segunda-feira, 12 de setembro de 2022
domingo, 11 de setembro de 2022
POEMA 6º ANO INTERPRETACAO
POEMA: BASTA
Agora Chega!
Chega de obedecer
E de ficar calado
Chega de ter que
fazer
tudo o que eu nao
quero
e acho errado
Agora chega!
Chega de comer pepino
E de engolir ovo
quente
Chega de dormir cedo
E acordar mais cedo
ainda,
Chega de visitar a
avo,
a tia, a prima, o
primo, o padrinho...
chega de prestar
contas
do banho tomado,
da roupa escolhida,
do uniforme da
escola,
da nota da prova,
de cada segundo,
de cada respiro!
Chega, chega...e
chega!
Liberdade ainda que
tarde!
Independencia ou
morte!
Manheeeee!
Onde esta a minha
roupa de goleiro?
Paieeeee!
Quero a minha mesada!
(Carlos Queiroz
Telles)
Questões sobre o texto:
1. Ha um protesto que
atravessa todo o texto. Esse protesto se faz por meio de uma palavra que se
repete. Que palavra e essa?
2. Destaque do texto algumas ações que a pessoa não quer
mais fazer.
3. E você, o que não
aguenta mais fazer em sua casa?
4. A repetição num texto reforça ideias. Que ideia aparece reforçada
durante o texto?
5. Esse tipo de comportamento e próprio de gente de qual
idade?
6. Quem fala no texto e do sexo masculino ou feminino? Por
que?
7. Você se identifica com o eu lírico que fala no texto? Por
quê?
8. O poema pode ser dividido em duas partes. Cada parte tem
um sentido. As duas partes se juntam para construir o sentido do texto. Indique
onde começa e termina cada parte. Depois explique o sentido de cada parte.
9. A 6ª estrofe e formada por dois gritos de liberdade
famosos na historia do Brasil. Explique-os.
10. Relacione esses
gritos com a principal vontade de quem fala no texto.
11. A mudança do comportamento na final do texto deixa as
ideias engraçadas? Explique.
12. Como e o seu comportamento em relação aos pais?
01 – Marque a opção cujo vocábulo grifado possui classe
gramatical distinta dos demais:
a) “De engolir ovo quente”.
b) “Chega de prestar contas”.
c) “Da nota da prova”.
d) “De cada respiro”.
e) “Liberdade ainda que tarde!”.
02 – O poema demonstra o desejo de o eu lírico tornar-se
independente e de ficar livre das exigências feitas pelos pais. Tal postura de
independência só não se comprova no verso.
a) Dois.
b) Oito.
c) Dez.
d) Doze.
e) Vinte e cinco.
03 – Há um protesto que atravessa todo o texto. Esse
protesto se faz por meio de uma palavra que se repete muitas vezes.
a) Que palavra é essa?
“Chega”.
b) A repetição, num texto, reforça ideias.
Que ideia aparece reforçada durante todo o texto?
A ideia de
liberdade.
c) Copie, do texto, algumas ações que a
pessoa que fala não quer mais fazer.
Obedecer / ficar calado / de fazer tudo que eu não quero /
de comer pepino / de engolir ovo quente, de dormir cedo, etc.
d) No poema tem palavras que indiquem o
sexo de quem fala. (O eu lírico) copie o verso.
“...e de ficar calado”.
O eu lírico é masculino.
e) A mudança no comportamento do menino ao
final do texto deixa as ideias engraçadas. Explique por quê.
Na última estrofe ele desfaz tudo que falou, pois se mostra
superdependente de sua mãe e de seu pai.
PAI, ME COMPRA UM AMIGO? ROMANCE FRAGMENTO INTERPRETAÇÃO BNCC
PAI, ME COMPRA UM AMIGO? (FRAGMENTO )
BNCC - (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, e compreender –
selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes
objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes –, romances
infantojuvenis, contos populares,...
