS 6º ANO ALPHA CHIQUINHA GONZAGA P.204


       BIOGRAFIA TEORIA E ATIVIDADES

FONTE: Costa, Cibele Lopresti, Geração Alpha Língua portuguesa: ensino fundamental: anos finais: 6ºano­­-2ª ed. - São Paulo: Edições SM, 2018.

        Você vai ler um trecho da biografia da compositora e maestrina carioca Chiquinha Gonzaga, primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Além de ser uma mulher pioneira na música, também se envolveu na luta pelo fim da escravidão e pela Proclamação da República do Brasil. Como será que foi a infância dela?

Chiquinha Gonzaga                                                   
                                                                                
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira, não posso negar
Rosa de Ouro é que vai ganhar

       Quem não conhece essa canção?

      Foi em 1899 que Chiquinha Gonzaga compôs essa marchinha para o cordão Rosa de Ouro sair no carnaval. Naquele momento, ela nem suspeitava que Ó abre alas iria atravessar o tempo e permanecer na memória dos brasileiros até os dias de hoje.
       Essa palavra de ordem pedindo passagem para a vitória expressa, de forma clara, o espírito determinado da rebelde sinhazinha do Segundo Reinado, que trocou os salões pelas ruas abrindo alas para as mulheres e para a música brasileira.
       Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro em 1847. Era a mais velha de sete irmãos, filha do tenente José Basileu, de ilustre família de militares, e da mestiça Rosa, só mais tarde aceita pelos Neves Gonzaga.
        Em um sobrado da Rua do Príncipe, no centro do Rio de Janeiro, Chiquinha passou a infância com os irmãos Juca e José Carlos, entre as aulas e o quintal. Adorava brincar de roda; sabia de cor todas as canções de roda e as cantigas de rua. Aos domingos, depois da missa, ia assistir à banda no jardim do Passeio Público.
       Estudou escrita, leitura, cálculo, francês, história, geografia, catecismo e latim, em casa, com um cônego que era professor. Para dar-lhe aulas de piano, o Major Basileu contratou um maestro.
       O tio e padrinho de Chiquinha, Antônio Eliseu, flautista amador, trazia-lhe as novidades musicais nas visitas diárias ao sobrado. Foi ele quem organizou a festa de Natal em que a jovem pianista apresentou sua primeira composição. Tinha, então, onze anos de idade quando compôs a Canção dos pastores, com versos do irmão Juca.
       Era ao piano que Chiquinha passava a maior parte do tempo livre, esquecida do mundo. Não adiantava chamá-la. Só alguns escravos da casa conheciam o truque: assobiavam a melodia que ela estava tocando e a menina logo respondia. Com música, é claro.
       O progresso nos estudos, a inteligência, a curiosidade e o talento de Chiquinha convenceram o militar de que um grande futuro como dama da corte de d. Pedro II esperava por sua filha.
       Quando completou treze anos, o Major começou a pensar em casá-la. Adeus, infância alegre e despreocupada! A inquietação tomou conta da menina, sempre tão firme e decidida.
      Naquela época, multiplicavam-se os bailes e saraus no Rio de Janeiro, iluminado por lampiões a gás. Nos salões imperava o piano e, pouco a pouco, a valsa e a quadrilha foram cedendo lugar à saltitante polca. [...]
       Aos dezesseis anos, Chiquinha estava casada com um noivo escolhido por seu pai. Assim costumava encerrar-se a vida das sinhazinhas do Império. Nada mais viveriam que valesse a pena contar. Porém, no caso de Chiquinha Gonzaga, foi aí que sua história começou.
       O marido não gostava de música. Irritava-se com a dedicação da esposa ao piano. Ela passou a enfrentá-lo e a defender sua vontade. Comandante da marinha mercante, ele fretou um navio de sua propriedade para servir como transporte na Guerra do Paraguai, e teve a ideia, de obrigar Chiquinha a acompanhá-lo na viagem para, com isso, afastá-la do piano.
        O navio carregava soldados, armas e escravos recrutados como "voluntários" da pátria. Horrorizada, Chiquinha presenciou a discriminação com que eram tratados os escravos. A rebeldia transformou-se em revolta. Quando foi proibida pelo marido de utilizar um violão a bordo e intimada a escolher entre ele e a música, não teve dúvida:
       — Pois, senhor meu marido, eu não entendo a vida sem harmonia.
        A decisão de abandonar o casamento custou a Chiquinha a expulsão da família e a maldição paterna: seu pai nunca a perdoou. Naquela época, já era mãe de três filhos. Apaixonou-se, em seguida, por um jovem engenheiro, com quem foi viver longe do Rio, onde ele construía estradas de ferro. Gostava de música esse marido. Dessa união nasceu mais uma filha.
        De novo, o temperamento forte de Chiquinha manifestou-se. Não tolerou uma cena de ciúmes e abandonou o marido. Voltou ao Rio de Janeiro acompanhada apenas do filho mais velho, o único que criou – os outros foram educados pelos pais e familiares. Convencida de sua falta de vocação para o casamento, com ou sem amor, ela decidiu viver de música, pois essa era uma paixão correspondida. [...]
Edinha Diniz. Chiquinha Gonzaga. São Paulo: Moderna, 2001. p. 3-11 (Coleção Mestres da Música no Brasil).

