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quarta-feira, 17 de junho de 2020

POEMA PROTEXTO A BOMBA SUJA 9º ANO armazém


POESIA: A BOMBA SUJA - FERREIRA GULLAR - COM QUESTÕES GABARITADAS
Poesia: A Bomba Suja
                                Ferreira Gullar 
Introduzo na poesia
A palavra diarreia.
Não pela palavra fria
Mas pelo que ela semeia.

Quem fala em flor não diz tudo.
Quem me fala em dor diz demais.
O poeta se torna mudo
sem as palavras reais.

No dicionário a palavra
é mera ideia abstrata.
Mais que palavra, diarreia
é arma que fere e mata.

Que mata mais do que faca,
mais que bala de fuzil,
homem, mulher e criança
no interior do Brasil.

Por exemplo, a diarreia,
no Rio Grande do Norte,
de cem crianças que nascem,
setenta e seis leva à morte.
É como uma bomba D
que explode dentro do homem
quando se dispara, lenta,
a espoleta da fome.

É uma bomba-relógio
(o relógio é o coração)
que enquanto o homem trabalha
vai preparando a explosão.

Bomba colocada nele
muito antes dele nascer;
que quando a vida desperta
nele, começa a bater.

Bomba colocada nele
Pelos séculos de fome
e que explode em diarreia
no corpo de quem não come.

Não é uma bomba limpa:
é uma bomba suja e mansa
que elimina sem barulho
vários milhões de crianças.

Sobretudo no nordeste
mas não apenas ali
que a fome do Piauí
se espalha de leste a oeste.

Cabe agora perguntar
quem é que faz essa fome,
quem foi que ligou a bomba
ao coração desse homem.

Quem é que rouba a esse homem
o cereal que ele planta,
quem come o arroz que ele colhe
se ele o colhe e não janta.

Quem faz café virar dólar
e faz arroz virar fome
é o mesmo que põe a bomba
suja no corpo do homem.

Mas precisamos agora
desarmar com nossas mãos
a espoleta da fome
que mata nossos irmãos.

Mas precisamos agora
deter o sabotador
que instala a bomba da fome
dentro do trabalhador.

E sobretudo é preciso
trabalhar com segurança
pra dentro de cada homem
trocar a arma de fome
pela arma da esperança.


GULLAR, Ferreira. 
Entendendo a poesia:
01 – No poema “A bomba suja”, Ferreira Gullar emprega algumas características do Pós-Modernismo Brasileiro. Identifique uma e justifique-a.
      Características do pós-modernismo:
      - Hiper-realismo;
      - Humor e crítica;
      - Polifonia e intertextualidade;
      - Imprecisão e espontaneidade;
      - Imaginação e criatividade.

02 – Que figura de linguagem predomina nos versos do poema? Justifique sua resposta.
      Predomina a metáfora (quando utilizamos uma palavra em lugar de outra por haver entre elas uma relação de semelhança).

03 – O poema:
A) denuncia a exploração do povo brasileiro a quem são negados os direitos fundamentais.
B) evidencia os efeitos da recessão econômica sobre o povo brasileiro.
C) apresenta o homem — em face da fome — desapegado à vida.
D) condena a ação do estrangeiro no Brasil, seduzindo o povo com sua moeda forte: o dólar.

04 – No poema, o sujeito poético:
A) revela-se consciente do seu papel transformador da realidade.
B) demonstra insegurança quanto à identificação do agente causador do flagelo da fome brasileira.
C) critica a indiferença das minorias privilegiadas em relação ao sofrimento de seus semelhantes,
D) procura, através de denúncias, alcançar o inatingível.

05 – O poema caracteriza-se:
A) pela linearidade discursiva.
B) pela valorização do descritivismo.
C) pela ambiguidade do discurso.
D) pelo uso de um tom coloquial.

06 – Qual é o assunto dominante da poesia?
      “A bomba suja” não visa propriamente à expressão de um estado d’alma e sim à persuasão de um fato concreto com existência comprovada – a fome como “causa mortis” do povo brasileiro: “Bomba colocada nele / Pelos séculos de fome / E que explode em diarreia / No corpo de quem não come.”

07 – Que problemas sociais o poeta enfoca na poesia?
      Fome e desigualdade social.

08 – Quais os estados mais atingidos pela suposta “bomba”?
      Rio Grande do Norte e Piauí.

09 – Escreva a estrofe em que o poeta sugere acabar o problema.
     “E sobretudo é preciso
      trabalhar com segurança
      pra dentro de cada homem
      trocar a arma de fome
      pela arma da esperança.”


