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domingo, 26 de fevereiro de 2017

INTERPRETAÇÃO O TOCO DE LÁPIS 6º ANO

O Toco de Lápis

Lá, num fundo de gaveta, dois lápis estavam juntos.
Um era novo, bonito, com ponta muito bem feita. Mas o outro – coitadinho! – era triste de se ver. Sua ponta era rombuda, dele só restava um toco, de tanto ser apontado.
O grandão, novinho em folha, olhou para a triste figura do companheiro e chamou:
– Ô, baixinho! Você, aí embaixo! Está me ouvindo?
– Não precisa gritar – respondeu o toco de lápis. – Eu não sou surdo!
– Não é surdo? Ah, ah, ah! Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça!
O toquinho de lápis suspirou:
– É mesmo... Até já perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador...
O lápis novo continuou com a gozação:
– Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!
– Estou vendo, estou vendo... Mas, me diga uma coisa: Você sabe o que é uma poesia?
– Poesia? Que negócio é esse?
– Sabe o que é uma carta de amor?
– Amor? Carta? Você ficou louco, toquinho de lápis?
– Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também. Se assim fiquei, foi porque muito vivi. Fiquei tudo aquilo que aprendi de tanto escrever durante toda a vida. Romance, conto, poesia, narrativa, descrição, composição, teatro, crônica, aventura, tudo! Ah, valeu a pena ter vivido tanto, ter escrito tanta coisa, mesmo tendo de acabar assim, apenas um toco de lápis. E você, lápis novinho em folha: o que é que você aprendeu?
O grandão, que era um lindo lápis preto, ficou vermelho de vergonha...


                          Pedro Bandeira


                        Estudando o texto
1) Leia a frase abaixo:
 “Sua ponta era rombuda, dela só restava um toco”
Esta frase quer dizer que o lápis era:
a) ( )   fino
b) ( )  pequeno
c) ( )  grande
2)  Os dois lápis estavam:
       a) ( ) no estojo
       b) ( ) na gaveta
       c) ( ) na mochila
3) De acordo com o texto, o grandão novinho em folha, se refere ao:
      a) ( ) lápis sem ponta
      b) ( )lápis pequeno
      c) ( ) lápis novo
4) Leia o trecho:
“Até perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador.”
A expressão em destaque quer dizer que:
        a) ( ) brigar com o apontador
        b) ( ) quebrar o apontador
        c) ( ) ser apontado várias vezes
       5) Leia a frase:
“O lápis novo continuou a gozação.”
A palavra em destaque pode ser substituída por;
         a) ( ) elogio
         b) ( ) zombaria
         c) ( )diálogo
6) Leia o trecho onde o lápis grande fala a seguinte frase:
“ _ Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!”
 O lápis novo, revela uma atitude:
a)  ( ) simpática
b) ( ) delicada
c) ( )arrogante

        7) Leia o trecho:
“ Se assim fiquei, foi porque muito vivi.”
O personagem do texto retratado nesta frase é:

a)  ( ) O lápis novo e bonito.
b)  ( )  O lápis de pouco uso.
c)  ( ) O lápis velho e gasto de tanto escrever.

8) Leia o trecho: “Você ficou louco toquinho de lápis?”
 No texto, a frase acima indica:
a) ( )   perder a consciência.
b) ( )    ficar nervoso
c) ( )   ficar contente
 9) O toquinho de lápis, revelou uma condição de:
a)  ( ) tristeza
b)  ( ) insatisfação
             c) ( ) alegria e experiência
10) Por que o lápis grandão, novinho em folha  ficou com vergonha?
a)  ( ) Porque foi desmascarado
b)  ( ) Porque era grandão demais
c)  ( ) Porque percebeu que nada aprendeu.

