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quarta-feira, 10 de junho de 2020

O CAÇADOR DE PALAVRAS 7º ANO CEREJA


O texto que você vai ler a seguir é um fragmento da obra O caçador de palavras, de Walcyr Carrasco. Júlio, o protagonista, sentia-se como uma página em branco, como se o livro de sua vida ainda não tivesse realmente iniciado. Tinha perdido a família muito cedo, trabalhava em uma pequena empresa, conhecia pouquíssima gente. Na maior parte das noites, comia um sanduíche em um bar, ou tomava um copo de leite quente, e entrava em um cinema.

O CAÇADOR DE PALAVRAS
       [...] Foi por causa de minha mania de ir ao cinema que tudo aconteceu.
        Naquela noite, eu estava cansado. E o filme era bem aborrecido, para dizer a verdade. Só fiquei para a segunda sessão porque estava chovendo, e não queria molhar os sapatos. Nos primeiros dez minutos de filme, adormeci. Meu corpo escorregou da cadeira, e dormi tão confortavelmente como em minha cama.  
       Acordei em plena escuridão e silêncio. No início, nem sabia onde estava. Aos poucos, meus olhos foram se acostumando com a falta de luz. Vi a tela branca, o letreiro de saída apagado. Não entendi, imediatamente, o que estava acontecendo. Levantei atordoado. Com dificuldade, empurrei a porta de entrada. Pesada. Saí do saguão. Só então percebi o que havia acontecido: haviam esquecido de mim no cinema. Completamente. Talvez não tivessem me visto. Olhei o relógio, estava no meio da noite.  
       Quis telefonar. Fui até o escritório, estava trancado. Pensei em quebrar o vidro. Nunca senti tamanho desespero.
       É incrível como um cinema vazio, à noite, pode ser tétrico. Olhava para as paredes, via sombras. Ouvia ruídos. Ao mesmo tempo, tentei raciocinar. Arrombar a porta, ou qualquer coisa do tipo, poderia terminar em confusão. Chamar a polícia também: como explicar minha presença, se todos pensariam, no primeiro instante, que eu era um ladrão? O ideal, sem dúvida, era aguardar algumas horas, e esperar, pacificamente, que alguém  viesse abrir o cinema. Poderia, então, sair calmamente.
       Como passar aquelas horas difíceis? Foi quando vi, no canto do balcão da doceria, ajudando a apoiar uma lata, um livro grosso. Fui até ele. Peguei. Era bem pesado.
      Saí do saguão, onde só entrava a luz do luar, e fui ao banheiro. Acendi a luz. No hall de entrada que levava aos dois toaletes, havia um sofazinho velho. Sentei, e abri o livro. Era um dicionário com a origem e o significado das palavras. No primeiro instante, pensei:
       – Bem que eu preferia um livro policial!
Puro engano. Só para me distrair, comecei a folheá-lo. Pouco a pouco, fui sendo envolvido pelo universo fascinante das palavras. Elas começaram a brilhar para mim como estrelas no céu. Da mesma forma que todas as pessoas, sempre vivi cercado por verbos, substantivos, adjetivos. Com eles, dei forma a sentimentos, expressei vontades, descobri risos, comuniquei emoções. Mas, assim como não se pensa conscientemente nos dedos cada vez que se pega um garfo, também não me detinha nas palavras. Elas faziam parte de mim como os olhos, os cabelos e as unhas. Eram tão enredadas no cotidiano como o elevador do prédio, o ônibus, o cartão de ponto. Apesar de fluírem através da vida com tanta facilidade quanto o ar que respirava, as palavras eram um instrumento que eu usava mecanicamente.
       De repente, tudo mudou.
       Naquela noite, descobri que as palavras guardam histórias. Percorrem os tempos, registrando emoções, atravessam vidas. Entendi, pela primeira vez, o fascínio dos poetas ao brincar com elas, criando versos e rimas que trazem os sons das marés, a cadência dos sentimentos, o colorido das primaveras. A paixão de quem faz letras de músicas, sonoras por si sós, onde as palavras remetem umas às outras, dançam entre si. Senti o encanto dos escritores, que as usam para criar mundos e vidas, como se fossem bilhetes para viagens fulgurantes. E, então, eu também me apaixonei, porque descobri, mais que tudo, o quanto as palavras são vivas.
       Deixei de ouvir os ruídos, de olhar as sombras daquele cinema vazio. Era como se eu estivesse lendo um romance que falava de todas as pessoas, de toda a humanidade. Quis seguir a trilha das palavras.[...]
CARRASCO, WALCYR. São Paulo: Ática, 1994. p. 8-11