PDF do livro : https://pdfcookie.com/documents/pai-me-compra-um-amigo-02565x9q4kl1
Bebeto olhou o sinal de tráfego. Cor era coisa que confundia
mesmo. Confundia só,
não. Via tudo preto, branco e cinza mais forte ou mais fraco. O sol não era
amarelo, o céu
não era azul, a mata não era
verde. Na vida do menino tudo era mais
ou menos
complicado. Nada se resolvia a favor.
- O menino nasceu de sete meses! –vivia dizendo a mãe.
Bebeto levou tempo para descobrir que as crianças nascem de nove.
Quando quis andar não houve nem rebuliço. Não teve aquele apoio de
entusiasmo de
todo mundo, gente torcendo, pai suando comovido, mãe de lágrimas na boca de
espera,
avó já aprontando conquista do neto. Não. Quando tentou o primeiro passo, foi
só uma
palmada da babá, que estava vendo novela. Andar era coisa errada, pelo visto.
Sentiu,
mais do que compreendeu, que pensamento
de criança, no começo, é sentimento
purinho. E olhe lá!
Bebeto lembrou do dia em que sonhou ter um cachorro só para ele,
isto já com cinco
anos.
E explicava:
- Eu não tenho irmão. Cachorro serve.
- Cachorro dá hidrofobia – disse a avó.
- Dá o quê?
- Doença!
- Mas a gente cuida dele, ué!
- Apartamento não é lugar pra cachorro – decreta o pai – e sabe
quanto um gigante
desses custa só em comida?
- Eu quero um pequenininho.
Bebeto dizia potenininho. Precisava corrigir.
- Pequeno é pior ainda. Fica doente à toa.
- Então eu quero um amigo. Você compra?
O pai, Ronaldo, bom administrador de empresa, mas péssimo
psicólogo, explodiu, sem
perceber direito o que o garoto pedia:
- E onde é que a gente vai fabricar um amigo pra você?
Bebeto se sentia rejeitado mesmo. A mãe não tinha tempo para ele.
Era artista. Não
artista de televisão. Pintura. Muita gente dizia até que era boa. Pintava umas
coisas,
como é mesmo?... ah, sim!...abstratas.
Fonte: Pedro Bloch. Pai, me compra uma amigo? Ed. De Ouro,
1977 págs. 7 a 9)
a) Enumere corretamente as palavras aos seus sinônimos:
(1)
rejeitado
( ) observador
(2) tráfego
( ) fora da realidade
(3)
abstratas
( ) recusado
(4)
psicólogo
( ) trânsito
b) Indique a personagem a quem são atribuídas as seguintes falas:
a) - Eu não tenho irmão.
(...........................................................)
b) - Cachorro dá hidrofobia.
(....................................................)
c) - Apartamento não é lugar para cachorro.
(..............................)
d) - Então eu quero um amigo.
(....................................................)
c) Responda com atenção:
a) Quais são os personagens do texto? Indique suas características interiores.
b) “O sol não era amarelo, o céu não era azul, a mata não era verde.” Por que o
mundo
de Bebeto era sem cor?
c) Quais são os motivos que levam Bebeto a ser tão carente?
d) O que indica o fato de o menino pedir um amigo ao pai?
e) O que Bebeto esperava de sua família?
PARTE II
01 – O título deste texto, “Pai, me compra um amigo? Também
é uma frase interrogativa. Qual seria a diferença de significado se a frase
fosse exclamativa?
Pareceria uma ordem.
02 – O texto é uma narração em 1ª ou em 3ª pessoa?
Justifique sua resposta.
Em 3ª pessoa. Espera que
o aluno identifique os verbos e pronomes que determinam que a narração é em 3ª
pessoa.
03 – O narrador, neste caso, é personagem?
Não
04 – Descreva o filho de Lúcia.
Parece ser um menino
tímido, que tem medo de dizer as coisas como afirma o texto: “Mal acabou de
dizer, levou até um susto com as próprias palavras.
05 – E como são os pais do menino? Retornando ao texto,
procure descobrir suas características.
As características da
mãe estão descritas nas linhas: 6-7; 20-21-22; 32-33.