11) O texto que você acabou de ler nos passa uma mensagem muito bonita. Qual das alternativas abaixo define essa mensagem?
a) ( ) O texto mostra que devemos ter respeito pelos mais velhos, pois eles já viveram várias experiências e possuem grande sabedoria.
b) ( ) O texto mostra que os jovens são donos do conhecimento, por isso os mais velhos devem seguir o exemplos deles.
c) ( ) O texto mostra que devemos ter respeito pelos mais novos, pois eles já viveram várias experiências e possuem grande sabedoria.
12) Qual é o melhor sentido de “lápis novinho em folha”:
a) ( ) Lapis com a ponta fina. 
b) ( ) Lápis que nunca foi utilizado.
c) ( ) Lápis que já foi utilizado.
13) Releia o trecho do texto:
“_ Não é surdo? Ah, Ah, Ah!”? Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça!”
O que representa a expressão? Ah, Ah, Ah!”?
a) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No caso, representa a gozação do lápis velho.
b) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No caso, representa a satisfação do lápis velho.
c) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No caso, representa a gozação do lápis novo.
14) Observe novamente o trecho a seguir.
“_ Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também.” 
As palavras destacadas nesse trecho são:
a) ( )  Substantivos, pois nomeiam coisas.
b) ( ) Adjetivos, pois expressam características de um ser.
c) ( ) Artigos, pois acompanham os substantivos.
        Respostas pessoais
15)  Você concorda com a forma do lápis novo tratar o mais velho? Por quê?

16) O lápis mais novo imagina que o mais velho está morrendo de inveja dele. Será que ele tem razão? Por que?

17) No início do diálogo, o lápis novo demonstra toda a sua arrogância, mas, ao ouvir o mais velho, percebeu que não sabe nada ainda e sente vergonha de ter tratado o outro com desprezo. Você já viu um caso parecido com este? Justifique.

18) É verdade que o lápis mais velho, sente tristeza ao ver que o lápis jovem não tem sabedoria nem respeito pelos mais velhos? Justifique.

19) Em sua casa, há pessoas idosas? Quantas?

20) Qual o seu relacionamento com as pessoas mais velhas ?


Ray. Costa, 08/05/12
Gabarito:1b 2b 3c 4c 5b 6c 7c 8a 9c 10c 11a 12b 13c 14b


INTERPRETAÇÃO NASCE UM ESCRITOR COM GABARITO

 NASCE UM ESCRITOR

O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio do Adamastor foi reescrito pela meninada.
Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema de minha descrição. Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu acabara de completar onze anos.Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio dos jesuítas. Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro "As Viagens de Gulliver",
depois clássicos portugueses, traduções de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano não figurava entre os prediletos do padre Cabral.
    Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão. (Jorge Amado)
1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:
a)façam uma descrição sobre o mar;
b)descrevam os mares encapelados de Camões;
c)reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;.
d)façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados;
e)retirem de Camões inspiração para descrever o mar.

2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo:
a)conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver";
b)assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses;
c)amor por Charles Dickens;
d)mar descrito por Mark Twain;
e)saber já feito, já explorado por célebre autor.

3.Apenas o narrador foi diferente, porque:
a)lia Camões;
b)se baseou na própria vivência;
c)conhecia os ficcionistas ingleses e franceses;
d)tinha conhecimento das obras de Mark Twain;
e)sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral.

4.O narrador confessa que no internato lhe faltava:
a)a leitura de Os Lusíadas;
b)o episódio do Adamastor;
c)liberdade e sonho;
d)vocação autêntica de escritor;
e)respeitável personalidade.

5.Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas só foi um elogiado, porque revelava:
a)liberdade;
b)sonho;
c)imparcialidade;
d)originalidade;
e)resignação.
6.Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior, o narrador adquiriu um direito que lhe agradou muito:
a)ler livros da estante de Padre Cabral;
b)rever as praias do Pontal;
c)ler sonetos camonianos;
d)conhecer mares nunca dantes navegados;
e)conhecer a cela de Padre Cabral.

7.Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu caminho:
a)os colegas do internato;
b)a cela do Padre Cabral;
c)a prisão do internato;
d)o mar de Ilhéus;
e)as praias do Pontal.

8.Conclui-se, da leitura do texto, que:
a)o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram;
b)o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus;
c)o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clássicos portugueses;
d)a competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência de ser bom atleta ou bom em matemática;
e)graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colégio dos jesuítas.

9.O primeiro dever... foi uma descrição... Contudo nesse texto predomina a:
a)narração;
b)dissertação;
c)descrição;
d)linguagem poética;
e)linguagem epistolar.