1. Compare o que você imaginou sobre o texto com o que ele realmente apresenta sobre a infância de Chiquinha Gonzaga.
a) Suas hipóteses se confirmaram?
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b) Você gostou do texto? Justifique.
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2. O trecho que você leu é a parte inicial da biografia de Chiquinha Gonzaga, na qual são apresentadas informações a respeito da obra e da personalidade da pianista.
a) Que fato indica que o trabalho desenvolvido pela compositora foi importante?
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b) Algumas características relacionadas à personalidade de Chiquinha são reveladas ao leitor nessa parte do texto. Quais são elas?
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3. Antes de apresentar a infância de Chiquinha, a biógrafa justifica por que a compositora foi importante para a história da música brasileira.
a) Qual é essa justificativa?
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b) De acordo com a biógrafa, o que Chiquinha conquistou: popularidade, dinheiro ou reconhecimento acadêmico?
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4. No texto, há dados relacionados à família de Chiquinha Gonzaga.
a) Quais são as informações a respeito dos pais da compositora?
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b) Por que essas informações são relevantes para a biografia?
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5. No trecho lido, destaca-se a infância da compositora.
a) Que informações indicam o gosto e a habilidade musical de Chiquinha?
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b) Além das informações relacionadas à música, são relatados fatos associados à formação e ao desenvolvimento da menina. Quais são eles?
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c) Por que essas informações são relevantes na biografia?
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ANOTE AÍ
      Biografia é um relato não ficcional em que o biógrafo conta uma história de vida, geralmente de uma personalidade pública. Em geral, o biografado é alguém que se destaca na sociedade por algum motivo: seu exemplo de vida, suas realizações profissionais ou artísticas. Assim, a biografia é publicada considerando que várias pessoas podem ter interesse em sua leitura.


6. Ao longo do texto, descobrimos que o pai de Chiquinha tem uma expectativa: deseja que a filha se torne uma dama da corte de d. Pedro II.
a) O que ele fez para que isso se tornasse realidade? Que acontecimentos parecem ter motivado Chiquinha a se desviar desse rumo?
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b) Que atitude a compositora toma que muda sua vida nesse momento? Quais foram as consequências?
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7. Após esses acontecimentos, há uma série de mudanças na vida da compositora.
a) Por que Chiquinha se muda da cidade do Rio de Janeiro?
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b) Por que ela retorna tempos depois à cidade natal?
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8. Ao longo do texto são apresentadas algumas datas.
a) Quando Chiquinha Gonzaga nasceu? Quando ela compôs seu grande sucesso "Ó abre alas"?
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b) Em uma biografia, qual é a importância das datas?
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9. Sobre a viagem de Chiquinha Gonzaga durante o primeiro casamento, que informação possibilita ao leitor saber em que época esse fato ocorreu?
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ANOTE AÍ
       Uma das características de textos biográficos é a indicação do tempo dos fatos relatados. Essa indicação pode ser feita de forma direta, explicitando a data, ou de forma indireta, por exemplo, relatando fatos históricos ocorridos na época dos fatos da biografia. Indicações da idade do biografado, em certos momentos do relato, sinalizam em que fase da vida a pessoa enfrentou algumas situações.