10 – O que o poeta quis dizer nos versos: “Por exemplo, a diarreia, / no Rio Grande do Norte, / de cem crianças que nascem, / setenta e seis leva à morte.”
      Significa o alto índice de mortalidade infantil neste estado.


POEMA PROTESTO: Exp 9º ANO


POEMA PROTEXTO: Exp

Exp.
mal vc abre os olhos
e uma voz qq vem lhe dizer
o q fazer o q comer
como investir
todos querem se meter
numa coisa q só
a vc compete:
viver a sua vida
deletar, destruir, detonar
esses atravessadores
a vida é uma só
e a única verdade
é a sua experiência
não terceirize sua vida
viva viva
viva
essa é a sua vida
ChaCal. In: adilson Miguel (Org.). Traçados diversos: uma antologia de
poesia contemporânea. Vários autores. São Paulo: Scipione,
2008. p. 150. (Escrita Contemporânea

1. O que o eu lírico do poema “Exp” recusa? O que ele aconselha ao interlocutor?
...............................................................................................................................
2 Observe a escolha das palavras que compõem o poema.
a) A quem se refere o pronome você (vc) nesse poema?
............................................................................................................................
b) Além de vc, quais outras palavras não estão escritas conforme as convenções da ortografia?
...............................................................................................................................
c) Por que o uso dessa linguagem ajuda a esclarecer a crítica feita no poema?
..........................................................................................................................
d) Observe as estrofes que concentram essas palavras. O que ocorre ao longo do poema?
....................................................................................................................
e) Na sua opinião, o que explica a mudança no uso dessas palavras?
.......................................................................................................................
3 Analise o uso da palavra atravessador.
a) Por que as pessoas que interferem na vida dos outros são chamadas no poema de “atravessadores”?
...........................................................................................................................
b) Que outra palavra também está ligada ao campo de sentido da economia? O que ela significa no contexto?
..............................................................................................................................
4 Releia a última estrofe.
a) Que sentidos podem ser atribuídos à palavra viva?
.............................................................................................................................
b) O que a palavra sua reforça no encerramento do poema?
.............................................................................................................................
5 Suponha que alguém tivesse compartilhado o poema “Exp” usando um perfil de rede social. Para que não houvesse contradição entre o poema e os demais conteúdos, que postagens não seriam esperadas por parte do mesmo perfil?
...............................................................................................................................
6  O que torna “Exp” um poema com linguagem contemporânea?
...............................................................................................................................

7 desafio de escrita Agora, você vai produzir um parágrafo de análise do poema, relacionando seu conteúdo (o que é dito) com os recursos expressivos (como é dito). Siga o roteiro.
• Inicie identificando o texto, seu autor e a época em que foi produzido.
• Use o tema do texto para confirmar a identificação dessa época.
• Identifique o recurso usado nas primeiras estrofes do poema para associar sua linguagem a seu tema.
• Mencione e interprete a exclusão desse recurso

TEORIA
Como os demais poemas, o poema-protesto também se caracteriza pelo trabalho consciente com a linguagem, observado na escolha e na organização especial das palavras. Os poetas dedicam-se à construção dos versos, trabalhando a musicalidade do texto e a construção das imagens.

FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. 9º ano — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.

POEMA PROTESTO A BOMBA SUJA GABARITO 9º ANO SE LIGA

GABARITO: PAGINA 94  LINK 1 PÁGINA DO BLOG, LINK 2  DRIVE


Poesia: A Bomba Suja
                                Ferreira Gullar

Introduzo na poesia
A palavra diarreia.
Não pela palavra fria
Mas pelo que ela semeia.

Quem fala em flor não diz tudo.
Quem me fala em dor diz demais.
O poeta se torna mudo
sem as palavras reais.

No dicionário a palavra
é mera ideia abstrata.
Mais que palavra, diarreia
é arma que fere e mata.

Que mata mais do que faca,
mais que bala de fuzil,
homem, mulher e criança
no interior do Brasil.

Por exemplo, a diarreia,
no Rio Grande do Norte,
de cem crianças que nascem,
setenta e seis leva à morte.
É como uma bomba D
que explode dentro do homem
quando se dispara, lenta,
a espoleta da fome.

É uma bomba-relógio
(o relógio é o coração)
que enquanto o homem trabalha
vai preparando a explosão.

Bomba colocada nele
muito antes dele nascer;
que quando a vida desperta
nele, começa a bater.

Bomba colocada nele
Pelos séculos de fome
e que explode em diarreia
no corpo de quem não come.