10.Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no:
a)presente do indicativo;
b)pretérito imperfeito do indicativo;
c)pretérito perfeito do indicativo;
d)pretérito mais que perfeito do indicativo;
e)futuro do indicativo.

A economia solidária vem-se apresentando como uma
  alternativa inovadora de geração de trabalho e renda e uma
  resposta favorável às demandas de inclusão social no país. Ela
  compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais
5 organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes
  de troca, empresas de autogestão e redes de cooperação — que
  realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços,
  finanças, trocas, comércio justo e consumo solidário.
  A Secretaria Nacional de Economia Solidária, do
10 Ministério do Trabalho e Emprego, desde sua criação, em
  2003, vem elaborando mecanismos de formação, fomento e
  educação para o fortalecimento da economia solidária no
  Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa
  direção, desde 2007 a Secretaria tem realizado chamadas
15 públicas a fim de apoiar os empreendimentos econômicos
  alternativos.

11) Infere-se da leitura do texto que a economia solidária vem-se desenvolvendo no Brasil, pelo menos desde 2003.
(     ) certo      (    ) errado


 A promoção da igualdade de oportunidades e a eliminação de todas as formas de discriminação são alguns dos elementos fundamentais da Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho e da Agenda do Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
 Um requisito básico para que o crescimento
 econômico dos países se traduza em menos pobreza e maior bem-estar e justiça social é melhorar as condições de vida das mulheres, dos negros e de outros grupos discriminados da sociedade; outro é aumentar sua possibilidade de acesso a empregos capazes de garantir uma vida digna para si próprios
 e para suas famílias. A pobreza está diretamente relacionada aos níveis e padrões de emprego, assim como às desigualdades
 e à discriminação existentes na sociedade. Além disso, as diferentes formas de discriminação estão fortemente associadas
 aos fenômenos de exclusão social que dão origem à pobreza e são responsáveis pelos diversos tipos de vulnerabilidade e pela criação de barreiras adicionais que impedem as pessoas e grupos discriminados de superar situações de pobreza.
A erradicação da pobreza vem sendo considerada uma das maiores prioridades para a construção de sociedades mais justas, assim como vem aumentando o reconhecimento de que as causas e condições de pobreza são diferentes para homens e mulheres, negros e brancos. Por isso, estão sendo realizados
esforços para que as necessidades das mulheres e negros sejam consideradas de forma explícita e efetiva nas estratégias de
 redução da pobreza e nas políticas de geração de emprego e renda.

12) Conclui-se da leitura do texto que o crescimento econômico dos países não constitui garantia de distribuição de renda e bem-estar econômico da população.
(    ) CERTO    (    ) ERRADO

13) Infere-se da leitura do texto que a eliminação de todas as formas de discriminação, que abrange a promoção da igualdade de oportunidades, constitui o fundamento da Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho e da Agenda do Trabalho Decente da OIT.

(       ) certo     (    ) errado

1 A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro deste ano em relação   ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de
medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda  acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira  redução de oferta para o mês de setembro desde 2003.
  A taxa de ocupação dos voos domésticos de
  passageiros alcançou 75,57% em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que
 representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início
  da série em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012.
 A taxa de ocupação dos voos internacionais operados  por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de
  2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva  de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras
  apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação  ao mesmo mês de 2011.

Depreende-se das informações do texto que o serviço de transporte aéreo doméstico de passageiros no Brasil enfrenta uma crise em consequência da retração da demanda.
(    ) certo         (     ) errado