O CONTEXTO DE PRODUÇÃO

10. O texto dá ao leitor uma ideia de como era a cidade do Rio de Janeiro durante a adolescência de Chiquinha Gonzaga, no fim do século XIX.
a) O que é possível saber sobre a cidade nessa época?
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b) Considerando suas respostas anteriores, a biografia é um texto inventado ou baseado em fatos reais? Por quê?
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11. Chiquinha Gonzaga faleceu em 1935 e sua biografia foi publicada em 2001. De que modo a biógrafa pode ter obtido as informações que apresenta?
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 A LINGUAGEM DO TEXTO

12. A biografia foi escrita em que pessoa do discurso? Justifique, comprovando com um trecho retirado do texto.
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13. A biógrafa afirma que Chiquinha Gonzaga "trocou os salões pelas ruas abrindo alas para as mulheres e para a música brasileira". Qual é o sentido da expressão "abrindo alas" nesse contexto? Por que foi utilizada essa expressão?
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14. Releia esta fala da compositora: "— Pois, senhor meu marido, eu não entendo a vida sem harmonia".
a) Que expressão indica que Chiquinha participa de um diálogo?
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b) No caderno, reescreva a fala de Chiquinha como se tivesse sido contada pela biógrafa. O efeito expressivo da reescrita é igual ao da fala original?
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ANOTE AÍ
       Escritas na terceira pessoa do discurso, as biografias costumam apresentar as falas das personagens com uso de travessões para dar vivacidade ao texto e aproximar o leitor. O uso de recursos expressivos próprios da oralidade também intensifica essa aproximação com o leitor.



CONOTAÇÃO DENOTAÇÃO EXERCÍCIO FORMULÁRIO


domingo, 22 de março de 2020

SUBSTANTIVO E ADJETIVO EXERCÍCIO


1) Leia com muita atenção as palavras abaixo  e transcreva o que se pede.

livro, rapaz, Brasília, Andréia, fome, fada, clube, amor, peixe, beleza, raiva, dor, motorista, dragão, Espanha, rapidez, coqueiro, ataque, maldade, beijo, Marcelo, anel

a) substantivos que dão nomes a lugares:
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b) substantivos que dão nomes a objetos, animais ou plantas:
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c) substantivos que nomeiam seres humanos:
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d) substantivos que designam seres imaginários:
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e) substantivos que nomeiam sentimentos:
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f) substantivos que dão nomes a qualidades ou características:
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g) substantivos que nomeiam sensações físicas:
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h) substantivos que designam ações:
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2) Transcreva do exercício anterior :
a) dois substantivos próprios: ...........................................................................
b) dois substantivos comuns: ...........................................................................

3) No que diz respeito à primeira letra, qual a diferença de grafia (escrita) entre os substantivos próprios e os comuns?
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4) Acrescente aos substantivos destacados as características indicadas nos parênteses. Se necessário, modifique a forma da(s) palavra(s)que você vai acrescentar. Veja o exemplo:
 Ana colheu flores. (vermelho) Ana colheu flores vermelhas.
a) Maria entrou num jardim. (florido)
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b) As crianças colheram laranjas. (saboroso e maduro)
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c) Na praça havia muitas crianças. (esperto e alegre)
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5) Sublinhe os adjetivos e indique, com uma seta, a que substantivo eles se referem.
a) O velho usava um chapéu grande.
b) As crianças caminhavam felizes pelas ruas.
c) D. Teresa tinha umas ideias malucas.
d) O bom aluno consegue bons resultados.
e) A garota ficou nervosa com o irmão.
f) Encontrei um pobre cãozinho abandonado.
g) As crianças pequenas estavam alegres.
h) Aquele garoto tem cabelos ruivos e longos.

6) Faça o que se pede
.a) Copie a frase em que a palavra Doces é uma adjetivo
I- As mangas doces eram colhidas pelas crianças
II - Naquela fazenda as crianças comeram muitos doces.
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b) Copie a frase em que a palavra velho é adjetivo
.I - Um velho apareceu na rua.
II - Um homem velho apareceu na rua.
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c) Copie a frase em que a palavra estranho é adjetivo.
I - As crianças chegaram a lugar estranho.
II - Um estranho pediu-nos  algumas informações.
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SUBSTANTIVO EXERCÍCIO 6º ANO BNCC EF06 LP04


POEMA: ESTAÇÃO CAFÉ


Pastéis Santa Clara,

Bem-casados com ambrosia,

Caramelados com nozes

E bombas de baunilha


Senhora dona doceira,

Me tira dessa agonia!