Não é uma bomba limpa:
é uma bomba suja e mansa
que elimina sem barulho
vários milhões de crianças.

Sobretudo no nordeste
mas não apenas ali
que a fome do Piauí
se espalha de leste a oeste.

Cabe agora perguntar
quem é que faz essa fome,
quem foi que ligou a bomba
ao coração desse homem.

Quem é que rouba a esse homem
o cereal que ele planta,
quem come o arroz que ele colhe
se ele o colhe e não janta.

Quem faz café virar dólar
e faz arroz virar fome
é o mesmo que põe a bomba
suja no corpo do homem.

Mas precisamos agora
desarmar com nossas mãos
a espoleta da fome
que mata nossos irmãos.

Mas precisamos agora
deter o sabotador
que instala a bomba da fome
dentro do trabalhador.

E sobretudo é preciso
trabalhar com segurança
pra dentro de cada homem
trocar a arma de fome
pela arma da esperança.

1. Releia a primeira estrofe.
a) No primeiro verso, a expressão na poesia sugere que a palavra diarreia será introduzida nesse poema especificamente ou nos textos poéticos em geral?
...............................................................................................................................
b) Em sua opinião, o que explica a ausência da palavra diarreia na poesia?
....................................................................................................................................................................................................................................................
2 O eu lírico justifica, nos versos seguintes, o uso da palavra diarreia.
a) Segundo ele, em que situação a palavra diarreia é “fria”? Por quê?
........................................................................................................................
b) Leia o verbete semear, transcrito de um dicionário.
semear (se.me.ar) v. [...] t.d. e int. 1 lançar sementes de (vegetal)
para que germinem <é tempo de s.> n t.d. fig. 2 espalhar,
propagar 3 ser causa de; promover
pânico> ~ semeador adj.s.m.
instituto antônio Houaiss de lexicoGRaFia (Org.). Pequeno dicionário
Houaiss da língua portuguesa. Dir. Antônio Houaiss, Mauro de Salles Villar,
Francisco Manoel de Mello Franco. São Paulo: Moderna, 2015.
Qual dos sentidos do verbete semear mais se aproxima daquele usado no poema?
..............................................................................................................
c) Com base nesse sentido de semear, conclua: por que a palavra diarreia interessa “pelo que ela semeia”?
........................................................................................................................
d) Explique por que, de acordo com o poema, “Quem fala em flor não diz tudo” (verso 5).
........................................................................................................................
e) Explique por que “Quem me fala em dor diz demais” (verso 6).
.......................................................................................................................
f) Qual relação de sentido existe entre os versos 5 e 6: conclusão, condição ou oposição? Que palavra poderia ser introduzida no início do verso 6 para evidenciar esse sentido?
..........................................................................................................................
3 Releia a terceira estrofe.
a) Quais hipônimos de arma são citados na continuidade do poema?
........................................................................................................................
b) Qual deles é a imagem central para a representação dos efeitos da diarreia?
........................................................................................................................
4 Releia o título do poema e a décima estrofe. Quais são os sentidos da palavra suja?
........................................................................................................................
5 O poema desenvolve um raciocínio.
a) Quais dados provam os terríveis efeitos da diarreia?
.....................................................................................................................
b) Em quais versos se revela que esse problema de saúde é antigo?
........................................................................................................................
c) Em que estrofe o eu lírico mostra a abrangência da doença no Brasil?
.............................................................................................................................
d) Segundo ele, qual é a causa da diarreia?
...............................................................................................................................
6. Observe os dois grupos sociais opostos a que o texto se refere.
a) Quais são eles?
...................................................................................................................
b) Na quarta estrofe, citam-se homens, mulheres e crianças atingidos pela doença. Que palavras se referem a eles nas três estrofes finais?
..................................................................................................................
c) Na penúltima estrofe, que palavra identifica os responsáveis pela doença?
.....................................................................................................................
d) A forma de nomear as pessoas que compõem os dois grupos sociais aproxima o eu lírico de qual deles?
.......................................................................................................................
7. Que função o eu lírico acredita ter no contexto que descreve?
....................................................................................................................
8. Nas estrofes finais, o eu lírico inclui o leitor no poema.
a) Que recurso gramatical evidencia essa inclusão?
.....................................................................................................................
b) Que papel teria o leitor?
.........................................................................................................................
9. Na sua opinião, o eu lírico apresenta um discurso agressivo? Por quê?
...........................................................................................................................
10. Qual é o objetivo do poema?
...........................................................................................................................
11. Releia a terceira estrofe.
a) Quais hipônimos de arma são citados na continuidade do poema?
...........................................................................................................................
b) Qual deles é a imagem central para a representação dos efeitos da diarreia?
.............................................................................................................................
12. Releia o título do poema e a décima estrofe. Quais são os sentidos da palavra suja?
...............................................................................................................................
13.  O poema desenvolve um raciocínio.
a) Quais dados provam os terríveis efeitos da diarreia?
..............................................................................................................................
b) Em quais versos se revela que esse problema de saúde é antigo?
...............................................................................................................................
c) Em que estrofe o eu lírico mostra a abrangência da doença no Brasil?
...............................................................................................................................
d) Segundo ele, qual é a causa da diarreia?
..........................................................................................................................

