FIGURAS DE LINGUAGEM: SINSTESIA 7º ANO

 
FIGURAS DE LINGUAGEM: SINSTESIA 7º ANO
 
Leia o poema.
 
 "Presságio"
 
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
 
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
 
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
 
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
 
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
 
PESSOA. Fernando disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-pressagio-de-fernando-pessoa/
 
1. Por que o eu lírico demonstra estar ansioso, preocupado?
2. A quem o pronome ela se refere no poema?
3. Qual a relação entre a palavra presságio e o conteúdo do poema?
 
a) Quais são os cinco sentidos do corpo humano?
b) Com qual deles podemos olhar? E com qual podemos ouvir?
c) Releia o verso: "Se pudesse ouvir o olhar".
I. É possível, de acordo com a ciência, ouvir o olhar? Por quê?
II. O que o eu lírico quis dizer com esse verso?
 

Sinestesia       Sinestesia é a figura de linguagem em que se pode observar o cruzamen­to dos sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato) em uma expressão.

 
GABARITO:
1. Porque ele ama uma pessoa, mas não consegue se declarar e dizer o que sente.
2.Refere-se à pessoa amada.
 
3. Presságio é intuição, pressentimento. No contexto do poema, o eu lírico espera que a amada adivinhe no seu olhar o seu sentimento para descobrir que ele ama, sem que ele precise dizer.
 
a. Visão, tato, olfato, paladar, audição.
 
b. Visão e audição respectivamente.
 
cl. Não. Porque o olhar se percebe com a visão e não com a audição.
 
cll. Ele queria que a amada percebesse seu amor observando seus olhos, sem que ele precisasse falar.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BALTHASAR, Marisa Singular & plural: leitura, produção e estudos de linguagem/ Marisa Balthasar, Shirley Goulart. – 3ªed. — São Paulo: Moderna, 2018.P.264.