GABARITO
01. A
02. E
03. B
04. C
05. D
06. A
07. C
08. D
09. A
10. C

INTERPRETAÇÃO O MENINO E O ARCO IRIS

menino e o arco-íris

Era uma vez um menino curioso e entediado. Começou assustando-se com as cadeiras, as mesas e os demais objetos domésticos. Apalpava-os, mordia-os e jogava-os no chão: esperava certamente uma resposta que os objetos não lhe davam. Descobriu alguns objetos mais interessantes que os sapatos: os copos – estes, quando atirados ao chão, quebravam-se. Já era alguma coisa, pelo menos não permaneciam os mesmos depois da ação. Mas logo o menino (que era profundamente entediado) cansou-se dos copos: no fim de tudo era vidro e só vidro.
Mais tarde pôde passar para o quintal e descobriu as galinhas e as plantas. Já eram mais interessantes, sobretudo as galinhas, que falavam uma língua incompreensível e bicavam a terra. Conheceu o peru, a galinha-d´Angola e o pavão. Mas logo se acostumou a todos eles, e continuou entediado como sempre.
Não pensava, não indagava com palavras, mas explorava sem cessar a realidade.
Quando pôde sair à rua, teve novas esperanças: um dia escapou e percorreu o maior espaço possível, ruas, praças, largos onde meninos jogavam futebol, viu igrejas, automóveis e um trator que modificava um terreno. Perdeu-se. Fugiu outra vez para ver o trator trabalhando. Mas eis que o trabalho do trator deu na banalidade: canteiros para flores convencionais, um coreto etc. E o menino cansou-se da rua, voltou para o seu quintal.
O tédio levou o menino aos jogos de azar, aos banhos de mar e às viagens para a outra margem do rio. A margem de lá era igual à de cá. O menino cresceu e, no amor como no cinema, não encontrou o que procurava. Um dia, passando por um córrego, viu que as águas eram coloridas. Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!
Desde então, todos os dias dava um jeito de ir ver as cores do córrego. Mas quando alguém lhe disse que o colorido das águas provinha de uma lavanderia próxima, começou a gritar que não, que as águas vinham do arco-íris. Foi recolhido ao manicômio.
E daí?
(GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris. São Paulo: Ática, 2001. p. 5)

Após ler atentamente o texto,

1.Identifique
Título:
Autor:
Obra da qual faz parte:

2.“Mas logo se acostumou a todos eles”.O termo em destaque refere-se no texto a

(A) animais no quintal.                          (B) cadeiras e mesas.
(C) sapatos e copos.                            (D) jogos de azar.

3. Pode-se concluir que o tema do texto é

(A) a curiosidade.                                (B) a insatisfação.        
(C) a natureza.                                   (D) a saudade.

4. De acordo com o texto, o menino procurava, desde criança, por

(A) alguma coisa surpreendente.            (B) galinhas e plantas interessantes.
(C) um arco-íris.                                   (D) banhos de mar.

5. “E daí?” A frase final do texto demonstra que a opinião do narrador sobre o destino do menino é de

(A) pena e desespero.                                 (B) simpatia e aprovação.
(C) indiferença e conformismo.                     (D) esperança e simpatia.

6. “Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!”
No trecho, os sinais de pontuação empregados assinalam

(A) o tédio do menino.                                (B) a surpresa do menino.
(C) a dúvida do narrador.                            (D) o comentário do narrador.

7. Esse texto é:
(A) uma crônica      (B) uma notícia  (C)  informativo       (D) fábula

8. Como você descreveria o menino?
9. Por que o menino sempre abandonava as coisas que encontrava?
10. Comente sobre o desfecho do texto, dando sua opinião.

GABARITO
2.A  3.B 4.A  5.C 6.B 7.A
Na questão 1- perceber que o título do texto  é o mesmo do livro; questões 8,9,10- respostas pessoais.


  

INTERPRETAÇÃO O MELHOR AMIGO

O melhor amigo
 
A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente à distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha na direção de seu quarto.
- Meu filho? – gritou ela.
- O que é? – respondeu, com ar mais natural que lhe foi possível.
- Que é que está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ganhar tempo:
- Eu? Nada...
- Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar, o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
- Olha aí, mamãe: é um filhote...
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
- Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
- Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de ISSO. Insistiu ainda:
- Deve estar com fome, olha a carinha que ele faz.
- Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
- Ah! Mamãe... – já compondo cara de choro.
- Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.