TEORIA
       O poema-protesto é uma das formas do gênero textual poema. Nele, o eu lírico declara sua firme discordância e crítica em relação a algo: uma decisão política, um problema social, uma injustiça etc.

Hiperônimos são os termos mais abrangentes, e hipônimos, os mais específicos. Calçado é um hiperônimo, e bota ou tênis, por exemplo, são hipônimos.

FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. 9º ano — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018.

terça-feira, 16 de junho de 2020

DIÁRIO ZLATA 6º ANO GABARITO


DIÁRIO ZLATA 6º ANO

Segunda-feira, 28 de dezembro de 1992

Dear Mimmy, 

Quanta coisa eu fiz nestes últimos dias! 
Hoje fiquei em casa. Tive minha primeira aula de piano. Que abraço apertado nós nos demos, Biljana Cankovic e eu. Desde março a gente não se via. Depois nos dedicamos a Czerny, Bach, Mozart e Chopin - um estudo, uma fuga, uma sonata e uma peça. Foi uma barra. Mas, como não vou mais à escola, vou poder me dedicar ao piano. Que bom! Você sabe, Mimmy, na escola de música estou no quinto ano. 
Estamos sem água - e quanto à eletricidade, a coisa vai mais ou menos. Quando eu saio e não há tiros, fico com a sensação de que a guerra acabou, mas os cortes de água e eletricidade, o inverno, a falta de lenha e de comida me trazem para a realidade e percebo que a guerra continua por aqui. E por quê? Por que esses "moleques" não entram num acordo? Estão se divertindo à beça. A nossas custas. Escrevo para você sentada na mesa, dear Mimmy. Estou vendo papai e mamãe. Os dois estão lendo. Quando eles levantam os olhos do livro, ficam pensando. Em que eles pensam? No livro que estão lendo? Ou será que tentam recolher os pedaços que a guerra espalhou? Sinto uma coisa esquisita vendo os dois assim. A luz da lamparina (como nossas velas acabaram, fabricamos lamparinas com óleo) eles me parecem cada vez mais tristes. Olho para papai. Como ele emagreceu! Perdeu vinte quilos pesados na balança, mas quando olho tenho a impressão de que deve ter sido até mais. Dá a impressão de que os óculos ficaram grandes demais para seu rosto. Mamãe também emagreceu muito. Parece que ela murchou, a guerra cavou rugas em seu rosto. Meu Deus, o que esta guerra fez de meus pais! ... Eles já não se parecem com meu pai e minha mãe. Será que tudo isso acaba um dia, será que nossos sofrimentos em breve vão chegar ao fim para que eles voltem a ser o que eram - pessoas alegres, sorridentes, elegantes? 
Esta guerra estúpida destrói minha infância e estraga a vida de meus pais. Mas POR QUÊ? STOP THE WAR! PEACE! I NEED PEACE! 
Tudo bem, vou jogar uma partida de cartas com eles! 
Zlata, que ama você. 

Zlata Filipović. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. 
Tradução Antonio de Macedo Soares e Heloisa Jahn. 
São Paulo: Companhiadas Letras, 1994. p. 112·113.