As características do
pai estão nas linhas: 8-9; 28-29-30; 34-35.
06 – “Aquilo saiu sem querer”. O
pronome “aquilo” não se refere somente à pergunta feita pelo menino. A que mais
pode se referir?
Pode referir-se ao
sentimento do menino, à sua angustia.
07 – Qual a diferença de significado entre as frases a
seguir?
I – “Achava que qualquer manifestação de afeto era tolice”.
II – “Achava que uma manifestação de afeto qualquer era
tolice”.
A “I” toda manifestação
de afeto seria considerada tolice. Na “II” apenas algumas manifestações,
consideradas menores, seriam tolice.
08 – Identifique o significado da palavra “justo” na frase a
seguir: “Abraçou-o, mas, entre eles, estava o neném, que tinha vindo
para mamar justo naquela hora”.
Significado de
exatamente.
09 – O emprego de justo na questão anterior permite concluir
o quê sobre o comportamento do neném?
Permite concluir que ele
não foi bem-vindo pelo menino, que atrapalhou o carinho da mãe.
10 – O que representa a presença do neném, no meio do abraço
da mãe? Justifique.
Representa um intruso,
alguém que roubou um momento mágico, que chegou na hora errada.
11 – “Só que há gente que mostra isso com abraço e
beijo. Outras mostram sentindo. Só sentindo.” Como é possível perceber
o que uma pessoa sente quando ela não se expressa por palavras?
Observando os gestos, as
expressões, as circunstâncias.
12 – “Talvez também tivesse ocorrido o problema do filho
mais querido...” Que problema seria esse?
O problema de um irmão
acreditar que o outro é mais querido.
AUTORRETRATO- NO RETRATO QUE ME FAÇO - ATIVIDADE
No retrato que me faço
– traço a traço –
às vezes me pinto
nuvem,
às vezes me pinto
árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais
lembrança...
ou coisas que não
existem
mas que um dia
existirão...
e, desta lida, em que
busco
– pouco a pouco –
minha eterna
semelhança,
no final, que
restará?
Um desenho de
criança...
Terminado por um
louco!
a) Agora registre abaixo seus gostos, medos e sonhos.
a) O que mais gosto de fazer é
.............................................
b) Minha diversão preferida é
................................................
c) O programa de televisão de que mais gosto é ......................
d) Minha comida predileta é
..................................................
e) Meus amigos mais queridos são
..........................................
f) Eu não gosto de
...............................................................
g) Tenho medo de
................................................................
h) Meu sonho é
...................................................................
i) Eu adoro
.........................................................................
O NOME FEIO INTERPRETAÇÃO
O NOME FEIO
Não tinha jeito! O Chico não gostava
do nome dele e pronto...
– Mãe, por que você foi escolher o
nome de Francisco para mim? Eu não gosto desse nome porque vira
Chico e o João falou que Chico é nome
até de macaco.
A mãe dele não sabia direito o que
responder. Afinal, quando ela era pequena, também não gostava de
seu nome. As crianças viviam fazendo
gozação:
– Ivete canivete põe no fogo e a mão
derrete!
Foi pensando nisso que ela
argumentou:
– Sabe Chico, quando a gente é
pequeno, a gente não gosta do nome. Acho que isso acontece com todo mundo...
O Chico nem deixou que ela
terminasse:
– Com todo mundo, nada. O João
gosta do nome dele. Ele já me falou. O meu é que é feio. De hoje em diante o
meu nome vai ser Pli, como você me chama. Esse eu acho bonito! Falou convicto.
De fato, desde que Chico era
pequeno, sua mãe o chamava carinhosamente de Pli. E, por isso, o pai e a Joana
– que era a moça que cuidava dele – também passaram a chamá-lo assim. E ele
adorava. Nunca ninguém tinha feito gozação com esse nome.
Ao contrário de Chico, que sempre
vinha com uma brincadeirinha besta:
– Chico, cara de penico! –
incomodavam seus amiguinhos na escola.
No começo ele até que não ligava
muito. Mas, com o passar do tempo, cada vez mais gente ficava falando isso. Até
gente grande!