O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto emburrado: a gente também não tem nenhum direito nessa casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado dessa maneira!
- Que diabo também, nessa casa tudo é proibido! – gritou lá do quarto, e ficou esperando a reação da mãe.
- Dez minutos! – repetiu ela, com firmeza.
- Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
- Você não é todo mundo.
- Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
- Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a costura.
- A senhora é ruim mesmo, não tem coração.
- Sua alma, sua palma.
Conhecia bem a mãe, sabia que não havia apelo: tinha dez minutos para brincar, com seu novo amigo, e depois... Ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
- Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
- Ah, mamãe deixa! – choramingou ainda.
- Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nessa vida...
- E eu? Que bobagem é essa, você não tem a sua mãe?
- Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
- Deixa de conversa: obedece a sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa toda...
Meia hora depois, o menino voltava da rua, radiante:
- Pronto, mamãe!
E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.
- Eu devia ter pedido cinqüenta, tenho certeza de que ele dava – murmurou pensativo.

Fonte: “A Vitória da Infância” -  Fernando Sabino - Editora Ática

QUESTÕES:

1.Por que o menino pensou que a mãe não tinha visto o que ele carregava?
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2.Copie do texto duas frases que o menino utilizou para emocionar sua mãe e assim convencê-la a ficar com o cachorrinho.
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3.Quando o menino saiu de casa, sua mãe ficou preocupada por ter sido tão rigorosa e pensou que o fato de ter mandado o cachorro embora poderia trazer consequências mais graves, pois seu filho ficaria muito triste. Essas preocupações da mãe se confirmaram? Por quê?
....................................................................................................................................

4.Releia o título do texto:

O melhor amigo

Agora responda à seguinte questão: O autor do texto escolheu esse título porque:
a.    (   ) O cachorro é o melhor amigo do homem.
b.    (   ) O menino era o melhor amigo do cachorro.
c.    (   ) No final do texto percebe-se que o menino não era tão amigo assim do cachorro.
d.    (   ) O menino tinha muitos amigos.

5. Releia o trecho:

“Como poderia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça?”

Essa pergunta foi feita pelo filho para:

a.    (   ) A mãe.
b.    (   ) O leitor.
c.    (   ) Ele mesmo.
d.    (   ) O cachorro.

6. Releia o  trecho:

Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar, o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:

a. O que a palavra grifada significa?
..............................................................
b. Quem o filho queria comover?
.............................................................
































7. Releia o trecho:

- Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
- Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a costura.
- A senhora é ruim mesmo, não tem coração.
- Sua alma, sua palma.

A expressão grifada significa que:

a. (   ) A escolha é do filho, mas se ele teimar em tomar essa atitude terá que se responsabilizar pelas conseqüências.
b. (   ) Examinando sua palma podemos saber como é sua alma.
c. (   ) A mãe pouco se importa com as atitudes do filho.
d. (   ) O filho levaria umas palmadas.










8.    Releia o trecho:

“E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez : havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros” .

Para que servem  os dois pontos ( : )  utilizados pelo autor do texto nesse trecho?
a.    (   )  Para que o leitor descanse enquanto lê.
b.    (   )  Para anunciar que, em seguida, algum personagem irá falar.
c.    (   )  Para não ter que usar sempre a vírgula.

d.    (   )  Para explicar ao leitor como o menino conseguira o dinheiro.

