LEITURA E PRODUÇÃO DE
PARÓDIA
Paródia
Paródia é a imitação humorística de uma criação literária. Pode ser
um texto ou uma fotografia.
Leia os poemas abaixo e as paródias.
MEUS OITO ANOS (ORIGINAL)
Casimiro de Abreu
Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.
Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;
O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !
Que auroras, que sol, que vida
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar
O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
Oh dias de minha infância,
Oh meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.
Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;
O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !
Que auroras, que sol, que vida
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar
O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
Oh dias de minha infância,
Oh meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã
AI QUE SAUDADES (PARÓDIA)
Ruth Rocha
Ai que saudades que tenho
Da aurora da minha vida
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais...
Me sentia rejeitada,
Tão feia, desajeitada,
Tão frágil, tola, impotente,
Apesar dos laranjais.
Ai que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Não gostava da comida
Mas tinha que comer mais...
Tão feia, desajeitada,
Tão frágil, tola, impotente,
Apesar dos laranjais.
Ai que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Não gostava da comida
Mas tinha que comer mais...
Espinafre, beterraba,
E era fígado e era fava,
E tudo que eu não gostava
Em porções industriais.
Como são tristes os dias
Da criança escravizada,
Todos mandam na coitada,
Ela não manda em ninguém...
E era fígado e era fava,
E tudo que eu não gostava
Em porções industriais.
Como são tristes os dias
Da criança escravizada,
Todos mandam na coitada,
Ela não manda em ninguém...
O pai manda, a mãe desmanda,
O irmão mais velho comanda,
Todos entram na ciranda,
E ela sempre diz amém...
Naqueles tempos ditosos
Não podia abrir a boca,
E a professora era louca,
Só queria era gritar.
CANÇÃO DO EXÍLIO (ORIGINAL)
Gonçalves Dias
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
MINHA TERRA (PARÓDIA)
Minha terra tem doenças
E não há médicos por cá
Aqueles que adoecem
Não conseguem se curar
E não há médicos por cá
Aqueles que adoecem
Não conseguem se curar
Nossos hospitais têm mais filas
Nossos pacientes têm mais dores
Nossos jovens menos vida
Os idosos mais tumores
Nossos pacientes têm mais dores
Nossos jovens menos vida
Os idosos mais tumores
Em gritar sozinho à noite
A gemer me encontro eu cá.
Nossa terra
tem a dengue .
E tem também a gripe A
Aqui também tem doutores
Que vivem a negligenciar
Pacientes em estado grave e
Eles mandando voltar
Que vivem a negligenciar
Pacientes em estado grave e
Eles mandando voltar
Mas a culpa não é só
deles
Nos hospitais não há lugar
A culpa é dos governantes
quem tem da saúde cuidar
Nosso povo com doenças
Fica a morte a esperar
Não permita Deus que eu morra
numa fila a esperar
Fica a morte a esperar
Não permita Deus que eu morra
numa fila a esperar
Quadrilha
1.João
amava Teresa que amava Raimundo
2.que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
3.que não amava ninguém.
4.João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento,
5.Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
6.Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
7.que não tinha entrado na história.
2.que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
3.que não amava ninguém.
4.João foi pra os Estados Unidos, Teresa para o convento,
5.Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
6.Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
7.que não tinha entrado na história.
De Alguma
poesia (1930)
Faça uma
paródia do texto QUADRILHA trocando os nomes dos personagens por outros nomes como
amigos, colegas de sala, parentes, políticos, personagens de desenho, etc.
Também mude os acontecimentos, ou seja, as ações. Exemplo: amava, foi, etc. Se
preferir troque o título também. Tente manter a mesma sonoridade e a mesma
quantidade de versos (linhas).
Título ....................................................................................
1.........................................................................................................................
2.........................................................................................................................
3.........................................................................................................................
4.........................................................................................................................
5.........................................................................................................................
6.........................................................................................................................
7.........................................................................................................................
Autor..................................................................................................................
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