Ele tinha vontade de falar um
daqueles palavrões bem feios. Às vezes até falava. E falava com gosto. Ora! Que
coisa mais chata era aquilo. Será que ninguém percebia que enchia o saco?
BRENTAN, Salete. Revista
Alegria. São Paulo. n.60, 1978
1) Converse com seus colegas
sobre o texto. Abaixo há um roteiro com algumas ideias que podem ajudá-los
nessa conversa.
a) Qual era a “bronca” do menino?
b) Você concorda com ele?
c) Que idade você acha que o
menino tem?
d) Você tem alguma “bronca”
parecida?
e) Você que leu o texto “O nome
feio”, registre aquilo que achou mais interessante no texto.
2) O texto “O nome feio” é uma
narrativa. Há um narrador que vai contando os fatos das personagens que
participam da história. Sabendo disso, resolva as questões abaixo:
a) Retire do texto um trecho em
que o narrador conta alguma coisa da história.
b) Identifique os personagens do
texto.
CRONICA - RITA - TEXTO PEQUENO - INTERPRETAÇÃO
RITA
No meio da noite despertei sonhando com
minha filha Rita. Eu a via nitidamente, na graça de seus cinco anos.
Seus cabelos castanhos - a fita azul - o
nariz reto, correto, os olhos de água, o riso fino, engraçado, brusco...
Depois um instante de seriedade; minha
filha Rita encarando a vida sem medo, mas séria, com dignidade.
Rita ouvindo música; vendo campos, mares,
montanhas; ouvindo de seu pai o pouco, o nada que ele sabe das coisas, mas
pegando dele seu jeito de amar - sério, quieto, devagar.
Eu lhe traria cajus amarelos e
vermelhos, seus olhos brilhantes de prazer, eu lhe ensinaria a palavra cica, e
também a amar os bichos tristes, a anta e a pequena cutia; o córrego; e a nuvem
tangida pela viração.
Minha filha Rita em meu sonho me sorria -
com pena deste seu pai, que nunca teve.
RUBEM BRAGA RUBEM
BRAGA
a- O texto RITA é :
( ) um poema.
( ) uma reportagem
(x ) uma crônica
( ) um anúncio
b- Quem é a Rita?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c- Quais são as características físicas de Rita?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
d- Quais são as características psicológicas do pai de Rita?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
e- O que é mais triste nesta história?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2-Circule a locução adjetiva em: “os olhos de água”
3-Sublinhe os adjetivos:
“fita azul” “Cabelos castanhos” “pequena cutia” “bichos
tristes”
4- Classifique os pronomes destacados:
pronome pessoal reto - pronome pessoal oblíquo – pronome
possessivo
“Eu lhe traria cajus amarelos...” “... seus olhos brilhariam
“... em meu sonho me sorria”
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5- A palavra destacada nos trechos é artigo definido ou
pronome pessoal oblíquo? Justifique sua resposta.
“ Eu a via nitidamente...” “ com pena deste pai que nunca a
teve”
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6- Encontre no trecho a seguir quatro substantivos e
classifique-os:
“...minha filha Rita encarando a vida sem medo...”
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
MÃE NÃO FAZ NADA - INTERPRETAÇÃO 6º E 7º ANO CONTO
MAMÃE NÃO FAZ NADA
Era uma vez uma mulher que perdeu seu
nome de registro, ou melhor, trocou-o por outro muito usado: o de Mãe. Sendo
mãe, tornou-se uma pessoa essencialmente chata. A maior cobradora da
paróquia: faça isso, faça aquilo...
O relógio toca. Começa a batalha.
- Vamos acordar pessoal!
Corre ligar a água para o café. O leite
também (quando tem).
- Vamos, crianças, vistam o uniforme.
O pai já está no banho.
- Rápido. Tem aula.
Coa o café, serve a mesa.
- Vamos pessoal. Olha a hora. Comam todo
o pão. Escovem os dentes.