1. Logo no início do texto, o narrador diz que sua mania de ir ao cinema foi a causa de um acontecimento inesperado. O que aconteceu de especial com ele naquela noite?
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2.Sem saber o que fazer, o narrador imagina várias formas de sair dali.
a) Por que ele abandona quase todas as ideias que teve?
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b) O que ele encontrou para fazer enquanto aguardava?
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3. O narrador abre o livro que encontrou sobre o balcão da doceira.
a) Qual era a expectativa que ele tinha ao abrir o livro?
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b) o que ele provavelmente pensava a respeito de dicionários antes dessa noite?
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c) Pouco a pouco o narrador passou a ter outra opinião sobre os dicionários. Que comparação feita por ele exprime o novo tipo de relação que ele passou a ter com as palavras?
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4. A descobertas das palavras e de seus significados faz com que o narrador reveja a relação que até então ele tinha com as palavras.
a) até aquela noite, qual era, para ele, a utilidade de verbos, substantivos e adjetivos?
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b) Considere essas comparações presentes na fala do narrador;
§  Usamos as palavras como se pega um garfo.
§  As palavras fazem parte de nós como os olhos, cabelos e unhas.
§  As palavras enredam-se no cotidiano como o elevador, o ônibus, o cartão de ponto.
§  As palavras fluem como o ar que respiramos.
De acordo com as comparações, que tipo de uso ele fazia das palavras?
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5. “De repente , tudo mudou”,  o narrador afirma em um dos parágrafos do texto.
a) O que o narrador descobriu sobre as palavras?
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b) Ao entender o fascínio dos poetas, dos compositores e dos escritores pelas palavras, o que o narrador passa a ter em comum com esses artistas?
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6. Por que, naquele cinema vazio, as palavras do dicionário tiveram para o narrador um significado equivalente ao de um romance ou de um longo filme?
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7. O titulo do texto é ”O caçador de palavras”
a) Que frase do último parágrafo traduz um desejo do narrador, e ao mesmo tempo, esclarece o título do texto?
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b) Como você interpreta essa frase?
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FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.






INFOGRÁFICO 7º ANO

Leia o infográfico abaixo;


1. O infográfico foi divulgado em um site especializado em venda de livros novos e usado.
 a) Olhando o lado esquerdo do infográfico, notamos que ele está organizado em duas categorias. Quais são elas?
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b) A legenda que se vê à direita, na parte inferior do infográfico, mostra que há outra divisão entre as duas categorias principais. Qual é ela/
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2. Entre os escritores nacionais mais populares;
a) Qual é o escritor mais vendido? Como é possível chegar a essa conclusão?
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b) Qual é a escritora mais vendida?
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3. Entre os escritores estrangeiros mais populares;
a) Qual é o escritor mais vendido?
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b) Qual a escritora mais vendida?
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4. Compare o escritor e a escritora nacionais mais vendidos e o escritor e escritora estrangeiros mais vendidos:
a) Qual dos dois autores nacionais vende mais?
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b) Qual dos dois autores estrangeiros vende mais?
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c) Entre os autores e autoras mais vendidos, qual é o campeão de venda/
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5. Franz Kafka está na lista dos mais vendidos nesse site. Entre os autores estrangeiros, qual é a posição que ele ocupa?
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6. No centro do infográfico há quatro círculos.
a) O que eles indicam?
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b) nesse site, em geral, quem vende mais: os autores nacionais ou os autores estrangeiros? Justifique sua resposta.
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c) E quem vende mais: os autores do sexo masculino ou os autores do sexo feminino? Justifique sua resposta.
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terça-feira, 9 de junho de 2020