1. Marina e Zlata iniciam sua página de diário com o dia, o mês e o ano em que escrevem. Por que as datas são importantes nesse gênero?
...............................................................................................................................
2 Em seu texto, Zlata conta como ela e a família viviam durante a guerra.
a) No início do relato, por que a menina está feliz?
...............................................................................................................................
b) No segundo parágrafo, a garota mostra que a guerra provocou uma importante alteração em sua rotina. O que aconteceu?
..............................................................................................................................
c) Que privações materiais a família de Zlata sofreu naquele período?
...............................................................................................................................
d) Zlata chama de moleques os líderes dos exércitos em conflito. O que o uso dessa palavra revela sobre a opinião da menina? Por quê?
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3 Além de apresentar fatos e narrar ações, os diários apresentam sequências de textos com outras finalidades.
a) Zlata percebe que a guerra afetou seus pais. O que ela observa?
...............................................................................................................................
b) No parágrafo em que a menina trata desse tema, predomina o relato de ações ou a reflexão?
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c) Além de expor um fato, o que mais a frase a seguir revela: “Como ele emagreceu!”?
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d) Ao referir-se à guerra como “estúpida”, Zlata faz uma descrição objetiva ou apresenta um ponto de vista pessoal (subjetivo)? Justifique sua resposta.
...............................................................................................................................
4. Quando Zlata escreveu seu diário, não sabia se seria publicado.
a) Para quem ela escrevia inicialmente?         
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b) Após a publicação, quem passa a ser seu leitor?
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c) Em sua opinião, por que houve interesse em publicar esse diário?
...............................................................................................................................
d) Levante uma hipótese: que alterações podem ser necessárias no texto.
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TEORIA
       Em geral, o leitor de um diário é o próprio autor. Trata-se de um texto particular, íntimo, usado para registro pessoal, por isso a linguagem costuma ser mais descontraída, com palavras e frases simples, embora alguns autores tenham um estilo mais elaborado. Quando publicados, os diários ganham leitores diversos, e sua linguagem e conteúdo podem sofrer alterações para se adequar a uma comunicação pública.

FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. 6º ano — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018. PAG.21

GABARITO

1. Porque contextualizam os acontecimentos, relacionando- os à idade do autor, à época do ano etc.

 

2a. Zlata está feliz porque voltou a ter aulas de piano.

 

2b. Zlata deixou de ir à escola. Comente com os alunos quea escola de Zlata foi fechada quando a cidade começou a ser bombardeada, reabrindo quase um ano depois.

 

2c. A família de Zlata enfrentou cortes de água e luz e falta de lenha e comida

 

3a. Zlata nota que os pais estão desatentos e tristes. Afirma que ambos emagreceram e que o rosto da mãe ganhou rugas.

 

3b. A reflexão.

 

3.cO sentimento de pena, de dor da menina.

 

3d. Apresenta um ponto de vista pessoal, pois expressa

uma opinião. Zlata escrevia para ela mesma.

 

4a. Zlata escrevia para ela mesma.

 

4b. Todas as pessoas que leem a obra.

 

4c. Resposta pessoal. Porque, ao tratar de um período de guerra, tornou-se um documento histórico.


DIÁRIO MARINA 6º ANO INTERPRETAÇÃO COM GABARITO


Reprodução de página do diário de Marina Torres Sella.


1.  A página de diário de Marina Torres Sella trata de sua estada em um acampamento.
a) Que parte dessa experiência a jovem mais valorizou?
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b) O que permitiu a você chegar a essa conclusão?
...............................................................................................................................
2.  Transcreva a frase em que a menina revela ter tido expectativas positivas em relação ao que viveria no acampamento.
...............................................................................................................................
3. Segundo o relato, a experiência marcou a vida de Marina? Justifique sua resposta.
...............................................................................................................................
4.  Nesse texto, predominam fatos ou opiniões? Transcreva um trecho que comprove sua resposta.
...............................................................................................................................
5.  O relato apresentado é feito em primeira pessoa, que pode ser expressa pelas palavras eu e nós.
a) Copie outras palavras indicando que o relato é feito nessa pessoa.
...............................................................................................................................
b) Por que você acha que a primeira pessoa é muito usada em um relato como esse?
...............................................................................................................................
6. O relato apresenta fatos em três momentos. No caderno, relacione cada informação à noção de tempo presente, passado ou futuro.
a) Sentir saudades.
...........................................
b) Estar no acampamento.
............................................
c) Manter os amigos na memória.
.............................................
d) Fazer contato com Luli.
..............................................
e) Mandar mensagens para as amigas.
..............................................
7 Releia o seguinte trecho: “[...] já estou com saudades de todo mundo, até da Amanda, uma menina superchata que tinha poucos amigos”.
a) Qual destas palavras poderia substituir até, mantendo seu sentido: exceto, menos, inclusive ou apenas?
...............................................
b) Abaixo há duas interpretações para a expressão até da Amanda.
Qual delas é apropriada?
I.(   ) Ao afirmar que sente saudades “até da Amanda”, Marina sugere que a experiência foi tão positiva que mesmo situações menos legais serão lembradas com carinho.
II.(   ) Ao afirmar que sente saudades “até da Amanda”, Marina sugere que a experiência seria lembrada com carinho se algumas situações ruins fossem esquecidas.
8 O acampamento teve como tema a pergunta “O que te define?”. Que tipo de resposta você acha que é esperado para essa questão
..............................................................................................................................................................................................................................................................