Trocou de roupa, tirou a mesa, limpou a
louça do café. Arrumou as camas. Varreu a casa. Retirou o pó dos móveis. Chegou
o verdureiro. Feitas as compras, corre ao açougue. Aproveita a saída e
passa pelo banco e paga as contas de água e luz. Volta correndo. Faz o almoço.
Olha o relógio. Está na hora do marido e das crianças chegarem.
Chegaram. Serve o almoço.
- Menino, não belisque sua irmã!
O pai pede que lave seu macacão. Conta
que hoje o trabalho melhorou um pouco, mas é para cuidar das despesas.
Breve repouso e volta ao serviço.
A mãe lava a louça do almoço. A filha seca
os pratos e o filho os talheres e se manda para o quintal. O cachorro aparece
com os pelos da cauda bem aparados.
- Esse menino! Foi por isso que ele pegou a
tesoura...
- Crianças, façam a lição.
- Sim, claro, arranjar figuras para a
tarefa de Geografia. Costurar a barra da calça do menino. Pregar botão na blusa
da menina.
- Mãe, amanhã é aniversário da professora.
Tenho que levar um bolo.
Pronto, o bolo está no forno. Enquanto
assa, lava o macacão.
- Vamos ao dentista. Cuidado ao atravessar
a rua.
Passam na panificadora. Voltam para casa.
- Tomem banho!
Providenciar o jantar.
- Não gosta de ovo? Tem que comer. Faz bem
para a saúde. Fiquem quietos. Deixem o pai assistir o noticiário sossegado.
Ele está cansado. Trabalhou o dia todo.
- Vão para o banho! Já arrumaram o material
para a aula de amanhã? Mas que turma! Desde que chegamos do dentista estou
dizendo pra irem pro banho.
Todos deitados. Verificação total da
casa. Deixar mesa arrumada para o café matinal.
Ora, veja! O menino esqueceu-se de guardar
o caderno.
Abriu-o. Deu uma olhada na lição. Ele
preencheu uma página com dados pessoais: seu nome completo, data de nascimento,
local, e também dados familiares. Profissão do pai: mecânico. Profissão da mãe:
não faz nada, só fica em casa...
(Autor desconhecido)
Era uma vez uma mulher que perdeu seu
nome de registro, ou melhor, trocou-o por outro muito usado: o de Mãe. Sendo
mãe, tornou-se uma pessoa essencialmente chata. A maior cobradora da
paróquia: faça isso, faça aquilo...
O relógio toca. Começa a batalha.
- Vamos acordar pessoal!
Corre ligar a água para o café. O leite
também (quando tem).
- Vamos, crianças, vistam o uniforme.
O pai já está no banho.
- Rápido. Tem aula.
Coa o café, serve a mesa.
- Vamos pessoal. Olha a hora. Comam todo
o pão. Escovem os dentes.
Trocou de roupa, tirou a mesa, limpou a
louça do café. Arrumou as camas. Varreu a casa. Retirou o pó dos móveis. Chegou
o verdureiro. Feitas as compras, corre ao açougue. Aproveita a saída e
passa pelo banco e paga as contas de água e luz. Volta correndo. Faz o almoço.
Olha o relógio. Está na hora do marido e das crianças chegarem.
Chegaram. Serve o almoço.
- Menino, não belisque sua irmã!
O pai pede que lave seu macacão. Conta
que hoje o trabalho melhorou um pouco, mas é para cuidar das despesas. Breve
repouso e volta ao serviço.
A mãe lava a louça do almoço. A filha seca
os pratos e o filho os talheres e se manda para o quintal. O cachorro aparece
com os pelos da cauda bem aparados.
- Esse menino! Foi por isso que ele pegou a
tesoura...
- Crianças, façam a lição.
- Sim, claro, arranjar figuras para a
tarefa de Geografia. Costurar a barra da calça do menino. Pregar botão na blusa
da menina.
- Mãe, amanhã é aniversário da professora.
Tenho que levar um bolo.
Pronto, o bolo está no forno. Enquanto
assa, lava o macacão.