ANÚNCIO PUBLICITÁRIO IGUALDADE 6º ANO


ANÚNCIO PUBLICITÁRIO INGUALDADE 6º ANO

Leia o anúncio publicitário abaixo:

1. Que tipo de atitude essa campanha pretende combater?
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2. Recursos não verbais são importantes para a transmissão de uma mensagem em um anúncio publicitário.
a) Quais figuras foram escolhidas para compor a imagem?
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b) Explique a maneira como essas figuras foram organizadas no anúncio e relacione-as ao objetivo dele.
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3. No texto verbal, aparecem quatro palavras que nomeiam seres. Quais são elas?
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4. Essas palavras fazem referência a um grupo e não a um único ser. Como essa ideia de número é indicada?
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5 O texto verbal faz referência a dois momentos: hoje e amanhã. O que eles significam no contexto desse anúncio?
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6. Redija uma frase que traduza a ideia central do anúncio.
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POEMA CLASSE MISTA 6º ANO SE LIGA


Classe mista - Carlos Drummond de Andrade
"Meninas, meninas,
do lado de lá.
Meninos, meninos,
do lado de cá."
Porque sempre dois lados,
corredor no meio,
professora em frente,
e o sonho de um tremor de terra
que só acontece em Messina,
jamais, jamais em Minas,
para, entre escombros, me ver
junto de Conceição até o fim do curso.

Carlos DrummonD De anDraDe. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
p. 581. Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond.
  
1. Que aspecto da educação retratado no poema é diferente nos dias de hoje?
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2 Que palavra do texto revela que o eu lírico se inclui no grupo de estudantes?
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3 Os quatro primeiros versos apresentam duas frases entre aspas. Por que esse sinal de pontuação foi empregado?
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4 No oitavo verso, o eu lírico afirma sonhar com um tremor de terra. Qual é o sentido da palavra sonho nesse contexto?
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5 Por que o sonho de um terremoto é estranho?
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6 O que explica esse sonho do eu lírico?
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7 Que informação sobre os terremotos é sugerida pela palavra jamais no texto?
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8 A repetição da palavra jamais tem o objetivo de reforçar, suavizar ou alterar o sentido da palavra?
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9 Que diferença existe entre um terremoto normal  e esse mencionado no poema de Drummond?
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FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.

CAUSA E CONSEQUÊNCIA 6º ANO SE LIGA


CAUSA E CONSEQUÊNCIA 6º ANO SE LIGA

1. Leia um relato escrito pelo menino paulistano Jibran Coruminas Hsieh, colunista do caderno Folhinha, do jornal Folha de S.Paulo.