Mil-folhas e broinhas

Com geleias e pavê

Fios de ovos, apfelstrudel

Maçãs flambadas, não vê?


Qual é o doce mais doce?

O doce mais doce? Você!


Pães de queijo, ovos moles,

Olho-de-sogra, doce de abóbora

Pingos de chuva, algodão doce,

Doce, oh doce, senhora!


Senhora dona doceira,

Doce aqui e agora


E agora, bem no fim,

Eu recuso maria-mole,

Mas nós dois, bem juntim,

Agarradinho, rocambole.


1. Identifique um substantivo próprio no poema.

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2. Como pode ser classificado o substantivo agonia na segunda estrofe?

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3. Liste os substantivos compostos usados no poema.

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4. Em que momento do poema o eu lírico poderia ter usado um substantivo próprio?

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5. Destaque do poema um par de substantivo: um primitivo e um derivado dele.

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6. Substitua os termos destacados por substantivo coletivo.

a) um grupo de cães acompanhava de perto o grupo de viajantes.

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b) um conjunto de jurados escolheu um grupo de atores.

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c) Nos mares daquele conjunto de ilhas, há um grupo de peixes.

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d) um grupo de vereadores aprovou o projeto de leis.

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e) Um grupo de filho ganhou dos avós um valioso conjunto de selos.

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f) Um grupo de jogadores ingleses estava contente com o resultado.

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g) O grupo de músicos fez um belo show.

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h) O grupo de amigos foi atacado por um grupo de abelhas.

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i) O grupo de médicos ficou encantado com a beleza do grupo de corais.

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Cidadezinha qualquer (Carlos Drummond de Andrade)

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.

Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.

1. Qual é o sentido que o uso do diminutivo atribui á palavra cidade?
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2. A qual cidade o eu lírico se refere?
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3. Qual a função dos substantivos para a construção da imagem da cidadezinha no poema?
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4. Copie o verso do poema em que um ser inanimado tem uma atitude humana.
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5. Leia o último verso. Como é vista a vida na cidadezinha?
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Leia o classificado abaixo
Vende-se: Guarujá
Casa, 4quartos, 2 suítes, vista para o mar,
Área para churrasco, piscina aquecida
E sauna, garagem para 2 carros
Contato Mauricio; tel. 0xx32320000

6. Qual a função dos substantivos no texto?
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7. Os personagens utilizam, em suas respectivas falas, as palavras cartinha e cartão. Esses substantivos expressam variação de tamanho no contexto da tira? Por quê?
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8. Com que sentido o substantivo aumentativo feriadão foi usado na tira? De que forma o contexto ajudou você a chegar a essa conclusão?
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quinta-feira, 19 de março de 2020

CONTO A PORTA ABERTA INGLÊS PORTUGUÊS


THE OPEN WINDOW

Saki (H. H. Munro)

“My aunt will be down presently, Mr. Nuttel,” said a very self-possessed young lady of fifteen; “in the meantime you must try and put up with me.”

Framton Nuttel endeavoured to say the correct something which should duly flatter the niece of the moment without unduly discounting the aunt that was to come. Privately he doubted more than ever whether these formal visits on a succession of total strangers would do much towards helping the nerve cure which he was supposed to be undergoing.

“I know how it will be,” his sister had said when he was preparing to migrate to this rural retreat; “you will bury yourself down there and not speak to a living soul, and your nerves will be worse than ever from moping. I shall just give you letters of introduction to all the people I know there. Some of them, as far as I can remember, were quite nice.”

Framton wondered whether Mrs. Sappleton, the lady to whom he was presenting one of the letters of introduction came into the nice division.

“Do you know many of the people round here?” asked the niece, when she judged that they had had sufficient silent communion.

“Hardly a soul,” said Framton. “My sister was staying here, at the rectory, you know, some four years ago, and she gave me letters of introduction to some of the people here.”

He made the last statement in a tone of distinct regret.