- Vamos ao dentista. Cuidado ao atravessar
a rua.
Passam na panificadora. Voltam para casa.
- Tomem banho!
Providenciar o jantar.
- Não gosta de ovo? Tem que comer. Faz bem
para a saúde. Fiquem quietos. Deixem o pai assistir o noticiário sossegado.
Ele está cansado. Trabalhou o dia todo.
- Vão para o banho! Já arrumaram o material
para a aula de amanhã? Mas que turma! Desde que chegamos do dentista estou
dizendo pra irem pro banho.
Todos deitados. Verificação total da
casa. Deixar mesa arrumada para o café matinal.
Ora, veja! O menino esqueceu-se de guardar
o caderno.
Abriu-o. Deu uma olhada na lição. Ele
preencheu uma página com dados pessoais: seu nome completo, data de nascimento,
local, e também dados familiares. Profissão do pai: mecânico. Profissão da mãe:
não faz nada, só fica em casa...
(Autor desconhecido)
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
1. Por que a mãe se tornou uma pessoa
essencialmente chata?
2. Releia: “O relógio toca,
começa a batalha”. A que batalha o narrador se refere?
3. Você concorda com a
ideia do filho de que a “mãe não faz nada, só fica em casa”?
Justifique.
4. Houve algum tipo de reconhecimento por parte do filho? Por quê?
5. A mãe sempre diz que o pai
está cansado, reconhece que ele trabalhou bastante. O pai em algum momento diz
que a mãe trabalha ou está cansada? Comente.
6. Levante hipóteses: Qual foi a reação ou o sentimento da mãe ao ler aquela resposta na atividade do filho?
7. As mães são pessoas que
apresentam diariamente seus defeitos e qualidades. Você acha que as mães,
muitas vezes, não são bem interpretadas pelos filhos? Por quê?
8. Você acha que as pessoas que
se dedicam exclusivamente aos
cuidados da casa NÃO são bem valorizadas pela sociedade ou até mesmo pelos membros da família? Por quê?
9. Pensando no final do texto:
”Profissão da mãe: não faz nada, só fica em casa.” Escreva como você acha que
um bom trabalhador deve se comportar em seu trabalho?
10. Assinale com um X a alternativa correta.
a) ( ) O narrador-personagem conta a história em 1ª pessoa - participa como personagem.
b) ( ) O narrador-observador conta a história em 3ª pessoa, sem participar das ações.
11. Preencha em seu caderno os
dados pessoais abaixo:
a) Seu nome completo:
b) Data de nascimento:
c) Local:
d) Familiares:
e) Profissão do pai:
f) Profissão da mãe.
12. “Chegou o verdureiro. Feitas
as compras, corre ao açougue” O fragmento em destaque permite inferir que:
a) A mãe fez as compras no
mercado.
b) A mãe fez as compras, mas
esqueceu de comprar carne.
c) A mãe comprou verduras.
d) O verdureiro estava cansado.
13. “Todos deitados. Verificação
total da casa.” De acordo com o trecho entre aspas:
a) A mãe foi a última a se
deitar.
b) Todos estavam deitados, inclusive
a mãe.
c) A mãe foi verificar se a casa
estava fechada.
d) A mãe estava sem sono.
14. “Breve repouso e volta ao
serviço.” De acordo com o texto quem volta ao serviço?
a) O pai
b) O menino
c) A mãe
d) A irmã
15. Escreva a sequência de serviços
que a mãe faz:
a) Até a hora do almoço.
______________________________________________________________________________________
b) Depois do almoço até a janta.
_____________________________________________________________________________________
c) Após todos deitarem.
_____________________________________________________________________________________
16. O TEMA do conto é:
a) Os trabalhos domésticos.
b) A falta de valorização do trabalho
doméstico pela família e pela sociedade.
c) A falta de sensibilidade dos
filhos pela preocupação dos pais.
d) A dupla jornada de trabalho das
mulheres pobres.
Adaptado de: FONTE: PDF Professores de Língua Portuguesa Rede Municipal de Ensino de Morro da Fumaça - SC