Um vascaíno em São Paulo
       Meu pai nasceu em Brasília e torce para o Vasco. Eu nasci aqui em São Paulo, mas desde pequeno também sou vascaíno.
        Quando tinha 5 anos, fui internado no hospital. Tinha que colocar um cateter na veia para tomar remédio, mas não queria deixar, porque estava com aflição daquela agulha.
        Então, meu pai prometeu que eu poderia conhecer os jogadores do Vasco se deixasse o médico colocar o tubo no meu braço.
       Quando saí do hospital, fui com ele, minha mãe e meus irmãos para Atibaia para ver um treino do time. Foi muito legal! Eu tirei fotos e joguei bola com todos os jogadores. E um repórter que estava lá também me entrevistou para a TV.
Disponível em:
colunas/ideias/2015/09/1683389-um-vascainoem-
sao-paulo.shtml?loggedpaywall>.
Acesso em: 30 maio 2018.
a) O que convenceu o produtor desse relato a aceitar o tratamento médico?
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b) Veja a reelaboração de um trecho do texto.
(1) O menino não queria a colocação de um cateter em sua veia, /
(2) porque tinha aflição de agulha.
I. A frase apresenta uma relação de causa e consequência. O trecho que indica causa é o primeiro ou o segundo?
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II. Que palavra foi usada para estabelecer essa relação?
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c) Escreva um período juntando as informações a seguir, na ordem em que foram apresentadas. Entre elas, use uma ou mais palavras que estabeleçam uma relação de consequência.
O menino tinha aflição de agulha.
O menino não queria um cateter em sua veia.
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       Na língua, existem palavras responsáveis por relacionar ideias, estabelecendo uma relação lógica entre elas. São os conectores. Ao usá-los, organizamos melhor o texto e ajudamos nossos interlocutores a compreender nosso pensamento.

Nesta seção, estamos estudando conectores de causa e de consequência.
Veja como funcionam.
Ela foi aprovada, pois estudou bastante.
Pois introduz uma oração que indica a causa do que foi declarado antes.

Estou muito gripada, então não irei à aula hoje.
Então introduz uma oração que é uma consequência, um resultado do que foi dito anteriormente.

Há também conectores de condição, de oposição, de adição, entre outros que você estudará depois.
Conheça, agora, mais alguns conectores de causa e de consequência que você pode empregar em seus textos escritos e orais.
Conectores de causa: porque, pois, como (no início das frases), visto que,
já que, uma vez que.
Conectores de consequência: portanto, por isso, então, logo, assim, desse modo, dessa forma, consequentemente.
2 Reúna as informações em uma única frase, estabelecendo entre elas uma
relação de causa. Siga o modelo.
Não comprou o vestido. O preço estava muito alto.
Não comprou o vestido, já que o preço estava muito alto.
a) Eu sairei mais cedo hoje. Preciso comprar um presente para meu amigo secreto.
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b) Há um caminhão quebrado na pista. Os carros não conseguem passar.
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c) Será preciso limpar a sala novamente. Uma criança derrubou a caneca de leite.
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3. Reescreva as mesmas frases, agora estabelecendo relações de consequência. Veja o modelo.
Não comprou o vestido. O preço estava muito alto.
O preço estava muito alto, logo não comprou o vestido.

FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.


RELATO DE EXPERIÊNCIA 6º ANO


RELATO DE EXPERIÊNCIA:
Contar o que houve comigo
       É provável que você já tenha acompanhado, em telejornais, vídeos com pessoas relatando experiências provocadas por fenômenos naturais. Eles costumam complementar reportagens ou notícias.
Leia a transcrição de um relato divulgado no portal de notícias G1. Nele fala o professor Rogério Quintanilha, que, na ocasião, estava com a família em Santiago, no Chile. Aproveite seus conhecimentos sobre a língua falada
para reconhecer as marcas de oralidade no texto.

Texto 1.
       Oi. Meu nome é Rogério. Eu estou com a minha esposa e o meu filho pequeno aqui em Santiago. Ontem nós estávamos numa farmácia e f... dentro de um shopping center durante o tremor ontem à noite eee... nós sentimos o chão tremer, as prateleiras eee... fiquei com medo que alguma coisa pudesse cair, não aconteceu, mas... daí eu peguei o meu filho e minha esposa e nós saímos pela saída de emergência... era um shopping. Os chilenos todos fizeram isso, foram para a rua, parece que eles estão mais acostumados com esses fatos e estavam tranquilos.
       Durante a noite a gente voltou pro hotel e sentiu algumas vezes, duas ou três vezes, novamente ressonâncias do primeiro... é... tremor, mas... agora já está tudo bem e a cidade parece estar funcionando normalmente. Obrigado.
Disponível em:
fiquei-com-medo-diz-prudentino-que-testemunhou-terremoto-no-chile.html>.
Acesso em: 5 jun. 2018