“Then you know practically nothing about my aunt?” pursued the self-possessed young lady.

“Only her name and address,” admitted the caller. He was wondering whether Mrs. Sappleton was in the married or widowed state. An undefinable something about the room seemed to suggest masculine habitation.

“Her great tragedy happened just three years ago,” said the child; “that would be since your sister’s time.”

“Her tragedy?” asked Framton; somehow in this restful country spot tragedies seemed out of place.

“You may wonder why we keep that window wide open on an October afternoon,” said the niece, indicating a large French window that opened on to a lawn.

“It is quite warm for the time of the year,” said Framton; “but has that window got anything to do with the tragedy?”

“Out through that window, three years ago to a day, her husband and her two young brothers went off for their day’s shooting. They never came back. In crossing the moor to their favourite snipe-shooting ground they were all three engulfed in a treacherous piece of bog. It had been that dreadful wet summer, you know, and places that were safe in other years gave way suddenly without warning. Their bodies were never recovered. That was the dreadful part of it.” Here the child’s voice lost its self-possessed note and became falteringly human. “Poor aunt always thinks that they will come back someday, they and the little brown spaniel that was lost with them, and walk in at that window just as they used to do. That is why the window is kept open every evening till it is quite dusk. Poor dear aunt, she has often told me how they went out, her husband with his white waterproof coat over his arm, and Ronnie, her youngest brother, singing ‘Bertie, why do you bound?’ as he always did to tease her, because she said it got on her nerves. Do you know, sometimes on still, quiet evenings like this, I almost get a creepy feeling that they will all walk in through that window – “

She broke off with a little shudder. It was a relief to Framton when the aunt bustled into the room with a whirl of apologies for being late in making her appearance.

“I hope Vera has been amusing you?” she said.

“She has been very interesting,” said Framton.

“I hope you don’t mind the open window,” said Mrs. Sappleton briskly; “my husband and brothers will be home directly from shooting, and they always come in this way. They’ve been out for snipe in the marshes today, so they’ll make a fine mess over my poor carpets. So like you menfolk, isn’t it?”

She rattled on cheerfully about the shooting and the scarcity of birds, and the prospects for duck in the winter. To Framton it was all purely horrible. He made a desperate but only partially successful effort to turn the talk on to a less ghastly topic, he was conscious that his hostess was giving him only a fragment of her attention, and her eyes were constantly straying past him to the open window and the lawn beyond. It was certainly an unfortunate coincidence that he should have paid his visit on this tragic anniversary.

“The doctors agree in ordering me complete rest, an absence of mental excitement, and avoidance of anything in the nature of violent physical exercise,” announced Framton, who laboured under the tolerably widespread delusion that total strangers and chance acquaintances are hungry for the least detail of one’s ailments and infirmities, their cause and cure. “On the matter of diet they are not so much in agreement,” he continued.

“No?” said Mrs. Sappleton, in a voice which only replaced a yawn at the last moment. Then she suddenly brightened into alert attention – but not to what Framton was saying.

“Here they are at last!” she cried. “Just in time for tea, and don’t they look as if they were muddy up to the eyes!”

Framton shivered slightly and turned towards the niece with a look intended to convey sympathetic comprehension. The child was staring out through the open window with a dazed horror in her eyes. In a chill shock of nameless fear Framton swung round in his seat and looked in the same direction.

In the deepening twilight three figures were walking across the lawn towards the window, they all carried guns under their arms, and one of them was additionally burdened with a white coat hung over his shoulders. A tired brown spaniel kept close at their heels. Noiselessly they neared the house, and then a hoarse young voice chanted out of the dusk: “I said, Bertie, why do you bound?”

Framton grabbed wildly at his stick and hat; the hall door, the gravel drive, and the front gate were dimly noted stages in his headlong retreat. A cyclist coming along the road had to run into the hedge to avoid imminent collision.

“Here we are, my dear,” said the bearer of the white mackintosh, coming in through the window, “fairly muddy, but most of it’s dry. Who was that who bolted out as we came up?”

“A most extraordinary man, a Mr. Nuttel,” said Mrs. Sappleton; “could only talk about his illnesses, and dashed off without a word of goodby or apology when you arrived. One would think he had seen a ghost.”