9. No início do texto, observe a maneira como Marina estabelece uma interlocução, isto é, uma comunicação com o diário.
a) Que expressão é usada para iniciar essa comunicação?
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b) E para encerrá-la?
..............................................................................................................................
c) Considerando essas expressões, como você descreveria a relação de Marina com o diário?
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d) Por que algumas pessoas guardam seus diários escondidos ou trancados?
...............................................................................................................................
10.  Em sua opinião, por que algumas pessoas se dedicam a escrever diários?
...............................................................................................................................

TEORIA:
        Os textos do gênero diário relatam fatos vividos pelo autor e apresentam reflexões, opiniões e sentimentos. Trata-se de uma comunicação íntima. As páginas são escritas diariamente ou há um pequeno intervalo de tempo entre elas. Não há uma estrutura fixa, mas, em geral, possuem data, vocativo e assinatura.

FONTE: ORMUNDO, Wilton  Se liga na língua: leitura, produção de texto e linguagem : manual do professor / Wilton Ormundo, Cristiane Siniscalchi. 6º ano — 1. ed. — São Paulo : Moderna, 2018. PAG. 19.


GABARITO
1.
a) As amizades que fez.
b) O fato de o  relato se concentrar na fala sobre os amigos e nas saudades que eles deixaram.
2. Como eu já esperava o acampamento foi perfeito e as amizades que fiz vão estar sempre no meu coração!
3. Sim. Marina afirma que sempre se lembrará da experiência vivida, como mostra a última frase da página de seu diário.
4. Opiniões. Sugestão: “Foi muito divertido montar um projeto sobre isso”.
5.
a) Verbos (formas verbais): passei, adorei, estou, passamos, fiquei, vamos, fiz, fico, lembro; pronomes: eu, minhas, minha, meu.
b) A primeira pessoa refere-se a quem fala/escreve, e esse relato traz uma experiência pessoal.
6.
a)  presente
b) passado
c) futuro
d) futuro
e) passado
7.
a) Inclusive
b) Interpretação I
8) É esperado que a pessoa indique suas características mais marcantes, mais fortes.
9.
a) Querido diário
b) Beijinhos
c) Resposta pessoal. Espera- se que os alunos percebam que há um tratamento carinhoso, como se o diário fosse um amigo, um confessor de Marina.
d) O diário é uma comunicação íntima, que registra opiniões e sentimentos que o produtor não deseja que se tornem públicos.

10. 2. Resposta pessoal. Verifique se um ou mais alunos mantêm diários e pergunte por que fazem isso. Também é possível que alguns deles mencionem diários produzidos por familiares.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

CRÔNICA ARGUMENTATIVA PELA METADE DENISE FRAGA 7º ANO GABARITO


CRÔNICA ARGUMENTATIVA PELA METADE DENISE FRAGA 7º ANO

Durante a leitura do texto a seguir, fique atento:
a) ao ponto de vista apresentado.
b) aos argumentos utilizados para defender esse ponto de vista.

PELA METADE
Denise Fraga

            Não estou dando conta. Eu era do tipo que esquecia o celular dentro da bolsa e o usava como um orelhão portátil. Agora carrego-o ao meu lado como um cachorrinho.
            Ainda consigo deixá-lo no silencioso, mas, cada vez que preciso usá-lo, vejo um mar de pontinhos verdes enfileirados na tela acusando mensagens e chamadas.
            Resolvo telefonar antes de checá-las e, num clique mágico, jogo lá pra dentro um monte de gente embrulhada que nem sempre lembro de tirar do pacote depois.
            Tudo parece estar se complicando. Prometeram me ajudar e cada vez tenho mais trabalho pra fazer nesse negócio que só ia facilitar a minha vida. Se quero saber se alguém quis falar comigo, preciso abrir o SMS, o WhatsApp, ver as últimas chamadas, a caixa postal e os e-mails. Isso porque não tenho Facebook.
              Se fico com a campainha ligada pra responder as chamadas na hora, viro uma dessas pessoas que, a cada plim, olham suas telinhas e depois entram em câmera lenta, falando uma palavra por vez, parecendo ter tomado alguma coisa, porque simplesmente acreditam que podem mesmo digitar embaixo da mesa nos fazendo crer que continuam na conversa. E ninguém diz que o rei está nu. Estamos todos fingindo que é normal. Está ficando mesmo normal existir pela metade. A coisa é poderosa. É areia movediça. Mesmo nos debatendo, entramos até o pescoço.
              Nunca vi algo ser tão rapidamente assimilado como este tal de WhatsApp! WhatsApp é o Facebook disfarçado em SMS que entrou em nossas vidas com a mesma velocidade com que saiu o fax. Abri as portas pra ele, louvando suas virtudes. De repente, os grupos! Não quis ficar de fora do grupo formado por minha família. Mais serviço!
              Topei a parada porque é bem verdade que alguma parte dessa rede nos une de verdade, é bonito de ver. Mas, no último domingo, estávamos todos juntos, em carne e osso, e muitos de nós ainda postavam no grupo. Uns viam um vídeo perdido, outros uma foto... O que acontece? Vamos combinar? Está esquisito.

