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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL PARA PROFESSOR BANCA IBAM

 

Proposta de produção textual

 

Ao longo da história da humanidade foram se construindo os direitos e as garantias individuais e coletivas dos seres humanos, que sustentam a convivência social, cultural e familiar, bem como as relações de trabalho e educacionais. Paralelamente as conquistas sociais foram elaboradas leis com o intuído de assegurar os direitos e explicar os deveres dos cidadãos, além de regular o funcionamento das instituições e as relações sociais e pessoais.

      A partir da leitura dos textos de apoio, elabore um texto dissertativo/argumentativo sobre o panorama atual da educação no Brasil, levando em conta o contexto da pandemia de covid-19, que assolou a humanidade desde o ano de 2019, e suas implicações sobre o sistema educacional brasileiro. Deixe claro seu ponto de vista. Apresente um exemplo objetivo de vivência escolar, em que seja possível o principio da equidade para a resolução de um problema educacional, nesse contexto. Não se esqueça: a vivência escolar apresentada deve estar amparada na LDB e pelo que versam os artigos apresentados.

      Para elaboração da produção textual devem ser obedecidas às regras a seguir:

1) Estar escrita sob a forma de um texto dissertativo/argumentativo.

2) Apresentar entre 20 e 30 linhas.

3) Seguir a norma culta da Língua Portuguesa.

4) Utilizar os elementos coesivos exigidos pelo tipo textual, de forma a contribuir para a construção das relações textuais e de sentido do texto.

5) Não infringir a Lei em vigor no país.

 

Texto 1

O cidadão de papel

 

       Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. Ê devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido.

      Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública.

       O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. Da mesma forma que a anestesia, as vacinas, o computador, a máquina de lavar, a pasta de dente, o transplante do coração.

      Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar. E outros batalharam para você votar aos dezesseis anos. Lutou-se pela ideia de que todos os homens merecem a liberdade e de que todos são iguais diante da lei.

Dimenstein- o cidadão de papel: a infância - 1993p20-21

 

http://noosfero.ucsal.br/articles/0012/1896/dimenstein-o-cidadao-de-papel.pdf

 

Texto 2

Impactos da pandemia na educação

A desigualdade brasileira

 

       A desigualdade brasileira no ensino irá piorar após a pandemia, afetando mais ainda quem já estava em desvantagem econômica e social antes da crise sanitária.  Este foi um aspectos analisados em estudo publicado no segundo trimestre deste ano pelo IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

      O impacto se deu especialmente por conta da educação a distância em escolas públicas, onde os alunos normalmente não possuem os mesmos recursos dos estudantes do ensino privado. As principais políticas públicas para educação básica e superior em 2019 e 2020 também foram analisadas no estudo.

      A pesquisa revelou diferenças entre gerações de professores no uso de computadores e da internet, e a falta de infraestrutura na residência de alunos da rede pública.

     O "Educação Federal” conversou sobre a pesquisa com o economista Milko Matijascic, um dos responsáveis pelo estudo do IPEA.

      “Foi preciso manter as crianças afastadas e as escolas fechadas, mas sem um planejamento prévio maior “, afirmou Matijascic.

     O economista destacou que, ao contrário do que as pessoas em geral pensam,  é uma tarefa complexa transpor o ensino presencial para o formato a distância, exigindo muito empenho e capacidade do professor além das plataformas específicas de ensino online.

     “A maior dificuldade foi para os alunos. Uma parte muito pequena está preparada, com internet, mas a ampla maioria das pessoas mais pobres não possui acesso à internet banda larga, nem espaço adaptado para o ensino em casa”, explicou Matijascic.

       O economista apresentou uma previsão pessimista quanto aos próximos exames de avaliação do ensino no Brasil, acreditando que haverá uma regressão nos índices de aprendizado.

 

https://www12.senado.leg.br/institucional/escoladegoverno/noticias/impactos-da-pandemia-na-educacao

 

Texto 3

Art. 26-A.  Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.        (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

 

§ 1º  O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.                 (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

 

§ 2º  Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.                    (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

 

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente:

 

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;

 

II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;

 

III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

 

Parágrafo único.  O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade escolar.  

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