“I expect it was the spaniel,” said the niece calmly; “he told me he had a horror of dogs. He was once hunted into a cemetery somewhere on the banks of the Ganges by a pack of pariah dogs, and had to spend the night in a newly dug grave with the creatures snarling and grinning and foaming just above him. Enough to make anyone lose their nerve.”

Romance at short notice was her speciality.


A PORTA ABERTA

Saki (H. H. Munro)

 – Minha tia descerá em breve, Mr. Nuttel – disse uma jovem de quinze anos, bastante cheia de si. – Enquanto isso, o senhor terá de se contentar com a minha companhia.

Framton Nuttel esforçou-se em dizer as devidas lisonjas à sobrinha ali presente, sem faltar com o devido respeito à tia que estava para descer. Consigo mesmo, ele duvidada mais do que nunca que qualquer uma dessas sucessivas visitas formais a pessoas completamente estranhas poderia ser de alguma ajuda para a melhora de seus nervos, que ele supostamente deveria estar tratando.

– Eu bem sei o que irá acontecer. – dissera sua irmã quando ele preparava sua migração para aquele refúgio campestre. – Você irá se enfurnar em algum lugar e não falará com viva alma, e seus nervos ficarão piores do que nunca de tanto se lamentar. Mas mesmo assim escreverei algumas cartas de apresentação para as pessoas que conheço lá. Algumas delas, se bem me lembro, são bastante amigáveis.

Framton pôs-se a imaginar se Mrs. Sappleton, para quem ele estava prestes a entregar uma das cartas de apresentação, enquadrava-se na categoria de pessoas amigáveis.

– O senhor conhece muitas pessoas por aqui? – perguntou a sobrinha, julgando que ambos já haviam partilhado tempo o suficiente em silêncio.

– Nem uma alma sequer. – disse Framton. – Minha irmã esteve aqui, na casa paroquial, sabe, cerca de quatro anos atrás, e ela me deu algumas cartas de apresentação, para que eu entregasse às pessoas daqui.

Essa última afirmação ele fez em um tom de evidente pesar.

– Então o senhor não sabe praticamente nada a respeito de minha tia? – prosseguiu a jovem.

– Apenas seu nome e endereço. – admitiu o requerente. Ele estava se perguntando se Mrs. Sappleton era casada ou viúva. Havia algo indefinido naquele cômodo que parecia sugerir uma habitação masculina.

– Sua grande tragédia aconteceu há exatamente três anos atrás. – disse a menina. – Deve ter sido depois de sua irmã ter estado aqui.

– Tragédia? – perguntou Framton; de alguma forma, aquele refúgio campestre parecia alheio a qualquer tipo de tragédia.

– O senhor deve estar se perguntando por que aquela porta está aberta em uma tarde de outubro. – continuou a sobrinha, indicando a larga porta francesa que se abria para o gramado.

– Está um tanto quanto quente para essa época do ano. – disse Framton. – Mas o que a porta tem a ver com a tragédia?

­            – Por aquela mesma porta, há exatos três anos, o marido e os irmãos mais novos de minha tia saíram para outro dia de caça. E nunca mais voltaram. Atravessando uma charneca rumo a seu campo favorito de caçar narcejas, eles foram engolidos por um pântano traiçoeiro. Tinha sido um verão terrivelmente chuvoso, sabe, e os lugares que eram seguros em outros anos de repente se transformaram por completo, sem que se notasse. Seus corpos nunca foram encontrados. E isso foi o mais terrível de tudo. – aqui a voz da menina perdeu o tom presumido e tornou-se vacilante, humana – A pobre titia ainda acredita que eles podem voltar algum dia, junto do pequeno spaniel marrom que se perdeu com eles, e que vão entrar por aquela porta como sempre costumavam fazer. É por isso que ela fica aberta todas as tardes, quase até o anoitecer. Pobre e querida tia, ela já me contou tantas vezes como eles saíram, seu marido levando um casaco branco à prova d’água nos braços, e Ronnie, seu irmão mais novo, cantando “Bertie, why do you bound? ” como ele sempre fazia para aborrecê-la, só porque ela havia dito que aquela canção lhe dava nos nervos. Sabe, às vezes, em tardes calmas e silenciosas como esta, eu tenho a estranha sensação de que eles vão mesmo entrar por aquela porta…

Ela interrompeu-se, tomada por um ligeiro arrepio. Foi um grande alívio para Framton quando a tia adentrou o cômodo, pedindo mil desculpas pela demora.