1. Em relação ao uso do celular, o que mudou na vida da narradora?
....................................................................................................................
a) Como ela se sente a respeito dessa mudança? Por quê?
...............................................................................................................................
b) A queixa dela faz sentido para você?
...............................................................................................................................

2. Releia o trecho a seguir.
“Prometeram me ajudar e cada vez tenho mais trabalho pra fazer nesse negócio que só ia facilitar minha vida”
a) Quem pode ter feito a promessa à narradora? Por que que não é possível sabe-lo com certeza?
...............................................................................................................................
b) O que ela chama de negócio?
...............................................................................................................................

3. Por que a narradora prefere não atender às chamadas na hora em que as recebe?
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4. Qual a relação entre o título do texto e as considerações feitas pela narradora?
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5. A narradora afirma: “ A coisa é poderosa. É areia movediça”.
a) O que ela chama de coisa?
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b) Explique a relação estabelecida entre essa “coisa” e a areia movediça.
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6. A autora termina o texto com perguntas. Para quem ela faz essas perguntas? Com que finalidade?
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7. Observe o trecho.
“ Se fico com a companhia ligada pra responder as chamadas na hora, viro uma dessas pessoas que, a cada plim, olham suas telinhas
a) Com base nas palavras destacadas, responda: a crônica apresenta uma linguagem mais formal ou mais informal?
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b) Encontre no texto outras expressões que confirmem a resposta que você deu a questão anterior.
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c) Que impressão esse tipo de linguagem pode causar ao leitor?
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8. Você já ouviu as expressões destacadas a seguir?
       “De repente, os grupos! Não quis ficar de fora do grupo formado por minha família. Mais serviço!
      Topei a parada porque é bem verdade que alguma parte dessa rede nos une de verdade, é bonito de ver. Mas, no último domingo, estávamos todos juntos, em carne e osso, e muitos de nós ainda postavam no grupo.”
a) O que elas significam?
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b) o que a narradora quis dizer ao usar essas expressões no texto?
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9.A seguir foram destacados os trechos em que as palavras e expressões foram empregadas com sentido relacionado ao uso de novas tecnologias. Explique o significado delas no texto.
a) Ainda consigo deixa-lo no silencioso.  
b) resolvo telefonar antes de checá-las e, num clique mágico, jogo lá pra dentro um monte de gente embrulhada que nem sempre lembro de tirar do pacote depois.
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c) de repente, os grupos!
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d) Mas, no último domingo, estávamos todos juntos, em carne e osso, e muitos de nós ainda postavam.
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10. Uma crônica pode ser escrita com a intenção de contar um episódio de forma divertida ou de expressar uma opinião.
a) na crônica, é mencionado o episódio do almoço familiar. Narrar esse episódio parece ser a principal intenção da produção da crônica? Por quê?
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11. Em que pessoa verbal foi escrita a crônica “Pela Metade”
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O uso dessa pessoa contribui para que o texto ficasse mais objetivo ou mais subjetivo? Justifique.
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12. Por que, ao defender suas opiniões, a narradora constrói argumentos com base em sua vivência pessoal?
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13. nos dois últimos parágrafos a narradora emprega a 1ª pessoa do plural. A quem ela se refere nesses dois parágrafos?
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14. Com base nos trechos a seguir, qual seria a opinião da narradora sobre o uso da tecnologia?
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“Não estou dando conta”
“Tudo parece estar se complicando”
“Prometeram me ajudar e cada vez mais trabalho”
‘Não quis ficar de fora do grupo formado por minha família. Mais serviço!”
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15.A crônica termina com a frase abaixo.
O que acontece? Vamos combinar? Está esquisito.
a)  Em sua opinião, o que a narradora quis dizer?
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b) O que significa a expressão destacada? Essa expressão indica que foi utilizada uma linguagem formal ou informal?
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GABARITO:

1. Ela se tornou dependente do celular.

a) Parece desconfortável. Porque acha que essa situação de dependência está esquisita.

b) Resposta pessoal.