INTERPRETAÇÃO O JUSTO

O JUSTO
1.          O treinador reuniu a turma no vestiário e escalou doze: onze e o goleiro. O capitão do time estranhou, avisando que havia gente demais. O técnico, porém, sustentou a escalação:
2.          – Isso é problema do juiz, o teu é jogar e tentar ganhar a partida.
3.          E lá se foi o time para o campo.
4.        Cinco minutos de jogo, a torcida começou a gritar, alertando o árbitro: “O Pipira tem doze!” O árbitro interrompeu a partida, contou os times e deu uma bronca no capitão que, por sua vez, passou a bola ao treinador:
5.         – Fala com o homem ali.
6.         O juiz foi ao técnico e mandou retirar de campo o excedente. Uma confusão tremenda na pista. O técnico chamou o árbitro para uma conversa em particular. Saíram os dois na direção do centro do campo. A torcida, aos berros, descompunha todo mundo pelo atraso.
7.           Os dois isolados no grande círculo, o técnico pôs a mão no ombro do juiz e entrou nas explicações:
8.        – O problema é o seguinte: eu sou um homem de cinquenta anos, estreando na profissão. E sou novo aqui na terra. Acontece que, hoje de manhã, o presidente do clube me deu um bocado de nome, pra pôr no time. Dois são protegidos do delegado, quatro do comandante do destacamento, o goleiro é filho do gerente do banco, o presidente diz que os dois pontas-de-lança tem que jogar de qualquer maneira. Eu fui escalando, escalando…
9.           – É, mas passou da conta – diz o árbitro, inflexível.
10.         – E eu não sei que passou? Ia ser mais. Por sorte, o sobrinho do prefeito amanheceu com o pé inchado e pediu para não jogar. Senão, entravam treze.
11.          – Bom, mas para começar o jogo, o senhor tem que tirar um… – diz o juiz.
12.          – Eu, tirar um? Deus me livre! Tira o senhor. Por mim, o time joga com doze. Se o senhor está dificultando, vai lá o senhor e tira um, escolhe lá um. O mais que posso fazer é  colaborar  com  o  senhor. Por exemplo, não tire nem o cinco nem o seis que dá  bolo  com  o  chefe de polícia. E o pior é que agora eu já confundi tudo: não sei mais se o oito é gente do comandante do destacamento ou se é o  filho  do  gerente do banco…
13.          O árbitro encarou o técnico  do Pipira, enfiou o  apito  no  bolso  e saiu como uma fera:
14.          – Doze contra onze, comigo, não. Doze contra onze, só se me expulsarem da Liga.
15.          Parou diante do banco dos reservas do Serrinha F. C.  e  dirigiu-se ao técnico, sentencioso como nunca:
16.          – Carvalho, bota mais um dos teus homens em campo, Carvalho. Eu tenho horror a injustiça!
(NOGUEIRA, Armando. Bola na rede. Rio de Janeiro, José Olympio, 1973)



Depois de ter lido o texto responda às questões abaixo:
1. O técnico do Pipira, ao escalar o time, baseou-se:
a.(   ) na capacidade de cada jogador
b.(   ) nas características dos adversários
c.(   ) nas recomendações de seus superiores
d.(   ) nas suas próprias convicções

2. Quais foram as três primeira providências do juiz ao perceber a manifestação da torcida?
a)____________________________________________________________
b)____________________________________________________________
c)____________________________________________________________

3. O técnico do Pipira informou que o time entraria em campo com dois jogarias a mais. Por que entrou com doze e não com treze?
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4. O técnico negou-se a tirar de campo um dos jogadores. Por que não acatou a ordem do juiz?
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5. O que o autor da narração deste episódio quis mostrar com o fato?
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6. Na frase: “O técnico, porém, sustentou a escalação.” (par. 1) a palavra em destaque significa:
a. (   ) confirmou, ratificou o time              b. (   ) fez as despesas do time
c. (   ) agüentou o peso, escorou o time     d. (   ) alimentou, nutriu o time

7. Localize as palavras, no texto, que tenham estes significados:
a) aquele que treina ou dirige os treinos e escala os jogadores_______________________
b) aquele que tem autoridade e poder para julgar e dar sentenças______________________
c) jogadores que podem substituir os titulares no decorrer da partida______________________
d) pessoas que incentivam o time, desejando vitória_____________________________________

8)  Qual a tipologia textual do texto  “ O JUSTO”____________________________

9) “Doze contra onze, comigo, não. Doze contra onze, só se me expulsarem da Liga.” Quem disse essa frase?
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10)” – É, mas passou da conta – diz o árbitro, inflexível.” O  termo em destaque significa?
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GABARITO
Questão 1. (c)
Questão 2: a. Interrompeu a partida     b. contou os jogadores     c. advertiu o capitão do Pipira
Questão 3: Porque o sobrinho do prefeito pediu para não jogar pois estava com o pé inchado.
Questão 4: Porque não queria desagradar seus superiores preferindo que o juiz agisse em lugar dele.
Questão 5: Mostrar a interferência de autoridades no esporte, principalmente no futebol.
Questão 6: (a)
Questão 7: a. Treinador e técnico    b. juiz e árbitro     c. reservas     d. torcida
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