1. Rogério Quintanilha relatou um terremoto ocorrido no Chile.
a) O evento narrado é real ou fictício?
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b) Segundo o relato, como o terremoto pôde ser percebido?
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c) O evento parece ter sido impactante para Rogério? Por quê
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2. Localize as palavras que informam quando ocorreu o terremoto.
a) O evento aconteceu em um passado distante ou próximo em relação ao relato de Rogério? Justifique sua resposta.
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b) No momento do relato, o acontecimento ainda preocupa o falante? Explique sua resposta.
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c) O falante diz que “a cidade parece estar funcionando normalmente”. Por que ele usa a palavra parece?
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3. Releia este trecho:
“Os chilenos todos fizeram isso, foram para a rua, parece que eles estão mais acostumados com esses fatos e estavam tranquilos”.
a) Que palavra mostra que o evento não foi único, isto é, que já havia acontecido algo parecido antes?
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b) Que palavra descreve a reação dos chilenos?
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c) Redija uma frase para comparar a reação do produtor do relato com a dos chilenos. Inclua nela as duas palavras que você respondeu nos itens a e b.
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O relato lido é uma transcrição, isto é, um texto que reproduz a fala conforme ela aconteceu. Releia um trecho do texto.
“Ontem nós estávamos numa farmácia e f... dentro de um shopping center durante o tremor ontem à noite eee... nós sentimos o chão tremer, as prateleiras eee... fiquei com medo que alguma coisa pudesse cair, não aconteceu, mas... daí eu peguei o meu filho e minha esposa e nós saímos pela
saída de emergência... era um shopping.
a) O falante repetiu a informação de que estava em um shopping center. Levante uma hipótese: o que o fez repetir isso?
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b) Observe que, em dois momentos, o falante alonga a vogal e antes de continuar a fala. O que esse alongamento mostra?
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5 Compare um trecho do relato oral com o trecho de uma notícia escrita na
qual esse relato foi incluído.

Trecho do relato oral
“Eu estou com a minha esposa e o meu filho pequeno aqui em Santiago.
Ontem nós estávamos numa farmácia e f... dentro de um shopping center durante o tremor ontem à noite eee... nós sentimos o chão tremer, as prateleiras eee... [...] saímos pela saída de emergência... era um shopping. Os chilenos todos fizeram isso, foram para a rua, parece que eles estão mais acostumados [...].”

Trecho da notícia
[...]
        Segundo o prudentino, no momento do tremor, ele estava dentro de uma farmácia, em um shopping center de Santiago. “Nós, eu, minha esposa e meu filho pequeno, sentimos o chão tremer e vimos as prateleiras balançarem. [...] Todos os clientes do local foram para a rua, pois os chilenos parecem ser mais acostumados a esse tipo de situação [...]”, afirmou ao G1.
Disponível em:
fiquei-com-medo-diz-prudentino-que-testemunhou-terremoto-no-chile.html>.
Acesso em: 5 jun. 2018.
a) A notícia apresenta duas vozes: a de quem a escreveu e a de Rogério, que fez o relato. Que sinal de pontuação foi usado para separar a voz de Rogério?
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b) Qual é o sentido da palavra segundo nesse contexto? Qual é sua finalidade?
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c) Que adaptações da linguagem foram feitas pelo produtor da notícia na fala de Rogério?
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d) Em sua opinião, é mais interessante assistir a um relato de experiência em vídeo ou lê-lo? Por quê?
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      Tendo em vista o relato de Rogério Quintanilha, divulgado em um portal de notícias, responda às questões.
1 O falante apresenta o fato como um participante ou como um observador?
Justifique sua resposta com palavras do texto.
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2 Em sua opinião, por que o portal se interessou em apresentar esse relato?
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3 Você ficou interessado nesse relato? Por quê?
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     No gênero textual relato de experiência, ou depoimento, o falante conta uma experiência real e marcante. O texto, que pode ser falado ou escrito, apresenta um ponto de vista pessoal.