2.

a) Os comerciais dos equipamentos e os recursos mencionados no texto, o estímulo de amigos e familiares. Não é possível saber ao certo porque o sujeito do verbo prometer é indeterminado.

b) O uso do celular e das redes sociais.

 

3. Porque isso implicaria responder às chamadas disfarçadamente enquanto tenta se comunicar com as pessoas com as quais está no momento.

a) A narradora provavelmente comparou os usuários de celular e outros equipamentos eletrônicos com as pessoas que viram o rei sem roupas, porque todos percebem (mas não admitem) que a situação em que estão é estranha. Trabalhe com os alunos a intertextualidade entre o conto de Andersen e o trecho da crônica: as pessoas fingem que os celulares e as redes sociais não interferem em sua vida e não admitem tal dependência.

b) Resposta pessoal.

 

4. O título refere-se ao fato de que o relacionamento entre as pessoas passou a ser contaminado pelo uso das tecnologias mencionadas no texto e acaba ocorrendo apenas pela metade.

 

5.

a) A existência pela metade.

b) Segundo a narradora, as pessoas têm mergulhado nessa prática de se comunicar pelo celular e ao vivo ao mesmo tempo sem conseguirem escapar disso, ainda que tentem, assim como uma pessoa que pisa em areia movediça:

ela pode até se debater, mas continua afundando.

 

6. As perguntas são feitas para o leitor com a finalidade de instigá-lo a refletir a

respeito das questões abordadas no texto.

 

7.

a) Linguagem mais informal. Pode-se perceber um tom de ironia no emprego de plim e telinha como crítica às pessoas dependentes do celular.

b) Alguns exemplos são: “não estou dando conta”, “tudo parece estar se complicando”, “a coisa é poderosa”.

c) A linguagem informal aproxima a autora do leitor, estabelece um clima de conversa informal.

 

8.

a) “Topar a parada”: aceitar a situação; “em carne e osso”: em pessoa, na realidade.

b) “Topei a parada”: a autora concordou em não ficar de fora do grupo formado para reunir on-line sua

família. “Em carne e osso”: a autora estava com seus familiares na realidade, e não em um ambiente virtual.

 

9.

a) “No silencioso” refere-se ao modo silencioso do celular, status em que recebe chamadas e mensagens sem produzir som.

b) O trecho refere-se ao fato de a narradora escolher fazer um telefonema antes de ver as mensagens e, por isso, deixar todas as mensagens para ver depois, sem saber qual a mais importante ou quando poderá verificar o que recebeu.

 

c) A expressão refere-se a grupos virtuais que se formam para compartilhar mensagens no aplicativo mencionado pela narradora.

d) O termo refere-se à publicação de texto ou fotos em redes sociais.

 

10. a) Não. Porque esse episódio é mencionado apenas no final do texto.

b) O episódio é usado como um exemplo da situação sobre a qual fala a crônica.

 

11. Foi escrita, predominantemente, na 1a pessoa do singular.

• Espera-se que os alunos respondam que o uso da 1a pessoa do singular deixou o texto mais subjetivo, pois a narradora colocou seu ponto de vista de uma forma muito pessoal.

 

12. Porque se apoia em observações da realidade que ela vive.

 

13. Ela se refere a si mesma, às outras pessoas em geral e aos seus familiares em particular.

 

14. A autora afirma que o uso da tecnologia faz parte do cotidiano das pessoas, mas que, para ela, é algo bastante trabalhoso e complicado.

 

15.

a) Resposta pessoal. Ressalte que a narradora afirma que a situação não poderia ser encarada como um fato corriqueiro e termina o texto sem uma resposta, mas colocando a questão para os leitores pensarem.

b) A expressão “Vamos combinar?” é uma gíria que indica certa indignação ou estranhamento e poderia ser substituída pelo dito popular: “Venhamos e convenhamos”. Foi empregada em linguagem informal.

 

16. A linguagem empregada na notícia é mais formal, objetiva; apresenta menos adjetivos e mais substantivos. A crônica pode apresentar gírias e expressões informais. A notícia é marcada pelo tom impessoal e a crônica é caracterizada pela aproximação com o leitor.

Araribá mais: interdisciplinar: língua portuguesa e arte: 7ºano Ed. Moderna; Marisa Martins Sanchez. – 1. ed. – São Paulo : Moderna, 2018. P.76,77