– Espero que Vera tenha entretido o senhor. – ela disse.

– Ela é um jovem muito interessante. – respondeu Framton.

– Espero que não se incomode com a porta aberta – disse Mrs. Sappleton bruscamente – Meu marido e meus irmãos estão vindo direto para casa depois de caçar, e eles sempre entram por ali. Eles foram caçar narcejas nos charcos hoje, então farão uma bela de uma sujeira em meus pobres carpetes. Mas vocês homens são todos assim, não são?

Ela vibrou de alegria tagarelando sobre caçadas e a escassez de aves, e as perspectivas de patos no inverno. Para Framton, aquilo foi uma verdadeira tortura. Ele fez uma tentativa desesperada, só em parte bem-sucedida, de direcionar a conversa a um assunto um pouco menos fantasmagórico, porém estava ciente de que a anfitriã lhe dedicava apenas parte de sua atenção, e que seus olhos estavam constantemente olhando para além dele, para a porta aberta e o gramado adiante. De fato, era mesmo uma infeliz coincidência que ele tivesse vindo visitá-la em uma data tão trágica quanto aquela.

– Os médicos todos concordaram em recomendar que eu fizesse repouso absoluto, evitasse ao máximo grandes emoções e todo tipo de exercício físico intenso – anunciou Framton, que tinha a compreensível e generalizada ilusão de que pessoas completamente estranhas, ou apenas meros conhecidos, estariam sedentas em saber cada mínimo detalhe a respeito das doenças e enfermidades de alguém, de suas causas e tratamentos. – Em relação à dieta, eles não chegaram a um acordo. – continuou ele.

– É mesmo? – disse Mrs. Sappleton, com uma voz que refreara um bocejo apenas no último momento. Então, de repente, ela animou-se com vívida atenção – mas não por causa do que Framton dizia.

– Aqui estão eles, afinal! – gritou ela. – E bem a tempo do chá! Veja! Não parece que estão com lama até os ossos?

Framton sentiu um ligeiro arrepio e então virou-se para a sobrinha, com um olhar que pretendia demonstrar compreensão solidária. A menina olhava fixamente para a porta, com o horror estampado em seus olhos. Com um calafrio de medo indescritível, Framton girou em sua poltrona e olhou para a mesma direção.

À luz do entardecer, três figuras caminhavam pelo gramado em direção à porta, todas elas carregando armas em suas mãos, e uma delas trazia ainda um pesado casaco branco jogado sobre os ombros. Um cansado spaniel marrom mantinha-se próximo a seus calcanhares. Silenciosamente, eles adentraram a casa, e então uma voz jovem e rouca ecoou no lusco-fusco: “I said, Bertie, why do you bound?“.

Mais que depressa, Framton agarrou sua bengala e seu chapéu; o hall de entrada, o caminho de pedras e o jardim da frente foram apenas ligeiramente notados em sua desembalada corrida. Um ciclista que vinha pela estrada teve de desviar em direção a uma sebe para evitar a colisão iminente.

– Cá estou, minha querida! – disse aquele que carregava sobre os ombros o casaco impermeável, atravessando a porta. – Um tanto enlameado, mas relativamente seco. Quem era aquele que saiu em disparada logo que nos viu chegando?

– O mais extraordinário dos homens, um tal de Mr. Nuttel – respondeu Mrs. Sappleton – Só sabia falar de suas doenças, e então foi embora correndo sem uma única palavra de adeus ou uma desculpa assim que vocês chegaram. Parece até que viu um fantasma!

– Creio que tenha sido por causa do spaniel. – disse a sobrinha, calmamente – Ele me contou que tem horror a cães. Certa vez, ele foi cercado em um cemitério, em algum lugar às margens do Ganges, por uma matilha de cães selvagens indianos, e teve de passar a noite em uma cova recém-aberta com as criaturas rosnando e arreganhando os dentes e espumando bem acima dele. É o suficiente para deixar qualquer um com os nervos em frangalhos.

Histórias expressas eram sua especialidade.