Proposta de produção textual
Ao longo da
história da humanidade foram se construindo os direitos e as garantias individuais
e coletivas dos seres humanos, que sustentam a convivência social, cultural e
familiar, bem como as relações de trabalho e educacionais. Paralelamente as
conquistas sociais foram elaboradas leis com o intuído de assegurar os direitos
e explicar os deveres dos cidadãos, além de regular o funcionamento das
instituições e as relações sociais e pessoais.
A
partir da leitura dos textos de apoio, elabore um texto
dissertativo/argumentativo sobre o panorama atual da educação no Brasil,
levando em conta o contexto da pandemia de covid-19, que assolou a humanidade
desde o ano de 2019, e suas implicações sobre o sistema educacional brasileiro.
Deixe claro seu ponto de vista. Apresente um exemplo objetivo de vivência
escolar, em que seja possível o principio da equidade para a resolução de um
problema educacional, nesse contexto. Não se esqueça: a vivência escolar
apresentada deve estar amparada na LDB e pelo que versam os artigos
apresentados.
Para elaboração da produção textual devem ser obedecidas às regras a
seguir:
1) Estar escrita sob a forma de um texto
dissertativo/argumentativo.
2) Apresentar entre 20 e 30 linhas.
3) Seguir a norma culta da Língua Portuguesa.
4) Utilizar os elementos coesivos exigidos
pelo tipo textual, de forma a contribuir para a construção das relações
textuais e de sentido do texto.
5) Não infringir a Lei em vigor no país.
Texto 1
O cidadão de papel
Cidadania é o direito de ter uma ideia e
poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É
processar um médico que cometa um erro. Ê devolver um produto estragado e
receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de
praticar uma religião sem ser perseguido.
Há detalhes que parecem insignificantes,
mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não
jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento,
está o respeito à coisa pública.
O
direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. Da mesma forma que a anestesia,
as vacinas, o computador, a máquina de lavar, a pasta de dente, o transplante
do coração.
Foi uma conquista dura. Muita gente lutou
e morreu para que tivéssemos o direito de votar. E outros batalharam para você
votar aos dezesseis anos. Lutou-se pela ideia de que todos os homens merecem a
liberdade e de que todos são iguais diante da lei.
Dimenstein- o cidadão
de papel: a infância - 1993p20-21
http://noosfero.ucsal.br/articles/0012/1896/dimenstein-o-cidadao-de-papel.pdf
Texto 2
Impactos da
pandemia na educação
A desigualdade
brasileira
A desigualdade brasileira no ensino irá
piorar após a pandemia, afetando mais ainda quem já estava em desvantagem
econômica e social antes da crise sanitária.
Este foi um aspectos analisados em estudo publicado no segundo trimestre
deste ano pelo IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
O impacto se deu especialmente por conta
da educação a distância em escolas públicas, onde os alunos normalmente não
possuem os mesmos recursos dos estudantes do ensino privado. As principais
políticas públicas para educação básica e superior em 2019 e 2020 também foram
analisadas no estudo.
A pesquisa revelou diferenças entre
gerações de professores no uso de computadores e da internet, e a falta de
infraestrutura na residência de alunos da rede pública.
O "Educação Federal” conversou sobre
a pesquisa com o economista Milko Matijascic, um dos responsáveis pelo estudo
do IPEA.
“Foi preciso manter as crianças afastadas
e as escolas fechadas, mas sem um planejamento prévio maior “, afirmou
Matijascic.
O economista destacou que, ao contrário do
que as pessoas em geral pensam, é uma
tarefa complexa transpor o ensino presencial para o formato a distância,
exigindo muito empenho e capacidade do professor além das plataformas
específicas de ensino online.
“A maior dificuldade foi para os alunos.
Uma parte muito pequena está preparada, com internet, mas a ampla maioria das
pessoas mais pobres não possui acesso à internet banda larga, nem espaço
adaptado para o ensino em casa”, explicou Matijascic.
O economista apresentou uma previsão
pessimista quanto aos próximos exames de avaliação do ensino no Brasil,
acreditando que haverá uma regressão nos índices de aprendizado.
https://www12.senado.leg.br/institucional/escoladegoverno/noticias/impactos-da-pandemia-na-educacao
Texto 3
Art.
26-A. Nos estabelecimentos de ensino
fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o
estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de
2008).
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este
artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a
formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais
como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos
povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o
índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas
áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº
11.645, de 2008).
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura
afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito
de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de
literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº
11.645, de 2008).
Art. 28. Na
oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino
promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida
rural e de cada região, especialmente:
I - conteúdos
curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos
alunos da zona rural;
II -
organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases
do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III -
adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Parágrafo
único. O fechamento de escolas do campo,
indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão normativo do
respectivo sistema de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela
Secretaria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a
manifestação da comunidade escolar.
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