TEXTO 2

       Primeiro eu conheci o rap. Aííí... euuu... cheguei no Espaço Criança Esperança, que era perto da minha casa. Quem me levou no Espaço Criança Esperança foi um amigo meu, o Diego, ele é grafiteiro, eleee... a gente sempre morou na mesma rua, estudou até na mesma escola um tempo. Ele me levou lá. Ele falou “Então, tem um estúdio aqui, tem um pessoal”. Aí eu catei, cheguei no espaço, que pr... eu não conhecia, só passava por lá, mas não sabia o que tinha. Eu não era ali da região, né? Eu era um... eu era da Freguesia, o Espaço
Criança Esperança já fica na Brasilândia. Não ia muito prali. Ééé... aííí... eu... comecei a conhecer o pessoal. Conheci o Douglas, que era o cara que operava o estúdio, conheci o Bonga, que era ooo... grafiteiro... queee... meio que era o coordenador do espaço, que foiii... meu... meu maior professor no hip-hop, um cara que me ensinou muita coisa, que me ensinou o que era hip-hop. Foi o cara que pegou, chegou em mim, estava tendo um show e ele falou “Pega um microfone e rima”, porque eu não queria fazer isso, eu tava com vergonha. Foi a primeira vez que eu peguei no microfone e rimei, foi ele que deu espaço, ele que mandou fazer isso aí e eu fiz. Tinha eventos, tinha umas oficinas de rádio, tinha oficina de produção, tinha oficina de DJ... Eu cheguei até a dar umas oficinas no espaço. De MC. E foi... sabe... muito... foi muito gratificante pra mim, porque eu p... saí dali e ali mesmo eu tava podendo... sabe?... mostrar “Ó, ser MC... MC significa tal coisa, o MC faz isso, a função dele é isso e pra você começar a fazer tal coisa...” Conseguia passar o conhecimento.
Disponível em:
da-voz-aos-oprimidos-100044/colecao/93479>. Acesso em: 30 maio 2018.

1 Nesse relato de experiência, o jovem músico conta sua participação no projeto Espaço Criança Esperança.
a) O contato de Pedro com a arte se iniciou nesse projeto? Por quê?
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b) Quem o apresentou ao projeto?
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c) O que essa pessoa deixou implícito em sua fala quando disse “Então, tem um estúdio aqui, tem um pessoal”.
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d) Segundo o relato, qual pessoa mais contribuiu para o desenvolvimento profissional de Pedro? Por quê?
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2 Os relatos de experiência trazem o depoimento de quem viveu uma situação incomum, como testemunhar um acidente, ou apresentam uma história pessoal que pode servir como um exemplo para outras pessoas. Qual é a finalidade do relato de Pedro? Explique.
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3 Os textos desse gênero contam uma vivência marcante, de um ponto de vista pessoal.
a) Que pessoa gramatical predomina no relato: a primeira ou a terceira?
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b) A predominância dessa pessoa sugere que o falante participa das ações relatadas ou as observa?
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c) Os fatos relatados referem-se ao presente, passado ou futuro? Explique.
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4 O relato de Pedro é divulgado no site do Museu da Pessoa, que permite aos falantes usarem a linguagem com a qual têm mais intimidade.
a) A linguagem de Pedro é formal ou informal? Dê exemplos de palavras ou expressões que comprovem sua resposta.
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b) Relacione a linguagem utilizada por Pedro às características dele.
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c) Em sua opinião, a linguagem empregada por Pedro seria adequada se ele fosse apresentar as atividades desenvolvidas no Espaço Criança Esperança para possíveis patrocinadores? Explique sua resposta.
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5 A transcrição do texto procurou reproduzir a maneira como Pedro realmente falou.
a) Releia o início do relato.
“Primeiro eu conheci o rap. Aííí... euuu... cheguei no Espaço Criança Esperança, que era perto da minha casa.”
Observe o alongamento das vogais no trecho. Para que serve esse recurso comum em textos orais?
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b) Releia outro trecho.
“Quem me levou no Espaço Criança Esperança foi um  meu, o Diego, ele é grafiteiro, eleee... a gente sempre morou na mesma rua, estudou até na mesma escola um tempo.”
O falante desistiu de completar uma das orações: “eleee...”. Por que isso aconteceu?
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c) As marcas de oralidade que você observou nos itens a e b revelam que Pedro estava falando de modo displicente, descuidado? Explique sua resposta.
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6 Pedro não chega a explicar o que um MC faz. Releia este trecho.
“Ó, ser MC... MC significa tal coisa, o MC faz isso, a função dele é isso e pra você começar a fazer tal coisa...”
a) Copie as palavras ou expressões usadas para evitar a descrição das funções de um MC.
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b) Por que Pedro optou por não descrever as funções?
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       No gênero textual relato de experiência, o produtor conta um evento incomum, como testemunhar um terremoto, ou exemplar, como ser voluntário em uma campanha social. O texto apresenta fatos, causas e consequências, decisões e sentimentos, sempre de um ponto de vista pessoal. Dependendo do veículo de circulação (um telejornal, um jornal on-line, um blog etc.) e dos interlocutores, o texto poderá ser mais formal ou menos formal.

FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.


sexta-feira, 5 de junho de 2020

VARIAÇÃO LINGUIÍSTICA 6º ANO O FAX DO NIRSO


     O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um de seus vendedores viajantes:

- Seu Gomis, o criente de Belzonti pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor tomá pruvidensa! Abrasso, Nirso

      Meia hora depois, outro fax.

- Seu Gomis, o relatóro de venda vai chegá atrazado prumodi tamo fexando mais umas venda. Temo qui manda treis mil pessa pro criente de Sete Lagoa. Amanhã ta chegano o relatóro. Abrasso, Nirso.

     No dia seguinte...

- Seu Gomis, discurpa, eu num cheguei pocauza de qui segui direto pra Beraba i vendi mais deiz mil pessa. Tô indo, indagora pra Brazilia. Abrasso, Nirso.

     No outro dia...

- Seu Gomis, Brazilia fechô vinti mil pessa e to indo indagorinha pra Frorianópis, modi vizitá outro criente bão de mais sô, foi o criente di Brasília que indicô e di lá pego o avinhão praí. Abrasso, Nirso “.

     E assim foi o mês inteiro...
      O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, resolveu levar o assunto e os faxes do Nirso para o Presidente da empresa. O Presidente o ouviu atentamente e prometeu providências.
      Redigiu, de próprio punho, um recado e mandou afixar no quadro de avisos da empresa.

A partí di ogi, nóis tudo vamo fazê feito o Nirso.
Sí precupá menos em falá bunito e em iscrevê relatóros mirabolantes modi nóis vendê mais.
Acinado: Prizidenti”

1. Ao dizer “Belzonti” a que cidade brasileira Nirso se referiu?
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2. Qual era a profissão do Nirso?
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3. Qual o objetivo desse profissional?
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4. Na sua opinião, por que o Nirso escreve assim?
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5.Você conhece pessoas que falam algumas das palavras Usadas pelo Nirso? Você consegue entende-las?
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6. “Temo qui manda treis mil pessa pro criente” Essa maneira de escrever se deve a questões :
a) geográficas - região onde mora: norte, sul
b) histórica - época em que foi escrito: 1500, 2020
c) sociais - grau de escolaridade

7. Você conhece algum alimento ou objeto que em outro lugar do Brasil possui um nome diferente? Qual?
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 VARIAÇÕES LÍNGUÍSTICAS:

          São variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, históricas e regionais nas quais é utilizada.
           Há também a variedade padrão também chamada de norma culta.