A CAUSA DA MALDADE HUMANA
Conta-se que, certa vez, Adão estava
trabalhando no campo e, enquanto Eva cumpria suas obrigações domésticas, ouviu
o choro de um bebê. Imediatamente correu para ver e surpreendeu-se ao encontrar
um belo menino. Era (não sabemos se ela sabia) um demônio malcriado que Iblis
havia deixado diante da casa ansioso em tornar a vida dos pais da raça humana
ainda mais turbulenta. Eva acolheu o bebê no colo e fez de tudo para acalmá-lo.
Quando Adão voltou para casa e viu o
diabinho, imediatamente retirou-o dos braços de Eva e arremessou-o ao rio, onde
o viu afundar.
No dia seguinte, depois que Adão foi para
o trabalho, Iblis voltou e chamou:
“Meu filho, onde está você?”. “Aqui estou!”, respondeu o diabinho, emergindo do
rio. “Fique aqui até eu voltar”, disse o diabo-pai, colocando-o novamente à
porta da casa de Eva.
Quando Adão voltou e encontrou aquela
criatura horripilante, embora simpática, imediatamente lançou-a ao fogo e
queimou-a até transformá-la em cinzas.
Na manhã seguinte Iblis retornou mais uma
vez e chamou seu filho, que novamente voltou à vida, ressuscitado das cinzas.
Quando, à tardinha, o pai da raça humana
voltou do seu trabalho e encontrou o pequeno demônio — que acreditava ter
afogado e queimado até virar cinzas — vivo novamente, disse a Eva:
“A única maneira de nos
livrarmos deste inimigo tão perigoso é matá-lo, cozinhá-lo e comê-lo”.
Dito e feito.
Quando na manhã seguinte o Pai dos
Demônios voltou e chamou: “Meu filho, onde está você?”, duas vozes em uníssono,
vindas respectivamente dos corpos de Adão e Eva, responderam: “Aqui estou, e
muito confortável!”. “Era exatamente isso o que eu tanto queria”, disse o Diabo
Número Um. E foi assim que todo ser humano passou a ter que lidar com o demônio
que tem dentro de si.
Fonte: Mitos, lendas e fábulas da Terra Santa. J.E. Hanauer, 2005.
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